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-A LEI DO AXIOMA –

GORDON CLARK.

Todo sistema teológico filosófico deve ter um ponto de partida. Os positivistas


lógicos enunciaram sem demonstrar a suposição de que uma frase não tem sentido
caso não seja verificada pela sensação. Falar sem fazer referência a algo tangível,
visível, que pode ser cheirado especialmente medido é tolice. Mas eles nunca
deduziram esse princípio - seu axioma não demonstrado. Pior, ele é autocontraditório,
pois não foi nem pode ser visto, cheirado, nem medido, portanto, condena a si mesmo
como tolice. Caso os axiomas de outros secularistas não sejam tolices, permanecem,
apesar disso, axiomas.
Todo sistema deve começar em algum ponto e não pode ter iniciado antes de
começar. O naturalista poderia retificar o princípio lógico positivista para fazê-lo
afirmar que todo o conhecimento é derivado da sensação. Isso não é um disparate,
mas permanece um axioma não demonstrado de forma empírica. Não sendo
autocontraditório, é pelo menos falto de justificativa empírica. Não se faz necessário
apresentar aqui outros argumentos contra o empirismo. Nenhum sistema pode deduzir
seus axiomas, é esse o ponto em questão.
A inferência é ninguém pode contestar de forma coerente o fato de o
cristianismo basear-se em axiomas não demonstráveis. Se os secularistas se valem do
privilégio de basear seus teoremas e axiomas, os cristãos também podem fazer o
mesmo. Se eles se recusam aceitar nossos axiomas, então não podem opor nenhuma
objeção lógica para não rejeitarmos os deles. Consequentemente, rejeitamos as
próprias bases do ateísmo, do positivismo lógico e do empirismo de forma geral. Nosso
axioma é o de que Deus falou. Ou, de modo mais completo - Deus falou na Biblia. De
forma mais precisa, as afirmações bíblicas são que Deus falou.

Gordon H. Em Defesa da Teologia. Brasília, pp. 37-38.

Dogmatismo do Gordon Clark, ed. PN Miguell.

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