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» Jornalismo de Dados
começarem a se aprofundar no
jornalismo de dados
por Bettina Figl • 6 de março de 2018

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© Pexels/Lukas – CC0A indústria da mídia foi perturbada. A queda nas receitas de
Tuitar Facebook publicidade faz com que muitos editores olhem com ansiedade para os seus
Imprimir LinkedIn balanços. Os pequenos estabelecimentos estão particularmente em dificuldades.
Como consequência, muitos deles hesitam em investir no jornalismo de dados, Histórias relacionadas
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temendo que isso resulte em custos adicionais. Top 10 do jornalismo de dados:
Reddit Republicar estresse hídrico global, proliferação de
No Reino Unido – geralmente visto como uma vanguarda quando se trata de fentanil, incêndios em Maui

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Colin Porlezza, pesquisador sênior e professor associado do Instituto de armas dos EUA e ataques aéreos em
Mianmar
Comunicação de Massa e Pesquisa de Mídia da Universidade de Zurique, escreve
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que “Mesmo o sistema de mídia britânico, onde o jornalismo de dados está corporativa de Wagner, história da
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geralmente bem inserido no ciclo de notícias, sofre de uma centralização”. divisão eleitorais na Espanha
regional devido aos escassos recursos humanos e económicos nos meios de
Top 10 do jornalismo de dados: uma
comunicação mais pequenos.” terra arrasada, nomes de bebês
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femininas da Copa do Mundo para
assistir
A importância do jornalismo de dados para pequenos veículos
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No entanto, agora mais do que nunca, o jornalismo de dados é importante para
redações e veículos de menor dimensão.
De acordo com Kira Schacht , jornalista de dados
alemã, “contar uma história com dados muitas vezes “Nem todo jornalista precisa saber
proporciona uma forma de transmitir uma imagem como raspar ou construir algo, mas
mais ampla, ao mesmo tempo que ilustra implicações toda redação precisa entender o
locais, destacando um aspecto localizado de um jornalismo baseado em computador.”
conjunto de dados”. Schacht, que também é
cofundador da start-up alemã de jornalismo de dados
Journocode, está convencido de que as reportagens baseadas em dados ajudam os
meios de comunicação mais pequenos a destacarem-se e proporcionam uma
experiência única ao seu público. “Finalmente”, argumenta Schacht, “os métodos
baseados em dados também podem ajudar o papel de vigilância do jornalismo, que
é especialmente necessário no jornalismo local”.

Mas se o jornalismo de dados é tão importante para pequenas redações e meios de

comunicação locais, como podemos garantir que eles também possam participar?
Para descobrir, entrevistei os principais especialistas do setor, jornalistas de dados e
chefes de equipes de dados na Alemanha, na Áustria e no Reino Unido. Alguns
trabalhavam para pequenos veículos ou agências de investigação sem fins lucrativos,
outros para grandes jornais.

Principais descobertas
Jornalismo de dados é trabalho em equipe. Simon Rogers , que iniciou o
Datablog do The Guardian e agora é editor de dados no Google, descreveu seu
“time dos sonhos” de jornalismo de dados como um grupo de seis a sete
pessoas – um número que é consistente em todos os meios de comunicação que
entrevistei. Notavelmente, o tamanho da redação não faz diferença no tamanho
da equipe de dados. As equipes costumam ser uma mistura de jornalistas de
dados, programadores e desenvolvedores, muitos deles sem formação
tradicional em jornalismo. Por exemplo, no Spiegel Online, um ex-planejador
urbano e um físico estão trabalhando em projetos de jornalismo de dados,
enquanto outros meios de comunicação contrataram pessoas com formação em
ciência da computação.
Ser pequeno pode ser uma vantagem. “Se você tem um líder comprometido
com a inovação, será mais fácil transformar uma redação pequena”, afirma o
ex-editor-chefe do The Guardian, Alan Rusbridger . Em geral, menos
experiência interna não é necessariamente uma desvantagem. De acordo com
Megan Lucero , que lidera o Bureau Local do Bureau of Investigative
Journalism, “É muito mais fácil para redações menores mudar e introduzir
coisas novas – este é o seu novo recurso”. Ela diz que organizações menores
podem formar parcerias mais facilmente com acadêmicos e pesquisadores, o
que pode lhes dar uma vantagem em seus relatórios. No entanto, é essencial
encontrar um terreno comum em relação às diferentes abordagens e
prioridades, bem como aos fluxos de trabalho e aos prazos.”
Sacuda a poeira com habilidades de dados. O estudo de caso do Berliner
Morgenpost ilustra como o jornalismo de dados pode mudar a cultura
organizacional de um jornal local. Julius Tröger começou a fazer jornalismo de
dados do zero. Em poucos anos, ele e sua equipe crescente conseguiram fazer
jornalismo de dados premiado. O Berliner Morgenpost, que sofreu com a sua
imagem antiquada no passado, ostenta atualmente alguns dos melhores jornais
de dados do mundo de língua alemã.
Diversificação. O jornalismo de dados pode assumir muitas formas e formatos
diferentes. Com o jornalismo de dados, é possível contar uma história diferente
para cada pessoa – um argumento de venda único do jornalismo online. Seja
traçando a antiga fronteira da RDA ou adivinhando como o desemprego caiu
durante a presidência de Barack Obama nos EUA – os usuários gostam de
interagir, e esses exercícios também podem ser bastante educativos.
Finalmente, há também espaço para histórias de dados auto-recolhidos e para o
jornalismo colaborativo.

