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ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DE INFRAÇÕES EM VIRTUDE DE ACIDENTE EM


ESPAÇO CONFINADO, COM VISTAS À MELHORIA DA GESTÃO DE SST

Filipe Gomes da Costa

Alessandra Alves Fonseca Vargas


André Felipe da Silva de Oliveira
William da Silva Coimbra

RESUMO
A presente monografia traz um Estudo de Caso de acidente fatal ocorrido em uma
empresa armazenadora de grãos, em dois mil e treze, com dados informados pelo
Instituto Nacional de Previdência Social. O objetivo do estudo é trazer à luz a análise
das infrações impostas pelo órgão público à empresa, verificando-se que não houve
considerações de todas as Normas Regulamentadoras envolvidas já que a atividade
da organização está caracterizada em guarda de grãos em silo, e por assim ser, o
diretório de riscos é muito grande, abarcando, também muitas outras Normas, as
quais cita-se no desenvolvimento da referida análise. Aborda-se também um
“pressuposto” de melhorias, tendo em vista ser normal depois de infrações impostas,
haver mudanças progressivas em toda a gestão de segurança e saúde do
trabalhador, e o fato de haver “pressupostos”, é que o autor não esteve presente no
local, sendo o trabalho feito sobre um relatório do INSS, como dito anteriormente.

Palavras-chave: Segurança, Acidente, Confinado.

1. INTRODUÇÃO
O presente artigo está fundamentado em um estudo de caso sobre acidente
em espaço confinado, pois este assunto tem sido motivo de muitas discussões no
setor empresarial, tendo em vista que por si só tem levantado bandeiras de
sindicatos, empregadores, associações, etc., pois quando se fala em trabalho em
espaço confinado deve-se ter a ideia que estão abarcadas em seu escopo, várias
responsabilidades.
Com relação à regulamentação, o trabalho em espaço confinado no Brasil só
teve registros de acidentes a partir da criação da Norma Regulamentadora – 33, em
2006, o que leva o País a um atraso dentro do assunto, que ainda hoje
culturalmente, tanto empregadores, como empregados, resistem às regras,
causando muitas vezes acidentes com mortes ou invalides e o Instituto Nacional de
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Seguridade Social em suas determinações, criou multas para as empresas que


incorrem em um número do mesmo acidente em um período de tempo, o que
agrega responsabilidade às empresas, constituindo-se um avanço para a segurança
e saúde do trabalhador.
No trabalho em espaço confinado os riscos são mensurados de forma
macro, pois esses locais não possuem ventilação própria e por isso pode haver
pouco ou nenhum oxigênio, podendo o ar do ambiente conter ou produzir
contaminantes perigosos, como produtos tóxicos ou inflamáveis, constituindo-se em
questões cruciais, tanto para o setor organizacional, quanto para os órgãos
fiscalizadores, pois na guarda ou na moagem é que pode haver perda na qualidade
dos grãos e por paradoxal que seja, é tremendamente louvável dentro de uma
compreensão atual, saber que a preocupação com a economia e com a produção de
riquezas, têm maior significado se não houver compromisso, responsabilidade e
segurança dos envolvidos.

1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar as melhorias propostas
em uma empresa de agronegócio, em virtude de acidente em espaço confinado,
como também comparar as Normas Regulamentadoras que abarcam a questão
comparando-as às medidas impostas pelo INSS – Instituto Nacional de Seguridade
Social, a partir das infrações levantadas, tendo como fonte de dados o Relatório do
órgão público citado.
1.1.2 Objetivos Específicos
a) Examinar a bibliografia sobre o assunto;
b) Demonstrar a regulamentação de Trabalho em Espaços Confinados;
c) Analisar medidas impostas pelo INSS à empresa, a partir do acidente
d) Discorrer sobre as NRs que não foram consideradas pelo INSS.

1.2 JUSTIFICATIVA
Justifica-se o presente estudo pela atuação da Engenharia de Produção,
através de uma das suas áreas de conhecimento: a Engenharia do Trabalho,
trazendo como assunto Espaços Confinados, pois são considerados ambientes de
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trabalhos completamente agressivos à saúde do trabalhador, quanto à sua


integridade física, mental e psicológica.
A escolha do tema visa demonstrar questões fortemente abarcadas no
ambiente de espaços confinados que são locais que, pelas suas características
requerem atenção redobrada de todos os envolvidos: do empregado, do empregador
e demais, pelos riscos que podem ser fatais, sendo necessário capacitar, alertar e
informar sobre todos os perigos existentes interna e externamente e dessa forma a
contribuição faz-se de grande relevância para todos os profissionais e para as
questões que envolvem o assunto.
1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
O problema está formulado sobre um acidente fatal em empresa de
agronegócios, no que diz respeito às infrações e as melhorias propostas,
comparando as NRs impostas pelo INSS e as NRs que não foram citadas no
referido evento.
1.4 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO
O tema está delimitado sobre um acidente fatal em empresa de
agronegócios.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O trabalho ora proposto faz uma pesquisa sobre a Engenharia do Trabalho
que no seu escopo contém o “projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de
tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los
compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando
a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física”.
Para melhor compreensão, dentro do que está preconizado em melhor
qualidade e produtividade, para preservação da saúde e integridade física dos
trabalhadores, e tomando-se por análise um tempo de grandes expectativas para o
setor produtivo e para os seus sistemas, como também de tecnologias inovadoras, a
instituição de novas ocupações, por conta de novas frentes de trabalho, outras
formas de atividades, devido a novos segmentos e isso tudo também voltado a
novas fontes de energia, etc., são motivos suficientemente claros e nobres, fazendo-
se premente a aplicabilidade da Engenharia de Produção na gestão de riscos de
acidentes de trabalho.
Nesse contexto, sabe-se que a velocidade das mudanças no mundo, com
reflexos em toda a sociedade e em todas as esferas, para que as empresas entrem
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em um ciclo sustentável, devem ter em seu propósito as grandezas éticas, morais,


