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TELECOM UDIA TCC Guilherme Souza
TELECOM UDIA TCC Guilherme Souza
UBERLÂNDIA
2017
GUILHERME SOUZA LOPES
UBERLÂNDIA
2017
GUILHERME SOUZA LOPES
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E PROJETO PARA INSTALAÇÃO DE
UMA EMISSORA DE RADIODIFUSÃO SONORA EM FREQUÊNCIA MODULADA,
NO MUNICÍPIO DE JOVIÂNIA, ESTADO DE GOIÁS/ GUILHERME SOUZA
LOPES. – UBERLÂNDIA, 2017-
78 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm.
UBERLÂNDIA
2017
Este trabalho é dedicado para minha mãe Maura Lúcia de Souza Borges que sempre
trabalhou muito e se absteve de muitas coisas na vida para que eu pudesse ter uma
educação de qualidade.
Agradecimentos
A Deus pelo dom da vida, pela oportunidade de ser um pessoa apta para seguir
nas direções que Ele sempre me mostra. Sem Cristo e seu sacrifício na cruz, eu nada seria.
A minha mãe Maura Lúcia de Souza Borges que é conhecida por ser uma guerreira
que sempre lutou para me oferecer o melhor. Concluir uma graduação é uma vitória para
ela assim como para mim, afinal, essa luta foi nossa.
A minha avó Alarecina, a matriarca da família, que sempre intercede por nós, e
principalmente por mim.
A minha irmã Gabriela Souza Lopes que da sua maneira sempre me incentivou
nos estudos, e na medida do possível esteve presente para me ajudar nos momentos de
provação.
Ao meu pai Sérgio Lopes de Oliveira que contribuiu para suprir as minhas necessi-
dades, por ser compreensivo nas decisões que foram tomadas em relação à graduação.
A minha futura esposa Ingrid Gomes Xavier, por ter sido uma companheira
excepcional, que chegou no momento certo da minha vida me auxiliando em diversas áreas
da minha vida, inclusive a acadêmica.
A todas aquelas pessoas que passaram por minha vida e que em algum momento
me auxiliou, sendo pouco ou muito.
A minha família materna e paterna que sempre me apoiaram e acreditaram em
meu potencial.
Ao meu orientador e coordenador Prof. Dr. Antônio Cláudio Paschoarelli Veiga
que foi um excepcional amigo, muito compreensivo e que sempre presava pelo bem estar
daqueles ao seu redor. Sem dúvidas conheci uma pessoa comprometida com a função que
lhe compete. Sempre serei grato.
Aos meus excepcionais professores da "TELECOM", todos vocês merecem o meu
agradecimento e respeito pois vocês formam uma equipe que ama o que faz, e que é
comprometida em oferecer o melhor para os alunos. Vocês são os melhores.
A Universidade Federal de Uberlândia que sempre correspondeu com a parte que
lhe correspondia.
"Os que conhecem o teu nome confiam em ti,
pois tu, Senhor, jamais abandonas os que te buscam."
(Bíblia Sagrada, Salmos 9:10)
Resumo
Este trabalho trata de um estudo de viabilidade técnica, com o objetivo de obter a
homologação de uma emissora de radiodifusão sonora em frequência modulada, a qual
será instalada no município de Joviânia, estado de Goiás. Este mesmo trabalho apresenta
um projeto da mesma, com algumas especificações técnicas de equipamentos que serão
utilizados na emissora caso a homologação seja concretizada.
O canal escolhido para o projeto está disponível no Plano Básico de Distribuição de Canais
de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada (PBFM), que deve ser consultado para
que atenda todas as exigências da homologação. Os requisitos utilizados foram os do canal
203, classe C, o qual está disponível para o município de interesse. A observância de tais
requisitos resultaria na liberação e aprovação do uso do canal pela Agência Nacional de
Telecomunicações, a ANATEL.
Para que a ANATEL faça a liberação para a transmissão sonora no local, é necessário
comprovar que as especificações técnicas do projeto respeitem a regulamentação presente
na Resolução no 67, de 12 de novembro de 1998, além de qualquer atualização da mesma
após a sua data. A resolução prevê que a emissora deve atender a vários requisitos técnicos
evitando interferências entre os canais e garantindo a qualidade do sinal. Esses requisitos
são influenciados pelo canal que se trata e pela classe que o mesmo pertence no PBFM,
que é gerenciado pela agência reguladora.
