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COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS

ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ANO LETIVO 2023 3º BIMESTRE
Série Turma (s) Turno
2º do Ensino Médio ABCDEFGHI MATUTINO
Professor: ELOISA Disciplina: Educação Física
Aluno (a): Nº da chamada:
Data: / / 2023 Visto do Professor Nota da Atividade

Escola de Civismo e Cidadania

PRATICAS CORPORAIS DE AVENTURA


A palavra aventura é proveniente do latim adventura – que significa o que está por vir, o incerto e imprevisível... As
práticas corporais de aventura (PCA) também são associadas aos esportes radicais. O termo esporte radical surgiu no
final da década de 1980 e são considerados esportes com grau de risco físico. São características das práticas corporais
de aventura sua execução em condições de relativo perigo (ambientes desafiadores) e situações de imprevisibilidade e o
consequente aumento da adrenalina (hormônio liberado quando há situação de forte emoção) no corpo devido às
condições extremas de velocidade, altura e outros fatores. Podem ser competitivas ou não. Para a minimização de riscos
à sua realização, torna-se fundamental a utilização de equipamentos certificados para a segurança dos praticantes, além
de bom condicionamento corporal, mental e alimentação saudável. Podemos classificá-las com base no ambiente de que
necessitam para ser realizadas:

 Práticas corporais de aventura urbanas: exploram a “paisagem de cimento” para produzir condições (emoção e
risco controlado) durante a prática. Ex.: parkour, skate, patinação, ciclismo (bike) etc.
 Práticas corporais de aventura na natureza: caracterizam-se por explorar as incertezas que o ambiente físico
cria para o praticante na geração da emoção e do risco controlado. Ex.: corrida orientada, corrida de
aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arvorismo, balonismo, mergulho submarino, voo livre
(asa delta), esqui, etc.
Algumas modalidades como o slackline e a escalada podem ser praticadas tanto em ambientes urbanos como em
meio à natureza.
O Brasil é um excelente cenário para as práticas corporais de aventura, especialmente na natureza devido sua
vasta
diversidade natural. Ao ar livre tudo parece mais desafiador e estimulante. Alguns locais já são famosos pelas práticas
desportivas com este cunho, como as cidades de Piracicaba e Boituva, em São Paulo, que sediam o balonismo, uma das
categorias mais antigas do mundo. Tais práticas têm cada vez mais notoriedade, conquistando praticantes no mundo
todo, e isso se deve às divulgações dos meios de comunicação, sobretudo da internet.

Benefícios
Sensação de bem-estar e incremento da força muscular; diminuem o risco de algumas doenças, melhoram a
flexibilidade e o equilíbrio, são estimulantes, devido ao excesso de adrenalina liberado pelo corpo, proporcionam o
aumento da autoconfiança e, ao final, a sensação de relaxamento. Embora tais práticas façam bem à saúde, elas exigem
maispreparo físico se comparadas às atividades mais comuns. Por isso, antes de começar a praticar é essencial que o
praticante se informe sobre o que é importante fazer para se exercitar com segurança. O conhecimento pode ajudar a
evitar acidentes e orienta como melhorar o desempenho físico.

 O skate é um esporte radical muito praticado no mundo todo inclusive no Brasil. Ele consiste em realizar manobras
sobre uma prancha chamada shape que possui dois eixos chamados trucks, rolamentos e quatro pequenas rodas, as
manobras são feitas no solo e sobre pistas de skate.

 O Slackline é uma atividade física executada em uma fita estreita e flexível de nylon ou de
poliéster, presa em dois pontos fixos, onde são realizados movimentos em cima dela, esses
movimentos podem ser estáticos ou dinâmicos.

 Le Parkour - Desenvolvido como um método de treinamento que permite ao indivíduo,


ultrapassar de forma rápida, eficiente e segura quaisquer obstáculos utilizando somente as habilidades
e capacidades do corpo humano. É uma atividade onde seus adeptos (tranceurs, traceuse) percorrem
um caminho cheio de obstáculos e tem por finalidade chegar ao final do percurso em menos tempo.
Para participar dessa disciplina, primeiramente é necessário ter muito equilíbrio e velocidade, além de
agilidade e força. Existem várias manobras, cada uma com graus de dificuldade diferentes.

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 Arvorismo - essa atividade de turismo é recente, porém pode-se dizer que já caiu no gosto das
pessoas, sobretudo das crianças e adolescentes. O arvorismo consiste na travessia de um percurso
suspenso entre plataformas montadas nas copas das árvores.

 Cachoeirismo - é uma atividade onde há um contato muito íntimo entre o praticante e a


natureza. Pode ser classificado em linhas gerais como um rapel “disfarçado”. Pois nada mais é
que a prática de descida de quedas d’água, seguindo ou não o seu curso natural, utilizando as
técnicas do rapel.

 Escalada - “esporte que consiste na escalada de montanhas e paredões artificiais, no caso da


prática indoor (ambiente fechado)”. Esta é a definição de escalada. No entanto muitas pessoas de
forma equivocada associam a atividade ao alpinismo, um erro bem comum, porém que incomoda os
amantes do esporte. Vale ressaltar que o alpinismo se refere à prática realizada nos Alpes, por isso
recebe tal nome.

