Você está na página 1de 5

RESUMO TRIBUTÁRIO

Princípios:

1ª GERAÇÃO

Da legalidade – vedado exigir ou aumentar tributos sem lei que estabeleça, art. 150, I, CF.
Exceção: pode ser majorado através de decreto do poder executivo (IPI, imposto de
importação, exportação e IOF), art. 153, §1º CF.

Da anterioridade: é vedado cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido
publicada lei que os instituiu ou aumentou, art. 150, III, “b” CF. garante a não surpresa
tributária, que tenha conhecimento prévio da carga tributária. Exceções: são impostos de
importação, exportação, IPI e IOF, empréstimo compulsórios para despesas extraordinárias
decorrentes de calamidade, contribuições sociais, imposto extraordinário de guerra, CIDE
(combustíveis). Regra de 90 dias de prazo contados da publicação da norma que aumentou o
tributo, não se aplicando ao art. 150, §1º CF – importação, exportação, imposto de renda, IOF,
empréstimos compulsórios em caso de calamidade e guerra externa, fixação na base de
cálculo de IPTU e IPVA.

Da irretroatividade: a lei tributária não pode reagir, não podendo ser aplicada a fatos ocorridos
antes do início de sua vigência. Art. 150, III, “a” CF. Exceções: poderá ser aplicada antes da
vigência se a penalidade for mais favorável ao contribuinte (art. 106 CTN).

Da vedação do fisco: impede que o tributo absorva parcela expressiva da renda ou patrimônio
dos contribuintes.

Da liberdade de tráfego: vedado utilizar limitadores do livre transito de pessoas ou bens


dentro do território nacional, ressalva a cobrança de pedágio (art. 150, V CF).

2ª e 3ª GERAÇÃO

Da igualdade ou isonomia: não pode tratamento desigual entre os contribuintes que se


encontrem em situação equivalente (art. 150, II CF).

Da capacidade contributiva: imposto sempre que possível terá caráter pessoal e serão
graduadas segundo a capacidade econômica do contribuinte (art. 145, 1º CF).

Da progressividade: majoração das alíquotas à medida que a base de cálculo é elevada, aplica-
se em relação ao imposto de renda, ITR, IPTU.

Preservação do mínimo existências: veda a tributação do mínimo vital à existência humana.

Da seletividade (IPI e ICMS): alíquotas serão diferentes de acordo com o produto.

Da não cumulatividade (ICMS e IPI): imposto não será cumulativo, evitando o efeito cascata da
tributação.

FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO:

CF – contém o que concerne às competências, materialidade impositivas e os direitos e


garantias individuais.

Emendas à CF – a CF poderá ser modificada mediante emendas constitucionais, menos as


cláusulas pétreas. Art. 60 CF.
Lei complementar – objetiva explicar a norma constitucional de eficácia limitada,
caracterizando como lei nacional (fundamento a legislação).

CTN – é uma lei complementar.

Lei ordinária – fonte das obrigações tributárias

Medida provisória – em casos de urgência e relevância, elas perderão eficácia desde a edição
caso não forem convertidas em lei no prazo de 60 prorrogáveis por igual período. É vedada a
reedição de uma MP.

Tratados internacionais – dispõe sobre a eliminação de direitos alfandegários ou visam evitar a


bitributação da renda – art. 98 CTN.

Decretos legislativos – utilizados para aprovar os tratados internacionais celebrados pelo pais.
(art 49, I, CTN).

Convênios - os estados tem competência para celebrar convênios sobre concessão de isenções
e benefícios fiscais relativos ao ICMS

Decretos, regulamentos e atos administrativos – oriundos do poder executivo, objetivo regrar


a aplicação da lei a qual institui tributos.

VIGÊNCIA (aptidão para incidir) E APLICAÇÃO (depende sempre de alguém, podendo ocorrer
ou não) DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

A legislação tributária vigora nos limites do território da pessoas jurídica que edita a norma.

A lei passa a produzir efeitos a partir da data mencionada no texto, se não mencionar a lei
entrará em vigor em 45 dias após a publicação.

Retroatividade benigna: a lei a princípio não retroage, exceção é quando tiver uma sanção com
penalidade menos severa

Não existe discricionariedade, pois é necessário que esteja em consonância com os princípios
constitucionais.

MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO

Gramaticar ou literal – analisa o significado gramatical das palavras contidas na norma jurídica

Histórico – o sentido da norma é baseado através dos tempos

Sistemático – procura um sentido da norma verificando a posição em que a mesma se encarta


no diploma legal, é analisada dentro de um contexto múltiplo de preceitos que devem compor
um conjunto harmônico.

Teleológico – sentido da norma tendo em vista o fim para qual foi elaborada.

Ou seja, para entender uma lei é necessário entender o significado gramatical, as


circunstâncias históricas-sociais, comparar com as demais normas e entender os fins visados
pelo legislador.

MEIOS DE INTEGRAÇÃO
Analogia – 108, I CTN, diante de uma lacuna busca a solução para o caso.

Princípios gerais de direito – utilização dos princípios explícitos ou implícitos para suprir
lacuna.

