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Criança Dev. Manuscrito do autor; disponível no PMC 2009 em 23 de outubro. IDPM: PMC2766099
Publicado na forma final editada como: NIHMSID: NIHMS148112
Criança Dev. Março a abril de 2001; 72(2): 583–598. PMID: 11333086
Faça: 10.1111/1467-8624.00298

Antecedentes e resultados de problemas comportamentais do monitoramento parental e controle psicoló gico no início da adolescência
Gregory S. Pettit , Robert D. Laird , Kenneth A. Dodge , John E. Bates e Michael M. Criss

Abstrato

Os antecedentes da primeira infâ ncia e os correlatos de problemas de comportamento de monitoramento e controle psicoló gico foram examinados neste estudo prospectivo,
longitudinal e com mú ltiplos informantes. Os dados parentais foram coletados durante entrevistas de visitas domiciliares com 440 mã es e seus filhos de 13 anos. Problemas
de comportamento (ansiedade/depressã o e comportamento delinquente) foram avaliados por meio de relatos de mã es, professores e/ou adolescentes dos 8 aos 10 anos e
novamente dos 13 aos 14 anos. parentalidade (dura/reativa, positiva/proativa), histó rico familiar (por exemplo, status socioeconô mico) e problemas de comportamento in‐
fantil avaliados pela mã e. Consistente com a expectativa, o acompanhamento foi precedido por um estilo parental proativo e por características familiares-ecoló gicas vanta‐
josas, e o controle psicoló gico foi precedido por uma educaçã o severa e por relatos anteriores das mã es sobre problemas de externalizaçã o dos filhos. Consistente com
pesquisas anteriores, o monitoramento foi associado a menos problemas de comportamento delinquente. As ligaçõ es entre o controlo psicoló gico e o ajustamento eram mais
complexas: Níveis elevados de controlo psicoló gico estavam associados a mais problemas de delinquê ncia para as raparigas e para os adolescentes com baixos níveis de
problemas de delinquê ncia na pré -adolescê ncia, e com mais ansiedade/depressã o para as raparigas e para os adolescentes com níveis elevados de problemas de
delinquê ncia na pré -adolescê ncia. ansiedade depressã o.

INTRODUÇÃ O

A forma como os pais supervisionam e regulam o comportamento e as atividades dos seus adolescentes é um tema de considerável interesse para os investigadores da socia‐
lizaçã o. A rubrica geral de “controle parental” tem sido usada para descrever tais comportamentos e estilos parentais. Dois aspectos do controlo parental dos adolescentes
foram de interesse no presente estudo, nomeadamente, a regulaçã o comportamental parental – aqui operacionalizada em termos de monitorizaçã o e supervisã o dos pais – e
a utilizaçã o do controlo psicoló gico pelos pais. Embora a distinçã o conceitual entre controle comportamental e controle psicoló gico tenha sido reconhecida há muito tempo (
Baumrind, 1967 ; Schaefer, 1965 ), as duas formas de controle tê m sido frequentemente combinadas para descrever tipos amplos de parentalidade. Baumrind (1967 ,1989 )
a abordagem tipoló gica é mais conhecida nesse sentido. Os pais autoritá rios, por exemplo, sã o caracterizados como calorosos e receptivos, geralmente promotores da auto‐
nomia psicoló gica, mas firmes no estabelecimento de diretrizes comportamentais. Em contraste, a parentalidade autoritá ria é marcada por elevados níveis de exigê ncia acom‐
panhados por baixos níveis de cordialidade e autonomia psicoló gica. A investigaçã o baseada no quadro de Baumrind produziu um grande e impressionante conjunto de des‐
cobertas que ligam os estilos parentais ao comportamento e adaptaçã o social das crianças. A abordagem tipoló gica, no entanto, torna difícil identificar o papel dos constituin‐
tes específicos que se unem para formar “tipos” de controle parental ( Darling & Steinberg, 1993 ).

Embora a distinçã o empírica entre formas de controle comportamental e psicoló gica possa ser rastreada até os primeiros estudos de aná lise fatorial das dimensõ es paren‐
tais (por exemplo, Schaefer, 1965 ), Steinberg (1990)forneceu a descriçã o mais detalhada da operaçã o das duas formas de controle e como elas diferem, tanto conceitual
quanto empiricamente, uma da outra. No centro da distinçã o está a noçã o de que as formas psicoló gicas de controlo afectam negativamente o desenvolvimento dos adoles‐
centes, impedindo o desenvolvimento da autonomia e da auto-orientaçã o, enquanto a regulaçã o comportamental desempenha uma funçã o de socializaçã o positiva, proporci‐
onando aos jovens a necessá ria orientaçã o e supervisã o. A afirmaçã o de que as duas formas de controle sã o qualitativamente diferentes e geram resultados diferentes para
os adolescentes resultou de descobertas relatadas em um estudo anterior sobre o sucesso acadê mico e a maturidade psicossocial dos adolescentes (Steinberg, Elmen, &
Mounts, 1989 ) .

Barber (1996 ; Barber, Olsen, & Shagle, 1994 ) aguçou ainda mais a distinçã o entre formas comportamentais e psicoló gicas de controle, e como e por que elas podem estar li‐
gadas ao comportamento e ajustamento do adolescente. A essê ncia de seus argumentos pode ser formulada da seguinte forma. A regulaçã o comportamental, como o termo
indica, preocupa-se com a regulaçã o, supervisã o e gestã o do comportamento. O monitoramento é um componente fundamental da regulaçã o comportamental eficaz ( Patter‐
son, Reid, & Dishion, 1992 ), especialmente na meia-infâ ncia e na adolescê ncia, e normalmente é definido em termos de conscientizaçã o e supervisã o dos pais sobre o para‐
deiro, as atividades e as atividades de seus filhos. companheiros ( Brown, Mounts, Lamborn, & Steinberg, 1993 ;Dishion, Patterson, Stoolmiller e Skinner, 1991 ).

Em contraste com o monitoramento e a regulaçã o do comportamento, o controle psicoló gico refere-se a tentativas de controle que inibem ou interferem no desenvolvimento
da independê ncia e autodireçã o das crianças, mantendo a criança emocionalmente dependente dos pais. O início da adolescê ncia é um período de maior luta pela autonomia
( Steinberg, 1990 ), e o desenvolvimento normal exige que seja concedido ao adolescente “espaço” suficiente para afirmar um sentido independente de identidade, mantendo
ao mesmo tempo a ligaçã o com os pais. Acredita-se que o uso extensivo de comportamentos psicologicamente controladores (por exemplo, induçã o de culpa, afastamento
amoroso) frustra o surgimento da autonomia psicoló gica ( Barber, 1996 ; Steinberg, 1990 ).

O presente estudo procurou examinar mais detalhadamente a distinçã o destas duas formas de controlo parental no início da adolescê ncia, traçando os seus antecedentes
nas primeiras experiê ncias familiares e sociais. Acredita-se que nenhum estudo anterior tenha examinado os precursores na primeira infâ ncia de ambas as formas de con‐
trole. Se se descobrisse que diferenças individuais nos índices de monitorizaçã o e controlo psicoló gico emergem atravé s de caminhos diferentes, as suas validades de cons‐
truçã o seriam reforçadas e as teorias do desenvolvimento de padrõ es parentais teriam de dar conta de caminhos distintos para estes dois aspectos diferentes do controlo
parental.

Barber e Harmon (no prelo) forneceram recentemente alguma orientaçã o para o estudo dos antecedentes do controlo parental nas suas especulaçõ es sobre o “locus” ou
centro motivacional de onde emanam as formas comportamentais e psicoló gicas de controlo. Acredita-se que o uso de monitoramento e outras formas de regulaçã o compor‐
tamental pelos pais resulte principalmente do papel ativo dos pais na socializaçã o de seus filhos em direçã o aos objetivos normativos de conformidade com os padrõ es pa‐
rentais e sociais e, subsequentemente, da internalizaçã o desses padrõ es (ver també m Steinberg , 1990). Tais formas de controle podem ser vistas como “psicologicamente
neutras”, na medida em que é o comportamento da criança que é o foco da atençã o dos pais, e é a adesã o dos pais à s filosofias de educaçã o prevalecentes (e culturalmente
informadas) (ou seja, que as crianças precisam de orientaçã o e comunicaçã o clara sobre os tipos de comportamentos e atividades aceitáveis) que fornece o ímpeto para as
açõ es dos pais. O monitoramento parental, portanto, pode ser interpretado como uma estraté gia comportamental empregada como ferramenta na regulaçã o do comporta‐
mento infantil.

Uso de controle psicoló gico pelos pais, de acordo com Barber e Harmon (no prelo), decorre nã o das crenças e objetivos normativos de socializaçã o dos pais, mas de distú r‐
bios intrapsíquicos, provavelmente decorrentes da pró pria histó ria de desenvolvimento dos pais, que aumentam as necessidades dos pais de proteger o seu poder “psicoló ‐
gico” na relaçã o pai-filho. Isto é feito atravé s da manipulaçã o dos limites emocionais e psicoló gicos entre a criança e os pais, num esforço para impedir ou prejudicar a auto‐
nomia e o autodesenvolvimento emergentes dos seus filhos. Em contraste com o controlo comportamental, altos níveis de controlo psicoló gico parecem ser fortemente ca‐
racterísticos da qualidade negativa do relacionamento entre pais e filhos. Na verdade, a inspeçã o da literatura revela que a intrusividade, a exigê ncia e a hostilidade, bem
como a manipulaçã o emocional e a restriçã o da comunicaçã o infantil,Barber e Harmon, no prelo ).

