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Cursos de Treinadores UEFA “C” / I e UEFA “B” /II

Associação de Futebol de Aveiro

Relatório de Estágio
Entidade Formadora FPF
Entidade Administradora AFA

Entidade de acolhimento: (Clube)


Escalão: (nome)
Enquadramento competitivo: (nacional/distrital)

Tutor: (nome)

Coordenador de estágio: Carlos Manuel Pessoa Miragaia

Treinador-estagiário
(nome)
Dedicatória
Aos meus filhos e esposa, dedico por inteiro não só
este trabalho, mas todo este caminho que percorri ao
longo destes 2 últimos anos. Sem vocês, sem a vossa
força, amor, compreensão, carinho, tolerância e
confiança nunca teria alçando este objetivo a que me
propus.
OBRIGADO por existirem na minha vida
1. Nota introdutória
“O céu conhece as razões que se escondem por detrás
das nuvens e tu também as conhecerás se te elevares
para lá do horizonte” (Richard Bach, 1977)

Este relatório insere-se na obrigatoriedade instituído pelo regulamento e normas de


funcionamento dos estágios sustentadas pelo IPDJ, tendo este sido vivenciado num
contexto de prática supervisionada em contexto real, de modo a desenvolver
competências profissionais, capaz de responder aos desafios e exigências da profissão.
O meu estágio realizou-se num enquadramento de seleções distritais representativas
da Associação de Futebol de Aveiro, onde assumi uma pluralidade de funções técnico-
pedagógicas como treinador-estagiário e simultaneamente uma prática reflexiva,
através da observação “in loco” que me permitiram, conhecer, analisar, avaliar e
questionar a minha própria prática.
O treinador é um prático e um teórico da sua prática, posto isto, este documento não
será nada mais que uma tentativa de relatar as vivências, dificuldades, conquistas e
sentimentos, retratando a multiplicidade de experiências, ensaios, erros, frustrações e
conquistas que marcaram uma nova etapa do meu desenvolvimento profissional,
reportando àquilo que sou, naquilo que me transformei e aquilo que foi o meu
percurso durante o estágio. O presente documento encontra-se organizado e
estruturado de acordo com as normas estruturais e formais instituídas pela entidade
formadora.

2. Situação inicial
Onde tudo aconteceu……
Aqui darei a conhecer o contexto onde decorreu a ação através da caracterização da
instituição e do seu contexto, bem como a história, missão e os valores que norteiam a
sua prática diária.

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2.1. Caracterização da instituição e do seu contexto
A sua história…..
Comemorando os seus 90 anos em 2014, a Associação de Futebol de Aveiro
desempenha um papel de topo no Desporto Distrital e Nacional. A AF Aveiro foi
fundada em 22 de Setembro de 1924, por iniciativa de um grupo de ilustres dirigentes
liderados por Mário Duarte (pai) e a sua história nunca sofreu qualquer interrupção, o
mesmo acontecendo com o Campeonato Distrital de 1ª Divisão. Importa, realçar os
primeiros clubes que corporizaram o organismo máximo do Futebol Aveirense, embora
alguns deles tenham decidido enveredar por outros caminhos: Estes são os
cabouqueiros da história que vem sendo escrita ininterruptamente ao longo dos 80
anos de uma Associação pela qual sem sombra de dúvida passaram alguns dos factos
mais marcantes do Futebol Nacional: Associação desportiva Ovarense, Associação
desportiva Sanjoanense, Clube dos Galitos (Aveiro), Fogueirese Foot Ball, Clube Paços
Brandão, Foot Ball Clube Sociedade Recreio Artístico (Aveiro), Sport Clube Anadia,
Sport Clube Beira-Mar, Sporting Clube Bustelo, Sporting Clube Espinho, Sporting Clube
Oliveirense, União Desportiva Oliveirense.
A primeira reunião formal da Direção realizou-se em 14 de Novembro de 1924. Nesta
época apenas foram aceites cinco Clubes no Primeiro Campeonato Distrital de 1ªs
Categorias, sagrando-se Campeão o Sporting de Espinho. Entre outras menções
honrosas, convirá destacar o reconhecimento como pessoa coletiva a Utilidade Pública
em 1987 e a concessão de Mérito Desportivo pelo Ministro da Educação em 1989.
Atualmente a Associação de Futebol de Aveiro engloba um Universo de elevado de
Clubes e Atletas. Tais cifras englobam um movimento na ordem dos 9.800 jogos por
época e aproximadamente 300 jogos semanalmente, distribuídos por vários
Campeonatos. A sua jurisdição estende-se sobre 19 Concelhos do Distrito de Aveiro:
Anadia; Albergaria-a-Velha; Águeda; Aveiro; Arouca; Castelo Paiva; Espinho; Estarreja;
Oliveira Azeméis; Oliveira Bairro; Ovar; Mealhada; Murtosa; Ílhavo; Sever do Vouga;
São João Madeira; Santa Maria da Feira; Vagos e Vale de Cambra.
Este movimento, que se apresenta de uma forma sempre crescente, é devido ao
também crescente número de praticantes desportivos, bem como, de outros Agentes
Desportivos não esquecendo, obviamente, o empenho dos Clubes na valorização do
parque desportivo do Distrito. O gráfico 1 apresenta-nos os movimentos estatísticos da
evolução nos últimos anos quanto aos diversos parâmetros organizacionais dos
Campeonatos Distritais de Futebol/futsal sénior e jovem.