conceituais, etc., e que dentro dessa meta está a segurança do trabalhador.
2.1 BASES
Ao longo deste trabalho, fez-se a pesquisa sobre autores e estudioso sobre
o assunto e no Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho-(CLT), Decreto-Lei nº
5.452, de 01/05/43, os Artigos 154 a 222, dispõem sobre a Higiene e Segurança do
Trabalho, mas não faz menção a espaço confinado, pois somente em 2006 foi
instituída a Norma Regulamentadora-33 (NR-33), produto da Portaria 3.237/72, do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 27/07/72, que criou os serviços de
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Somente em 1974
tiveram início os cursos para formação dos profissionais de Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho.
No Manual de Acidentes do Trabalho, de 2016, do Instituto Nacional de
Seguridade Social (INSS ) - Diretoria de Saúde do Trabalhador, encontramos:
[...]A acepção da palavra “acidente”, presente nos mais diversos
léxicos da língua portuguesa, se refere à casualidade ou imprevisto.
Por sua vez, a palavra “dano” está conceituada como um prejuízo de
natureza física, moral ou patrimonial. Assim sendo, toda vez que um
acidente gerar um dano, o mesmo será passível de reparação,
conforme assegura a Constituição Federal de 1988.
O acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do
trabalho, resultando em dano para o trabalhador. Para sua
caracterização é necessário que se estabeleça a relação entre o
dano e o agente que o provocou, estabelecendo-se, assim, um
nexo.[...].(2016).

Somando-se, outras normas fazem parte deste estudo, como por exemplo, a
Norma Brasileira – 14.787 (NBR) - Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes,
Procedimentos e Medidas de Proteção, como qualquer área não projetada para
ocupação contínua com limitação de entrada e saída, onde a ventilação é
insuficiente para remover contaminantes perigosos ou deficiência/enriquecimento de
oxigênio e NBR 14.606 – Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT).
Em 22/12/2006, foi aprovada a Portaria nº 202 regulamentando a NR –
Norma Regulamentadora – 33, que tem em seu escopo a Segurança e Saúde nos
Trabalhos em Espaços Confinados, da qual apresentamos abaixo, apenas parte:
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“33.1 Objetivo e Definição


33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos
mínimos para identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente
nestes espaços.
33.1.2 Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não
projetado para ocupação humana contínua, que possua meios
limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente
para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou
enriquecimento de oxigênio.
33.2 Das Responsabilidades
33.2.1 Cabe ao Empregador:
a) indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento
desta norma;
b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em
espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção,
administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de forma a
garantir permanentemente ambientes com condições adequadas de
trabalho;
e) garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os
riscos, as medidas de controle, de emergência e salvamento em
espaços confinados;
f) garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a
emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho.
g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos
nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação
de seus trabalhadores;
h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde
dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e
condições para que eles possam atuar em conformidade com esta
NR;
i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição
de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato
abandono do local; e
j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de
controle antes de cada acesso aos espaços confinados.
33.2.2 Cabe aos Trabalhadores:
a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela
empresa;
c) comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de
risco para sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu
conhecimento; e
d) cumprir os procedimentos e orientações recebidos nos
treinamentos com relação aos espaços confinados.”

Segundo a OSHA (Occupational Safety & Health Administration) -


Segurança Ocupacional e Administração Saudável) - Órgão do governo Federal que
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faz parte do Departamento de Trabalho dos EUA com a função de regular a


segurança e saúde nos locais de trabalho, em cuja definição encontramos: “É
grande o suficiente e possui configuração que um trabalhador consegue entrar
fisicamente em seu interior e executar um trabalho designado, e 2) possui restrições
ou limitações para a entrada e saída de uma pessoa.” (OSHA 1)
Definição do NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health) -
Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional. Agência federal dos EUA
responsável pela realização de pesquisas e produção de recomendações para a
prevenção de lesões e doenças relacionada com o trabalho: “ Espaço confinado é
aquele que, em função do projeto, possui aberturas limitadas para entrada e saída; a
ventilação natural é desfavorável, o ar pode conter ou produzir contaminantes
perigosos.” (NIOSH 2). Em Serrão, Quelhas e Lima (2000), encontramos, segundo
publicação da ABEPRO:
A presença de uma ou mais pessoas fora do espaço confinado para
intervenção em emergência (resgate, socorro, etc.) é de fundamental
importância. Elas devem estar municiadas de todo material
necessário para uma atuação de emergência (respiradores
autônomos, maca, oxigênio, etc.). Nos trabalhos em espaço
confinado recomenda-se duas ou mais pessoas para realização de
qualquer atividade. (2000).

Dessa maneira, relata Carrion, (2006):


A segurança e higiene do trabalho são fatores vitais na presença de
acidentes e na defesa da saúde do empregado, evitando o
sofrimento humano e o desperdício econômico lesivo às empresas e
ao próprio País. Pratica falta o empregado que não obedece às
normas de segurança e higiene do trabalho, inclusive quanto ao uso
de equipamentos. A lei quer que as instruções tenham sido
expedidas pelo empregador, que hajam sido veiculadas por ele aos
seus empregados (CARRION, 2006, p.172).

Campos (2006), “a gestão destes espaços se torna mais complexa em


função da necessidade de se fazer análises que abordem os casos específicos de
cada segmento”.

2.2 MECANISCOS DA SEGURANÇA DO TRABALHO

A SST possui mecanismos para a segurança dos trabalhadores no


atendimento às questões de acidentes e/ou doenças. Uma das primeiras medidas
impostas às empresas é a criação do SESMT – Serviço Especializado em
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Segurança e Medicina do Trabalho, composto pelo número de empregados da


empresa estando relacionado ao número de profissionais desse setor.
A NR-4 determina:
a) a composição do SESMT.
b) suas atribuições
c) dimensionamento pelo número de trabalhadores,
d) atividade principal e atividades secundárias da empresa,
e) grau ou grau de riscos a que a empresa está inserida.

As atribuições do SESMT são:

a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de


medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus
componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a
reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador;
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a
eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização,
pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de
acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a
intensidade ou característica do agente assim o exija;
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de
novas instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a
competência disposta na alínea “a”;
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao
cumprimento do disposto nas NR aplicáveis às atividades
executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos;
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao
máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,
conforme dispõe a NR-05;
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação
e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas
quanto de programas de duração permanente;
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, estimulando os em favor da
prevenção;
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os
acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem
vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a
história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional,
os fatores ambientais, as características do agente e as condições
do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou
acidentado(s);
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade,
preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de
mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, devendo o empregador
manter a documentação à disposição da inspeção do trabalho;
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos
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Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em


Medicina do Trabalho ou facilmente alcançáveis a partir da mesma,
sendo de livre escolha da empresa o método de arquivamento e
recuperação, desde que sejam asseguradas condições de acesso
aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser
guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às
alíneas “h” e “i” por um período não inferior a 5 (cinco) anos;
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja
vedado o atendimento de emergência, quando se tornar necessário.
Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a
incêndios e ao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou
de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas
atividades.