Estas perspectivas sobre monitorizaçã o (controlo comportamental) e controlo psicoló gico implicam claramente processos antecedentes diferentes para as duas formas de
controlo. O recurso à monitorizaçã o reflecte provavelmente uma orientaçã o parental estraté gica que pode estar enraizada numa filosofia de educaçã o infantil bastante explí‐
cita. Como tal, pode ser vista como uma prá tica normativa de regulaçã o e controlo destinada a inculcar na criança um sistema de padrõ es e expectativas culturais (e familia‐
res) prescritos. Foi levantada a hipó tese de que o acompanhamento das mã es no início da adolescê ncia seria precedido por um estilo parental proativo e por características
de antecedentes familiares relativamente vantajosas (e, portanto, culturalmente valorizadas e aceitas). Especificamente,

Devido à sua sobreposiçã o empírica e conceptual com a coercividade e a hostilidade parentais ( Barber e Harmon, no prelo ), esperava-se que o uso do controlo psicoló gico
pelas mã es pudesse estar ligado a manifestaçõ es anteriores de negatividade entre pais e filhos. Duas dessas manifestaçõ es foram interessantes. O primeiro consistia em um
índice do uso de disciplina severa e restritiva pelas mã es na primeira infâ ncia. Anteriormente, descobriu-se que esse índice era preditivo de problemas comportamentais das
crianças simultaneamente e nas sé ries escolares posteriores ( Dodge, Pettit, & Bates, 1994 ; Pettit, Bates, & Dodge, 1997).). Foi levantada a hipó tese de que a disciplina severa
nos primeiros anos da infâ ncia estaria associada a níveis mais elevados de controle psicoló gico das mã es no início da adolescê ncia. O segundo índice de negatividade precoce
entre mã e e filho consistiu nos relatos das mã es sobre os problemas externalizantes dos seus filhos. Desenho de Patterson (1982)teoria só cio-interacional do processo fami‐
liar coercitivo, especulou-se que os julgamentos das mã es sobre os problemas de comportamento externalizantes de seus filhos pequenos poderiam prever o uso subse‐
quente do controle psicoló gico pelas mã es. Esta hipó tese baseia-se na premissa de que as mã es que consideravam os seus filhos em idade pré -escolar como sendo difíceis,
exigentes e agressivos teriam maior probabilidade de desenvolver atitudes hostis em relaçã o aos seus filhos, o que poderia subsequentemente (no início da adolescê ncia) ser
expresso atravé s da tendê ncia intensificada das mã es. usar formas de controle secretas e psicologicamente manipulativas.

A literatura emergente sobre controlo comportamental e psicoló gico é inconclusiva no que diz respeito ao impacto do gé nero da criança nas ligaçõ es preditor-resultado, com
alguns estudos a nã o encontrarem diferenças de gé nero (por exemplo, Herman, Dornbusch, Herron, & Herting, 1997 ) e outros estudos a reportarem diferenças mais fortes.
padrõ es de relaçõ es para meninas do que para meninos (por exemplo, Conger, Conger, & Scaramella, 1997 ). No presente estudo, foram realizados testes omnibus para tes‐
tar possíveis diferenças de gê nero nas relaçõ es entre as variáveis ​antecedentes e o monitoramento e controle psicoló gico das mã es no início da adolescê ncia. O gé nero da cri‐
ança també m foi incluído como preditor no conjunto ecoló gico familiar, permitindo examinar possíveis diferenças no uso de monitorizaçã o e controlo psicoló gico pelas mã es
com rapazes e raparigas.

Antes de abordar a questã o dos antecedentes parentais, conduzimos um conjunto de aná lises preliminares destinadas a garantir que as nossas medidas de monitorizaçã o e
controlo psicoló gico mostravam o padrã o esperado de relaçõ es com o ajustamento precoce da adolescê ncia. Conceitualmente, o controle psicoló gico tem sido implicado
como minador da autonomia e da autoconfiança e como contribuinte para sentimentos de angú stia e inadequaçã o pessoal ( Barber, 1996 ; Steinberg, 1990).). Portanto, pare‐
ceu apropriado, nesta investigaçã o inicial, concentrar-se especificamente nas medidas que abordam a ansiedade e a depressã o. A delinquê ncia també m foi de interesse de‐
vido a resultados consistentes que ligam a monitorizaçã o à delinquê ncia e aos comportamentos anti-sociais relacionados. A maioria dos modelos de monitorizaçã o sublinha
o seu papel na prevençã o da “deriva” dos jovens adolescentes em direcçã o a pares anti-sociais e o concomitante aumento do risco de delinquê ncia (por exemplo, Patterson et
al., 1992 ).

O ajustamento prévio da criança foi levado em consideraçã o no nosso exame das associaçõ es entre monitorizaçã o e controlo psicoló gico e ajustamento do adolescente. Isto
foi feito para descartar a continuidade nos problemas de comportamento como uma explicaçã o da ligaçã o entre o controle parental e o ajustamento do adolescente. O ajusta‐
mento prévio da criança, bem como o gé nero da criança, també m foram incluídos numa aná lise preliminar concebida para esclarecer factores que possam influenciar a força
da associaçã o entre o controlo parental e o ajustamento do adolescente. Isto foi feito examinando efeitos moderadores específicos atravé s do teste de termos de interaçã o
envolvendo o gé nero da criança e o ajustamento prévio da criança numa sé rie de aná lises de regressã o hierá rquica. Até onde sabemos, nenhum estudo anterior considerou
tais interaçõ es Comportamento Infantil x Parentalidade para controle psicoló gico,Colder, Lochman e Wells, 1997 ).

O monitoramento e o controle psicoló gico foram avaliados no presente estudo a partir da perspectiva dos pais e do adolescente. Pode-se presumir alguma discordâ ncia so‐
bre o quã o bem os pais monitoram o comportamento de seus adolescentes e o quanto os pais sabem sobre os amigos e atividades de seus adolescentes ( Kandel & Wu,
1995).). Ao mesmo tempo, parece possível que as opiniõ es dos pais possam ser uma medida melhor do que os relatos dos adolescentes sobre a quantidade real de monitori‐
zaçã o prestada; portanto, apresentariam padrõ es de relaçõ es mais consistentes com outras variáveis ​importantes da família e do adolescente. Esta expectativa baseia-se no
pressuposto de que o ímpeto para demonstrar mais independê ncia pode levar os adolescentes a avaliar as estraté gias de monitorizaçã o dos seus pais de uma forma pouco
verídica. Alternativamente, pode-se argumentar que os relató rios de monitorizaçã o dos adolescentes podem ser mais preditivos de ajustamento porque os adolescentes com‐
portar-se-iam mal com menos frequê ncia - pelo menos no sentido de se envolverem em menos actos anti-sociais - se sentissem que os seus pais sabiam do seu mau
comportamento.

No que diz respeito ao controlo psicoló gico, devido em parte à sua natureza relativamente mais subtil e “olho de quem vê ”, pensá mos que a sua presença poderia ser avali‐
ada com mais precisã o pelo adolescente e que os relatos dos adolescentes poderiam, portanto, ser ligados de forma mais consistente do que relató rios dos pais com outros
índices de funcionamento adolescente e familiar. Esta expectativa baseou-se em resultados de menor congruê ncia entre diferentes relatos de informantes sobre problemas
de internalizaçã o infantil versus problemas de externalizaçã o infantil ( Achenbach, McConaughey, & Howell, 1987 ).

Em resumo, este estudo longitudinal prospectivo procurou identificar os antecedentes do monitoramento precoce e do controle psicoló gico dos adolescentes em dois tipos
diferentes (ensino proativo e disciplina severa) de educaçã o parental na primeira infâ ncia, nas avaliaçõ es das mã es sobre o ajustamento de seus filhos em idade pré -escolar e
na adaptaçã o familiar. características de fundo. També m foram realizadas aná lises preliminares para estabelecer que as medidas de monitoramento e controle psicoló gico es‐
tavam relacionadas de maneira significativa com os índices de adaptaçã o dos adolescentes.

MÉ TODO

Participantes e visão geral

As crianças e famílias deste estudo participaram do Projeto de Desenvolvimento Infantil, um estudo longitudinal multicê ntrico sobre fatores de socializaçã o na adaptaçã o de
crianças e adolescentes (ver Dodge et al., 1994 ; Pettit et al., 1997 ). As famílias participantes foram recrutadas em trê s á reas geográ ficas (Nashville e Knoxville, Tennessee, e
Bloomington, Indiana) durante a pré -inscriçã o no jardim de infâ ncia em 1987 (coorte 1) e 1988 (coorte 2). A primeira vaga de recolha de dados começou no verã o anterior
ao jardim de infâ ncia, quando a maioria das crianças tinha 5 anos de idade, e incluiu questioná rios e entrevistas com os pais (descritos mais adiante). Avaliaçõ es de acompa‐
nhamento das famílias foram realizadas anualmente.

Os dados de monitorizaçã o e controlo psicoló gico descritos neste relató rio provê m de entrevistas com mã es e adolescentes do 9.º ano (ou seja, o verã o anterior ao 8.º ano).
As classificaçõ es de comportamentos ansiosos e delinquentes foram coletadas durante as ondas 9 (relatos da mã e) e 10 (relatos do professor e do adolescente), bem como
nas ondas 4, 5 e 6. As medidas antecedentes iniciais (parentalidade, avaliaçõ es da mã e sobre o ajustamento da criança, família características de fundo) foram derivadas da
coleta de dados da onda 1.tabela 1lista os construtos, os informantes e a onda de coleta de dados para todas as medidas utilizadas.
tabela 1

Resumo dos Domínios de Avaliação, Informantes, Ondas e Construtos

Categoria Informante Aceno Construir

1. Antecedentes da primeira infância Mãe 1 Disciplina severa

Mãe 1 Ensino proativo

Mãe 1 Status socioeconô mico

Mãe 1 Estado civil

Mãe 1 Comportamento externalizante

2. Ajustamento comportamental e psicoló gico Professor 4–6 Comportamento delinquente

no final da meia-infância Professor 4–6 Ansiedade depressão

3. Monitoramento e controle psicoló gico Mãe 9 Monitoramento

Adolescente 9 Monitoramento

Mãe 9 Controle psicoló gico

Adolescente 9 Controle psicoló gico

4. Adaptação precoce da adolescência Professor 10 Comportamento delinquente

Mãe 9 Comportamento delinquente

Adolescente 10 Comportamento delinquente

Professor 10 Ansiedade depressão

Mãe 9 Ansiedade depressão

Adolescente 10 Ansiedade depressão

A amostra consistiu de 585 crianças na avaliaçã o inicial do pré -escolar (52% do sexo masculino; 81% europeu-americanos, 17% afro-americanos, 2% de outros grupos é tni‐
cos; 26% vivendo com mã es solteiras, ou seja, mã es solteiras e que nã o coabitam). Embora a amostra fosse predominantemente de classe mé dia, conforme indicado por uma
pontuaçã o mé dia de Hollingshead (1979) de 40,4 ( DP = 14), uma variedade de grupos de NSE estava representada, com 26% das famílias sendo classificadas nas duas clas‐
ses mais baixas das cinco classes de Hollingshead. .