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Gráfico 1 - Movimentos estatísticos
20000
15000
10000
5000
0
Equipas Jogadores Nº Jogos

2014/15 2015/16 2016/2017

A missão…..
A Associação de Futebol de Aveiro tem por Missão, promover, incentivar,
regulamentar e dirigir a prática do Futebol, em qualquer das suas variantes, dentro da
sua área de jurisdição.

“Procuraremos que haja um intercâmbio saudável de opiniões


com todos os que se dirigem no sentido de se melhorar cada
vez mais o nosso serviço”.
Armênio Pinho, presidente da AFA

A visão…..
Apesar da Associação de Futebol de Aveiro regere-se pelas normas a que ficou
vinculada pela sua filiação na Federação Portuguesa de Futebol, nomeadamente ao
nível dos regulamentos e das deliberações aprovadas em Assembleia Geral tem como
visão consolidar o seu papel referenciador no futebol nacional através de um
desenvolvimento desportivo sustentado pela qualidade, participação, inovação e
pioneirismo, encontrando o seu espaço de complementaridade com os sistemas
autárquicos e educativos dos concelhos pertencentes a sua área de jurisdição.
Para a concretização destas pretensões a AFA estabeleceu um plano de
desenvolvimento desportivo assente em quatro Eixos Estratégicos: Eixo I – Mais
Praticantes/Equipas; Eixo II – Melhores Praticantes; Eixo III – Mais e Melhores Locais
de Prática; Eixo IV - Promoção e Divulgação “Marketing”.
Relativamente ao eixo I, a AFA pretende aumentar o número de praticantes federados
de modo a atingir os 15 mil praticantes federados inscritos até ao fim da época
desportiva 2017/18 e simultaneamente aumentar a utilização da plataforma ao nível
das inscrições ultrapassando os 97% das inscrições da presente época desportiva. Para

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o feito foram desenvolvidas um conjunto de atividades, tais como: “AFA nas escolas”
tendo já iniciado no concelho da Mealhada havendo a pretensão de estender o referido
projeto para os restantes concelhos; Regulamentação dos encontros/convívios dos
“petizes” e do regulamento competitivo dos “traquinas A e B”; Promoção e divulgação
do futebol sete e onze femininos e futsal feminino e masculino ao nível do contexto do
Desporto Escolar, e futebol de praia.
No que concerne ao eixo II, as linhas de orientação assentam: numa análise/balanço
dos campeonatos e na reestruturação dos quadros competitivos no futebol sénior e
jovem para que os praticantes possam continuar a evoluir; na aposta da qualidade
formativa dos cursos de treinadores nível I e II; na realização de ações de formação de
formação geral e específica, realização de um congresso e/ou jornadas técnicas; na
reorganização e estruturação da formação e do treino dos árbitros; e na melhoria da
estruturação e organização do treino das seleções.
Para o desenvolvimento do eixo III, a associação tem procurado incentivar e apoiar a
requalificação e a modernização das instalações desportivas dos clubes filiados e irá a
curto prazo iniciar a construção da sua própria academia que se situara nas imediações
dos terrenos próximo do estádio municipal de Aveiro.
Por último, no eixo IV, como forma de angariação de apoios e patrocínios a AFA irá
continuar a apostar no projeto AFA TV, criando novos registos e programas de
promoção e divulgação dos campeonatos distritais e das atividades realizadas pela
AFA, promover iniciativas que visão homenagear os agentes desportivos através da
realização da Gala do Futebol Aveirense.