A tabela a seguir mostra com clareza os detalhes da composição do


SESMT:
Tabela 1 - Dimensionamento do SESMT

Fonte: Anexo da NR-4

Alguns documentos são de elevada importância para a SST, quais sejam:


APR – Análise Preliminar de Riscos, que é um documento formal e contém a
assinatura do Técnico de Segurança, que resguarda a empresa da responsabilidade
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de acidentes, desde que a empresa cumpra de maneira adequada as instruções ali


contidas.
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, formalizado pela
SST e regulamentados pela NR-9, a qual caracteriza a chamada prevenção primária
das doenças ocupacionais.
Outros documentos formais integram os trabalhos em espaços confinados e
são eles:
- procedimentos de entrada,
- formalização do trabalho a ser feito, ou seja, o modus-operandi,
- como será feita o atendimento a emergência, salvamento e resgate,
- PET – preenchimento do formulário Permissão de Entrada de Trabalho,
- OS – preenchimento do formulário Ordem de Serviço,
- Its – preenchimento do formulários Instruções de Trabalhos,
- PSS – preenchimento do formulário Procedimentos de Segurança e Saúde
– PSS, que contêm as especificações para cada espaço em especial.
PCMSO- Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, estabelecido
conforme o subitem 7.2.1, da NR 7, que promove, como parte integral no conjunto
de iniciativas da empresa para a saúde dos trabalhadores, os programas de
prevenção primária das doenças respiratórias, sendo utilizados métodos de
avaliação quantitativa e qualitativamente para o monitoramento dos riscos
ambientais de exposição a poeira de grãos e viabilizem a possibilidade de medidas
de controle, essencialmente no que tange à qualidade do ar no interior das unidades
de armazenagem, pois a partir daí são feitas as medidas de rastreamento para
diagnóstico precoce de doenças respiratórias utilizando-se os questionários de
sintomas respiratórios e a espirometria, que é outro instrumento capaz de medir a
presença de gases para prevenção das ocorrências de explosões.
2.2.1 Equipamentos de Proteção Coletiva
1. Ventilador/insuflador de ar,
2. Rádio para comunicação,
3. Tripé,
4. Detector de gases e/ou poeiras,
5. Lanternas apropriadas,
6. Sistema autônomo com peça facial.
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2.2.2 Os Equipamentos de Proteção Individual


Capacete com jugular
1. Luvas (PVC ou raspa)
2. Trava-quedas e acessórios
3. Botas de segurança
4. Óculos de segurança
2.2.3 Instrumentação
Detector de gases
1. Cromatógrafo,
2. Explosímetro.
Figura 1 - Instrumento para medir a presença de gases em espaços
confinados

Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/silo.htm

2.2.4 Indicadores de acidentes e/ou malefícios à saúde do trabalhador

Os sintomas pela exposição dos causadores de acidentes e/ou malefícios à


saúde do trabalhador, pode-se notar de imediato na pele e nas roupas que ficam
cobertas pela poeira e logo a seguir começam os sintomas de irritação na pele,
olhos, nariz e boca. Essa exposição começa com uma sensação de desconforto,
vindo depois períodos de irritação no nariz e nos olhos com crises de tosse e
quando os sintomas já estão bem definidos, vêm as alterações crônicas irreversíveis
provocadas pela obstrução das vias aéreas. O tempo em que o trabalhador fica
exposto pode ou não determinar o aparecimento desses sintomas, pois aí estão
várias questões a serem atribuídas:

1) se o trabalhador é fumante ou não,


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2) se o trabalhador é alérgico ou não,


3) se o trabalhador já possui problemas respiratórios graves ou não,
4) se o trabalhador já possui problemas cardíacos ou não,
5) o tempo limite para cada um é diferente,
6) se a produção dos malefícios pode ser mensurado pelo tempo e quantidade.

2.3 CONCEITO DE ESPAÇOS CONFINADOS


Assim, o conceito de espaços confinados “são áreas não projetadas para a
ocupação humana contínua, possuindo meios limitados para a entrada e a saída do
trabalhador; pode ser definido como um volume fechado por paredes e obstruções
que apresenta restrições para o acesso, movimentação, resgate de pessoas e
ventilação natural.”
Moraes Júnior declara:

[...[Espaço confinado é aquele que possui aberturas limitadas para


entrada e saída e que]originalmente não foi concebido para a
ocupação de pessoas de forma permanente. São exemplos típicos
de espaços confinados os dutos de ventilação, esgotos subterrâneos,
caldeiras, tanques, silos, etc. Geralmente, os espaços confinados
necessitam de meios especiais para entrada e saída e não
apresentam ventilação própria. MORAES JÚNIOR [...] (2013).

À vista disso, são espaços confinados: caldeiras, tanques, poços,


transportadores, silos, tubulações, torres, colunas de destilação, caixas de
passagem, fornos, moinhos, secadores, prensas, dutos de ventilação, encontrados
em usinas, fábricas, empresas, construções e indústrias de papel e celulose,
indústria gráfica, alimentícia, de borracha e couro, indústria naval e de operações
marítimas, químicas e petroquímicas, siderúrgicas e metalúrgicas, na prestação de
serviços como os de gás, água e esgoto, eletricidade, telefonia, construção civil,
porões de navios, dutos de carregamento, torres de vigias, torres de trabalho, todo
trabalho em altura, como também debaixo do chão, caminhões, túneis, valetas e
reatores e especificamente no presente trabalho, o acidente ocorreu em um silo para
guarda de grãos.
A seguir a tipificação de espaços confinados:
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Tabela 2 - Setores e Tipificação de Espaços Confinados

SETOR ECONÔMICO ESPAÇOS CONFINADOS TÍPICOS


Biodigestores/ Silos/ Moega/ Transportadores enclausurados/
Agricultura Poços/ Cisternas/ Esgotos/ Valas/ Trincheiras.

Construção civil Poços/Valas/ Escavações/ Forros/ Dutos.