Um total de 440 famílias (ou 75% da amostra original) participaram nas avaliaçõ es de verã o da onda 9. As crianças dessas famílias geralmente eram representativas da
amostra original, com 50% do sexo masculino, 17% de minorias é tnicas, 27% de famílias monoparentais e uma pontuaçã o mé dia de Hollingshead SES de 38,5 (DP = 13,3 ) . O
desgaste deveu-se em grande parte à mudança de famílias da á rea ou à opçã o de abandoná -la por falta de interesse. Nã o houve diferenças entre os participantes que aban‐
donaram o estudo ou os participantes em curso, tanto no ajustamento inicial da criança como nas características do contexto familiar (ver Pettit et al., 1997 ; Pettit, Bates,
Dodge, & Meece, 1999 ).

Questioná rios preenchidos sobre problemas de comportamento foram obtidos de mã es e professores em cada onda de coleta de dados. Como o foco aqui estava no compor‐
tamento delinquente e na ansiedade/depressã o como índices de adaptaçã o comportamental e psicoló gica, apenas os dados coletados durante a meia-infâ ncia e alé m –
quando as classificaçõ es de comportamento delinquente e ansiedade/depressã o mostram variaçõ es mais significativas – foram usados. Questioná rios de problemas de com‐
portamento preenchidos foram obtidos de mã es e professores para as ondas 4 ( n s = 473 e 498, respectivamente), 5 (421 e 468, respectivamente), 6 (396 e 448, respectiva‐
mente) e 9/10 (416 e 448, respectivamente). 403, respectivamente). Relatos de adolescentes sobre problemas de comportamento apenas da onda 10 foram usados ​( n=
408). Os relató rios das mã es foram recolhidos no verã o, enquanto os professores preencheram questioná rios sobre problemas de comportamento no final do ano letivo.
Como a maioria dos adolescentes tinha vá rios professores, para os dados dos professores da onda 10, pediu-se ao diretor de cada escola que nomeasse o professor mais fa‐
miliarizado com a criança, geralmente um professor de sala de aula.

A variaçã o dos n s em algumas aná lises se deve ao uso de informantes diferentes em anos diferentes e à necessidade de dados completos nas aná lises multivariadas. Os n s
reais para cada aná lise sã o anotados posteriormente nas seçõ es apropriadas. Nã o foram encontradas diferenças sistemá ticas nas características dos participantes que con‐
tribuíram com dados para as aná lises multivariadas e daqueles que nã o o fizeram, com a excepçã o de que os participantes que foram excluídos das aná lises principais devido
à falta de dados eram um pouco mais desfavorecidos economicamente do que aqueles participantes que foram incluídos nessas aná lises (ver Pettit et al., 1999 ).

Procedimento e Medidas

Acompanhamento parental e controle psicoló gico Durante entrevistas separadas realizadas em casa, foram feitas à s mã es e aos adolescentes uma sé rie de perguntas sobre
questõ es disciplinares e relaçõ es entre pais e filhos. Itens que descrevem o monitoramento dos pais e o uso do controle psicoló gico foram incorporados a essas entrevistas.
Para as entrevistas com mã es e filhos, os itens de monitoramento foram adaptados dos itens descritos por Brown et al. (1993) e Dishion et al. (1991). Cinco itens pontuados
em uma escala de 3 pontos foram incorporados à entrevista com o adolescente (por exemplo, “Quanto seus pais sabem sobre quem realmente sã o seus amigos?” “Quanto
seus pais sabem sobre onde você está na maioria das tardes depois da escola?” ). Na entrevista com as mã es, o monitoramento foi avaliado atravé s das avaliaçõ es das mã es
em oito itens em uma escala de 5 pontos (por exemplo, “Quando seu filho está na casa de um amigo, com que frequê ncia você acha que um dos pais ou outro adulto está lá ?”
“ Se o seu filho brincasse com crianças que se metem em problemas, com que frequê ncia você saberia disso?”). As pontuaçõ es de monitoramento relatadas pelos adolescen‐
tes e pelas mã es foram calculadas como as mé dias das cinco e oito respostas dos itens de monitoramento, respectivamente, αs = 0,65 e 0,67 para os relatos dos adolescentes
e das mã es, respectivamente.

Os 10 itens de controle psicoló gico incluídos na entrevista com adolescentes foram adaptados diretamente de Barber (1996 ; Barber et al., 1994 ) e foram pontuados em
uma escala de 3 pontos (por exemplo, “Minha mã e está sempre tentando mudar o que sinto ou penso sobre coisas"). Incorporados na entrevista com a mã e estavam os mes‐
mos 10 itens, ligeiramente reformulados (por exemplo, “Minha mã e é uma pessoa” foi alterado para “Eu sou uma pessoa”), mas pontuados na mesma escala de 3 pontos. Os
escores de controle psicoló gico relatados pelos adolescentes e pelas mã es foram calculados como as mé dias das respostas dos 10 adolescentes e das 10 mã es, respectiva‐
mente, αs = 0,76 e 0,63 para os relatos dos adolescentes e das mã es.

Ansiedade/depressã o e comportamento delinquente Os relatos de adolescentes, professores e pais sobre ansiedade/depressã o e comportamento delinquente foram avalia‐
dos usando o Auto-Relato da Juventude (YSR), o Formulá rio de Relató rio do Professor (TRF) e a Lista de Verificaçã o do Comportamento Infantil (CBC), respectivamente
(Achenbach, 1991). O YSR consiste em 102 itens e o TRF e o CBC consistem cada um em 112 itens. Cada item é classificado em uma escala de 3 pontos como nã o verdadeiro
(0), um tanto verdadeiro (1) ou muito verdadeiro (2) para a criança ou adolescente. A escala de comportamento delinquente (11, 9 e 13 itens no YSR, TRF e CBC, respectiva‐
mente) foi usada no presente estudo para indexar problemas de comportamento do tipo externalizante, e a escala de ansiedade/depressã o (16, 18 e 14 itens) foi usado para
indexar problemas de comportamento do tipo internalizante. As pontuaçõ es das escalas de comportamento delinquente e ansiedade do YSR foram criadas para a onda 10.
As pontuaçõ es das escalas de comportamento delinquente e ansiedade do TRF e CBC foram criadas para as ondas 4, 5, 6 e 9 (CBC) ou 10 (TRF). As mé dias das pontuaçõ es
disponíveis nas ondas 4, 5 e 6 foram calculadas para criar índices de problemas de comportamento de pré -adolescentes para pais e professores. As pontuaçõ es do CBC fo‐
ram mais confiáveis,

Antecedentes da primeira infâ ncia As medidas que representam cada um dos trê s tipos de antecedentes da primeira infâ ncia foram construídas a partir de dados coletados
durante a avaliaçã o da entrevista domiciliar da onda 1, quando as crianças tinham 5 anos de idade (ver Dodge et al., 1994 ; Pettit et al., 1997 , para uma visã o geral). descri‐
çã o mais aprofundada desta fase de avaliaçã o). Os dados demográ ficos coletados no início das entrevistas com as mã es foram utilizados para indexar o NSE (descrito anteri‐
ormente), o estado civil (codificado dicotomicamente como mã e solteira ou família com dois pais) e sexo da criança. As mã es completaram o Achenbach (1991)CBC neste mo‐
mento; o índice de problemas de comportamento utilizado foi o de problemas externalizantes avaliados pela mã e (33 itens para meninos e meninas; por exemplo, “entra em
muitas brigas”). A subescala de comportamento delinquente nã o foi usada sozinha como índice nesta idade porque nã o parecia tã o apropriada para o desenvolvimento como
em idades posteriores.

As medidas do estilo parental precoce das mã es basearam-se nas avaliaçõ es dos entrevistadores e nas respostas dos questioná rios das mã es. Durante uma entrevista domici‐
liar de 90 minutos, as mã es foram solicitadas a responder de forma aberta a cada uma das diversas perguntas para cada uma das duas é pocas da primeira infâ ncia (idades
de 1 a 4 anos e de 4 a 5 anos). : “Quem geralmente disciplinava seu filho?” "Como?" “Seu filho já foi punido fisicamente?” "Com que frequê ncia?" Para cada é poca, o entrevis‐
tador forneceu uma classificaçã o para o uso de disciplina severa e restritiva pelos pais, com base nas respostas das mã es. A classificaçã o variou de 1-orientaçã o nã o restri‐
tiva, principalmente positiva, a 5-severa, rigorosa, muitas vezes física. As avaliaçõ es nas duas é pocas foram calculadas para produzir uma pontuaçã o para disciplina severa e
restritiva, α = 0,61; entre avaliador r, com base em verificaçõ es de avaliadores independentes em 10% das entrevistas, 0,80.

O envolvimento positivo e proativo també m foi avaliado durante a visita domiciliar. Num questioná rio administrado oralmente (o Questioná rio de Preocupaçõ es e Restriçõ es),
foram apresentadas à s mã es cinco situaçõ es hipoté ticas em que uma criança se comportou mal durante a interacçã o com os pares (por exemplo, uma criança recusa-se a
abandonar um brinquedo apó s um período de tempo razoável). As mã es foram solicitadas a descrever as maneiras pelas quais a criança poderia ter sido impedida de agir
dessa maneira em primeiro lugar. As respostas dos pais foram pontuadas como “nã o fazer nada” (inevitável), “puniçã o apó s o fato”, “orientaçã o e raciocínio apó s o fato”, “an‐
tes do fato, preventivo, mas geral” e “antes do fato”. -preventivo do fato e específico da situaçã o e do mé todo.” Os pais que utilizaram qualquer uma das duas ú ltimas catego‐
rias receberam pontuaçã o “1”; os pais que usaram qualquer outra categoria receberam uma pontuaçã o de “0. ”As pontuaçõ es foram somadas nas cinco histó rias, α = 0,70,
para criar uma medida de envolvimento positivo e proativo. As avaliaçõ es de confiabilidade estavam disponíveis apenas para um subconjunto de famílias (n = 24) para este
instrumento. A correlaçã o entre avaliadores independentes para o nú mero de vezes (0 a 5) que a mã e sugeriu uma estraté gia proativa foi de 0,56.

