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Userojs, Artigo 4 Fisioterapia Brasil v1n1 Sandra Regina Paes de Silva
Userojs, Artigo 4 Fisioterapia Brasil v1n1 Sandra Regina Paes de Silva
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
Introdução
O movimento craniano é uma combinação de envergadu-
ra óssea e movimento das suturas.
A articulação esfenobasilar age como desencadeador prin-
cipal dos movimentos cranianos, pois todos os outros ossos
cranianos e os da face estão direta ou indiretamente relaci-
onados à ela. Existe uma continuidade destes movimentos
através de pivôs, engrenagens, alavancas e deslizamentos, o
que constitue uma cadeia cinética fechada.
O movimento craniano relaciona-se diretamente com o
sistema estomatognático. Sua função adequada está intima-
mente relacionada à alterações de flutuação rítmica do lí-
quido cerebroespinhal, alterações de mobilidade das mem-
branas meníngeas, oclusões dentárias, alterações na cadeia
muscular cinéticamente fechada do sistema estomatognáti-
co e alterações posturais globais.
Palavras chave:
Alterações de mobilidade dos ossos cranianos podem oca-
Disfunção sionar desde cefaléias até compressão de nervos cranianos,
crâniomandibular, com sintomas que variam de distúrbios auditivos, visuais e
articulação do sistema endócrino, até alterações neurológicas e funcio-
esfenobasilar, sistema nais. Portanto, o movimento adequado dos ossos cranianos é
crâniosacral essencial para a saúde.
Objetivos
Resultados 40
30
Com relação aos sintomas 20
Na Figura 1, destaca-se a prevalência ma- 10
joritária de todos os sintomas em mulheres.
0
A dor nas articulações temporomandibula-
S1 S2 S3 S4 S5 S6
res, e a cervicobraquialgia foram os sinto-
mas que mais demarcaram esta diferença.
Em ambos os sexos, o sintoma cefaléia Fig.2 - Distribuição dos diferentes sintomas
acometeu a maioria da amostra, entretanto, segundo quatro grupos etários (n = 190).
apresentou-se ainda mais prevalente nas 100
X
mulheres. 90 7-14 anos
80 15-21 anos
Segundo os testes estatísticos apresentados 22-40 anos
na Tabela 1, a diferença de prevalência para 70 X acima de 40
a dor nas articulações temporomandibula- 60 X
res é altamente significativa (p = 0,00) e a 50
cervicobraquialgia indica uma forte tendên- 40 X
X
cia de acometimento nas mulheres (p = 0,08). 30
Na Figura 2, observa-se que todos os sinto- 20
mas agravam-se com a idade. As curvas indi- 10
X
cam que este agravamento se torna mais acen- 0 X
tuado a partir dos 22 anos. No grupo etário S1 S2 S3 S4 S5 S6
de 7-14 anos, a cefaléia é o único sintoma
que apresenta uma alta prevalência. No gru- Legendas (figuras 1 e 2)
po etário de 15-21 anos, o sintoma prevalente S1 = Cefaléia; S2 = Cervicalgia; S3 = Cervicobraqui
em relação aos demais é a cervicalgia. Já a S4 = Dist. auditivo; S5 = Dor nas ATMs; S6 = Dist. sono
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anos houve um aumento significativo da pre- Fig.4 - Distribuição dos diferentes SCS
valência da extensão da articulação esfeno- segundo quatro grupos etários (n = 190).
40
basilar (p = 0,03). Houve também um aumen- 7-14 anos
35
to da prevalência da compressão do osso
X
15-21 anos
30 22-40 anos
Temporal esquerdo (p = 0,06), que embora X acima de 40
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não seja significativo estatísticamente, repre- 20
X
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X X X
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