Fornos/ Panelões/ Depósitos/ Silos/ Misturadores/ Secadores/
Alimentos Tonéis/ Dutos/ Lavadores de ar.
Caixas/ Recipientes de tingimento/ Caldeiras/ Tanques/
Têxtil Prensas.
Depósitos/ Dutos/ Tubulações/ Silos/ Poços/ Tanques/
Metalurgia Coletores/ Cabines.
Serviços de saneamento/ Gás/ Galerias/ Poços/ Tanques/ Esgotos/ Digestores/ Incineradores/
Eletricidade e Telefonia Dutos.
Indústria do Petróleo e Reatores/ Colunas de destilação/ Precipitadores/ Lavadores de
Químicas ar/ Dutos.
Tanques nas asas de aviões/ Caminhões-tanque/ Vagões-
Transportes tanque-ferroviários/ Navios-tanque.
Fonte: O autor. (Adaptado de http://discsegtrab.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html)

2.3.1 Classificação e Identificação dos Espaços Confinados

A NBR 14.787, utiliza uma tabela composta de perguntas que, se a resposta


for positiva, então é considerado o espaço como confinado.

Tabela 3: Identificação dos espaços confinados

Não projetado Deficiência ou Mistura


Meios Ventilação
para a excesso de O2 inflamável
limitados para natural
Local Ocupação entrada e insuficiente existente ou existente ou
Humana que possa que possa
saída? para remover?
contínua? existir? existir?
1-Peneira
S S S N ?
rotativa
...
5-Dornas de
S S S S S
Fermentação
...
S = Sim; N = Não; ? = Pode existir em determinadas condições
Fonte: Araújo (2009)
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2.3.2 Riscos Gerais


Para riscos gerais, Silva (2009), postula que, entre as partes externa e
interna do espaço confinado pode haver problemas de comunicação, somando-se a
isso a agressividade do ambiente físico, o elevado ruído de equipamentos ou
ferramentas como vibrações oriundas do esmeril, das furadeiras, dos martelos, entre
outros, acabam trazendo fadiga ao trabalhador, pouca iluminação - ambiente com
baixa luminosidade e/ou iluminação deficiente, temperatura do ambiente (quente ou
frio), presença de animais, estejam estes vivos ou mortos, como também:
- os riscos mecânicos, que podem surgir do defeito de algum equipamento a
ser utilizado,
- riscos de choque elétrico por contato com partes metálicas,
- quedas por escorregões,
- quedas de objetos dentro do espaço confinado,
- postura incorreta,
- soterramento,
- engolfamento,
- ambiente físico agressivo pela ocorrência de ruído elevado e vibrações,
- risco de fadiga,
- presença de vivos ou mortos (pessoas),
- problemas de comunicação entre o interior e exterior do espaço confinado.

Araújo (2009), assegura que é essencial que todas as precauções sejam


tomadas para que lugares identificados como fechados sejam acessados pelos
trabalhadores que não estejam devidamente preparados. Essas medidas precisam
ser tomadas, pois quase sempre esses lugares não são identificados como
confinados e que a existência de riscos preliminares, em alguns, é real, pois tal risco
pode desenvolver-se, segundo a atividade.
Já Krzyzaniak (2010), cita que os principais riscos encontrados em espaços
confinados englobam: soterramento, engolfamento, pouco oxigênio, riscos de
ergonomia, riscos químicos, explosão e incêndio, riscos elétricos, quedas e quedas
de objetos.
Relatadas na citação seguinte, segundo o National Institute for Occupational
Safety and Health – NIOSH (1987 apud Krzyzaniak, 2010), as diversas situações
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que podem ocorrer, com os diferentes graus de risco, classificando-os em 3 (três)


classes distintas:
Classe A Espaços que apresentam situações que são imediatamente
perigosos para a vida ou a saúde . Estes incluem espaços que são
ou deficientes em oxigênio ou que contenham explosivos, inflamáveis
ou atmosfera tóxica. Classe B não apresentam uma ameaça imediata
à vida ou à saúde; no entanto, eles têm o potencial de causar lesão
ou doença , se não forem utilizadas medidas de proteção . Espaços
de classe C são aqueles em que quaisquer perigos colocados são
tão insignificantes que não há práticas necessárias ou procedimentos
de trabalho especiais. (NIOSH, 1987 apud REKUS, 1994, p.3).

Tabela 4 – Tipos de Confinamentos/Atividades

TIPOS DE ESPAÇOS
CONFINADOS ATIVIDADES
Serviços de saneamento/ Gás/
GALERIAS Eletricidade/Telefonia/Construção civil

TANQUES Indústria do Petróleo e Químicas

TUBULAÇÕES Indústria do Petróleo e Químicas

SILO Agroindústria
Fonte: O autor (Adaptado de http://discsegtrab.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html)

2.3.3 Riscos Específicos


Serrão, Quelhas e Lima (2000), Nunes (2011), e Campos (2011), postulam
que para riscos específicos, é imprescindível que a autorização para quaisquer tipos
de entradas faça menção aos riscos pertinentes, com essencialidade às condições
atmosféricas dos espaços confinados e que o enriquecimento e deficiência de
oxigênio podem causar asfixia, como também incêndio e explosão. A presença de
substâncias tóxicas aumentam os riscos por intoxicação pela exposição a agentes
contaminantes químicos (aerodispersóides, poeiras, fumaças, fumos, gases e
vapores) e infecções por agentes biológicos como bactérias, fungos e vírus e podem
estar concentrados acima do Limite de Tolerância, pois transformam o ambiente
numa atmosfera IPVS - Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde, que apresenta
risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.
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2.3.4 Capacitantes
Para melhor informação, levanta-se que vários componentes atuam com
magnitude nos acidentes em espaços confinados e o primeiro deles, mas não mais
importante, é o medo, pois somado ao risco não sabido, pode tornar-se
significativamente aumentado. Esse fator pode anular a eficiência dos meios de
prevenção que ocasionado pelo aumento do desconhecido, torna-se, por sua vez,
um risco mental ou psíquico. (DEJOURS, 1992).
Outro fator relevante que pode ser um capacitante está relatado em Dwyer
(Apud Bernardo 2001), que na sua teoria sociológica de produção de acidentes de
trabalho, relata que a organização (ou desorganização) do trabalho e a maneira
como a gerência administra o relacionamento com os seus trabalhadores tornam-se
essenciais na produção de acidentes e de enfermidades. A relevância é determinada
à medida que se pode mensurar maior exposição a situações de risco, pois outros
capacitantes agressivos estão também envolvidos, como risco de choque, de
explosão, do próprio resgate, pois coabitam em um mesmo ambiente.

