Você está na página 1de 3

O QUE É ESTIMULAÇÃO PRECOCE E COMO PRATICÁ-LA COM O BEBÊ?

Uma das maiores preocupações dos pais é o desenvolvimento


e crescimento adequado de seus filhos. Desde os primeiros meses de vida,
os 5 sentidos do bebê já estão em desenvolvimento, prontos para ajudá-lo
a descobrir o mundo ao seu redor e a explorar as coisas que atraem sua
atenção. Sendo incapaz de fazê-lo sozinho, é preciso adotar técnicas
e atividades que estimulem as habilidades mentais e físicas da criança.
Explicaremos o que é a estimulação precoce e como aplicá-la para ajudar
no processo de aprendizagem do bebê.

Estimular uma criança tão pequena é fornecer a ela ferramentas


adequadas para sua idade, que lhe permitam superar os desafios em um
ambiente onde, de alguma forma, consiga brincar do seu jeito. Com carícias,
cuidados e olhares, damos sentido a cada nova experiência da criança. O
processo de estimulação começa quando a mãe pega a criança nos braços,
fala com ela e a observa, enquanto a amamenta e quando sabe ouvi-la, a
ponto de decodificar cada som que produz.
Estimular é uma forma de educação da criança em que os pais adotam uma
atitude de apoio em relação ao filho, fornecendo recursos que o ajudem a
desenvolver ferramentas para se adaptar ao ambiente em que vive e superar
desafios, de acordo com sua idade. Uma criança adequadamente estimulada
recebe experiências enriquecedoras que permitem o desenvolvimento de seu
potencial em um ambiente cercado de amor, fortalecendo sua autoconfiança.

Cada criança aprende em momentos diferentes. Não se deve cometer o erro


de comparar as conquistas de uma criança em relação a outras, pois, adquirir
algumas habilidades antes do previsto não é necessariamente um sinal de
inteligência. Alguns confundem a aquisição de aprendizado de bebês com uma
maior capacidade intelectual, de modo que superestimam erroneamente. Isso é
percebido como uma exigência que não pode ser atendida e cria dependência
e insegurança na criança.

Para evitar essa situação, é muito importante respeitar os tempos de cada


criança e suas limitações, acompanhá-la em seu desenvolvimento, levando em
consideração suas particularidades.
A estimulação precoce envolve a prática de técnicas educacionais especiais
que incentivam o desenvolvimento de habilidades e capacidades psicomotoras
das crianças. Pode ser feita desde o nascimento até os 6 anos de idade,
período em que a estrutura do pensamento e da personalidade da criança é
formada. O objetivo é estimular as capacidades compensatórias ou corrigir
possíveis distúrbios, além de fazer com que o pequeno alcance autonomia e
independência.
A estimulação pode ser feita em casa ou em algum local dedicado a isso.
Levando em consideração o ambiente familiar e as necessidades da criança,
deve ser elaborada uma estratégia de estímulo, destacando os objetivos que
se espera alcançar e identificando as áreas que precisam ser mais bem
trabalhadas. As atividades devem se concentrar em 4 áreas: cognitiva, motora,
linguagem e socioemocional; todas devem ser trabalhadas, mesmo que seja
dada prioridade às de maior necessidade.

Cognitiva: é trabalhado o intelecto da criança, usando seu pensamento e


interação direta com o mundo ao seu redor, fazendo-a entender e se adaptar
às novas situações.
Motora: a criança faz contato com o mundo por meio do movimento,
adquirindo o controle de seus músculos para desenvolver a coordenação.
Linguagem: inclui a capacidade de compreensão, expressiva e gestual da
linguagem para se comunicar com o entorno.
Socioemocional: estão incluídos nesse “pacote” as ferramentas afetivas e o
desenvolvimento social. Os pais são os primeiros geradores de vínculos
emocionais, portanto, sua participação nessa função é essencial.
Outro aspecto que deve ser trabalhado é a estimulação dos sentidos. Para a
visão, você pode colocar um objeto na frente do bebê e tentar fazê-lo
acompanhar o movimento com os olhos. Também deve falar dentro e fora de
seu campo de visão.

Assobiar, bater palmas suavemente, falar com ele de diferentes pontos, além
de mostrar objetos que produzem barulhos são estímulos que servem para
fazer com que associe o som ao que vê, reforçando aspectos do
desenvolvimento da audição. Conversar com o bebê desde cedo o ajudará a
desenvolver a capacidade da fala. Para o tato, é necessário fornecer-lhe
objetos com texturas diferentes (duras, suaves, frias, úmidas, etc.), além de
fazer massagem para fazer a criança se familiarizar com as formas e as
sensações físicas.

Uma maneira de estimular o paladar é fazer pequenas modificações nos


alimentos. É aconselhável alterar um ingrediente nas refeições para que o bebê
se acostume com os diferentes sabores. Uma criança geralmente coloca coisas
na boca para descobrir o mundo, distinguindo assim quais objetos têm um
gosto bom ou ruim. Para o olfato, depois de 6 meses, você pode fazer com que
cheire a comida e também trazer objetos do cotidiano para o pequeno cheirar,
pois isso o ajudará a relacionar os aromas aos objetos.
Para estimular o bebê, não é necessário complicar muito. Você pode começar
implementando atividades simples que ajudem no seu desenvolvimento.

Brincadeiras de imitação: o bebê observa e identifica as pessoas ao seu redor,


vê o que elas falam, percebe que produzem sons e fazem expressões faciais.
A primeira comunicação não verbal ocorre quando ele responde aos seus
murmúrios e é encorajado a repeti-los.
Pista de obstáculos: usando a brincadeira, você pode ajudá-lo a dominar seus
movimentos. Transforme a sala em um local de estímulo dos movimentos,
colocando obstáculos que possa escalar, como almofadas e caixas. Como
objetivo a ser alcançado, você pode usar seu brinquedo preferido.
Brinque com ele: os pais são por excelência os parceiros das primeiras
diversões. Brincadeiras como o cavalinho, o avião, as cócegas ou esconde-
esconde fortalecem os vínculos familiares e ajudam a criança a desenvolver o
equilíbrio e os músculos.
Coloque músicas em outros idiomas. Isso desenvolverá sua acuidade auditiva.
A capacidade de discriminar sons será maior. Descreva o mundo: explicar as
coisas que vê na rua ou o que faz o tempo todo ajudará a criança a descobrir o
que está ao seu redor. Por exemplo, ao passear pelo parque, diga “olhe, um
cachorro” e, quando estiverem no quarto, diga: “vou vesti-lo e depois pentearei
seu cabelo”.
E aqui nós da CEERE/APAE, estamos para colaborar com o desenvolvimento
dos nossos pequenos/ grandes guerreiros e essa parceria será um sucesso
família/ escola!

ATT: Profe Ana Paula Maciel

Você também pode gostar