Equidade – justiça no caso concreto, não pode dispensar tributo devido.

Institutos, conceitos e formas de direito privado – não pode alterar a definição, conteúdo e o
alcance de institutos, etc.

Interpretação benigna – as sanções deverão ser interpretadas de maneira mais favorável ao


acusado em caso de dúvida.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Sujeito passivo tem o dever de prestar dinheiro ao estado no interesse de tributos.

Obrigação principal – obrigação de dar (moeda), efetuar o pagamento do tributo em razão de


incidência tributária.

Obrigação acessória – obrigação de fazer, não fazer ou tolerar algo no interesse da fiscalização

Fato gerados (114) – um fato que ocorrido enseja a obrigação tributária.

Fato gerador e hipótese de incidência – simples descrição.

Momento da ocorrência do fato gerados – negócios jurídicos condicionais (contrato sujeito a


uma condição, pode ser suspensiva – quando ocorre o evento; e resolutiva – desde a prática
do ato), desconsideração de atos ou negócios jurídicos (visa combater a elisão fiscal); e atos
ilícitos e tributação (desde de que configurem fatos geradores, independentemente da
ilicitude das mesmas).

SUJEITOS

Ativo – pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu
cumprimento.

Passivo – pessoal natural ou jurídica obrigada a seu cumprimento.

Contribuinte (relação pessoal e direta com o fato gerador) e responsável (sem relação pessoal
e direta com o fato gerador e obrigação de pagar expresso em lei).

Convenções particulares – impossibilidade de serem opostas contra fazenda pública.

Solidariedade – mais de um credor ou devedor na mesma relação obrigacional. Importa a


solidariedade passiva.

Capacidade tributária passiva – independe da capacidade civil, impedida do exercícios das


atividades e da pessoa jurídica estar regularmente constituída.

Domicílio tributários

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Substituição tributária – responsabilidade tributária a terceiro que não praticou o fato gerador
(vinculação indireta com o real contribuinte)
Sucessores – obrigação tributária se transfere para o outro devedor em virtude da vanda de
imóveis, morte do contribuinte e alienações societárias.

Fusão, transformação, incorporação e cisão – ocorrência de uma dessas operações é


transferida para a nova pessoa jurídica.

Aquisição de quotas – não é hipótese se responsabilidade tributária pois apenas muda os


sócios.

Responsabilidade tributária dos sócios das pessoas jurídicas – pratica de uma ilegalidade, o não
recolhimento de tributos não enseja a responsabilidade pessoal dos sócios, mas o
encerramento irregular sim.

Denuncia espontânea da infração – sujeito passivo antecipa e ação do fisco e comunica que
cometeu uma infração

Consequência – efetuando o pagamento do tributo com jutos está exonerado da multa.

Multa de mora – não precisa ser recolhida

Parcelamento – incidência de juros e multa.

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Estado (sujeito ativo) exige o pagamento de tributo ou penalidade ao particular, contribuinte


ou responsável (sujeito passivo).

É constituído através do lançamento (procedimento adm).

Legislação aplicável – parte substancial (legislação vigência na data do fato gerador), em


relação a penalidade (lei mais benéfica) e quanto os aspectos formais/procedimentais (lei em
vigor na data do lançamento).

Modalidades de lançamento – de ofício (iniciativa da autoridade adm), por declaração


(declaração prestada pelo contribuinte), por homologação (sujeito passivo deve antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade adm).

Suspensão da exigibilidade do crédito tributário – quando verificado que o sujeito ativo está
impedido de exigir o crédito tributário

Moratória – prorrogação para o devedor pagar a dívida

Deposito –

Reclamações e recursos – os recursos enquanto não julgados impedem o sujeito passivo de


exigir o crédito contestado.

Medida liminar em mandado de segurança – proteção do direito liquido, certo, lesado ou


ameaçado pela autoridade adm. Concessão de uma liminar se os argumentos forem plausíveis
e riscos de prejuízos

Parcelamento –

Extinção do crédito tributário – pagamento, tendo o contribuinte crédito contra o sujeito ativo
decorrente de pgto. indevido é possível extinguir o crédito tributário mediante a compensação
com tais valores a receber.), compensação (transação, remissão (perdão do crédito tributário),
decadência (em razão do decurso de tempo – 5 anos),

Prescrição (perda do direito de ação em relação a cobrança do crédito tributário – 5 anos),


conversão do depósito em renda (valor depositado para suspender a exigibilidade, quando o
contribuinte perde o processo e é convertido em renda, extinguindo o crédito tributário),
pagamento antecipado e homologação (contribuinte apura o montante devido e faz o
recolhimento), consignação em pagamento, decisão adm, decisão judicial, dação em
pagamento de bens imóveis

A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada,


se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da
importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo
dependa de apuração.

A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da
obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em
determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.

Algumas matérias não poderão ser objeto de MP - § 1° (ex: matéria


reservada e lei complementar, relativa à nacionalidade, cidadania e direitos
políticos, etc...)

Você também pode gostar