RESULTADOS

Plano de Análise

Aná lises preliminares foram realizadas para examinar associaçõ es entre monitoramento, controle psicoló gico e índices de adaptaçã o adolescente. A evidê ncia de tais associa‐
çõ es ajudaria a situar as medidas e conclusõ es deste estudo dentro da literatura mais ampla sobre controlo parental e adaptaçã o infantil. Primeiro, foi realizada uma aná lise
fatorial confirmató ria multicaracterística e multimé todo para avaliar a validade dos relatos de monitoramento e controle psicoló gico da mã e e do adolescente. Em seguida,
uma sé rie de correlaçõ es e aná lises de regressã o foram computadas para examinar padrõ es de associaçã o entre monitoramento e controle psicoló gico e
ansiedade/depressã o e delinquê ncia no início da adolescê ncia, e até que ponto essas associaçõ es variaram em funçã o de (ou seja, foram moderadas por) gê nero infantil e
problemas anteriores de comportamento infantil.

As aná lises primá rias focaram nos antecedentes de monitoramento e controle psicoló gico da primeira infâ ncia. Aná lises de regressã o hierá rquica foram usadas para avaliar a
contribuiçã o ú nica da parentalidade proativa e da disciplina severa, as avaliaçõ es das mã es sobre os problemas externalizantes de seus filhos e as características do contexto
familiar para o monitoramento e controle psicoló gico dos primeiros adolescentes.

Análises Preliminares: Acompanhamento e Controle Psicoló gico e Adaptação Precoce do Adolescente

Aná lises fatoriais confirmató rias de domínios parentais Foi avaliado um modelo multicaracterístico e multimé todo que incluiu relatos de monitoramento e controle psicoló gico
de mã es e adolescentes. Dados de 425 famílias foram utilizados para ajuste do modelo de mensuraçã o. Foram criados cinco indicadores para cada um dos construtos: moni‐
toramento relatado pelo adolescente, controle psicoló gico relatado pelo adolescente e controle psicoló gico relatado pelos pais. Quatro indicadores foram criados para moni‐
toramento relatado pelos pais. Para reduzir a perda de dados resultante de respostas a itens faltantes e para manter uma proporçã o adequada de participantes por parâ me‐
tro, cada indicador para o monitoramento relatado pelos pais e os construtos de controle psicoló gico relatados pelos pais e pelos adolescentes foi a mé dia de dois itens sele‐
cionados aleatoriamente. Os itens que aparecem nas medidas de controle psicoló gico dos pais e dos adolescentes foram pareados de forma consistente entre os dois
construtos.

Para o modelo de mensuraçã o, dois fatores latentes representaram os dois domínios parentais e dois fatores latentes representaram fatores de origem (adolescente versus
mã e). Cada indicador foi autorizado a carregar um fator parental e um fator fonte. Os termos de erro nã o foram autorizados a covariar. Este modelo forneceu um bom ajuste
aos dados, conforme indicado por um índice de qualidade de ajuste ajustado (AGFI) de 0,929, um índice de ajuste comparativo (CFI) de 0,942 e um qui-quadrado aceitável, χ
2 ( 131 ) = 208,2, p = 0,001.

Comparaçõ es de modelos aninhados no modelo multicaracterística e multimé todo fornecem evidê ncias de validade convergente e discriminante ( Widaman, 1985 ). Para ava‐
liar a validade convergente, o modelo multicaracterística e multimé todo foi contrastado com um modelo que tinha os dois fatores de origem, mas nã o tinha os dois fatores
parentais. O modelo completo ajustou-se significativamente melhor, χ 2diff (20) = 383,9, p< 0,001, do que o modelo sem fatores parentais, sugerindo que os fatores parentais
eram necessá rios para reproduzir as covariâ ncias entre os indicadores, fornecendo assim evidê ncias de validade convergente. Para avaliar a validade discriminante, o mo‐
delo multitraço e multimé todo foi contrastado com modelos que estabelecem que os dois fatores parentais, ou os dois fatores fonte, estã o perfeitamente correlacionados. Em
essê ncia, testamos se um ú nico fator parental poderia explicar a covariaçã o entre os indicadores, bem como os dois fatores parentais. O modelo multicaracterística e multi‐
mé todo se ajustou significativamente melhor que o modelo com um ú nico fator de parentalidade, χ 2diff (1) = 95,9, p < 0,001, e significativamente melhor que o modelo com
um ú nico fator de fonte, χ 2diff (1) = 102,1,p < 0,001.

As inspeçõ es das cargas fatoriais indicaram pouca congruê ncia entre os relatos das mã es e dos adolescentes. Especificamente, o fator de controle psicoló gico no modelo mul‐
titraço e multimé todo foi definido quase exclusivamente pelos relatos das mã es, e o construto monitoramento foi definido principalmente pelos relatos dos adolescentes.
Alé m disso, a remoçã o dos factores de origem resultou num decré scimo substancial no ajuste do modelo, χ 2diff (20) = 433,4, p = 0,001. Com base nessas descobertas, foi ava‐
liado o ajuste de um modelo especificando quatro fatores parentais (monitoramento relatado pelo adolescente e pela mã e e controle psicoló gico relatado pelo adolescente e
pela mã e). O ajuste do modelo de quatro fatores foi comparável ao ajuste do modelo multitraço completo e multimé todo, AGFI = 0,927; CFI = 0,929; χ2 _(146) = 241,0, p =
0,001. Alé m disso, o modelo de quatro fatores ajustou-se significativamente melhor do que um modelo de dois fatores (isto é , combinando relatos da mã e e do adolescente),
χ 2diff (5) = 400,6, p = 0,001, e melhor do que um modelo de fator ú nico, χ 2diff (6) = 630,4, p = 0,001. Com base nessas aná lises, quatro variáveis ​parentais foram incluídas em
todas as aná lises subsequentes.

As correlaçõ es bivariadas entre as quatro variáveis ​parentais sã o mostradas emmesa 2. Os quatro índices parentais foram modestamente intercorrelacionados, com uma ex‐
ceçã o: o monitoramento relatado pelos adolescentes nã o estava significativamente relacionado ao controle psicoló gico relatado pela mã e.
mesa 2

Correlaçõ es bivariadas entre monitoramento, controle psicoló gico e problemas de comportamento

Monitoramento Controle Psicológico

Adolescente - Mãe- Adolescente - Mãe-


Relatado Relatado Relatado Relatado

Monitoramento relatado pela mãe .26 ***

Controle psicoló gico relatado por adolescentes −.31 *** −.13 **

Controle psicoló gico relatado pela mãe −0,05 −.24 *** .19 ***

Problemas de comportamento delinquente adolescente

Relatado pela mãe −.24 *** −0,47 *** 0,20 *** .27 ***
*** *** ***
Relatado pelo professor −0,25 −.32 .18 0,05

Relatado por adolescente −0,36 *** −.20 *** .22 *** 0,06

Ansiedade/depressão adolescente

Relatado pela mãe −0,03 −.14 * .18 *** .33 ***

Relatado pelo professor −0,08 −0,10 0,08 .01

Relatado por adolescente −0,13 −0,06 0,20 *** 0,06

Problemas de comportamento delinquente pré-adolescente

Relatado pela mãe −.15 *** −.30 *** 0,10 * −.15 ***

Relatado pelo professor −.24 *** −.26 *** .14 ​** .01

Ansiedade/depressão pré-adolescente

Relatado pela mãe 0,05 −.14 *** 0,07 0,05

Relatado pelo professor .01 −0,02 .03 −0,04

Nota: n s = 376 a 437.


*
p < 0,05
**
p < 0,01
*** p < 0,001.

Monitoramento e controle psicoló gico como preditores de ansiedade/depressã o e comportamento delinquente em adolescentes Examinamos primeiro até que ponto as rela‐
çõ es entre as variáveis ​antecedentes e as variáveis ​parentais na adolescê ncia foram moderadas pelo sexo da criança. Isso foi feito comparando matrizes de covariâ ncia con‐
forme recomendado por Rowe, Vazsonyi e Flannery (1994) . As covariâ ncias entre as quatro variáveis ​parentais e as 10 variáveis ​de problemas de comportamento foram
calculadas para meninos e meninas. Um modelo com restriçõ es que equacionam covariâ ncias entre os dois grupos nã o se ajustou bem aos dados, AGFI = 0,874; CFI = 0,956;
χ 2 (91) = 137,6, p< 0,001. Esta aná lise indicou que o sexo da criança moderou o conjunto de relaçõ es entre monitoramento, controle psicoló gico, ansiedade e comporta‐
mento delinquente. Devido à diferença significativa nas covariâ ncias, as aná lises multivariadas incluíram testes de interaçõ es entre gê nero infantil e parentalidade para identi‐
ficar padrõ es de moderaçã o específicos.

Correlaçõ es bivariadas entre as quatro variáveis ​parentais e as 10 variáveis ​de problemas de comportamento (6 pontuaçõ es de problemas de comportamento de adolescen‐
tes e 4 pontuaçõ es de problemas de comportamento de pré -adolescentes) estã o listadas emmesa 2. O padrã o de correlaçõ es sugere que a monitorizaçã o estava relacionada
(negativamente) de forma um pouco mais sistemá tica com o comportamento delinquente do que com a ansiedade. Em contraste, o controle psicoló gico foi associado (positi‐
vamente) tanto ao comportamento delinquente quanto à ansiedade. Estas descobertas sã o consistentes com pesquisas anteriores nesta á rea (por exemplo, Barber, 1996 ).