Além do roteiro para elaboração de estudos técnicos presentes na Resolução, que servem
para auxiliar o projetista, foi também utilizada a Recomendação UIT-R p.1546-1 que
serve como uma atualização da Resolução por trazer modelos de previsão de cobertura
ponto-área, que passaram a ser utilizados ao invés das curvas de nível de campo.
Ao término deste trabalho é apresentado os resultados do estudo, além das especificações
técnicas que confirmam a viabilidade técnica para a implantação da emissora segundo à
ANATEL e suas exigências.
Figura 3.A – Consulta aos canais livres para utilização - Portal da ANATEL (Mosaico) 23
Figura 3.B – Layout da aplicação SIGAnatel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 3.C – As 12 radiais traçadas a partir da base emissora . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 3.D – Gráfico do NMR da Radial 1 gerado pela aplicação SIGAnatel . . . . . 28
Figura 3.E – Representação da coordenada referência do PBFM e da base do sistema 34
Figura 4.A – Diagrama de irradiação de antena dipolo de meia onda para FM . . . . 36
Figura 5.A – Curvas E(50,50) utilizadas para cálculo de contorno protegido . . . . . 44
Figura 5.B – Projeções dos contornos e suas respectivas áreas de cobertura . . . . . 47
Figura 5.C – Projeções ampliadas dos contornos e suas respectivas áreas de cobertura 47
Figura 6.A – Projeções da área urbana e Contorno Protegido 2 . . . . . . . . . . . . 50
Figura 6.B – Resultados obtidos pelo SIGAnatel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Lista de tabelas
dB Decibéis
Ef Eficiência da linha
FM Modulação em Frequência
L Comprimento da linha
MHz MegaHertz
Pc Perdas acessórias
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.1 Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.2 Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.4 Objetivo Específico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5 DESENVOLVIMENTO DA EMISSORA FM . . . . . . . . . . . . . 40
5.1 Especificações obtidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
5.2 Definição das potências ERPmax e ERPaz . . . . . . . . . . . . . . . 41
5.3 Definição dos contornos das áreas de serviços . . . . . . . . . . . . . 42
5.3.1 Área de Serviço Urbana (Contorno 2 - 66dBm) . . . . . . . . . . . . . . . 43
5.3.2 Áreas de Serviço Primário (Contorno 1 - 74 dBm ) e Rural (Contorno 3 - 54
dBm) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
5.3.3 Áreas dos Contornos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
APÊNDICES 56
ANEXOS 61
1 Introdução
1
http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/13-1998/168-resolucao-67/
2
http://www.anatel.gov.br/institucional/
Capítulo 1. Introdução 17
1.1 Problema
No município de Joviânia, estado de Goiás, atualmente existe apenas uma emissora
de radiodifusão em frequência modulada. Após levantamento da opinião da população,
percebeu-se a necessidade da criação de mais uma opção de serviço, onde surgiu a ideia de
se estabelecer mais uma emissora FM no local. Porém, para que seja estabelecida uma
emissora FM, é necessário respeitar uma série de normas técnicas presentes na Resolução
no 67, de 12 de novembro de 1998, com o fim de obter uma autorização concedida pela
ANATEL para que seja dado o início das operações no local. Com isso, é necessário um
estudo de viabilidade técnica para averiguar se é possível a operação de mais uma emissora
FM na região, e posteriormente, caso seja viável, é preciso a elaboração de um projeto
para que seja analisado pela agência reguladora.
1.2 Justificativa
Com a elaboração deste trabalho se torna possível fazer uma atualização das normas
técnicas utilizadas, uma vez que após 1998 (ano do texto original da Resolução no 67)
alguns requisitos da mesma sofreram alterações. Abordar esse assunto é justificado pela
importância que a radiotransmissão ainda tem entre os meios de comunicação, pelos
inúmeros projetos do gênero que são desenvolvidos a cada dia, além de servir como
um referencial para futuros profissionais da área que pretenderem elaborar projetos de
emissoras FM ou até mesmo outros projetos da área de radiotransmissão.
0
18
Situação Geral:
Nessa parte é necessário informar em relação ao Norte verdadeiro a orientação do azimute,
a altura do centro da antena levando em consideração o nível de cada radial, a intensidade
de campo e a distância dos 3 contornos para cada radial.
Nível Médio do Terreno:
Nessa parte é necessário informar o azimute e o nível médio de cada radial, além do nível
médio do terreno.