2.3.5 Limites de Oxigênio


. No Brasil e no setor de higiene ocupacional americado, estão relatados em
Campos (2011). É importante informar que abaixo desses limites a carga de
oxigênio é considerada situação Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde –
IPVS e que 1% corresponde a 10.000 ppm.
Campos (2011), encontra-se uma exposição do “Limite Aceitável de oxigênio
presente no ar em %.”
Tabela 5 - Limite Aceitável de Oxigênio Presente no Ar em %

Brasi ACGIH NIOSH OSHA


l
18% 18% 19% e 19,5% e
23,5% 23,5%
Fonte: Campos (2011).

ACGIH - Conferência Governamental Americana de Higienistas Industriais


(American Conference of Governmental Industrial Hygienists – Associação
profissional de higienistas industriais e praticantes de profissões relacionadas, com
sede em Cincinnati, EUA.
57

NIOSH - (National Institute for Occupational Safety and Health) - Instituto Nacional
de Segurança e Saúde Ocupacional .

OSHA (Occupational Safety & Health Administration) - Segurança Ocupacional e


Administração Saudável).

Outra fonte importante encontra-se em Brevigliero, Possebon e Spinelli


(2010), as atividades mais difíceis requerem um maior número de oxigênio e de
acordo com esses autores o limite é de 19,5%., entretanto, em condições normais,
o teor de oxigênio é de 21%, mas o percentual recomendado em ambiente de
trabalho compreende a faixa de 19,5% a 23.5% e dessa maneira, a figura seguinte
mostra efeitos psicofisiológicos causados pela menor quantidade de oxigênio,
relatada por Rekus, (1994), a seguir:

Figura 2 - Efeitos Psicofisiológicos para Diferentes Níveis de


Acidentes.

Fonte: Rekus (1994)


58

2.3.6 Cuidados ao Entrar em Espaço Confinado


Sá (2007, p.42), demonstra alguns cuidados antes da entrada para o
trabalho em espaço confinado:
O QUE FAZER ANTES DA ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO
Guardar o espaço
Colocar sinais de advertência ou barreiras para manter a distância pessoas não
autorizadas e proteger entrantes da queda de objetos.
Isolar o espaço
Desconectar, trancar ou etiquetar equipamentos perigosos do espaço confinado.
Eliminar e controlar os perigos atmosféricos
Eliminar ou controlar os perigos do espaço confinado, documentar o método e os
passos necessários para eliminar ou controlar os perigos.
Testar o Espaço Confinado com relação aos perigos atmosféricos
Testar os perigos atmosféricos na seguinte ordem: oxigênio, gases inflamáveis, gases
tóxicos e corrosivos. Os empregados devem ter a oportunidade de observar os testes.
Identificar os equipamentos necessários
Assegurar que os entrantes tenham os equipamentos de que necessitam para
fazer o trabalho (incluindo equipamentos de resgate) e que eles saibam como usar
os equipamentos.
Planejar as emergências
Os atendentes devem saber como responder as emergências, incluindo quem
contatar e como remover os entrantes.
Completar e formalizar a permissão de entrada
O supervisor de entrada deve certificar que o espaço é seguro para entrar, deve
assinar a permissão de entrada e afixá-la no espaço de forma que os entrantes
autorizados possam vê-la.
Manter a comunicação
Atendentes e entrantes devem se manter em contato uns com os outros. Devem saber quais
equipamentos de comunicação utilizar e como utilizá-los de forma efetiva.
Manter à distância pessoas não autorizadas
O supervisor de entrada e os atendentes autorizados devem manter pessoas não
autorizadas distantes do Espaço Confinado.
59

Monitorar as atividades dentro e fora do espaço confinado


Atendentes autorizados devem continuamente monitorar o espaço confinado de
perigos enquanto os empregados estiverem no interior do mesmo.
Fonte: Sá, 2007.
Na Figura a seguir estão demonstradas as ações para emissão de Permissão
de Trabalho, antes do início da execução do trabalho em espaço confinado:

Figura 3 - Fluxograma

Fonte: Araújo (2005, p.292).


60

2.4 O TRABALHO EM SILO


O agronegócio é uma dos setores brasileiros que tem tido uma grande
expansão e é considerada uma área lucrativa para o País e Batalha (1995), fala
agronegócio ou agribusiness que significa: “o conjunto das empresas produtoras de
insumos, propriedades rurais, indústrias de processamento, distribuição e comércio
nacional e internacional de produtos agropecuários in natura ou processados”.
Ferreira (2001), postula sobre o agronegócio: “soma às operações de
produção e distribuição de suprimentos agrícolas, as atividades de produção nas
unidades agrícolas, o armazenamento, processamento e distribuição dos produtos
agrícolas e itens produzidos a partir deles”.
As atividades econômicas ligadas ao agronegócio, conforme explicação de
Araújo (1990):
a) insumos para a agricultura, como fertilizantes, defensivos, corretivos;
b) produção agrícola, compreendendo lavouras, pecuária, florestas e extrativismo;
c) transporte e comercialização de produtos primários e processados; e
d) agroindustrialização dos produtos primários, somando-se também as pesquisas e
assistência técnica.
Contudo, essa grandiosidade do orgulho brasileiro é também considerado
um lugar que tem elevado o número de acidentes, pois tanto o armazenamento de
grãos, quanto torná-lo em farinhas envolvem o trabalho em silos que estão debaixo
das considerações das NRS 6, 7, 9, 12, 18, 31, 33 e 35. Praticamente todas as
categorias de riscos, pois os silos apresentam uma relação completa dos mesmos,
os quais estão relatados mais adiante.
Para maior informação, os silos destinam-se ao armazenamento de produtos
geralmente depositados no seu interior e essa destinação tem como característica
principal um ambiente anaeróbio, ou seja, privado de ar.
A partir do exposto, não só os acidentes em silos são motivos de
preocupação para a área de segurança ocupacional, mas também o grande número
de doenças decorrentes dessas atividades, pois envolvem um complexo de
máquinas, equipamentos, etc. e o silo propriamente dito é um local não projetado
para ocupação humana, pois possui meios limitados de entradas e saídas,
ventilação insuficiente que possam excluir contaminantes, e pequenas
concentrações de oxigênio, como forma de prevenção e combate aos organismos
patológicos aeróbicos que danificam os grãos.
61