Para o conjunto final de aná lises, foram computadas regressõ es hierá rquicas, com o sexo da criança, a pontuaçã o alternativa do problema de comportamento do adolescente
(por exemplo, a ansiedade do adolescente era a pontuaçã o alternativa quando o comportamento delinquente do adolescente era a variável dependente) e a pontuaçã o do
problema de comportamento pré -adolescente como covariáveis. Essas aná lises també m examinaram as interaçõ es entre o gê nero e cada variável parental e entre os proble‐
mas de comportamento dos pré -adolescentes e cada variável parental na previsã o de problemas de comportamento dos adolescentes. As interaçõ es foram testadas individu‐
almente por meio de variáveis ​centradas e interpretadas por meio de procedimentos descritos por Jaccard, Turrisi e Wan (1990) . Para interpretar as interaçõ es entre variá ‐
veis ​contínuas, as inclinaçõ es foram calculadas em alta (+ 1 DP ) e baixa (- 1 DP)) níveis do moderador. Como os relató rios de problemas de comportamento pré -adolescentes
nã o estavam disponíveis nos adolescentes, alguns termos nã o foram incluídos como preditores de problemas de comportamento relatados pelos adolescentes. Essas aná lises
estã o resumidas emTabela 3.
Tabela 3

Análises de regressão hierárquica prevendo ansiedade/depressão e comportamento delinquente em adolescentes precoces devido a problemas de comportamento parental e pré-adolescente

Comportamento Delinquente Ansiedade depressão

Adolescente Mãe Professor Adolescente Mãe Professor


( n = 369) ( n = 386) ( n = 359) ( n = 369) ( n = 386) ( n = 359)

Principais efeitos (simultâneos)

Comportamento alternativo pontua um 0,35 *** 0,20 *** .26 *** 0,38 *** .22 *** 0,38 ***

Pontuação pré-adolescente b 0,40 *** .44 *** .53 *** .18 ***
c * ***
Gênero adolescente −0,05 0,08 −0,01 .18 .04 0,07

Monitoramento relatado por adolescentes −0,28 *** −0,09 * −0,07 .03 .04 .03

Monitoramento relatado pela mãe −0,09 −.29 *** −.16 *** .02 0,07 .01

Controle psicoló gico relatado por adolescentes −0,01 0,06 −0,02 .13 ** .11 ** .01

Controle psicoló gico relatado pela mãe .03 0,06 .04 .03 .13 *** .02

Interaçõ es com gênero

Monitoramento relatado por adolescentes −0,06 −.18 *** .01 −0,01 −0,05 −0,01

Monitoramento relatado pela mãe 0,07 −.13 * −0,06 −0,01 .02 0,08

Controle psicoló gico relatado por adolescentes .03 .11 * −0,03 −0,02 0,14 * 0,07

Controle psicoló gico relatado pela mãe −0,03 0,07 0,08 .09 −0,05 −0,11

Interaçõ es com problemas de comportamento pré-adolescentes

Monitoramento relatado por adolescentes .01 0,05 −0,01 .09

Monitoramento relatado pela mãe −0,01 −0,06 .04 −0,03

Controle psicoló gico relatado por adolescentes .01 −.12 ** 0,05 −0,01

Controle psicoló gico relatado pela mãe .02 −0,09 * −0,03 .12 *

Mudança R2 _

Monitorando os principais efeitos 0,09 *** 0,09 *** 0,03 *** .01 .01 .01

Principais efeitos do controle psicoló gico .01 .01 .01 0,02 * 0,03 *** .01

Nota: Todas as mediçõ es são βs padrão.


a A pontuação de ansiedade do adolescente da mesma fonte (ou seja, adolescente, mãe ou professor) foi a pontuação de problema de comportamento alternativo para o comportamento delinquente do
adolescente, e a pontuação de comportamento delinquente do adolescente foi a pontuação de problema de comportamento alternativo para a ansiedade do adolescente.
b
A pontuação do comportamento delinquente pré-adolescente da mesma fonte (ou seja, mãe ou professor) foi incluída na análise do comportamento delinquente para essa fonte, e a pontuação de ansiedade da
mesma fonte pré-adolescente foi incluída na análise do comportamento de ansiedade para essa fonte.
c
Codificado como 0 = masculino, 1 = feminino.
*
p < 0,05
** p < 0,01
***
p < 0,001.

O comportamento delinquente do início da adolescê ncia foi considerado em primeiro lugar. O monitoramento relatado pelos adolescentes e pela mã e foi responsável por
10% da variâ ncia no comportamento delinquente relatado pelos adolescentes, 9% da variâ ncia no comportamento delinquente relatado pela mã e e 3% da variâ ncia no com‐
portamento delinquente relatado pelos professores. O controle psicoló gico nã o foi responsável por nenhuma variaçã o ú nica no comportamento delinquente. O gê nero da cri‐
ança interagiu com o monitoramento e o controle psicoló gico relatado pelo adolescente apenas na previsã o da delinquê ncia relatada pela mã e. O monitoramento foi associ‐
ado mais fortemente a níveis mais baixos de comportamento delinquente relatado pela mã e para meninas, inclinaçõ es = −0,22, p < 0,001, e −0,38, p < 0,001, para monitora‐
mento relatado por adolescentes e pais, respectivamente, do que para meninos, inclinaçõ es = 0,04,ns e −0,20, p < 0,001. O comportamento delinquente relatado pela mã e
també m foi previsto pelo controle psicoló gico das mã es para as meninas, inclinaçã o = 0,14, p < 0,05, mas nã o para os meninos, inclinaçã o = -0,01, ns .

Duas interaçõ es Problemas de Comportamento Pré -Adolescentes x Controle Psicoló gico relatadas pelos professores foram preditores significativos do comportamento delin‐
quente adolescente relatado pelos professores. O controle psicoló gico relatado pela mã e foi negativamente relacionado a problemas de comportamento delinquente quando
os problemas de comportamento delinquente pré -adolescentes relatados pelo professor eram altos, inclinaçã o = -0,12, p < 0,10, mas nã o quando os problemas de comporta‐
mento pré -adolescente eram baixos, inclinaçã o = 0,06, ns . Em contraste, o controle psicoló gico relatado pelos adolescentes estava positivamente relacionado a problemas de
comportamento delinquente quando os problemas de comportamento delinquente pré -adolescente eram baixos, inclinaçã o = 0,14, p < 0,05, mas nã o quando os problemas
de comportamento delinquente pré -adolescente eram altos, inclinaçã o = -0,02, ns. Ou seja, entre as crianças com altos níveis de problemas de comportamento delinquente
pré -adolescente, mais controle psicoló gico relatado pela mã e foi associado a menos problemas subsequentes de comportamento delinquente na adolescê ncia, conforme ob‐
servado pelos professores, mas entre crianças com baixos níveis de problemas de comportamento delinquente pré -adolescente, mais problemas de comportamento delin‐
quente pré -adolescente, mais relatados pelos adolescentes. o controle psicoló gico foi associado a níveis mais elevados de problemas de comportamento delinquente em ado‐
lescentes relatados por professores.

A previsã o de ansiedade e depressã o no início da adolescê ncia foi considerada em seguida. O controle psicoló gico relatado pela mã e e pelo adolescente foi responsável por
2% da variâ ncia na ansiedade relatada pelos adolescentes e 3% da variâ ncia na ansiedade relatada pela mã e. Nenhuma das variáveis ​de controle psicoló gico foi responsável
pela variaçã o ú nica na ansiedade relatada pelos professores. O monitoramento nã o levou em conta nenhuma variaçã o ú nica na ansiedade. Alé m desses efeitos principais,
houve uma interaçã o significativa entre gê nero infantil x controle psicoló gico e uma interaçã o significativa entre ansiedade pré -adolescente x controle psicoló gico. O controle
psicoló gico relatado pelos adolescentes foi relacionado à ansiedade relatada pela mã e para as meninas, inclinaçã o = 0,22, p < 0,001, mas nã o para os meninos, inclinaçã o =
0,03, ns. Esta interaçã o indica que entre as meninas, mas nã o entre os meninos, os altos níveis de controle psicoló gico relatados pelos adolescentes estavam associados a
mais ansiedade relatada pelas mã es. O controle psicoló gico relatado pela mã e foi positivamente associado à ansiedade relatada pelo professor quando havia altos níveis de
ansiedade pré -adolescente, inclinaçã o = 0,17, p < 0,05, mas nã o quando havia níveis baixos de ansiedade pré -adolescente, inclinaçã o = -0,11, ns .

Análises Primárias: Antecedentes do Monitoramento e Controle Psicoló gico na Parentalidade na Primeira Infância, Avaliação das Mães sobre Adaptação Infantil e
Características do Antecedentes Familiares

Diferenças nos padrõ es de relacionamento em funçã o do gênero da criança Tal como acontece com as aná lises preliminares, foi examinado primeiro até que ponto as relaçõ es
entre monitorizaçã o, controlo psicoló gico, ansiedade/depressã o e comportamento delinquente foram moderadas pelo gé nero da criança. Matrizes de covariâ ncia incluindo
as quatro variáveis ​parentais e as nove variáveis ​antecedentes foram calculadas separadamente para meninos e meninas. Um modelo com restriçõ es que equacionam covari‐
â ncias entre os dois grupos proporcionou um bom ajuste aos dados, AGFI = 0,948; CFI = 0,986; χ 2 (36) = 40,2, p = 0,29. Esta abordagem é aná loga a um ô nibus Fteste e os
resultados indicaram que o sexo da criança nã o moderou significativamente o conjunto de relaçõ es entre as medidas de monitoramento, controle psicoló gico e as variáveis ​
antecedentes. As interaçõ es entre o sexo da criança e as variáveis ​antecedentes individuais, portanto, nã o foram consideradas mais profundamente.
Correlaçõ es entre medidas antecedentes e monitoramento e controle psicoló gico Em geral, a parentalidade relatada pela mã e foi associada de forma mais consistente com me‐
didas antecedentes do que a parentalidade relatada pelos adolescentes (verTabela 4). Este foi especialmente o caso da monitorizaçã o relatada pela mã e, que estava significa‐
tivamente relacionada com cada uma das medidas antecedentes: Níveis mais elevados de monitorizaçã o relatada pela mã e foram associados a um NSE mais elevado, sexo da
criança (mais monitorizaçã o para as meninas), estado civil da mã e (menos monitorizaçã o em famílias monoparentais), envolvimento mais proativo e disciplina menos severa,
e níveis mais baixos de problemas de comportamento pré -escolares avaliados pelas mã es. O monitoramento relatado pelos adolescentes foi associado apenas ao envolvi‐
mento proativo. Níveis mais elevados de controle psicoló gico relatados pela mã e e pelo adolescente foram associados a níveis mais elevados de disciplina severa; o controle
psicoló gico relatado pela mã e també m foi associado a níveis mais elevados de problemas de comportamento na pré -escola.

Tabela 4

Correlaçõ es Bivariadas entre Variáveis ​Antecedentes da Primeira Infância e Monitoramento e Controle Psicoló gico na Primeira Adolescência

Monitoramento Controle Psicológico

Adolescente - Mãe- Adolescente - Mãe-


Relatado Relatado Relatado Relatado

Características de antecedentes familiares

Status socioeconô mico a .09 .18 *** 0,00 .04

Gênero da criança b 0,05 .14 ​** −0,02 −0,02

Estado civil c −0,09 −.17 *** 0,00 −0,03

Paternidade precoce

Envolvimento proativo .11 * 0,15 ** .01 0,07

Disciplina severa −0,03 −.11 * .13 ** .12 *

Adaptação precoce da criança

Comportamento externalizante −0,04 −.18 *** 0,08 .22 ***

Nota: n s = 424 a 437.


a Pré-escola avaliada.
b
Codificado como 0 = masculino, 1 = feminino.
c
Codificado como 0 = família com dois pais, 1 = família com mãe solteira.
*p < 0,05
**
p < 0,01
***
p < 0,001.

