Eu crio mundos paralelos.

Às vezes, – na verdade –, com uma certa frequência, me perco vagando pelas imensidões dos
mundos que crio.

E eles são muitos, uma infinidade! Chego até a não saber o que fazer com eles. Crio histórias?
Transformo em arte? Engulo-os a seco?

Não sei. Só sei que eles estão aqui, a um piscar de olhos de mim.

Acessá-los é a coisa mais fácil. Porém, sair deles, nem sempre é possível.

Crio mundos lindos.

Crio mundos sombrios.

Vou criando até que não caibam mais dentro de mim.

Vou criando até que a minha mente imploda e eu me perca dentro de mim mesma.

Afinal, o processo de me encontrar em mim tem se tornado cada vez mais divertido.

Dou risada de mim mesma. Choro das minhas presepadas – reais e irreais.

Mergulho nas minhas águas mais profundas para testar quanto tempo consigo ficar sem respirar,
perdida em mim mesma.

Afinal, tornou-se muito interessante percorrer os meus próprios labirintos.

Sou eu mesma que me encurralo nos mundos que crio.

Sou eu mesma que me liberto e me dou asas para voar cada vez mais alto.

Cada vez mais longe de quem, um dia, eu já fui.

E assim eu vou voando. De mundo em mundo.

Vou pulando. Feliz, cantarolando.

Vivendo, ao menos, na minha imaginação, o meu próprio fantástico mundo.

Um mundo que somente eu conheço e sei como acessar.

E sei como me perder.

E sei como me encontrar.

E assim, eu vou vivendo no meu próprio fantástico mundo.

Onde tudo – que eu quero – pode acontecer.

Aonde o que existe, são as minhas regras.

É tudo como eu quero, como eu gosto.

Eu sou a rainha, a princesa e a bandida.

Eu sou o que eu quero ser.

Agora, só me resta viver isso fora de mim.

Aos poucos, estou chegando lá.

Dona, rainha e bandida do meu próprio mundo.

O fantástico mundo de Lili Tosta.

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E você, também cria e vive os seus mundos? Vocês os expressa de alguma forma, através de um
desenho, de uma fala, de uma escrita? Conta pra mim nos comentários!

Um abraço ilusório,
Lili

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