Para observar todos esses dados requisitados para o projeto da emisso FM de Joviâ-
nia, basta conferir na íntegra os dados na mesma no APÊNDICE A.
3.1.1 Canalização
Como mencionado anteriormente a faixa de frequência dos canais FM inicia-se
em 87,4 e termina em 108 MHz. Dentro dessa faixa existem 103 canais os quais, a saber,
198,199 e 200 são para uso restrito das estações de ROADCOM (Serviço de Radiodifusão
Comunitária), cuja separação das portadoras está em 200 KHz. A frequência central define
cada canal e existe a atribuição de números entre 198 e 300, para que haja a identificação
necessária.
Há uma tabela de canalização da faixa de FM que foi promulgada através da
Resolução no 546, de 1o de setembro de 20103 , que faz uma alteração ao Regulamento
Técnico para Emissoras de Radiodifusão Sonora. A presente tabela, a saber, 3.1, que será
apresentada posteriormente dentro desse trabalho, é oriunda da referida resolução e a faixa
de frequência para cada canal FM, definido pelo PBFM é apresentada a fim de esclarecer
sua utilização.
1
http://sistemas.anatel.gov.br/se/public/view/b/srd.php
2
(BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 2013b)
3
(BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 2010)
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação 23
Figura 3.A – Consulta aos canais livres para utilização - Portal da ANATEL (Mosaico)
4
http://sistemas.anatel.gov.br/se/eApp/reports/b/srd/resumo_sistema.php?id=57dbac1a2cfcb&state=FM-
C0
5
(BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 2013b)
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação 24
De acordo com a Resolução no 5466 que altera o Regulamento Técnico para Emisso-
ras de Radiodifusão Sonora em Frequência Modulada algumas pontuações e modificações
foram observadas e aceitas, mas é necessária correta adequação às normas vigentes a fim de
respeitá-las para um funcionamento correto do referido canal classificado na classe C (BRA-
SIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 2010). Essas modificações
estão elencadas a seguir. São elas:
7
ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_para_fins_de_levantamentos_estatisticos/censo_demografico
_2010/mapas_municipais_estatisticos/go/joviania_v2.pdf
8
http://sistemas.anatel.gov.br/siganatel/
9
(BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 2013c)
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação 27
Tendo os valores de NMR é possível obter o valor do NMT (nível médio do terreno)
compreendido pela média aritmética dos 12 valores de NMR, fazendo com que o terreno
se torne figuradamente plano e de altura definida.
A tabela seguinte, a saber, 3.D mostra os valores obtidos nas 12 radiais. Esta aponta
as altitudes dos 50 pontos ao longo de cada radial, fazendo com que haja a obtenção da
média para encontrar o NMR de cada radial e, por conseguinte, o NMT de 784,01 m,
como será apresentado a seguir. Os valores de NMR obtidos nessa fase serão utilizados
para calcular os valores de intensidade de sinal em cada uma das radiais em uma fase
seguinte do trabalho.
Onde:
• CBT = Cota da base da torre (altura do terreno em que irá instalar a base da
emissora);
CBT = 818m
Ao observar a Tabela 3.D é possível perceber que o CBT tem um valor aproximado
com o valor obtido de NMT (784,01), isso demonstra que o relevo ao redor daquela região
tem a tendência de se manter na mesma altura do ponto que foi determinado como base.
Porém, deve-se lembrar que esse valor de NMR foi obtido pela média das 12 radiais.