Aná lises de regressã o hierá rquica Cada uma das quatro medidas parentais na adolescê ncia serviu como variável dependente em uma sé rie de aná lises de regressã o. As variá ‐
veis ​independentes foram as medidas que representam os trê s domínios dos antecedentes da primeira infâ ncia (isto é , parentalidade, classificaçõ es das mã es sobre proble‐
mas externalizantes na pré -escola e características do contexto familiar). Esses domínios de variáveis ​foram inseridos nas aná lises de regressã o em uma ordem distal para
proximal devido ao nosso interesse em examinar se a parentalidade precoce contribuiu para a previsã o de uma parentalidade posterior, apó s primeiro controlar as variáveis
​de antecedentes familiares, e se as percepçõ es pré -escolares das mã es sobre o ajustamento dos filhos contribuiu para a previsã o de parentalidade posterior, apó s primeiro
controlar o histó rico familiar e a parentalidade anterior. Nessas aná lises, a medida parental alternativa foi controlada primeiro (por exemplo, na previsã o do monitoramento
relatado pela mã e, o controle psicoló gico relatado pela mã e foi a medida “alternativa” e foi inserida primeiro). Isto foi feito porque, conforme indicado nas correlaçõ es bivari‐
adas, as medidas partilhavam alguma variâ ncia comum. Foram avaliados os antecedentes distintos de cada um, apó s controle de sua sobreposiçã o. A multivariadan s foram
414 para as aná lises com as variáveis ​parentais relatadas pela mã e e 413 para as aná lises com as variáveis ​parentais relatadas pelos adolescentes. Os resultados das aná lises
de regressã o estã o resumidos emTabela 5eTabela 6.

Tabela 5

Regressõ es Hierárquicas Prevendo Relató rio de Monitoramento de Mães e Adolescentes (8ª série)

Monitoramento

Relatado pela mãe ( n = 414) Relatado por adolescente ( n = 413)

Preditor Padrão β ΔR2 _ _ Padrão β ΔR2 _ _


***
Passo 1 0,05 0,09 ***
Controle
psicoló gico −.22 *** −.30 ***

Passo 2 0,08 *** 0,02 *

Status socioeconô mico b .16 ** 0,07

Gênero infantil c .18 *** 0,06

Estado civil b , d −.14 ** −0,08

etapa 3 0,02 * 0,01 *

Envolvimento proativo b .14 ​** .12 *

Disciplina severa b −0,01 .03

Passo 4 .01 0,00 *

Comportamento externalizante e −0,08 .01

a
Ao prever o monitoramento relatado pela mãe, o controle psicoló gico relatado pela mãe foi inserido primeiro. Ao prever o monitoramento relatado pelo adolescente, o controle psicoló gico relatado pelo
adolescente foi inserido primeiro.
b
Avaliado na pré-escola.
c
Codificado como 0 = masculino, 1 = feminino.
d
Codificado como 0 = família com dois pais, 1 = família com mãe solteira.
e
Relato de mãe da pré-escola sobre comportamento externalizante da criança.
*
p < 0,05
**
p < 0,01
***
p < 0,001.
Tabela 6

Regressõ es hierárquicas prevendo relato de mãe e adolescente sobre controle psicoló gico (8ª série)

Controle Psicológico

Relatado pela mãe ( n = 414) Relatado por adolescente ( n = 413)

Preditor Padrão β ΔR2 _ _ Padrão β ΔR2 _ _


***
Passo 1 0,05 0,09 ***
um *** ***
Monitorando −.22 −.30

Passo 2 .01 0,00

Status socioeconô mico b 0,08 .04

Gênero infantil c .03 −0,02

Estado civil b , d −0,03 0,00

etapa 3 0,02 * 0,01 *


b *
Envolvimento proativo 0,10 .04

Disciplina severa b .11 * .12 *

Passo 4 0,04 *** 0,00

Comportamento externalizante e .21 *** 0,05

a
Ao prever o controle psicoló gico relatado pela mãe, o monitoramento relatado pela mãe foi inserido primeiro. Ao prever o controle psicoló gico relatado pelo adolescente, o monitoramento relatado pelo
adolescente foi inserido primeiro.
b
Avaliado na pré-escola.
c
Codificado como 0 = masculino, 1 = feminino.
d Codificado como 0 = família com dois pais, 1 = família com mãe solteira.
e
Relato de mãe da pré-escola sobre comportamento externalizante da criança.
*
p < 0,05
*** p < 0,001.

Os resultados para o monitoramento relatado pela mã e e pelo adolescente sã o altamente semelhantes (verTabela 5). Depois de controlar a covariaçã o entre monitoramento
e controle psicoló gico (significativo em ambos os casos), foram encontradas previsõ es incrementais significativas para o conjunto de antecedentes familiares (embora ne‐
nhum dos βs individuais tenha sido significativo para o monitoramento relatado pelos adolescentes) e para o conjunto parental. No que diz respeito à parentalidade, apenas
a parentalidade proativa contribuiu significativamente para a previsã o de monitorizaçã o posterior. Consistente com as correlaçõ es bivariadas, o monitoramento relatado pela
mã e també m foi previsto pelo SES familiar anterior, pelo sexo da criança e pelo estado civil. Problemas de externalizaçã o de crianças pré -escolares relatados pela mã e nã o fo‐
ram preditivos de monitoramento posterior nessas aná lises. Assim, verifica-se que o acompanhamento nos primeiros anos da adolescê ncia, conforme relatado tanto pelas
mã es como pelos adolescentes,

Voltando-se para o controle psicoló gico (Tabela 6), tanto os índices relatados pelas mã es quanto os relatados pelos adolescentes foram significativamente previstos pela se‐
vera disciplina parental anterior, apó s controlar a covariaçã o com monitoramento simultâ neo. Os relatos das mã es sobre o controle psicoló gico també m foram significativa‐
mente previstos pela parentalidade positiva/proativa e pelas avaliaçõ es das mã es sobre os problemas externalizantes de seus filhos na primeira infâ ncia. O surgimento da pa‐
rentalidade proativa como preditor nestas aná lises provavelmente reflete um efeito supressor, na medida em que a parentalidade proativa e o controle psicoló gico relatado
pela mã e nã o foram significativamente relacionados no nível bivariado. As características ecoló gicas familiares nã o foram associadas ao controle psicoló gico posterior. Esses
achados sugerem antecedentes um tanto diferentes para relatos de mã es e adolescentes,

DISCUSSÃ O

Neste estudo, um desenho prospectivo, longitudinal e multiinformante foi utilizado para examinar os antecedentes e os correlatos comportamento-problema de monitora‐
mento e controle psicoló gico. Consistente com as ligaçõ es hipoté ticas, o monitoramento foi antecedido por um estilo parental proativo anterior, enquanto o controle psicoló ‐
gico foi antecedido por uma educaçã o parental severa e, para relatos de controle psicoló gico das mã es, por julgamentos maternos anteriores de problemas de comporta‐
mento externalizantes da criança. Este é o primeiro estudo empírico conhecido que demonstra que estas duas formas-chave de controlo parental dos adolescentes tê m pre‐
cursores distintos na primeira infâ ncia. També m consistente com as expectativas e com pesquisas anteriores, o monitoramento e o controle psicoló gico mostraram um pa‐
drã o coerente de relaçõ es com ansiedade/depressã o e comportamento delinquente no final da meia-infâ ncia e adolescê ncia. Altos níveis de monitoramento foram associa‐
dos a níveis mais baixos de comportamento delinquente, e o controle psicoló gico foi associado a níveis mais elevados de ansiedade/depressã o e comportamento delinquente.
Como será discutido mais adiante, os padrõ es de relaçõ es que envolvem o controlo psicoló gico diferiram um pouco entre rapazes e raparigas, entre crianças com níveis ele‐
vados e baixos de problemas de comportamento no final da infâ ncia e entre relatos de mã es versus adolescentes.

O objetivo principal deste estudo foi determinar se o monitoramento e o controle psicoló gico tê m antecedentes comuns ou ú nicos na parentalidade precoce, no ajustamento
infantil e na ecologia familiar. Foi levantada a hipó tese de que o monitoramento tivesse suas raízes em uma orientaçã o proativa/preventiva precoce para a parentalidade. Esta
hipó tese recebeu apoio no sentido de que o acompanhamento, relatado tanto pelas mã es como pelos adolescentes, estava significativamente associado a um estilo parental
precoce marcado por uma orientaçã o preventiva para lidar com o comportamento social problemá tico das crianças. O planejamento proativo e a orientaçã o antecipada de‐
monstraram ser ferramentas eficazes de socializaçã o com crianças em idade pré -escolar ( Pettit & Bates, 1989 ; Russell & Russell, 1996). Descobriu-se també m que estes as‐
pectos do controlo parental convergem modestamente com outros comportamentos parentais positivos e de apoio na primeira infâ ncia ( Pettit et al., 1997 ). O monitora‐
mento parental na adolescê ncia també m reflete elementos de antecipaçã o e planejamento, em termos de regras e regulamentos estruturados, bem como no “rastreamento
de comportamento” ( Dishion & McMahon, 1998). Segundo Dishion e McMahon, as competê ncias de rastreamento sã o necessá rias para o acompanhamento de crianças de
todas as idades, mas sã o insuficientes para um acompanhamento eficaz de crianças mais velhas e adolescentes. Nestas idades mais avançadas – quando as crianças passam
cada vez mais tempo em ambientes extrafamiliares – sã o necessá rias novas competê ncias de monitorizaçã o, especialmente competê ncias de comunicaçã o e de escuta eficaz.
Tais competê ncias facilitam a capacidade dos pais de se manterem informados sobre o paradeiro e os companheiros dos seus filhos, e aumentam a probabilidade de as crian‐
ças cumprirem as regras familiares relativamente à forma como o tempo discricioná rio deve ser gasto.