Os valores…..
Os valores do seu plano de ação e intervenção assenta em princípios de lealdade, de
integridade e de desportivismo de acordo com as regras do Fair-Play, procurando
aplicar e fazer cumprir as leis do futsal, futebol de sete, futebol e futebol de praia
emitidas pela IFAB e simultaneamente procurar estabelecer e manter relações com
todos os seus associados e associações congéneres, defendendo os direitos e
interesses dos seus filiados.
“Todos juntos construiremos um desporto de maior
qualidade e uma sociedade mais equilibrada”.
Armênio Pinho, presidente da AFA

2.2. Caracterização da equipa e do seu contexto internos e externo


As equipas e os atletas…..
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Ao nível da caracterização quantitativa (gráfico 2) foram convocadas a participar no
centro de treinos da seleção feminina S16, 63 atletas representativas de 19 clubes.
Desta amostra foram elaboradas duas convocatórias constituídas por 14 atletas
representativas de 10 clubes para participarem nos torneios interassociações.
Relativamente à seleção S14 masculina durante o processo de treino foram
convocados 74 atletas oriundos de 20 clubes tendo culminando com uma convocatória
de 18 atletas de uma amostra de 8 clubes.

Gráfico 2 - Caracterização quatitativa


80
60
40
20
0
Sub 14 Sub 16

Nº Atletas Nº Clubes

As informações gerais retiradas dos treinos e dos jogos permitiram verificar que
estávamos na presença de atletas empenhados, motivados, cooperativos e orientados
cognitivamente para aprendizagem e simultaneamente alguns deles excelentes
estudantes. A nível físico, técnico e tático, verificamos que estávamos na presença de
atletas portadores de conhecimentos, capacidades e de uma excelente reserva de
adaptação “elevado potencial de aprendizagem e desenvolvimento” que permitirão a
curto e a longo prazo atingir excelentes níveis de rendimento desportivo.
Especificamente consideramos que a seleção feminina S16 registou evoluções do
seu perfil de rendimento, nomeadamente ao nível da circulação da bola e na criação de
situações de finalização (golo), registando-se, no entanto, ainda algumas dificuldades
nas ações individuais do remate e da receção orientada “colocação dos apoios”. A nível
da organização defensiva a equipa evolui substancialmente ao nível dos princípios
específicos da defesa (Contenção; Cobertura defensiva; Equilíbrio), no entanto,
verificou-se ainda algumas dificuldades na capacidade de pressão e dos níveis de
agressividade na redução dos espaços ao portador da bola.
Relativamente à seleção masculina S14 registou evoluções do seu perfil de
rendimento, ao nível dos comportamentos específicos do processo defensivo,
cumprindo com os comportamentos técnico-táticos da fase I “Impedir a construção
das ações ofensivas, fase II “Evitar de Situações de Finalização” e fase III “Impedir

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a Finalização” indo ao encontro da premissa “Nem o processo ofensivo é exclusivo dos
avançados, nem recai sobre a defesa toda a responsabilidade de defender”. Ao nível
do processo ofensivo, registaram-se dificuldades na Fase II “Criações de Situações de
Finalização” nomeadamente ao nível das circulações, combinações e ações táticas
individuais e coletivas não conseguindo progredir a bola para zonas propícias à
finalização e na fase III “Finalização”, não conseguindo concretizar as poucas
oportunidades de golo surgidas sobretudo após à marcação dos esquemas táticos
(livres e cantos).
As dificuldades….
Muitos são os constrangimentos sentidos aquando do contacto com um novo contexto,
aquando da realização de uma nova tarefa, que neste caso concreto assumi as funções
de treinador adjunto, coadjuvando os treinadores. As minhas maiores dificuldades,
desde o início, foi perceber o “raio” da minha intervenção e consequentemente o
“papel” que iria assumir. Com o decorrer do tempo, a minha adaptação foi decorrendo
normalmente a estas novas funções, tendo optado por uma postura operacional
centrada fundamentalmente na observação e na análise reflexiva do processo,
acreditando que ser-se reflexivo, iria contribuir para a minha aprendizagem.

