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QUESTÕES - Competência de área 2 – Compreender as

transformações dos espaços geográficos como produto das


relações socioeconômicas e culturais

1. Sobre o tráfico transatlântico de escravizados africanos ao


longo do século XIX, constata-se o seguinte:
a) a violência do tráfico transatlântico e a retirada forçada
de pessoas do continente não foram capazes de
desequilibrar a organização social e política existente no
território africano.
b) a partir da introdução da indústria cafeeira no Brasil e
das transformações econômicas nos Estados Unidos, o
tráfico internacional de escravos para essas nações
diminuiu significativamente.
c)a determinação do fim do tráfico internacional de escravos em
1850, no Brasil, não interrompeu imediatamente a atividade do
comércio atlântico de escravizados africanos.
d) nesse período, a atividade de compra e venda internacional
se concentrou somente na costa ocidental da África,
reforçando os traços comuns entre os escravizados ali
embarcados.
e) durante o século XIX, o tráfico transatlântico de
escravizados africanos foi todo direcionado ao Brasil, único
destino final dessa atividade comercial.

2. Durante o período imperial, ocorreram diversas revoltas e


rebeliões, em diferentes locais do Brasil, com distintos contextos e
objetivos. O território da Bahia foi cenário de diversas revoltas, entre
elas, a Revolta dos Malês de 1835. Assinale a alternativa correta
referente a esse episódio histórico.
a) Teve como cenário a cidade de Juazeiro, em que ex-
escravizados lutaram para libertar aqueles que estavam presos ao
trabalho escravo.
b) Esse episódio histórico teve início em Salvador e foi
protagonizado principalmente por escravizados que tinham, como
religião, o hinduísmo e, como objetivo, a libertação de todos os
escravizados.
c)Foi um evento que iniciou na região de Itabuna e logo se alastrou
por toda a Bahia. Essa revolta foi realizada por ex-escravizados
que exigiam melhores condições sociais como libertos.
d) Iniciou-se na cidade de Salvador, principalmente por
escravizados muçulmanos e libertos, os quais, além de buscarem
se libertar da escravidão, tinham como objetivo assumir o controle
da região.
e) A revolta eclodiu na cidade de Feira de Santana e teve
como principais atores pecuaristas oriundos da região do
Malê na África. Estes exigiam do governo imperial condições
de tratamento iguais aos pecuaristas portugueses.

3. Observe a imagem e o texto abaixo:

Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:

1. Os proprietários dos escravizados domésticos poderiam


disponibilizar seus serviços para aluguel ou utilizavam sua mão-
de-obra dentro de suas casas.
2. As mulheres escravizadas, sobretudo no trabalho doméstico,
empreendiam várias formas de resistência para sobreviver, entre
elas a resistência linguística, apego a religião ancestral e a
trabalho.
3. Com o recrudescimento do tráfico Atlântico de africanos na
primeira metade do século XIX, o uso da mão-de-obra
escravizada em tarefas domésticas declinou devido à dificuldade
em adquirir escravizados.
4. A vida das senhoras do período colonial era dependente da
presença de escravizadas(os) como acompanhantes,
serviçais, amas de leite entre outros.
a) Todas estão corretas.
b) 1, 2 e 4 estão corretas.
c) 1 e 3 estão corretas.
d) 1, 3 e 4 estão corretas.
e) 3 e 4 estão corretas.
4.

Tereza de Benguela é um dos nomes esquecidos pela historiografia


nacional. Nos últimos anos, passou a ser mais reconhecida, na
busca de multiplicar as narrativas que revelam a formação
sociopolítica brasileira. Tereza, que viveu no século XVIII, pode ter
nascido no continente africano ou no Brasil. Ela chefiou o Quilombo
do Quariterê, que se localizava na atual fronteira entre Mato Grosso
e Bolívia. O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído. Em
homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente,
no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher
Negra.

Adaptado de ufrb.edu.br.

O reconhecimento de Tereza de Benguela e a celebração do dia 25


de julho indicam uma mudança com o intuito de multiplicar
narrativas sobre a formação social brasileira.

Essa mudança tem como objetivo:


a) naturalizar a inclusão de personalidades marginais
b) garantir a homogeneização de hierarquias étnicas
c) promover a reparação de dívidas estruturais
d) valorizar a ação de protagonistas plurais

5. A estratificação social no Brasil Colonial fundou‐se


precisamente no deslocamento imaginário da noção desigualadora
de “Escravo”, para a coordenada de contrários fundada sob a
perspectiva da diferença entre homens livres e escravos. Nessa
perspectiva, um indivíduo não está escravo, ele é escravo, e toda a
violência maior do modelo de estratificação social típico do Brasil
Colonial esteve alicerçada nesse deslocamento, nessa
transformação de uma contradição em contrariedade, nessa
estratégia social imobilizadora.
Referência: BARROS, José D'Assunção. Escravidão Clássica e
Escravidão Moderna. Desigualdade e Diferença no Pensamento
Escravista: uma comparação entre os antigos e os modernos.
Ágora. Estudos Clássicos em Debate 15, 2013, p. 211-12.
Adaptado.

O processo histórico descrito no texto apresenta como uma de suas


principais características a
a) ascensão social.
b) servidão voluntária.
c) privação de direitos.
d) proibição constitucional.
e) preservação da autonomia

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