Juntas, estas duas vertentes – antecipaçã o e acompanhamento do comportamento da criança e envolvimento positivo e comunicaçã o com a criança – podem explicar a asso‐
ciaçã o significativa entre a medida de ensino proactivo na primeira infâ ncia e a medida de monitorizaçã o na primeira infâ ncia. També m subjacente a esta associaçã o pode es‐
tar a presença de uma filosofia de criaçã o proactiva duradoura em algumas mã es, que se expressa de diferentes maneiras, dependendo da idade da criança e das exigê ncias
de socializaçã o prevalecentes. Na primeira infâ ncia, esta filosofia pode manifestar-se no endosso de uma abordagem planeada, antes que os problemas surjam, para ensinar
competê ncias de resoluçã o de problemas interpessoais.

Previmos també m que o acompanhamento das mã es seria precedido por características favoráveis ​do contexto familiar. Esta hipó tese foi derivada em parte de pesquisas so‐
bre os determinantes da parentalidade (por exemplo, Belsky, 1984 ; Bogenschneider, Small, & Tsay, 1997), que consistentemente descobriu que a parentalidade eficaz está li‐
gada a uma variedade de apoios e vantagens ecoló gicos e só cio-contextuais. Os achados aqui relatados sã o consistentes com essa hipó tese, na medida em que os relatos de
monitoramento das mã es foram associados a fatores ecoló gicos familiares precoces como um conjunto, bem como a características individuais de fundo, ou seja, com NSE
mais elevado e estado civil intacto. Os relatos de monitoramento dos adolescentes estavam relacionados à s características de antecedentes como um conjunto, mas nã o a ne‐
nhuma característica de antecedentes individual.
A ligaçã o entre os relatos das mã es sobre a monitorizaçã o e as características ecoló gicas da família pode reflectir uma norma cultural relativa à “adequaçã o” deste tipo de
comportamento parental (isto é , que as mã es de classe mé dia em famílias convencionais podem estar mais aptas a reconhecer a conveniê ncia de supervisionar os seus fi‐
lhos). e rastrear o seu paradeiro, enquanto as mã es com NSE mais baixo podem considerar menos importante fazê -lo). A ligaçã o empírica entre a monitorizaçã o e os antece‐
dentes familiares també m pode reflectir um efeito de stress materno, pelo qual as mã es de famílias mais ricas e conjugalmente intactas, onde o stress é presumivelmente me‐
nos grave e menos provável de influenciar as percepçõ es, descrevem a sua parentalidade de formas mais positivas. Por outro lado, em famílias monoparentais economica‐
mente desfavorecidas, onde um maior stress pode gerar percepçõ es generalizadamente negativas,Wahler e Dumas, 1989 ). As características ecoló gicas da família nã o foram
preditivas dos relatos de controle psicoló gico das mã es (ou adolescentes), o que levanta algumas dú vidas sobre a interpretaçã o da percepçã o tendenciosa. Pode ser simples‐
mente que as mã es solteiras com baixo nível socioeconô mico achem mais difícil rastrear e supervisionar o paradeiro de seus filhos ( Pettit et al., 1999 ).

Apresentá mos duas previsõ es relativamente aos antecedentes do controlo psicoló gico: primeiro, que estaria associado a uma parentalidade severa e precoce e, segundo, que
seria previsto pelos relatos anteriores das mã es sobre os problemas de comportamento externalizantes dos seus filhos. Ambas as previsõ es foram apoiadas por relatos de
controle psicoló gico das mã es; apenas a previsã o de disciplina severa anterior foi apoiada pelos relatos dos adolescentes. Barber e Harmon (no prelo)argumentou que o
controle psicoló gico é um marcador de uma relaçã o hostil e disfuncional entre pais e filhos e, como tal, pode-se esperar que esteja enraizado em padrõ es histó ricos de nega‐
tividade entre pais e filhos. No contexto atual, as mã es que foram duras e punitivas em encontros disciplinares na primeira infâ ncia eram mais propensas a serem psicologica‐
mente intrusivas e manipuladoras nos primeiros anos da adolescê ncia. Esta conexã o intertemporal sugere que, consistente com o trabalho de Barber e Harmon (no prelo)ar‐
gumentos, em algumas famílias existe uma corrente persistente de hostilidade e falta de respeito pela autonomia que pode abranger desde a primeira infâ ncia até ao início
da adolescê ncia. Nã o está claro se é o estilo de disciplina severo e restritivo que contribui para conflitos posteriores sobre questõ es de autonomia na adolescê ncia, ou se os
atributos parentais que acompanham a disciplina severa (por exemplo, rejeiçã o ou controle ineficaz e coercitivo) preparam o terreno para o conflito posterior ( Baumrind,
1989 ; Patterson et al., 1992 ). Que os pais coercivos possam ser vistos como psicologicamente controladores anos mais tarde é compreensível se as intrusõ es dos pais e a
gestã o excessiva do comportamento e da autonomia continuaram durante os anos da infâ ncia.

Permanece a questã o de saber por que a medida de disciplina severa usada aqui - que se descobriu estar consistentemente associada a problemas de externalizaçã o ( Dodge
et al., 1994 ; Pettit et al., 1997) – prevê o uso posterior de uma estraté gia de controle parental que prediz o comportamento ansioso/deprimido com mais força do que o
comportamento delinquente. Duas possibilidades podem ser consideradas como explicaçõ es deste efeito. A primeira é que alguns dos pais que desde cedo se envolvem em
disciplina severa tê m a intençã o de controlar nã o apenas o comportamento evidente dos seus filhos, mas també m a crescente autonomia psicoló gica dos seus filhos. Este
subconjunto de pais que disciplinam severamente pode mais tarde tornar-se pais psicologicamente controladores. Uma possibilidade relacionada é que a hostilidade que
pode estar presente tanto na disciplina severa como no controlo psicoló gico possa ter um impacto diferente na adaptaçã o da criança, dependendo da idade da criança. Na
primeira infâ ncia, quando as questõ es de conformidade sã o fundamentais, o resultado provável de tal hostilidade pode ser o descumprimento, a resistê ncia,Patterson et al.,
1992 ). No início da adolescê ncia, quando as questõ es de autonomia e individuaçã o estã o em ascensã o, pode-se esperar que a hostilidade dos pais e as intrusõ es psicoló gicas
relacionadas levem ao retraimento, à insegurança e a outros tipos de comportamento internalizantes (Steinberg, 1990 ) .

O controle psicoló gico relatado pela mã e foi previsto tanto por um estilo parental proativo precoce quanto pelas avaliaçõ es das mã es sobre os problemas externalizantes de
seus filhos. Deve-se notar que a parentalidade proativa e o controle psicoló gico nã o foram significativamente relacionados no nível bivariado, o que sugere a possibilidade de
que a parentalidade proativa tenha surgido como um preditor significativo nas aná lises de regressã o devido a um efeito supressor. A interpretaçã o de tal efeito deve ser feita
com cautela. Na discussã o que se segue, é destacada a relaçã o prevista (e encontrada) entre o controlo psicoló gico e os relatos anteriores das mã es sobre os problemas de
comportamento dos seus filhos, e é apresentada uma descriçã o altamente especulativa de uma possível ligaçã o entre a parentalidade proactiva precoce e o controlo psicoló ‐
gico posterior.

Se as classificaçõ es das mã es sobre problemas externalizantes na primeira infâ ncia marcam os seus julgamentos sobre a capacidade de gestã o dos seus filhos, e se tais julga‐
mentos covariem com um estilo de disciplina severo e coercivo, entã o uma previsã o de controlo psicoló gico posterior poderia ser esperada, nos moldes descritos anterior‐
mente. Esta interpretaçã o implica que as características das mã es (por exemplo, um estilo coercivo) sã o a força motriz por detrá s desta previsã o transversal ao tempo. É evi‐
dente, no entanto, que as características da criança podem figurar de forma proeminente nesta ligaçã o longitudinal, com os jovens difíceis de gerir a suscitar um tratamento
parental mais severo, o que contribui entã o para o desenvolvimento de níveis ainda mais elevados de comportamento problemá tico infantil (Bates, Pettit, Dodge, & Ridge ,
1998 ; Patterson et al., 1992 ).

Os resultados da regressã o que mostraram uma associaçã o significativa entre a parentalidade proactiva precoce e o controlo psicoló gico posterior foram inesperados e, de
certa forma, parecem ir contra pesquisas anteriores que mostram que uma orientaçã o proactiva prevê menos problemas de ajustamento comportamental na infâ ncia e ado‐
lescê ncia (por exemplo, Pettit et al . ., 1997). Especula-se que o que pode ligar a parentalidade proactiva e preventiva na primeira infâ ncia com a parentalidade psicologica‐
mente controladora no início da adolescê ncia é a consistê ncia ao longo do tempo de uma tendê ncia para gerir excessivamente (ou mostrar preocupaçã o indevida com) as ex‐
pressõ es de assertividade e independê ncia das crianças. Ou seja, algumas mã es podem recorrer a um estilo orientado para a prevençã o quando há poucos motivos para o fa‐
zer; isto é , seus filhos raramente se comportam mal ou testam os limites impostos pelos pais. O ensino proativo em tal contexto pode ser visto como uma forma intrusiva de
gestã o do comportamento. Como observado anteriormente, a intrusividade tem sido considerada por alguns como um indicador-chave do controle psicoló gico ( Barber e
Harmon, no prelo). Assim, sob certas condiçõ es (isto é , na ausê ncia de necessidade aparente), o envolvimento proactivo pode estar ligado a um controlo psicoló gico poste‐
rior, porque cada um está preocupado, pelo menos em parte, com a gestã o excessiva da criança e com a restriçã o do desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade
pessoal.

No centro desta formulaçã o estã o os contextos ou condiçõ es em que a parentalidade proativa é aplicada. Esta perspectiva contextual foi recentemente utilizada como guia
numa aná lise de moderadores de associaçõ es entre a parentalidade na primeira infâ ncia e a parentalidade no início da adolescê ncia ( Pettit & Laird, no prelo). Descobriu-se
que as percepçõ es das mã es sobre o ajustamento comportamental dos seus filhos moderam a relaçã o entre a parentalidade proactiva e o controlo parental posterior: entre
as mã es que classificaram os seus filhos como tendo elevado nível de externalizaçã o de problemas, a parentalidade proactiva foi significativamente associada à monitorizaçã o
posterior, mas nã o ao controlo psicoló gico posterior. Para o grupo de mã es que classificaram os seus filhos como tendo baixos problemas de externalizaçã o, a parentalidade
proactiva previu significativamente o controlo psicoló gico posterior, mas nã o a monitorizaçã o posterior. Estas descobertas fornecem suporte preliminar para a proposiçã o de
que as conexõ es entre a parentalidade precoce e a posterior sã o condicionais, isto é , que a direçã o e a magnitude de tais relaçõ es variam em funçã o dos contextos sociais e
ecoló gicos mais amplos da vida familiar (Pettit & Laird, no prelo).