Outro aspecto importante é o acúmulo de poeiras nos elevadores, pisos e


túneis que apresentam grandes riscos de incêndios, pois os grãos são aquecidos e
liberam gases, formando combustão; a poeira dos grãos forma uma atmosfera
explosiva quando na presença de oxigênio e uma fonte de ignição, cuja ameaça está
presente em todos os lugares onde fazem o armazenamento, o transporte e o
processamento dos grãos.
A seguir, imagem de soterramento em um silo:

Figura 4 – Soterramento em Silo

Fonte: www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/silo.htm

2.4.1 Diretório de Riscos

A segurança do trabalho relata várias ocorrências nas unidades de


armazenagem (silos), por serem muitas as atividades que envolvem o processo de
tratamento de grãos, mas também: recebimento, limpeza, secagem, expurgo,
expedição, etc., tornando todas essas operações de transporte e deslocamento de
grãos producentes de grandes quantidades de poeiras, tornando-as agentes físicos;
já os riscos químicos se inserem na atividade de expurgo, onde os trabalhadores
utilizam pesticidas, pois as condições inadequadas na estocagem viabilizam a
proliferação de bactérias, fungos, ácaros e insetos nos grãos, tornando os riscos
biológicos outra ameaça.
Outro fator que necessita de consideração é a intensidade do trabalho físico
que aumenta a frequência da respiração e o volume de ar corrente, que por sua vez
aumentam os agentes de riscos.
Os riscos ergonômicos ficam por conta dos esforços físicos que agridem a
coluna vertebral, como também as máquinas que emitem intenso ruído e vibração,
enquanto que as fornalhas dissipam calor excessivo que provocam os riscos físicos;
62

riscos traumáticos ocorrem com dispositivos mecânicos durante a descarga de


caminhões e vagões, além de quedas por trabalho em altura, como também riscos
de choques elétricos e explosões.
Por isso, considera-se o estudo do tema importante pela atuação da
Engenharia de Produção em todos os sistemas produtivos, com relevância à
formação do autor em Bacharel da já citada ciência, como também ser uma das
tarefas do Engenheiro de Produção estar atento à regulamentação e a viabilização
nas empresas dos cuidados relativos à segurança e à saúde dos trabalhadores,
para que as empresas não sejam somente produtivas quantitativa e
qualitativamente, mas que seja possível que na produção elevada esteja
considerada a minimização ou zero índice de acidentes fatais e/ou doenças
ocupacionais.

3. METODOLOGIA

3.1 ESTUDO DE CASO


Lüdke e André (1986), postulam que Estudo de Caso é uma pesquisa de um
caso, simples, mas específico ou complexo e abstrato e deve ser sempre muito bem
delimitado, o que configuramos por semelhança, mas é também distinto por ser um
acidente com suas questões intrínsecas.
Para tanto, foi citado um acidente relatado pelo INSS.
3.2 BIBLIOGRAFIA
Para a pesquisa bibliográfica estão demonstrados nomes de autores e
estudiosos renomados no assunto para a qual fez-se minuciosa leitura e cuidados
na escolha, conforme Gil, (2008).
3.3 COMPOSIÇÃO TÉCNICA
Para a composição da parte técnica específica estão demonstradas todas as
Normas Regulamentadoras da questão, como também os mecanismos que
caracterizam a ação da Segurança e Saúde do Trabalhador, o dimensionamento do
SESMT – órgão de vital importância nas empresas para que o trabalho esteja dentro
dos padrões de cuidados para a saúde e segurança do capital humano das
organizações.
63

4. ESTUDO DE CASO
O presente trabalho é um Estudo de Caso e tem o objetivo analisar as
infrações impostas pelo INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social, em virtude
de acidente fatal ocorrido em 2013, conforme dados contidos em ANEXO, e
demonstrar as Normas Regulamentadoras que não foram consideradas, tendo em
vista o diretório de riscos do trabalho em silo ser extenso, como também demonstrar
as melhorias para a segurança e saúde do trabalhador.
4.1 DADOS DA EMPRESA
Filipe Agro Ltda.
São Gonçalo-Est. RJ
4.1.1 Ocorrência
O acidente ocorreu em silo de armazenamento de farelo de soja, totalmente
fechado e com uma porta de acesso, tecnicamente caracterizado como espaço
confinado. No dia do acidente havia aproximadamente 100.000kg de farelo de soja
armazenados no silo. A atividade realizada pelo acidentado consistia em
desmanchar blocos formados pelo acúmulo de farelo de soja e direcionar o farelo
para facilitar o escoamento pela rosca sem fim localizada na parte inferior do silo. No
dia do acidente a vitima entrou no silo e iniciou a atividade de desmanchar os
blocos. A tarefa era realizada com o trabalhador pisando e deslocando-se sobre o
monte de farelo de soja, e com o manuseio de ferramentas golpeando o farelo para
desmanchar os blocos. Durante a realização da atividade houve movimentação de
acomodação do farelo de soja e o corpo da vitima foi totalmente envolvido pelo
farelo provocando óbito por asfixia mecânica.
4.1.2 Fatores do acidente
Segundo o INSS, fatores que contribuíram para o acidente:
- meio de acesso permanente inadequado à segurança,
- modo operatório inadequado à segurança, tornando-se perigoso,
- trabalho em ambiente confinado que expõe o trabalhador em outras situações de
risco e
- falta ou inadequação de análise de risco da tarefa.
4.2 RESULTADOS
4.2.1 Resumo de Acidente Analisado
- inexistência ou inadequação de sistema de permissão de trabalho,
- designação de trabalhador não qualificado / treinado / habilitado e
64

- procedimentos de trabalho inexistentes ou inadequados.


4.2.2 Infrações
 Deixar de planejar e/ou programar e/ou implementar e/ou avaliar a gestão de
segurança e saúde no trabalho em espaço confinado. (NR-33.3.1).
A gestão de segurança e saúde deve ser
planejada, programada, implementada e
avaliada, incluindo medidas técnicas de
prevenção, medidas administrativas e
medidas pessoais e capacitação para
trabalho em espaços confinados. (NR-33.3.1).

 Realizar trabalhos em espaço confinado sem a adoção de medidas para


eliminar ou controlar os riscos que possam afetar a segurança e saúde dos
trabalhadores. (NR-33.3.2.5).
Adotar medidas para eliminar ou controlar os
riscos de inundação, soterramento, engolfa
mento, incêndio, choques elétricos,
eletricidade estática, queimaduras, quedas,
escorregamentos, impactos, esmagamentos,
amputações e outros que possam afetar a
segurança e saúde dos trabalhadores. (NR
33.3.2.5).