Tabela 3.D – Mapeamento das altitudes de cada uma das 12 radiais
Radial 1 Radial 2 Radial 3 Radial 4 Radial 5 Radial 6 Radial 7 Radial 8 Radial 9 Radial 10 Radial 11 Radial 12 NMT
Dist.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt.(m) Alt. Média(m)
3000 787 788 650 765 775 827 797 822 826 853 809 805 792,00
3240 787 781 640 770 806 823 813 816 824 847 817 805 794,08
3480 791 775 652 777 799 812 820 813 822 843 822 796 793,50
3720 794 780 647 776 794 801 827 805 817 838 825 753 788,08
3960 798 797 636 779 752 806 835 797 818 839 825 726 784,00
4200 801 804 637 782 684 813 841 783 820 843 825 720 779,42
4440 802 806 619 778 653 817 844 764 820 844 823 688 771,50
4680 804 809 636 776 636 813 844 789 818 844 821 687 773,08
4920 801 808 655 696 609 814 843 794 819 849 814 677 764,92
5160 786 796 652 639 608 807 840 802 813 846 819 661 755,75
5400 790 786 629 597 595 794 830 807 807 838 820 650 745,25
5640 792 745 600 580 582 796 825 800 790 829 815 637 732,58
5880 789 730 625 567 573 791 818 798 772 819 811 622 726,25
6120 773 721 624 552 580 771 810 783 749 807 802 604 714,67
6360 759 720 629 547 589 737 801 783 733 803 785 593 706,58
6600 785 757 624 544 580 701 791 790 740 795 776 593 706,33
6840 793 768 638 543 576 784 789 799 755 786 769 594 716,17
7080 792 779 672 564 560 790 790 812 769 785 731 592 719,67
7320 783 813 674 603 553 766 787 822 770 780 701 591 720,25
7560 722 834 698 580 558 760 797 827 774 770 686 581 715,58
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação
7800 693 833 748 566 558 734 798 828 775 765 665 577 711,67
8040 675 828 775 584 563 679 800 831 768 769 645 572 707,42
8280 664 822 787 598 545 709 800 829 764 775 633 562 707,33
8520 659 816 793 598 538 675 797 826 760 777 630 564 702,75
8760 654 814 798 596 535 702 798 814 751 774 632 561 702,42
9000 648 801 796 595 558 697 797 805 741 774 631 562 700,42
9240 635 764 789 588 570 659 793 791 724 778 630 567 690,67
9480 625 704 785 589 574 683 788 786 718 784 622 569 685,58
9720 616 640 752 603 575 731 782 796 736 787 621 566 683,75
9960 601 616 772 611 571 748 776 806 755 787 618 565 685,50
10200 588 624 779 620 565 759 773 813 752 788 614 564 686,58
10440 586 611 792 617 557 766 766 818 745 781 612 562 684,42
10680 592 595 796 612 548 740 765 823 753 777 609 557 680,58
10920 604 598 749 609 529 728 762 824 765 770 609 555 675,17
11160 612 589 702 608 521 725 754 824 766 770 604 542 668,08
11400 605 582 642 607 529 700 744 819 768 781 599 539 659,58
11640 600 588 623 609 551 649 727 817 763 785 598 543 654,42
11880 596 582 617 605 559 635 716 814 765 787 592 551 651,58
12120 604 577 618 603 560 618 727 811 769 780 590 559 651,33
12360 604 565 642 599 556 636 743 809 766 776 582 566 653,67
12600 592 569 684 593 551 614 747 800 761 765 569 576 651,75
12840 592 575 750 586 546 599 749 792 751 758 568 578 653,67
13080 594 575 819 582 535 587 751 782 741 747 570 580 655,25
13320 585 580 833 573 530 579 751 779 730 729 559 582 650,83
13560 574 580 836 564 521 569 747 777 716 707 567 579 644,75
13800 585 585 849 551 511 561 744 777 711 694 575 577 643,33
14040 582 601 852 538 518 572 735 771 703 706 577 574 644,08
14280 586 610 868 534 512 583 728 765 699 714 579 562 645,00
14520 586 607 879 533 505 591 713 769 706 721 578 547 644,58
14760 586 614 893 542 518 582 724 762 713 725 579 543 648,42
15000 582 615 904 542 533 575 737 757 717 718 578 555 651,08
Soma 40634 35657 39759 36470 30704 41208 44874 45821 43908 45007 35531 30831 39200,33
30
NMR(m) 812,68 713,14 795,18 729,4 614,08 824,16 897,48 916,42 878,16 900,14 710,62 616,62 784,01
Uma vez que já estão definidas todas as variáveis constituintes da equação, deve,
agora, portanto, ser buscado o HNMT, segundo a equação abaixo com o seu respectivo
resultado.
10
Foi considerada a Tabela 3.B para se definir esse valor. Nessa tabela citada, o requisito máximo para
classe C é 60 metros acima do NMT. Essa altura da torre somada com o centro de fase do sistema
(4,244 m), a altura da antena (HCGSI )passa a ser 24,244 metros
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação 32
Contorno 3), dentro do intervalo entre o contorno 2 e o contorno de 54 dBµ (0,5 mV/m),
também estará em conformidade com a norma.
Para uma boa extensão do referido contorno protegido é necessário escolher ade-
quadamente os equipamentos e especificações utilizados nesse sistema que devem estar de
acordo com a geografia do local e das normas existentes através da resolução especificada
pela ANATEL levando em consideração a classe do canal em evidência.
