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Análise 2 – O que devemos pedir a Deus pelos injustos?

Às vezes nos questionamos sobre a motivação por trás de tanta injustiça que ocorre
tanto com pessoas sinceras quanto com nações inteiras. Essa questão, quando
alimentada por um coração incrédulo, pode levar-nos a uma revolta contra nosso pai
celestial. No entanto, devemos refletir sobre como podemos ser tão ingênuos a ponto de
culpar Deus pelos problemas causados pelas mãos humanas. Deus abomina a injustiça e
aqueles que a praticam (Deuteronômio 25:16; Salmos 92:15) e, no tempo do fim, Ele
derramará sua ira sobre os injustos (Apocalipse 16:1).

Por outro lado, como imitadores de Cristo, devemos evitar julgamentos hipócritas em
relação àqueles que praticam a injustiça, porque, sinceramente, todos nós, em algum
momento de nossas vidas, já agimos injustamente em relação aos outros. É uma
tendência natural da natureza carnal humana pecar, pois a carne inclina-se para o
pecado, enquanto o espírito se inclina para Deus. A própria Bíblia nos alerta sobre a
natureza pecaminosa do ser humano: "pois todos pecaram e estão destituídos da glória
de Deus" (Romanos 3:23). Portanto, não devemos sucumbir aos desejos terrenos, mas
sim nos entregar a nosso Pai celestial, pois é impossível servir a ambos ao mesmo
tempo (Mateus 6:24).

Continuando esse raciocínio, não devemos julgar nem nutrir desejos de vingança em
relação aos injustos. Somente Deus conhece os nossos corações, como está escrito:
"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus
pensamentos" (Salmos 139:23). Devemos lembrar-nos das palavras de Jesus, quando
Ele nos ensinou a amar nossos inimigos e orar por aqueles que nos perseguem: "Eu,
porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mateus
5:44). Imagine se Deus tocasse essas pessoas de maneira misteriosa, e elas - ou até
mesmo instituições inteiras - começassem a praticar o bem em vez do mal? Como nos
sentiríamos sabendo que desejamos o mal a essas pessoas?

Portanto, ao invés de endurecer nossos corações em relação a elas, devemos seguir o


exemplo de Jesus, que nos ensinou a perdoar e buscar a reconciliação: "Porque, se
perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós"
(Mateus 6:14). Devemos orar sinceramente por uma transformação espiritual,
lembrando-nos das palavras de Tiago: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos
outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a
súplica do justo" (Tiago 5:16), porque o nosso Deus, que é grandioso, não despreza
ninguém (Jó 36:5).

Concluindo, nosso papel é evitar fazer o mal, mas, por outro lado, responder ao mal
com o bem (Romanos 12:21), pois aquele que veio para nos redimir pagou o preço mais
alto por todos, inclusive por aqueles que praticam a iniquidade: "Esta afirmação é fiel e
digna de toda aceitação: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais
eu sou o pior" (1 Timóteo 1:15). Louvemos e glorifiquemos a Deus por sua graça e
misericórdia. Amém.

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