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Trabalho Fim Do Curso Direito-Válido (Diogo)
Trabalho Fim Do Curso Direito-Válido (Diogo)
Malanje
2022
Carlos Manuel José Berenguel
Malanje
2022
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
FICHA CATALOGRÁFICA
3
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
FICHA DE APROVAÇÃO
COMISSÃO JULGADORA
4
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
DECLARAÇÃO
Nome:
Carlos Manuel José Berenguel
BI/Passaporte Telemóvel
002330372ME032 923745133
Correio Electrónico
carloas_berenguel@hotmail.com
Título do Relatório Científico
A TUTELA INSPECTIVA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO ORDENAMENTO
JURÍDICO ANGOLANO.
Nome do Orientador
Professor Samuel Mulula, MsC.
Ano de Conclusão
2022
Designação do Ramo de Conhecimento
Curso de Direito
Declara-se sobre compromisso de honra que o Relatório Científico agora
entregue corresponde à que foi aprovada pelo Conselho Científico da Instituto
Superior Politécnico Privado da Catepa (ISCAT).
Declara-se ainda que seja concedida ao ISCAT uma licença não exclusiva
para arquivar e tornar acessível, nomeadamente através da sua biblioteca, nas
condições abaixo indicadas, Relatório Científico em suporte impresso e em suporte
digital, sendo a autorização concedida a título gratuito.
Declara-se que, ao enviar-se o material em suporte impresso e digital,
autoriza-se ao ISCAT um exemplar, que se remete em anexo, ou o exemplar que
possui nas suas bibliotecas. Retendo todos os direitos de autora relativos à
monografia, e o direito de usá-la em trabalhos futuros (como artigos ou livros).
Concorda-se que a Relatório Científico seja colocada na biblioteca do ISCAT.
Malanje, aos ______/______/___________
O declarante
__________________________
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus colegas e amigos de curso, que assim como eu
encerram uma difícil etapa da vida acadêmica. Dedico este trabalho a todo
o curso de Direito INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO PRIVADO DA CATEPA,
corpo docente e discente, a quem fico lisonjeado por dele ter feito parte. À minha
toda família, minha razão de viver
6
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
AGRADECIMENTOS
7
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
RESUMO
No exercício da sua Actividade Inspectiva, isto é nos anos idos, a IGAE sempre
pautou pelo Modelo da Auto-inspecção. Este Modelo contribuiu bastante para o
estado de coisas que temos hoje, nomeadamente, o conflito de interesses (privado-
público) e a proliferação da corrupção na administração pública.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
ABSTRACT
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
ÌNDICE
FICHA CATALOGRAFICA
FICHA DE APROVAÇÃO
DECLARAÇÃO
DEDICATORIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO (2 a 3 paginas)---------------------------------------------------------------------4
CAPÍTULO I – PROBLEMÁTICA (2 a 3 paginas)-----------------------------------------------7
1.1. Problema Científico-----------------------------------------------------------------------7
1.2 Objectivos de estudos-----------------------------------------------------------------7
1.2.1 Objectivo Geral--------------------------------------------------------------------------7
1.2.2 Objectivos específicos-----------------------------------------------------------------7
1.3. Importancia ou justificação do estudo---------------------------------------------7
1.4 Delimitação do Estudo-----------------------------------------------------------------8
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
INTRODUÇÃO
11
A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
CAPÍTULO I- PROBLEMÁTICA
2- O facto do autor desta obra ser parte integrante deste órgão, constitui uma
mais valia, trazer ao de cima a sua experiencia durante quase 15 anos como
Inspector.
1.4. Delimitação do Estudo
No presente trabalho, trataremos de abordar a temática relativa a Tutela Inspectiva
da Administração Pública no Ordenamento Jurídico Angolano, na cidade de Malanje.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Assim sendo entende-se que neste trabalho fez-se o método de pesquisas indirecta,
na qual utilizaram-se dados de diversas formas como livros e sites.
2.2. Hipótese:
2.3.Variáveis
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
A palavra tutela tem origem no Latim, do verbo tuere que significa proteger, vigiar,
defender alguém. Este instituto remonta à Roma antiga, que nomeava um tutor ao
menor impúbere, quando órfão. Este tutor, geralmente era alguém da família, tinha o
encargo de administrar os bens do tutelado, evitando assim a sua dilapidação 1
1
Estudo disponível: www jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=822&id_titulo=&pagina=2 consulta realizada
no dia 18/11/22
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Ainda nesta senda, a IGAE, também intervém em entes privados, desde que aja
conexão de interesses, de acordo com o artigo 7º ( Atribuições Específicas) na sua
alínea e) do Decreto Supra citado. " Fiscalizar entidades dos Sectores Privados e
Cooperativo, quando estabeleçam relações financeiras com o Estado.
