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Capítulo 1 – O Covil dos Corvos

A Ilha Covil dos Corvos é um lugar mágico e misterioso, cercado por águas cristalinas
e coberto por uma densa floresta tropical. A ilha é governada por várias espécies de
animais, cada uma liderada por um rei ou rainha. A vida na ilha é pacífica e
equilibrada, mas há uma história sombria que se esconde atrás de sua beleza.
Antigamente, a ilha era governada por um rei corvo, um ditador cruél que escravizava
os animais da ilha, forçando-os a trabalhar para ele e sua prole. O povo da ilha vivia
em constante medo e opressão, sem esperança de liberdade.
Mas, há muitos anos atrás, um Pug chamado Boris liderou uma rebelião contra o rei
corvo e conseguiu derrubá-lo, libertando todos os animais escravizados e
estabelecendo-se como líder da ilha. Desde então, a Ilha Covil dos Corvos se
transformou em um lugar de paz e harmonia, onde todos os animais vivem em
igualdade e respeito uns com os outros.
E é neste lugar que conhecemos Bruce, um gato laranja de aproximadamente 5 anos.
Ele foi adotado por Boris e Meg, após a mãe dele desaparecer. Desde então, eles o
criaram como seu próprio filho e o ensinaram tudo o que sabiam sobre a arte da
espada e a luta, fazendo dele um guerreiro habilidoso e experiente. Ele é respeitado e
admirado por todos na ilha, pela sua coragem e força de vontade.
Bruce era um gato solitário, sempre buscando respostas sobre sua família
desaparecida. Ele costumava visitar o templo no centro da Ilha Covil dos Corvos, onde
um memorial do holocausto foi erigido em homenagem às vítimas da escravidão do rei
corvo e da primeira rebelião dos animais. Lá, ele conversava com os grilos, os
zeladores do museu, tentando obter informações sobre sua família.
Os grilos, no entanto, sempre mudavam de assunto, evitando responder às perguntas
de Bruce. Ele suspeitava que eles sabiam algo, mas não queriam contar. Isso o
deixava ainda mais determinado a encontrar respostas. Ele passava horas no templo,
estudando as relíquias expostas e tentando encontrar pistas sobre sua família.
O templo era um lugar sagrado e tranquilo, cheio de lembranças tristes e histórias de
sofrimento. Bruce sentia-se conectado a essas histórias, como se fizessem parte dele.
Ele se perguntava se algum de seus parentes havia sido uma das vítimas da
escravidão ou da rebelião. Ele se perguntava se seus pais estavam entre as cinzas e
os ossos que repousavam no memorial.
Ele sempre saía do templo com um sentimento misto de tristeza e esperança. Ele
sabia que encontrar respostas sobre sua família seria difícil, mas ele nunca desistiria.
Ele seguiria buscando até encontrar as verdades sobre seus antepassados e sua
própria identidade.
Bruce estava cada vez mais desesperado para descobrir a verdade sobre sua família.
Ele sabia que os grilos, especialmente Bob, escondiam algo dele. Ele não podia
suportar mais a incerteza e a ignorância. Ele precisava de respostas.
Um dia, enquanto os grilos estavam distraídos, ele percebeu que uma gaveta estava
aberta. Ele aproveitou a oportunidade e rapidamente roubou o diário escondido. Ele
sabia que estava cometendo um erro, mas não podia deixar de ler o diário. Ele
precisava saber.
Quando ele finalmente abriu o diário, ele ficou chocado com o que encontrou. Ele
descobriu que sua mãe havia escrito sobre sua vida na prisão, sobre seus medos e
esperanças, sobre seus sonhos e desejos. Ele descobriu que sua mãe havia amado a
todos eles muito e que ela sempre havia esperado que um dia eles pudessem se
reencontrar. Ele também descobriu que ele tinha dois irmãos, Arthur e Marrie, e um tio
chamado Mew, que lutou ao lado de Boris na rebelião contra o rei corvo.
Mas, o mais chocante era o fato de que sua família não havia sobrevivido ao
holocausto e sua mãe escreveu sobre seus últimos momentos e sua morte. Bruce
sentiu-se traído e enganado, ele ficou com raiva dos grilos por esconderem a verdade
dele e sentiu-se sozinho e triste, sem sua família. Ele sabia que agora era seu dever
honrar sua família e vingá-los, mas não sabia como.
Bruce voltou para casa com o diário apertado contra o peito. Ele caminhava
lentamente, com a cabeça baixa, os olhos fixos no chão. Ele passou pela praça, onde
as famílias de animais brincavam e conversavam felizes. Ele viu crianças correndo
atrás de borboletas e pais dando carinho aos filhotes. Ele sentiu uma pontada de
inveja e tristeza, pensando em como sua família nunca teria a chance de ter esses
momentos felizes.
Ele continuou andando, as ruas estavam desertas devido a chuva. Ele ouvia o som da
chuva batendo na calçada e nas folhas das árvores. Ele sentia o cheiro da terra
molhada e o ar fresco. Ele se sentia pequeno e insignificante diante da natureza e da
vida. Ele pensava muito sobre tudo o que havia lido no diário, sobre sua mãe

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