DIR04418 – DIREITO TRIBUTÁRIO I – TURMA A (2020/2)
Vitor de Castro Mendes – 00287824
ATIVIDADE AVALIATIVA 05/05/2021
1. O que são leis complementares?
São leis que complementam normas da Constituição. Há na Constituição uma série de normas que constituem verdadeiros objetivos a serem alcançados, declarações de metas do constituinte que demandam maior explicitação para poderem ser aplicadas. Assim, a lei complementar provém essa explicitação. O art. 69 da Constituição Federal determina que as leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta. Baseado nessa determinação a doutrina tradicional situa a as leis complementares em plano hierárquico inferior à Constituição, mas superior às leis ordinárias.
2. O que é fato imponível?
Fato imponível é a ocorrência concreta, no mundo físico, da a previsão legal abstrata do fato que gerará a obrigação de pagar tributo. Existem duas realidades distintas na expressão “fato gerador”: uma é a descrição legal e hipotética do fato que geraria a obrigação de pagar tributo (hipótese de incidência) e a outra é a ocorrência concreta desse fato (fato imponível). Portanto fato imponível diz respeito a ocorrência concreta do gato gerador. O fato imponível é sempre um fato jurídico “stricto sensu”. Fatos jurídicos stricto sensu são aqueles que resultam apenas de fato da natureza, independentemente de qualquer ato humano. Isso significa que se a lei tributária escolher uma tal situação como hipótese de incidência, o que releva para fins tributários é o fato resultante, sendo irrelevante para o direito tributário a exteriorização de vontade para sua prática.
3. O que é responsável tributário em sentido estrito?
É o terceiro que não estando na condição de contribuinte, é obrigado, por expressa disposição legal, ao pagamento do tributo, em caráter solidário ou subsidiário. O responsável tributário não tem ligação pessoal e direta com o fato imponível, mas há uma relação entre ele e o contribuinte que permite à lei estender- lhe a responsabilidade por obrigação tributária do contribuinte. De acordo com o art. 134, parágrafo único do CTN, os responsáveis em sentido estrito só respondem pelas multas moratórias. Pelas multas penais (por infrações tributárias) quem responde é o contribuinte porque a responsabilidade por infrações não se estende além da pessoa do agente.
4. O que é lucro real e lucro presumido, em tema de imposto de renda
da pessoa jurídica? Lucro real é uma modalidade de apuração de imposto de renda em que o lucro, para aplicação da alíquota de imposto de renda, é apurado contabilmente, ou seja, segundo as regras de contabilidade. As empresas obrigadas à apuração do Lucro real estão explicitadas no art.14 da Lei 9.718/98. E as regras específicas sobre deduções vedadas e autorizadas estão nos artigos 13 e 14 da Lei 9.249/95. Lucro presumido é outra modalidade de apuração de imposto de renda em que o Estado presumi que um certo percentual do faturamento bruto da pessoa jurídica é lucro e assim, em cima dessa base de cálculo presumida, aplica a alíquota de imposto de renda. De acordo com o art. 15 da Lei n. 9.249/95, o lucro presumido é determinado mediante a aplicação do percentual de 8% sobre a receita bruta auferida mensalmente; o resultado será a base de cálculo sobre a qual incidirá a alíquota de 15% do imposto de renda. A alíquota de presunção do lucro pode mudar dependo de qual atividade a pessoa jurídica se trata. As pessoas jurídicas alcançadas por este regime são as que optarem por ele, desde que não se enquadrarem na hipótese de lucro real, conforme os artigos 14 da Lei 9.718/98 e 15 da Lei 9.249/95. O lucro presumido também possui uma possibilidade de incidência adicional de imposto de renda. Diz o parágrafo 2° do art. 2 da Lei 9.430/96 : “ A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto de renda à alíquota de dez por cento.”