O ponto crucial, no entanto, é quais os passos que as pequenas redações podem

tomar para melhorar os seus esforços de jornalismo de dados e formar uma equipa
de jornalismo de dados – tudo isto ao mesmo tempo que cuidam do seu orçamento
limitado. Minha pesquisa me permitiu chegar à seguinte lista.

Dez etapas para começar

Estabeleça metas razoáveis : uma visualização de dados, uma página com
dados, um gráfico ou uma pesquisa profunda baseada em dados com duração
de um mês – tudo isso é jornalismo de dados. No entanto, é vital que os
projetos e expectativas em relação ao jornalismo de dados sejam adequados ao
meio de comunicação. Pense no que sua equipe de dados pode alcançar e no
que você deseja que ela alcance e, em seguida, configure-a de acordo.
Compromisso do topo: “Nada disso tem chance se você não tiver um editor-
chefe que acredite nisso”, diz Rusbridger. Ele não é o único a enfatizar a
importância de uma liderança comprometida. “As barreiras atuais dizem
respeito principalmente à cultura e à liderança, não à tecnologia”, confirma o
estrategista digital Nic Newman .
Entusiasmo de baixo para cima : Embora seja certamente necessária uma
visão, na maioria das vezes uma iniciativa de baixo para cima e alguns
resultados preliminares são os meios para convencer um conselho editorial
cético.
A comunicação é essencial : Para conseguir mudanças duradouras numa
redação, a comunicação é essencial. Rusbridger novamente: “A única maneira
de criar mudanças era fazer as pessoas falarem constantemente sobre isso”.
Desenvolva habilidades : Existem três maneiras de trazer as habilidades
necessárias para uma equipe de jornalismo de dados para uma redação: 1)
Treine sua equipe, por exemplo, oferecendo workshops. 2) Traga experiência
contratando jornalistas de dados, desenvolvedores e/ou programadores. 3)
Colabore com outras redações ou especialistas, como cientistas e analistas de
dados.
Contrate alguns geeks.
Dê espaço e recursos à equipe (e aos geeks).
Cooperar: A comunidade de jornalismo de dados na Alemanha é bastante
pequena e muito responsiva. Até a “coopetição” (a colaboração entre
concorrentes) é uma prática comum.
Comece pequeno e com uma hipótese.
Não tenha medo.

Inquestionavelmente, esta lista não é o princípio e o fim de tudo. No entanto,

espera-se que forneça um ponto de partida útil para redações e veículos menores
que gostariam de começar no jornalismo de dados.

É claro que o jornalismo de dados não é tudo e, em muitos aspectos, os jornalistas

sempre trabalharam com dados de uma forma ou de outra. Mesmo assim, à medida
que a indústria avança, será cada vez mais difícil evitar o jornalismo de dados.

“Nem todo jornalista precisa saber raspar ou construir algo, mas toda redação
precisa entender o jornalismo baseado em computador”, diz Lucero. Você precisa
saber o que é possível e precisa de um conhecimento básico de estatística e Excel.”

Tröger, do Berliner Morgenpost, concorda.

“O jornalismo de dados se tornará maior”, diz ele. “Hoje, mesmo as menores

redações têm alguém que trabalha com dados e há mais por vir. O que discutimos
internamente é se precisamos ou não de visualizações opulentas. O Washington Post
tem 24 pessoas trabalhando em projetos interativos e baseados em dados, e eles
fazem grandes coisas, mas talvez isso seja demais.”

Parece que, como acontece com muitas coisas, o equilíbrio certo é fundamental.

Os veículos entrevistados para este estudo foram Berliner Morgenpost, SZ.de, ZEIT
ONLINE, Spiegel Online, Dossier, CORRECT!V e Bureau Local do Bureau of
Investigative Journalism. O relatório completo “Maior não é sempre melhor: o que
podemos aprender sobre jornalismo de dados em pequenas redações” é publicado pelo
Reuters Institute for the Study of Journalism e pode ser encontrado aqui .

Esta postagem apareceu pela primeira vez no site do Observatório Europeu de Jornalismo
e é reproduzida aqui com permissão.

Bettina Figl é repórter e editora online do jornal diário nacional

Wiener Zeitung em Viena, Áustria. Ela é especializada em
longform, reportagens e jornalismo digital, enquanto cobre histórias
sobre educação, política, questões sociais e feminismo. Ela ensinou
jornalismo digital na Universidade de Ciências Aplicadas WKW em
Viena.

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