1 - A Administração Pública
Nessa mesma linha, escreveu Afonso Queiró que, o termo administrar remonta as
suas origens às expressões latinas ad ministrare (servir) e ad manus trahere
(manejar). Para aquele professor, administrar seria agir ao serviço de determinados
fins e com vista a realizar certos resultados.
A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
3
CAETANO, Marcello – Manual de Direito Administrativo, Coimbra: Almedina, 10ª ed., 2010, I vol. p.
4
CAUPERS, João – Introdução à Ciência da Administração Pública, Lisboa: Âncora Editora, 2002, p. 11-12
5
MEIRELLES, Hely Lopes – Direito Administrativo Brasileiro, S. Paulo: Malheiros Editores, 2014, p.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Face ao direito positivo angolano, as espécies das pessoas colectivas públicas são:
1- Estado;
2- Autarquias locais7;
3- Institutos públicos;
4- Empresas públicas;
6
OLIVEIRA, Fernanda Paula, DIAS, José Eduardo Figueiredo – Noções Fundamentais de Direito, Coimbra:
Almedina, 2013, p. 51.
7
Embora previstas nos arts. 145º e 146º da L. 23/92 de 16 de Setembro (Lei de Revisão Constitucional) e artº
217º da CRA de 2010, as Autarquias locais continuam a ser um sonho para os angolanos, pois, ainda, não foram
implementadas em nenhum dos cerca de 163 municípios que compõem o país, ou ainda tendo em conta as
especificidades culturais, históricas e o grau de desenvolvimento em uma das 18 províncias que compõem o
país.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
5- Associações públicas;
6- Autoridades tradicionais. 8
a) Um grupo humano;
8
FEIJO, Carlos, PACA, Cremildo – Direito Administrativo, Luanda: Maiamba Editora, 2013, p. 124.
9
Idem, Op. Cit., p.175- 177.
10
A luz do art. 53º da Lei nº 23/92 de 16 de Setembro Lei de Revisão Constitucional, os órgãos de soberania da
Republica de Angola eram: o Presidente da República, Assembleia Nacional, Governo e os Tribunais. Portanto a
luz da Constituição vigente foi amputado o número de órgãos de soberania, ou seja o governo deixou de o ser.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Uma posição bastante crítica é assumida pelo professor Jorge Miranda, que chega a
qualificar o sistema de governo adoptado pela CRA fora do quadro dos sistemas de
governo democráticos. Alude o professor que o sistema angolano aproxima-se ao
sistema de governo representativo simples, a que configuravam e nos reconduziriam
a do tipo da monarquia cesarista francesa de Bonaparte, a república corporativa de
Salazar segundo a constituição de 1933, a do governo militar brasileiro segundo a
Constituição de 1967 – 1969.13
11
CANOTILHO, José Joaquim Gomes – Direito Constitucional e Teoria da constituição, Coimbra: Almedina, 7ª
ed., 2003, p. 588.
12
GOUVEIA, Jorge Bacelar – Direito Constitucional de Angola, Apud, Israel Bonifácio, Lisboa: IDILP, 2014, p.
398.
13
Gouveia, Jorge Bacelar, Direito constitucional de Angola, Apud, MIRANDA, Jorge – A Constituição de Angola
de 2010, Lisboa: IDILP, 2014, p.400.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Porém, não é esta a opinião manifesta pelo professor Bacelar Gouveia que insere a
realidade político-constitucional angolana dos regimes democráticos pelas seguintes
razões:
Note-se que tanto a tutela de legalidade como a tutela de mérito são criação
do bloco de legalidade não incluindo os regulamentos administrativos, os contratos
de administração e os atos administrativos.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Exemplos entidades sujeitas a estes dois tipos de tutela são aquelas que
pertencem à Administração indiretamente dependente da Administração central, e
ainda as Universidades públicas.
Por seu turno, apenas estão sujeitas a tutela de legalidade, por exemplo, as
autarquias locais e as várias instituições particulares de interesse público.
Ou seja, estando um ato sujeito a autorização, a entidade tutelada não pode praticar
esse mesmo ato sem que lhe seja dada autorização pela entidade tutelar.