3.4.1 Interferências
A resolução, em vários momentos, mostra rigidez excessiva no que tange a interfe-
rências relacionadas a canais, mas apesar de toda essa atitude sendo que o PBFM evita
interferências dada a sua criação há a exigência da presença dessa recomendação no que se
refere ao estudo de viabilidade técnica, segundo prevê o subitem 3.6.2 da referida resolução
(BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES, 1998b).
Mas as interferências se tornam inócuas a partir do momento em que o sistema
irradiante estiver definido próximo das coordenadas declaradas no PBFM para o presente
canal. Uma vez que existe a proximidade do sistema irradiante das coordenadas definidas
para o canal no PBFM, segundo divulgado na Figura 3.E, o projeto está desobrigado de ir
ao encontro e de mostrar as informações vigentes.
Capítulo 3. Canal Proposto para Propagação 34
4.1.1 Antena
Com polarização vertical e sendo uma Dipolo meia onda a antena empregada
possui qualidades satisfatórias favorecendo a edificação de uma emissora. Seu diagrama
de irradiação é favorável, pois o relevo é irregular tendo em vista que se trata da região
de Joviânia. De acordo com a Figura 4.A, esse é constituído de uma antena com uma
irradiação pouco direcionada. O documento do fabricante da antena aparece no Anexo A
desse projeto, integralmente.
Capítulo 4. Equipamentos básicos componentes da emissora 36
4.1.3 Transmissor
Para que sejam efetuados os cálculos necessários, do transmissor é considerado
apenas a potência de saída, que geralmente é apresentada em Wrms nas especificações
técnicas, que representa a potência média. A grande maioria dos transmissores disponíveis
no mercado têm potência nominal entre 25 e 300 Wrms. Como o canal 203 pertence à
classe C, conforme a resolução, a emissora fica limitada à uma potência de 300 Wrms,
porém, o valor de potência do transmissor escolhido para esse projeto é de 25 Wrms. Essa
potência nominal do transmissor, juntamente com o ganho da antena e a eficiência da
linha de transmissão deve ter como fim uma potência menor ou igual a 300 Wrms.
L × Al
Pl = (4.3)
100
Sobre a equação acima, entende-se que o parâmetro L destaca o comprimento do
guia de onda em metros, Al refere-se à atenuação do guia em um intervalo que se repete
a cada 100 m de comprimento, em dB/100 m. Será adotado o valor de 2 dB levando
em consideração a falta com acessórios (Pc), oriundos de conectores e divisores de linha,
adicionados ao valor Pl, acabando, assim, na extinção da linha (Pd), em dB, conforme
equação 4.4 apresenta (RÉGIS, 2010).
Pd = Pl + Pc (4.4)
As perdas totais são modificadas para escala linear (Pv) (RÉGIS, 2010):
P v = 100,1×P d (4.5)
1
Ef = (4.6)
Pv
5 Desenvolvimento da emissora FM
35 × 0, 6
Pl =
100
Pl = 0, 21dB
Pd = 0, 21 + 2
Pd = 2, 21dB
Pv = 100,1×2,21
Pv = 1, 663
1
Ef =
1, 663
Ef = 0, 601
ERPmax = 0, 045kW
Capítulo 5. Desenvolvimento da emissora FM 42
O resultado acima vai de encontro ao proposto pela resolução, ou seja, é menor que
300 W, portanto, os cálculos de ERPaz podem ser iniciados para cada um dos azimutes
determinados.
Novamente, menciona-se que, a antena localizou-se apontando o seu 90o direcio-
nando ao norte verdadeiro, ficando, então, de frente para o azimute 210o da emissora.
Evidenciando a localização da antena bem como os valores de E/Emax (presente
nas características da antena - ANEXO A), o cálculo direcionado ao azimute 0o apresenta-se
assim, conforme a equação 4.7:
ERPaz(0o ) = 0, 0179kW
Esse processo é repetido tendo como objetivo alcançar todas as outras 11 radiais.
Sendo assim, destaca-se o caráter completo da Tabela 5.B, com a presença de todos os
valores de E/Emax e ERPaz contemplando todas as radiais.