Os desafios…..
Na verdade, o maior desafio que enfrentei foi o estágio como um todo, senti-me um
ator a entrar em palco com o texto estudado, mas sem saber para que publico estaria
a assistir e com medo de falhar alguma frase/palavra essencial e não saber como
improvisar. Perspetivava algo difícil e complexo, uma vez que não tinha todas as
certezas do que iria encontrar. Mas mais que um desafio, foi uma experiência
enriquecedora. Apercebi-me que todos os receios tidos até então, todas as dúvidas e
questões colocadas estavam agora respondidas e eu mais tranquilo. O principal desafio
com o qual me deparei foi ter de reestruturar um aquecimento dos guarda-redes,
devido a ausência do treinador dos GR.

A afetividade (relação treinador - atleta)…..


Um dos aspetos para o qual fui sempre sensível foi o da afetividade para com os
atletas, em que nos dias de hoje, um treinador de jovens torna-se quase um pai e/ou
mãe, em que as interações entre treinadores e atletas devem aprofundar-se no campo
da ação técnico/pedagógica. Na verdade, o papel do treinador é fundamental neste
processo, pela componente da construção e condução do “fazer pedagógico”, de forma

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a atender às necessidades do sujeito que treina de modo a desenvolver o
conhecimento que o ajudarão no seu desempenho desportivo. Na verdade, ser
treinador não se circunscreve só à tarefa de transmitir o conhecimento tático/técnico,
envolve também entre outros aspetos, despertar valores e sentimentos de respeito e
de responsabilidade, deixando em aberto à possibilidade de poder aprender com os
seus atletas.
“A interação treinador-atleta ultrapassa os
limites profissionais e escolares, pois é uma
relação que envolve sentimentos e deixa
marcas para toda a vida”
(adaptado de Miranda, 2008)

A minha orientação cognitiva…..


Acredito que aquilo que os treinadores demonstram ser no desempenho da sua
função, também se relaciona com as vivências tidas enquanto atletas. Muitas vezes,
tomamos este ou aquele treinador como modelo e no contexto de atuação somos
levados a comparar modelos de treino. Com isto compreendi que os treinadores devem
estar abertos à aprendizagem em que a identidade profissional não é um dado
adquirido, sendo antes “um lugar de lutas e conflitos, um espaço de construção de
formas de ser e estar na profissão” em que a imagem que o treinador constrói de si
mesmo e perante a sociedade faz parte do processo construtivo de sua identidade
profissional. Esse processo está em constante transformação, reconstruindo-se ao
longo da vida, de acordo com suas experiências sociais e individuais.

3. Descrição e análise crítica do processo


Plano de atividades….