 Permitir a entrada ou a realização de trabalho em espaço confinado sem a


emissão da permissão de entrada e trabalho. (NR 33.5.3).
É vedada a entrada e a realização de
qualquer trabalho em espaços confinados
sem a emissão da Permissão de Entrada e
Trabalho. (NR 33.5.3).

 Deixar de indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento da


NR-33.2.1 alínea a).
Cabe ao Empregador:

a) indicar formalmente o responsável técnico


pelo cumprimento desta norma;” (NR 33.2.1).

 Manter espaço confinado sem a sinalização permanente junto à entrada ou


manter espaço confinado com sinalização em desacordo com o Anexo I da
NR-33.3.3, alínea c.
 Deixar de implementar procedimento para trabalho em espaço confinado.
(NR-33.3.3, alínea d).
65

 Permitir o acesso ao espaço confinado sem acompanhamento e autorização


de supervisão capacitada. (NR-33.3.3, alínea n).
Medidas administrativas:
c) manter sinalização permanente junto à
entrada do espaço confinado, conforme o
Anexo I da presente norma;
d) implementar procedimento para trabalho
em espaço confinado;
n) assegurar que o acesso ao espaço
confinado somente seja iniciado com
acompanhamento e autorização de
supervisão capacitada; (NR 33.3.3, alínea n).

 Designar trabalhador para atividade em espaço confinado sem a prévia


capacitação. (NR-33.3.5.1).
É vedada a designação para trabalhos em
espaços confinados sem a prévia capacitação
do trabalhador. (NR 33.3.5.1).

 Deixar de providenciar a permanência do vigia fora do espaço confinado,


junto à entrada, em contato permanente com os trabalhadores autorizados.
(NR-33.3.4.7, alínea b).
O Vigia deve desempenhar as seguintes
funções:
b) permanecer fora do espaço confinado,
junto à entrada, em contato permanente com
os trabalhadores autorizados. (NR 33.3.4.7,
alínea b).

 Deixar de elaborar ou implementar procedimentos de emergência e resgate


adequados ao espaço confinado. (NR-33.4.1).
33.4.1 O empregador deve elaborar e
implementar procedimentos de emergência e
resgate adequados aos espaços confinados
incluindo, no mínimo:
a) descrição dos possíveis cenários de
acidentes, obtidos a partir da Análise de
Riscos;
b) descrição das medidas de salvamento e
primeiros socorros a serem executadas em
caso de emergência;
c) seleção e técnicas de utilização dos
equipamentos de comunicação, iluminação de
emergência, busca, resgate, primeiros
socorros e transporte de vítimas;
d) acionamento de equipe responsável,
pública ou privada, pela execução das
66

medidas de resgate e primeiros socorros para


cada serviço a ser realizado; e
e) exercício simulado anual de salvamento
nos possíveis cenários de acidentes em
espaços confinados. (NR 33.4.1).

 Deixar de submeter o trabalhador designado para atividades em espaço


confinado a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar.
(NR-33.3.4.1).

Todo trabalhador designado para trabalhos


em espaços confinados deve ser submetido a
exames médicos específicos para a função
que irá desempenhar, conforme estabelecem
as NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos
psicossociais com a emissão do
respectivo Atestado de Saúde Ocupacional -
ASO. (NR 33.3.4.1).

 Providenciar a emissão de Atestado de Saúde Ocupacional sem o conteúdo


mínimo previsto na NR-7.4.4.3.
7.4.4.3. O ASO deverá conter no
mínimo: (Alterado pela Portaria nº 8, de 05
de maio de 1996)
a) nome completo do trabalhador, o
número de registro de sua identidade e sua
função; (107.048-7 / I1)
b) os riscos ocupacionais específicos
existentes, ou a ausência deles, na atividade
do empregado, conforme instruções técnicas
expedidas pela Secretaria de Segurança e
Saúde no Trabalho-SSST; (107.049-5 / I1)
c) indicação dos procedimentos médicos a
que foi submetido o trabalhador, incluindo os
exames complementares e a data em que
foram realizados; (107.050-9 / I1)
d) o nome do médico coordenador, quando
houver, com respectivo CRM; (107.051-7 / I2)
e) definição de apto ou inapto para a
função específica que o trabalhador vai
exercer, exerce ou exerceu; (107.052-5 / I2)
f) nome do médico encarregado do exame
e endereço ou forma de contato; (107.053-3 /
I2)
g) data e assinatura do médico
encarregado do exame e carimbo contendo
seu número de inscrição no Conselho
Regional de Medicina. (107.054-1 / I2)” (NR
7.4.4.3).
67

 Deixar de garantir a elaboração e efetiva implementação do Programa de


Controle Médico de Saúde Ocupacional. (NR 7.3.1)
7.3.1. Compete ao empregador:
a) garantir a elaboração e efetiva
implementação do PCMSO, bem como zelar
pela sua eficácia; (107.001-0 /I2)
b) custear sem ônus para o empregado todos
os procedimentos relacionados ao
PCMSO; (Alterada pela Portaria nº 8, de 05
de maio de 1996)
Redação anterior
b)custear sem ônus para o empregado
todos os procedimentos relacionados ao
PCMSO; (107.046-0)
c) indicar, dentre os médicos dos Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança
e Medicina do Trabalho - SESMT, da
empresa, um coordenador responsável pela
execução do PCMSO; (107.003-7 / I1)
d) no caso de a empresa estar desobrigada
de manter médico do trabalho, de acordo com
a NR 4, deverá o empregador indicar médico
do trabalho, empregado ou não da empresa,
para coordenar o PCMSO; (107.004-5 / I1)
e) inexistindo médico do trabalho na
localidade, o empregador poderá contratar
médico de outra especialidade para
coordenar o PCMSO. (107.005-3 / I1). (NR
7.3.1).

 Deixar de garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas


na NR-35.2.1 - Trabalho em Altura.

35.2.1 Cabe ao empregador: a) garantir a


implementação das medidas de proteção
estabelecidas nesta Norma.” (NR 35.2.1).

4.2.3 Embargo/Interdição
1 - Embargo/Interdição: Interdição da atividade através do Termo de interdição
001/35192-0/2013,
2 –A empresa foi notificada para somente realizar qualquer atividade em espaços
confinados após garantir o cumprimento de todas as disposições e medidas de
prevenção previstas na NR-33.