Figura 5.C – Projeções ampliadas dos contornos e suas respectivas áreas de cobertura
Com relação aos resultados alcançados desse projeto todas as informações referentes
ao sistema irradiante no intuito da implantação de uma emissora de radiodifusão sonora
FM foram apresentadas e determinadas. As informações referem-se a elementos essenciais
tais como os equipamentos utilizados, dimensões decididas e comportamento do sinal
irradiado foram previamente estruturados.
Depois desse processo é necessário haver uma análise desses resultados com o
objetivo de estar de acordo com a resolução vigente, uma vez que essa foi bastante
mencionada nesse projeto para que não haja problemas documentais junto à ANATEL.
Tabela 6.A – Valores do contorno protegido 2 (66 dBm) para cada radial
Radial Contorno 66 dBm (km)
0o 2,1
30o 3,6
60o 2,4
90o 4,0
120o 7,0
150o 2,5
180o 2,0
210o 2,0
240o 2,0
270o 2,0
300o 3,7
330o 6,5
Fonte: Elaborada pelo autor
Seguindo uma ordem, a média aritmética das distâncias do contorno protegido será
calculada em primeiro lugar. A Tabela 5.D (ou a Tabela 6.A) mostra-se muito importante,
pois através da busca dos valores nela informados é possível localizar a média do contorno
e descobrir se a emissora segue os requisitos existentes de acordo com o cálculo 6.1 abaixo:
2, 1 + 3, 6 + 2, 4 + 4, 0 + 7, 0 + 2, 5 + 2, 0 + 2, 0 + 2, 0 + 2, 0 + 3, 7 + 6, 5
= 3, 3167km
12
(6.1)
A média aritmética das distâncias do contorno protegido está de acordo com o
primeiro requisito, pois é menor que 7,5 km. Sendo assim, um primeiro requisito é respeitado.
Há um objetivo cumprido no segundo requisito, uma vez que não há a existência de uma
classe de menor categoria do que a classe C.
Há ainda um último requisito. Para ele foi utilizado a aplicação SIGAnatel para
fazer uma analogia com a área de cobertura. Observa-se que a área urbana está localizada
e inserida totalmente no contorno de 66 dBm, segundo representado na Figura 6.A.
Dessa maneira, comprova-se que a área de serviço urbana está devidamente coberta
pelo contorno de 66 dBm, de acordo com a exigência da resolução.
Capítulo 6. Resultados alcançados com o projeto 50
Referências
• Classe: C.
• Classe: C.
Sistema irradiante
• Tipo de antena: Onidirecional.
• Polarização: Vertical.
• Ganho máximo em relação ao dipolo de 1/2 onda: 4,77 dBd para 3 elementos.
• Eficiência: 0,601.
APÊNDICE A. Informações técnicas obtidas segundo o roteiro de estudos técnicos 59
• ERPmax (kW), por radial: Azimute/dBk: 0o /-17,48; 30o /-17,62; 60o /-17,48; 90o /-
16,69; 120o /-15,63; 150o /-14,58; 180o /-13,91; 210o /-13,97; 240o /-13,91; 270o /-14,58;
300o /-15,63; 330o /-16,69.
Enquadramento na Classe
• ERPmax (kW) proposta para cada radial:
Azimute/dBk: 0o /-17,48; 30o /-17,62; 60o /-17,48; 90o /-16,69; 120o /-15,63; 150o /-14,58;
180o /-13,91; 210o /-13,97; 240o /-13,91; 270o /-14,58; 300o /-15,63; 330o /-16,69.
+ F+(+ (+)" 8- * F+()+I" ()*+% ' (
*J**)++ )G+ 7 %
+ F+(+ (+)" K)+ ++ F,*)+% ' ( )+++
+(+ (( 7 7B7" F ((%
+ J.*) )++I" B+)!+ *+($+ :%
-3453
46 C > D EEE
67+ 8(+ 8(()(+ + 9):+ +)(( 9++ *;)+ < '7 $( < -= < < < >%? @ < AAA%)+++%*%B(
4)F & 3+ F+(+ 8-
P 4+ (J( + )+ * J(OV,*)+ % -G 5)G+
P 4+ (J( + )+ * J(OV,*)+ % -G 5)G+
67+ 8(+ 8(()(+ + 9):+ +)(( 9++ *;)+ < '7 $( < -= < < < >%? @ < AAA%)+++%*%B(
4)F & 3+ F+(+ 8-
4)+$(++ )7 W
W
<
X
X
W
W
<
<
X
X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
$ % & '() '*) $ % & '() '*)
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
W < X W < X
67+ 8(+ 8(()(+ + 9):+ +)(( 9++ *;)+ < '7 $( < -= < < < >%? @ < AAA%)+++%*%B(
4)F & 3+ F+(+ 8-
4)+$(++ :+I"
< < < <
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67+ 8(+ 8(()(+ + 9):+ +)(( 9++ *;)+ < '7 $( < -= < < < >%? @ < AAA%)+++%*%B(
67
FEATURES / BENEFITS
It represents a light-weight transmission line solution
The light weight of CELLFLEX® Lite coaxial cable results in reduced work-force and lifting gear.