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Ao nível da seleção S16 feminina
Relativamente aos objetivos que foram
foram realizados 25 treinos entre os
estabelecidos para esta seleção,
meses de novembro e maio, tendo
consideramos que os de ordem
participado entre dias 6 e 8 de janeiro
educativa e formativa e de
no torneio interassociações, Zona
rendimento desportivo foram
Norte, Grupo 2 de Futebol 7 Feminino
conseguidos, tendo culminado com a
S16 em Vila Pouca de Aguiar tendo
convocatória de quatro atletas, (
terminado em 2º lugar no grupo com
Barbara Lopes, AC Cucujães; Joana
um triunfo por 2-0 frente a seleção da
Gomes e Mariana Campino, AD
A. F. Vila Real e com uma derrota por
Ovarense; e Joana Lourenço, Clube
0-3 com a congénere do Porto.
Albergaria Mazel) para integrarem o
Estágio de preparação da seleção
nacional feminina S16 e a convocatória
de duas atletas, (Barbara Lopes, AC
Cucujães; e Joana Lourenço, Clube
Albergaria Mazel) para integrarem o
Estágio da seleção nacional feminina S
Esteve ainda presente entre os dias 16
17 comprovando o sucesso da aposta
e 19 de março no torneio
da associação aveirense no futebol
interassociações, fase de apuramento
feminino.
do 9º ao 16º classificado na Póvoa de
Varzim, em que terminou em 13º
lugar, fruto de duas vitórias sobre a AF
Bragança e Viana de Castelo por 7-2 e
1-0 respetivamente e um empate (1-1)
com AF de Castelo Branco acabando
por perder no desempate através da
No que concerne aos objetivos de
marcação de grandes penalidades (3-
ordem classificativa apesar de não
4).
termos atingindo as classificações
obtidas na época anterior, a seleção 0); AF Castelo Branco (4-0); AF Vila
fez-se representar com uma selecção Real (2-0) e uma derrota contra a AF
muito jovem, com várias atletas S13 e Setúbal (1-0).
S14, que demonstraram em campo, Relativamente aos objetivos que foram
níveis de prestação e de mestria estabelecidos para esta seleção,
bastantes interessantes, permitindo consideramos que os de ordem
assegurar o futuro do futebol feminino educativa e formativa e de
ao nível do distrito. rendimento desportivo foram
Relativamente à seleção S14 foram conseguidos, tendo sido referenciados
realizados 16 treinos e 5 jogos treino pela coordenação técnica FPF formação
entre os meses de novembro e junho, S15, 4 atletas (Nuno Fernandes,
tendo participado entre dias 23 e 29 de Alexandre Santos, Bruno Costa, Nuno
junho no torneio interassociações Lopes Mendes, Rui Ferreira, Nuno Soares).
da Silva, organizado pela Associação No que concerne aos objetivos de
Futebol de Portalegre. ordem classificativa apesar de não
termos atingindo a classificação obtida
na época anterior, a seleção fez-se
representar com uma seleção muito
competitiva, que demonstraram em
campo, níveis de prestação e de
mestria bastantes interessantes,
permitindo assegurar o futuro do
A nível classificado a nossa seleção
futebol masculino ao nível distrital e
atingiu o 5º lugar fruto de três vitórias
nacional.
sobre a AF Coimbra (1-0), AF Viseu (1-

Instalações e material didático….


Ao nível das infraestruturas A.F.A. teve várias sedes ao longo da sua história. Na
época de 1926/27, a direção, presidida por Alberto Barbosa, reuniu pela primeira vez
em 13 de Outubro, tendo alugado uma sede na rua do Arco em Aveiro, onde passaram
a reunir. Na época de 1927/28, a direção, eleita e presidida por Joaquim Moreira Costa
Júnior continuou a reunir na rua do Arco, mas a 8 de Março de 1928, a sede da A.F.A.
passou a funcionar no Clube dos Galitos. No entanto, na remota época de 1930/31, a

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direção, presidida por António Coentro de Pinho tomou a decisão de transferir a sede
para Ovar; uma deliberação tomada a 15 de Outubro de 1930, sob proposta do atual
presidente, facto esse devido à maioria dos Diretores pertencerem ao concelho de
Ovar. Na Assembleia Geral de 30 de Outubro de 1942 (1942/43), vários sócios
puseram em causa o facto da sede da A.F.A. se manter em Ovar há várias épocas,
tendo o Sr. António Coentro de Pinho respondido que tal se devia à vontade exclusiva
dos Clubes e que não seria ele a obstar ao regresso da sede a Aveiro. 1949-50, foi
uma época importante, pois comemoraram-se as Bodas de Prata e também a mudança
de instalações, passando a funcionar na Rua João Mendonça, nº31 1.Dto, em Aveiro.
No dia 27 de Outubro de 1951, foi inaugurada a nova sede, pelo Sr. Capitão Almiro
Maio de Loureiro, Presidente da F.P.F., na Avenida Dr. Lourenço Peixinho, nº63.
Em 21 de Setembro de 1985 foi inaugurada a atual sede, sita na Quinta do Simão,
Esgueira, Aveiro. A cerimónia de inauguração foi presidida por sua Exa. o Sr. Secretário
de Estado dos Desportos. Ao longo destas duas décadas, a sede da A.F.A. passou por
inúmeras remodelações, a última delas há cerca de 1 ano, tendo modernizado as
instalações a nível das condições de trabalho e a nível tecnológico, adquirindo uma
sala contígua para a formação. Desde então, vários foram os eventos que marcaram
esta nova etapa, nomeadamente, a visita do então Presidente da FIFA, o Sr. Dr. João
Havelange, em 14 de Julho de 1991. Posteriormente, em 26 de Novembro de 2004,
aquando das comemorações do 80º aniversário da A.F.A., recebeu a presença honrosa
do membro da UEFA e presidente da F.P.F., o Dr. Gilberto Parca Madail.