4.3 ANÁLISE
4.3.1 Medidas de Melhoria Propostas para a Empresa (Pressupostas)
1) Fazer o redimensionamento do SESMT,
68

2) Treinar os empregados, fazendo “briefings” diários,


3) Garantir a segurança do trabalhador de silo,
4) Conscientizar toda a empresa nos cuidados relativos à segurança de todos,
5) Criar um ambiente favorável de respeito, cobrando as ações responsáveis dentro
do que está preconizado na SST.
4.3.2 Normas Regulamentadoras que Não Foram Consideradas
A comparação das Normas Regulamentadoras que foram viabilizadas pelos
INSS no caso do acidente no espaço confinado, das Normas que também
precisavam estar consideradas:
a) NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL;
O INSS não considerou quais os Equipamentos de Proteção Individual o empregado
estava usando ao se acidentar, como também não mencionou sobre os
Equipamentos de Proteção Coletiva.
b) NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS;

O órgão também não mencionou se a empresa havia formulado o PPRA;

c) NR 12 – UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS,


Esta Norma Regulamentadora é bem explícita quanto à utilização de máquinas e
equipamentos e como o acidentado utilizava uma pá para revolver os grãos, uma
vez que a pá se constitui em um equipamento, certamente não houve o cuidado do
relato dessa NR.
d) NR 18 – CONSTRUÇÃO CIVIL, apenas o item 20 - Locais Confinados:

1 Nas atividades que exponham os trabalhadores a riscos de asfixia,


explosão, intoxicação e doenças do trabalho devem ser adotadas
medidas especiais de proteção, a saber: a) treinamento e orientação
para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos, a
forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de
risco; b) nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os
trabalhadores não poderão realizar suas atividades sem a utilização
de EPI adequado; c) a realização de trabalho em recintos confinados
deve ser precedida de inspeção prévia e elaboração de ordem de
serviço com os procedimentos a serem adotados; d) monitoramento
permanente de substância que cause asfixia, explosão e intoxicação
no interior de locais confinados realizado por trabalhador qualificado
sob supervisão de responsável técnico; e) proibição de uso de
oxigênio para ventilação de local confinado; f) ventilação local
exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e ventilação
geral que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente,
garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar; g)
sinalização com informação clara e permanente durante a realização
de trabalhos no interior de espaços confinados; h) uso de cordas ou
cabos de segurança e armaduras para amarração que possibilitem
69

meios seguros de resgate; i) acondicionamento adequado de


substâncias tóxicas ou inflamáveis utilizadas na aplicação de
laminados, pisos, papéis de parede ou similares; j) a cada grupo de
20 (vinte) trabalhadores, dois deles devem ser treinados para
resgate; k) manter ao alcance dos trabalhadores ar mandado e/ou
equipamento autônomo para resgate; l) no caso de manutenção de
tanque, providenciar desgaseificação prévia antes da execução do
trabalho.

A NR 18, possui em escopo a segurança e saúde do trabalhador na Construção Civil,


contudo no item 20 acima, está bem clara a definição quando o trabalho é feito em
Espaço Confinado, cuja NR também deixou de ser considerada.
e) NR 31 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA,
PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA
A NR 31 é muito abrangente, mas também deveria ser considerada, pois o trabalho
em Silo é uma atividade da Agricultura.

4.4 DISCUSSÃO
A partir da análise de todas as NRs envolvidas que pautaram as infrações
aplicadas pelo INSS, ainda assim não continham, na sua totalidade, todos os
motivos para a geração de infração, pois foram consideradas apenas as NRs de
valor administrativo ou de estruturação do próprio SESMT.
Dessa maneira, para maior entendimento, faz-se necessário o
estabelecimento de melhorias, como proceder ao treinamento dos empregados
aculturando-os através de “briefings” diários, estabelecendo conscientização de toda
a empresa nos cuidados relativos à segurança de todos, criando um ambiente
favorável de respeito e cobrando as ações responsáveis dentro do que está
preconizado na SST.

5. CONCLUSÃO
A presente monografia demonstra as implicações das Normas
Regulamentadoras que regem a Gestão de Segurança e Saúde do Trabalhador em
acidente fatal em um silo no ano de 2013. Muito embora tenha-se pesquisado outros
acidentes com as infrações impostas pelo INSS em anos recentes, não há mais
informações deste tipo para acesso de pessoa física, somente como pessoa jurídica,
sendo este acesso feito através do CNPJ, por isso a pesquisa ora relatada data do
ano já mencionado.
70

No acidente em pauta verifica-se que há um descaso por parte do INSS com


relação às Normas Regulamentadoras que não foram mencionadas pelo órgão, mas
que deveriam ser consideradas, pelo agravo da questão, não querendo fazer juízo
de valor ao órgão público, visto ser o único, em primeira instância, que tem a
possibilidade de repreender com multas as empresas que não fazem uma gestão de
SST com a real finalidade de preservar o capital humano das empresas, assunto tão
discutido atualmente e considerado um dos fundamentos de responsabilidade social
nas organizações.
Somando-se, outra questão de fundamental importância é o diretório de
Normas Regulamentadoras que regem o trabalho em silo e a abrangência do
assunto nos dias atuais, tendo em vista o aumento do agronegócio brasileiro, por ser
uma dos negócios mais relevantes e responsáveis pela alavancagem na economia
nacional.
É fundamental relatar que mudanças precisam ser feitas e que as ações que
mudam devem ser estimuladas por todos, numa cultura organizacional de
compromisso para o desenvolvimento, o que é projetado no sucesso da empresa e
gera satisfação de todos.
Enfim, pretende-se enfocar que este tema encontra-se no escopo da
Engenharia do Trabalho, uma das áreas de conhecimento da Engenharia de
Produção e que esta ciência pela importância da sua abrangência e por ser
detentora das melhores práticas para o setor produtivo, torna-se também
responsável pelos cuidados e melhoria da vida do trabalhador em seu local de
trabalho, através da atuação do Engenheiro de Produção.
Finalizando, espera-se que este trabalho tenha o caráter contributivo para os
profissionais da área acima referida, pois ao longo da pesquisa considerou-se a
riqueza das informações que estão aqui contidas para que sirvam de base em
pesquisas de conhecimento na área de produção científica e das ciências afins, na
busca para melhor compreensão do tema.

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