It is easy to transport, handle and install
CELLFLEX® Lite coaxial cables enable savings in shipping cost.
It exhibits a cost-efficient alternative to copper transmission line
CELLFLEX® Lite coaxial cable helps to reduce CAPEX spending.
It offers a user-friendly compatibility with RFS's existing range of accessories
CELLFLEX® Lite coaxial cable requires less inventory additions, thus reduced OPEX.
It enables trouble-free installation and operation
CELLFLEX® Lite coaxial cable avoids downtime and reduces OPEX.
The attenuation is comparable to the industry standard in traditional cable
CELLFLEX® Lite coaxial cable maintains uncompromised coverage.
Specially developed connectors exhibit low and stable intermodulation performance
CELLFLEX® Lite coaxial cable exceeds present PIM standards ensuring no dropped calls.
It is available with UV-resistant polyethylene or flame-retardant jackets
CELLFLEX® Lite coaxial cable can be used outside and in indoor applications where restrictions
apply.
It exceeds industry standard for return loss performance
CELLFLEX® Lite coaxial cable means zero risk in network planning.
Technical Features
APPLICATIONS
Applications Main feed line, intended for outdoor usage
STRUCTURE
Cable Type Foam-Dielectric, Corrugated
Size 1-5/8"
Jacket Option Black
Inner Conductor mm (in) 17.6 (0.69) Corrugated Copper Tube
Dielectric mm (in) 42.4 (1.67) Foam Polyethylene
Outer Conductor mm (in) 46.4 (1.83) Corrugated Aluminium
Jacket mm (in) 50.2 (1.98) Polyethylene, PE
ELECTRICAL SPECIFICATIONS
Impedance Ω 50 +/- 1
Maximum Frequency GHz 2.75
Velocity % 90.0
Capacitance pF/m (pF/ft) 74 (22.5)
Inductance µH/m (µH/ft) 0.185 (0.056)
Peak Power Rating kW 310.0
RF Peak Voltage Volts 5600.0
Jacket Spark Volt RMS 10000.0
Inner Conductor dc Resistance Ω/1000 m (Ω/1000 ft) 1.3 (0.396)
Outer Conductor dc Resistance Ω/1000 m (Ω/1000 ft) 0.61 (0.186)
Return Loss (VSWR) Performance Standard
Maximum Return Loss dB (VSWR) 24 (1.135)
Phase Stabilized Phase stabilized and phase matched cables and assemblies are available upon request.
Temperature & Power Standard
MECHANICAL SPECIFICATIONS
Cable Weight kg/m (lb/ft) 0.79 (0.53)
Minimum Bending Radius, Single Bend mm (in) 200 (8)
Minimum Bending Radius, Repeated Bends mm (in) 500 (20)
Bending Moment Nm (lb*ft) 40.7
Tensile Strength N (lb) 1800 (405)
Recommended / Maximum Clamp Spacing m (ft) 1.2 / 1.5 (4 / 5)
All values nominal unless tolerances provided; information contained in the present datasheet is subject to confirmation at time of ordering Page 1 of 2
PRODUCT DATASHEET
LCF158-50JL
All values nominal unless tolerances provided; information contained in the present datasheet is subject to confirmation at time of ordering Page 2 of 2
70
Radial 1
Radial 2
ANEXO C. Perfil de terreno das radiais analisadas e seus respectivos gráficos 72
Radial 3
Radial 4
ANEXO C. Perfil de terreno das radiais analisadas e seus respectivos gráficos 73
Radial 5
Radial 6
ANEXO C. Perfil de terreno das radiais analisadas e seus respectivos gráficos 74
Radial 7
Radial 8
ANEXO C. Perfil de terreno das radiais analisadas e seus respectivos gráficos 75
Radial 9
Radial 10
ANEXO C. Perfil de terreno das radiais analisadas e seus respectivos gráficos 76
Radial 11
Radial 12
77