É na sede que o diretor técnico possuí um gabinete de trabalho com computador,


Impressora, Scanner, internet e sala de apoio técnico com televisor, vídeo e câmara de
filmar.

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Os treinos das seleções foram realizados no Estádio
Municipal da Branca – Campo do GDR Soutelo, possuindo um campo de futebol 11
com relva sintética; 2 campos de Futebol 7 com relva sintética; banhos de imersão /
sauna; posto médico; balneários higiênicos, espaçosos e com água quente. Ao nível de
material de treino tivemos 20 bolas número 5; 1 baliza móvel – Futebol 11; 2 balizas
móveis – Futebol 7; 70 cones de sinalização; 100 coletes de cores diferentes; e
Barreira para a marcação de livres.

Recursos humanos….
Como podemos observar no organograma 1, a estrutura orgânica é constituída por
uma estrutura diretiva em que o presidente é o responsável máximo pelo bom e
correto funcionamento da Associação de Futebol de Aveiro, pelo vice-presidente que
representa o órgão de administração e gestão para a área desportiva em que tem a
função de comunicar ao presidente todos os dados indispensáveis ao seu exercício,
designadamente os planos de desenvolvimento e relatórios das atividades e pelos
diretores das equipas/seleções que são responsáveis pela articulação das ações
administrativas e logísticas necessárias ao bom desempenho quer nos treinos, quer nas
competições. A estrutura técnica é composta pelo diretor técnico que assume a
função de selecionador e treinador principal, no qual estabelece, enquadra e
operacionaliza toda a orientação metodológica do planeamento do treino, defini a
programação anual, mensal e semanal das atividades, dos jogos de carácter amigável,
e dos torneios e conjuntamente com os respetivos treinadores emiti pareceres sobre os
comportamentos tático/técnicos dos atletas nos treinos, a sua adaptabilidade, vontade,
e socialização com os demais colegas e por dois treinadores adjuntos que são

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responsáveis pelo enquadramento e operacionalização do processo de treino
respeitando a orientação metodológica definida pelo diretor técnico; emitem opinião
sobre a conveniência ou inoportunidade da realização de jogos particulares; fixam as
horas de comparência dos atletas nos balneários ou em outros locais, antes do início
dos treinos, jogos, deslocações ou outras situações; fazem cumprir, por parte dos
atletas, o estipulado nos regulamentos. A estrutura médica é composta por um
fisioterapeuta/massagista em que tem a função de enquadrar e operacionalizar
toda a ação médica e de recuperação traumatológica. A estrutura administrativa é
composta por assistentes administrativos e tem a função e o objetivo de enquadrar e
articular as estruturas diretivas, técnicas, e médicas de forma a assegurar diariamente
o bom e correcto funcionamento da instituição.