O monitoramento parental e o controle psicoló gico têm correlaçõ es distintas entre problemas de comportamento?

Consistente com pesquisas anteriores (por exemplo, Barber, 1996 ; Herman et al., 1997 ), as correlaçõ es bivariadas mostraram que a ausê ncia de monitoramento – relatada
por mã es ou adolescentes – estava associada mais fortemente a problemas de comportamento delinquente do que à ansiedade/depressã o. A magnitude dessas relaçõ es foi
comparável para o comportamento delinquente relatado pela mã e, pelo professor e pelo adolescente. Houve uma correlaçã o negativa modesta, mas significativa, entre os re‐
latos das mã es sobre monitoramento e os relatos das mã es sobre ansiedade/depressã o na adolescê ncia. Este estudo junta-se a muitos outros (por exemplo, ver Dishion &
McMahon, 1998 ) ao destacar a falta de monitorizaçã o como um factor de risco no desenvolvimento de problemas de comportamento delinquente e anti-social nas crianças.

També m consistente com pesquisas anteriores (por exemplo, Barber, 1996 ; Conger et al., 1997 ), as correlaçõ es bivariadas indicaram que o uso do controle psicoló gico pe‐
las mã es estava associado tanto à ansiedade/depressã o quanto a problemas de comportamento delinquente, conforme relatado pelas mã es e pelos adolescentes. eles mes‐
mos. A ansiedade avaliada pelos professores nã o estava relacionada com nenhuma variável parental, o que provavelmente atesta a dificuldade de detectar – ou mesmo per‐
ceber – comportamentos ansiosos em ambientes de ensino mé dio ( Achenbach et al., 1987 ). Outra evidê ncia da dificuldade dos professores em avaliar a
ansiedade/depressã o é sugerida pela muito modesta consistê ncia interna composta ao longo dos anos para as classificaçõ es de ansiedade/depressã o dos professores.

Embora as correlaçõ es bivariadas sugiram sobreposiçã o preditiva entre o controle psicoló gico e ambos os tipos de problemas de comportamento, as aná lises de regressã o -
nas quais a covariaçã o entre os comportamentos problemá ticos, bem como a forma alternativa de parentalidade, foram controladas - indicaram que a ansiedade/depressã o
foi prevista exclusivamente por controle psicoló gico, mas nã o por monitoramento. Isto é consistente com Barber et al. (1994) interpretam que o uso de estraté gias de con‐
trole psicologicamente manipulativas pelos pais pode prejudicar o desenvolvimento da autonomia e do senso de identidade de seus adolescentes e contribuir para o medo, a
insegurança e outros comportamentos ansiosos. Alternativamente, pode ser que crianças cada vez mais ansiosas tendam a suscitar uma parentalidade mais crítica.
No que diz respeito à s diferenças de gé nero nestes padrõ es de relaçõ es, a monitorizaçã o das mã es foi associada a menos problemas de comportamento delinquente relata‐
dos pelas mã es entre as raparigas do que entre os rapazes, depois de controlados os problemas de delinquê ncia pré -adolescentes. Da mesma forma, as percepçõ es das me‐
ninas sobre altos níveis de controle psicoló gico foram associadas a níveis mais elevados de ansiedade e comportamento delinquente relatados pela mã e (novamente, apó s
controle de problemas aná logos da pré -adolescê ncia). Estas descobertas sugerem duas possibilidades: que as raparigas que consideram as suas mã es psicologicamente con‐
troladoras possam reagir de uma forma que leve as suas mã es a julgá -las como sendo mais anti-sociais, ou, adoptando uma visã o mais bidireccional, que à medida que as ra‐
parigas mostram cada vez mais sinais de problemas de comportamento, os seus o uso de estraté gias de controle psicoló gico pelas mã es aumenta,

Porque é que as raparigas podem ser particularmente sensíveis aos comportamentos controladores das suas mã es? Poderíamos especular que, como as meninas tendem a
ser monitoradas mais de perto do que os meninos (por exemplo, Pettit et al., 1999 ), é possível que, atravé s de uma maior vigilâ ncia, as mã es tomem consciê ncia dos proble‐
mas comportamentais incipientes das meninas e modifiquem as suas estraté gias de monitorizaçã o e supervisã o em conformidade. . Dado que o comportamento delinquente
é comparativamente mais “normativo” para os rapazes do que para as raparigas, as mã es podem conceder aos rapazes mais margem de manobra e trabalhar menos ardua‐
mente (no sentido de monitorizaçã o e supervisã o) para alterar o comportamento dos seus rapazes. Por outro lado, as meninas apresentam níveis mais elevados de compor‐
tamentos ansiosos do que os meninos, em mé dia, e a ansiedade das meninas pode ser especialmente vulnerável à exploraçã o por pais psicologicamente manipuladores (Con‐
ger et al., 1997).).

Este estudo també m procurou identificar se as ligaçõ es entre o monitoramento e o controle psicoló gico das mã es e os problemas de comportamento dos primeiros adoles‐
centes eram condicionais, no sentido de que os padrõ es de relacionamento diferiam em funçã o do ajustamento pré -adolescente. Níveis mais elevados de monitorizaçã o pa‐
rental foram associados a níveis mais baixos de comportamento delinquente, tanto para crianças que anteriormente apresentavam níveis mais elevados, como para aquelas
que apresentavam níveis mais baixos de comportamento delinquente. Contudo, as ligaçõ es entre o controle psicoló gico e o ajustamento comportamental variaram de acordo
com o histó rico de ajustamento dos adolescentes. Especificamente, altos níveis de controle psicoló gico foram associados a mais comportamentos delinquentes relatados por
professores entre adolescentes que exibiam menos comportamentos delinquentes antes da adolescê ncia, e com mais ansiedade/depressã o relatada por professores entre
adolescentes propensos à ansiedade. Nã o está claro, a partir destes resultados, se o uso do controle psicoló gico pelas mã es altera de alguma forma o curso do desenvolvi‐
mento de problemas de comportamento, ou se as mã es ajustam sua parentalidade em resposta aos problemas de adaptaçã o dos adolescentes. É claro que, com toda a pro‐
babilidade, estã o a funcionar processos bidirecionais, atravé s dos quais os adolescentes “extraem” certos comportamentos dos seus pais e os pais “empurram” os seus ado‐
lescentes de formas específicas.

Conclusõ es, limitaçõ es e direçõ es futuras

Os dados aqui apresentados sugerem que os construtos de monitoramento e controle psicoló gico tê m padrõ es distintos de antecedentes da primeira infâ ncia e resultados de
problemas de comportamento. Alé m disso, os dados sugerem que os padrõ es antecedentes diferem um pouco em funçã o de qual membro da família – mã e ou adolescente –
fornece a informaçã o parental, e que os resultados diferem dependendo se os comportamentos problemá ticos dos meninos ou das meninas estã o sendo considerados, bem
como se os adolescentes anteriormente apresentavam padrõ es de ajustamento relativamente altos ou baixos na meia-infâ ncia. As diferenças entre os informantes foram mais
evidentes no que diz respeito ao controlo psicoló gico, o que seria de esperar, dada a sua natureza presumivelmente mais subjectiva. As diferenças de gé nero nos resultados
foram evidentes tanto para a monitorizaçã o como para o controlo psicoló gico, com ambas as formas de controlo mostrando ligaçõ es mais fortes (relativamente falando) com
o ajustamento das raparigas do que com o ajustamento dos rapazes. Finalmente, o ajustamento anterior moderou as relaçõ es entre o controlo psicoló gico (mas nã o a moni‐
torizaçã o) e os resultados do ajustamento.

As ligaçõ es empíricas entre os antecedentes da primeira infâ ncia e as pontuaçõ es dos pais na primeira adolescê ncia foram uniformemente de magnitudes modestas. Dado
que o período preditivo de 9 anos do estudo se sobrepô s a duas grandes transiçõ es de desenvolvimento – a da pré -escola para a idade escolar e a da idade escolar para o
início da adolescê ncia – provavelmente nã o se deve esperar ter em conta grandes variaçõ es nas medidas parentais posteriores. També m é importante reconhecer a modesta
fiabilidade de algumas das medidas parentais, mais notavelmente a parentalidade proactiva. As restriçõ es impostas por estas fiabilidades podem ter atenuado as relaçõ es
preditivas entre as orientaçõ es parentais anteriores e posteriores. As pequenas porçõ es de variâ ncia contabilizadas no monitoramento e controle psicoló gico das mã es sobre
seus primeiros adolescentes, no entanto, també m sugerem que pode ser proveitoso considerar uma gama mais ampla de preditores de parentalidade precoce e de experiê n‐
cia social. Ao fazê -lo, deveria ser possível delinear mais claramente os parâ metros – e limites – do quadro de antecedentes diferenciais.

Em resumo, os resultados do presente estudo prospectivo sugerem que as prá ticas de monitorizaçã o das mã es no início da adolescê ncia foram precedidas por um estilo pa‐
rental proactivo e por características vantajosas do contexto familiar. O controle psicoló gico das mã es na adolescê ncia foi precedido pela disciplina severa e restritiva das
mã es e por relatos anteriores de problemas de externalizaçã o dos filhos. Os primeiros adolescentes (especialmente as meninas) cujas mã es forneceram altos níveis de moni‐
toramento tiveram menos comportamentos delinquentes na meia infâ ncia e adolescê ncia, e os primeiros adolescentes (especialmente as meninas) cujas mã es usaram estra‐
té gias de controle psicoló gico tiveram níveis mais elevados de ansiedade/depressã o e comportamentos delinquentes na meia infâ ncia e adolescê ncia.

AGRADECIMENTOS

Esta investigaçã o foi apoiada por doaçõ es do Instituto Nacional de Saú de Infantil e Desenvolvimento Humano (HD 30572) e do Instituto Nacional de Saú de Mental (MH
42498 e MH 57095) concedidas a Gregory S. Pettit, John E. Bates e Kenneth A. Desviar. As muitas contribuiçõ es importantes da equipe de pesquisa do Projeto de Desenvolvi‐
mento Infantil sã o apreciadas com gratidã o.

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