Estamos perante uma condição de validade, sendo que a sua inobservância gera
invalidade.
Isto é, a entidade tutelada pode praticar o anto antes de obter a aprovação, mas não
pode executá-lo sem que este seja aprovado.
Neste tipo de tutela, a regra geral é de que a entidade tutelada pratica o ato para
que é competente, envia-o para aprovação à entidade tutelar, e aguarda a sua
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Para além do mais, uma vez que a entidade tutelada tem autonomia, pelo
pressuposto da tutela administrativa, é obvio que o ato definitivo principal é sempre o
ato desta.
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Tese da analogia com a tutela civil: para os defensores desta tese, a tutela
administrativa seria uma figura semelhante à tutela civil, em que o objetivo é prover
ao suprimento das diversas incapacidades. Ou seja, também no Direito
Administrativo, o legislador terá sentido a necessidade de criar um mecanismo apto
a prevenir ou remediar as deficiências que têm lugar na atuação das entidades
públicas menores ou subordinadas. Assim, a tutela administrativa, à semelhança da
tutela civil, cisaria suprir essas deficiências orgânicas ou funcionais das entidades
tuteladas.
Tese da hierarquia enfraquecida: esta tese foi defendida por Marcello Caetano,
segundo a qual, a tutela administrativa é como que uma hierarquia enfraquecida. Ou
seja, no fundo, os poderes tutelares que são poderes hierárquicos enfraquecidos,
pois exercem-se não sobre entidades dependentes, mas sim autónomas, o que
segundo Marcello Caetano, eram poderes hierárquicos «quebrados pela
autonomia».
Tese do poder de controlo: esta é a tesa que atualmente parece mais adequada.
Segundo o ponto de vista desta tese, a tutela administrativa não tem qualquer
analogia relevante à tutela civil, nem com a hierarquia, enfraquecida, sendo que
constitui uma figura sui generis. Corresponde, assim, a uma ideia de um poder de
controlo exercido por um órgão da Administração sobre certas pessoas coletivas
sujeitas à sua intervenção, para assegurar o respeito de determinados valores
considerados essenciais.
Antes de mais, o princípio geral de relevância da tutela administrativa é que esta não
se presume, isto é, a tutela administrativa só existe quando a lei expressamente a
prevê e nos precisos termos em que a estabelecer. Ou seja, a tutela só existe nas
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
modalidades que a lei consagrar, e nos termos e dentro dos limites que a lei
impuser.
Por outro lado, mas não menos relevante, a entidade tutelada tem legitimidade para
impugnar, quer administrativa quer contenciosamente, os atos pelos quais a
entidade tutelar exerça os seus poderes de tutela. Por isso, se a entidade tutelar
exercer um poder de tutela em termos prejudiciais à entidade tutelada, tem esta o
direito de impugnar esses mesmo atos juntos dos tribunais administrativos.
Nos termos do artigo 2 da Lei n.º 27/96, de 1 de agosto, estabelece que A tutela
administrativa consiste na verificação do cumprimento das leis e regulamentos por
parte dos órgãos e dos serviços das autarquias locais e entidades equiparadas.
O artigo 3.º no seu número 1 desta mesma lei, reforça que a tutela administrativa
exerce-se através da realização de inspecções, inquéritos e sindicâncias.
Artigo 5.º
Titularidade dos poderes de tutela
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Artigo 6.º
Realização de acções inspectivas
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
Toda acção do Controlo Interno desta época da história é legada pela visão
Marxista e Administração Pública .
de 27 de Fevereiro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
muito ainda tem que se fazer, com realcea conciencialização dos funcionários
públicos, agentes adminisatrativos e outros trabalhadores por foirma a entenderem
de uma vez para sempre o respeito pelos bens públicos, de conformidade com
alínea b) do Diploma supra citado.
LEGISLAÇÃO
BIBLIOGRAFIA GERAL
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A Tutela Inspectiva Da Administração Pública No Ordenamento Jurídico Angolano
GOUVEIA, Jorge Bacelar – Direito Constitucional Angolano, [s. e], Lisboa: IDILP,
2014. ISBN 978-989-97857-2-4.
PINTO, Carlos Alberto da Mota; MONTEIRO, António Pinto; PINTO, Paulo Mota –
Teoria Geral do Direito Civil. 4ª ed., Coimbra: Coimbra Editora, 2005. ISBN 972-
32-1325-7.
BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA
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