Organograma 1 - Estrutura Orgânica

Presidente
Armênio Pinho

Diretor das
Vice-presidente
seleções
José Neves Coelho
José Neves Coelho

Seleção feminina
Dr. Ricardo

Estrutura
Estrutura médica
Estrutura técnica administrativa
Ivo Ribeiro
João Bastos

Diretor técnico Treinador adjunto


Fernando Santos Alexandre Santos

Treinador GR
Bruno

Treinador Est
Carlos Miragaia

Atividades suplementares….
“Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a
ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a
aprender” Blaise Pascal

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Paralelamente ao meu compromisso como
treinador-estagiário, integrei a equipa de
preletores dos CURSOS TREINADORES
FUTEBOL E FUTSAL GRAU I E II, onde
lecionei as unidades de formação Teoria e
Metodologia do Treino Desportivo e
Pedagogia do Desporto da componente
geral.
Participei e intervencionei na gestão
metodológica do centro de treinos “PINAT” do
núcleo de árbitros pertencentes a Associação
de Futebol de Aveiro.
Colaborei na dinamização do projeto “Afa na
Escolas

A partir de 1 de junho assumi a função de


Coordenador técnico da Associação de
Futebol de Aveiro.

4. Conclusões sobre o cumprimento dos objetivos definidos


As últimas palavras….
Chegar até ao cimo da montanha e contemplar o imenso vazio do cume pode ser
gratificante. Mas nada é superior a árdua caminhada desde o baixo terreno e as
dificuldades percorridas nessa viagem, para superar os percalços da subida. É hora de
escrever as últimas palavras, aquelas que irão fechar este documento e que em termos
abstratos representam o culminar de um ciclo de formação, recheado de momentos
importantes para o meu desempenho profissional.
Ao longo desta caminhada houve muito esforço, dedicação, persistência, suor,
gargalhadas, mas principalmente muita aprendizagem. Aquilo que sou hoje devo-o, em
parte, àqueles com quem partilhei todos estes momentos ímpares. Foi um ano repleto
de momentos de excelência, onde melhorei a minha aptidão para fazer o mais correto,
onde obtive conhecimentos e mais fundamentos para algumas das minhas práticas. A
relação de factividade criada com os atletas foi, sem dúvida, a grande conquista.
Considero que, os objetivos gerais e específicos inicialmente definidos foram atingidos
com sucesso e que as estratégias que me propus utilizar foram de facto eficazes para o
pretendido. Porque “quando se gosta, contagia-se!” – na verdade, quando gostamos

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do que fazemos e/ou do que ensinamos, conseguimos mesmo brilhar de tal forma que
os atletas não se cansam de louvar, perante os seus ascendentes.
Tenho a certeza de que contribui para o desenvolvimento, para a aprendizagem e
formação dos atletas e que, neste processo recíproco, também eles contribuíram para
o meu desenvolvimento, para a minha aprendizagem e formação. No entanto, outros
intervenientes contribuíram para o meu crescimento, de entre os quais os meus
colegas da equipa técnica; o meu tutor, pelo trabalho de excelência sempre
desenvolvido; e os restantes elementos diretivos e administrativos, pelos momentos de
partilha e todos os ensinamentos.
“Não é possível realizar um sonho que não seja seu” (Maxwell, 2009), com isto posso
afirmar que lutei por este sonho, onde cresci, aprendi e vivi intensamente todos os
momentos, por forma a tornar-me naquilo que sou hoje…

Agradecimentos….
A realização deste estágio só foi possível graças à colaboração e ao contributo, de
forma direta ou indireta, de várias pessoas e instituições, às quais gostaria de exprimir
algumas palavras de agradecimento e profundo reconhecimento.

Ao coordenador de Estágio, Luís Pinto pelo apoio e orientação prestada ao longo deste
processo de crescimento profissional e pessoal;

Ao meu Tutor, Fernando Santos, por todos o conhecimento e experiência partilhada,


apoio e aconselhamento prestado no dia-a-dia, na Associação de Futebol de Aveiro.

Ao presidente, Armênio Pinho da Associação de Futebol de Aveiro, pela oportunidade


de realizar o meu estágio e consequentemente pelo convite formulado para
desempenhar a função de coordenador técnico a partir do dia 1 de junho.

Aos atletas, pela participação e empenho ao longo do ano.

Por fim, gostaria de deixar um agradecimento muito especial a toda a estrutura


administrativa e técnica da Associação de Futebol de Aveiro, pelo carinho, paciência e
pelo permanente incentivo prestado ao longo desta difícil caminhada.

A todos o meu muito obrigado!

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