 Espeleoturismo - essa é uma atividade de turismo de aventura que apresenta uma boa dose de
ação com ciência. É a prática de exploração de cavernas (também chamadas de grutas, lapas,
tocas...), oferecidas comercialmente, em caráter recreativo com finalidade turística.
 Canionismo - seguir a pé um curso d’água e transpor obstáculos horizontais e verticais
impostos pelo caminho. Esse é o canionismo, uma atividade de turismo de aventura que tem por
objetivo a exploração do ambiente aquático, porém sem grandes impactos à natureza local.
 Montanhismo - é uma atividade de aventura que consiste na subida de montanhas através da
caminhada. Uma prática sadia, sem dúvida, e que visa levar o praticante à superação e a conhecer
lugares de difícil acesso, cumprindo algum objetivo esportivo, recreativo ou cultural através de uma
programação bem planejada e geralmente sob a direção de um guia.
 Rapel - em linhas gerais, o rapel nada mais é do que uma técnica usada para efetuar uma
descida em paredes ou vãos livres com o auxílio de uma corda. Pode-se dizer também que é uma
prática que consiste em utilizar técnicas verticais para vencer obstáculos naturais como penhascos e
paredões.

 Tirolesa - na teoria, a tirolesa é uma atividade na qual a pessoa desliza na horizontal de um


ponto ao outro, em desnível, utilizando procedimentos e equipamentos específicos. No entanto,
podem acreditar, é uma atividade de aventura que proporciona algo muito além disso.Medo,
diversão, adrenalina e emoção envolvem a atividade. Todas essas sensações podem ser despertadas,
por exemplo, ao atravessar um cânion por uma tirolesa, pendurado a dezenas de metros de altura e
vendo a paisagem de um ângulo único.

 Mountain-Bike - trata-se do ciclismo realizado em trilhas com os mais variados tipos de


terrenos. Trajetos de pura adrenalina, realizados com bicicletas especiais que permitem passar por
quase qualquer tipo de obstáculo e aguentam todos os trancos possíveis.

 Canoagem - é um esporte náutico que pode ser praticado com três tipos de embarcações
diferentes: canoa, caiaque ou wave ski. A de “canoa” é a mais popular e pode ser realizada com uma
embarcação aberta ou fechada, e o atleta podendo navegar sentado ou ajoelhado. E com uma só pá.
Na opção “caiaque”, a embarcação é fechada e utiliza-se remos de duas pás. Neste tipo, o atleta
permanece sentado no caiaque. Já o “wake ski” apresenta um formato bem semelhante ao de uma
prancha de surfe com o remador sentado e com um remo de duas pás. Os locais para a prática desta
modalidade são os mais diversos: rios, represas, lagos, mares e oceanos.

 Kitesurf - é um esporte aquático que utiliza uma “pipa”, também conhecida como papagaio, e
uma prancha com estrutura de suporte para os pés. O praticante, com a pipa presa à cintura,
posiciona-se em cima da prancha e com a força do vento consegue escolher o trajeto e realizar saltos
incríveis, que podem ser realizadas sobre as ondas ou para dentro do mar depois da rebentação.

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 Acqua Ride - para aqueles que buscam adrenalina de preferência em meio à água, o acqua ride é
uma ótima opção. Imagina uma atividade de aventura em que a pessoa desce corredeiras sobre uma
câmara de ar em formato ovalado, com alças para os atletas se segurarem. Então deu para notar o
tamanho da adrenalina e emoção que a modalidade apresenta.
Detalhe: quanto maior a corredeira, maior a emoção.

 Mergulho - mais que um esporte, é uma atividade de aventura que permite a contemplação da
vida submarina. Para isso requer aprendizado, algumas habilidades e o uso de equipamentos
específicos. Um fator importante para aprender a mergulhar não é apenas saber nadar, mas sim não
ter medo de água. A atividade pode ser praticada em mar aberto, rios, lagos, cavernas. Ao praticante
da modalidade são oferecidos dois tipos básicos de mergulho: o livre e o autônomo.
Por mergulho livre entende-se aquele realizado sem o uso de aparelhos que permitam respirar debaixo d´água.
Já o mergulho autônomo é aquele no qual se utilizam equipamentos de respiração subaquática.

 Stand Up Paddle - também conhecido como SUP, surgiu no Havaí por volta da década de 1940,
na praia de Waikiki. No local os "beachboys" (professores de surfe da região) usavam pranchas de
madeira naval e remos para acompanhar de perto os alunos que davam os primeiros passos no surfe.
Porém, a arte de remar sobre as pranchas ainda era mais uma ferramenta de trabalho, e seguia tímida
entre os poucos adeptos.

 Rafting - é mais uma atividade de turismo de aventura que privilegia a adrenalina sobre as
águas. Ele consiste na descida por corredeiras utilizando botes infláveis. É uma modalidade voltada
para pessoas de qualquer idade, o que faz o esporte cair no gosto da maioria dos aventureiros.

 Asa-delta - A origem do nome asa-delta se deu pela sua semelhança com a letra grega, que tem
forma de triângulo, assim como o formato da asa da aeronave.Ao contrário de outros esportes de ar,
cuja adrenalina está na queda, a asa-delta tem por objetivo planar, decolando de uma montanha e
deslizando suavemente em busca de correntes de ar ascendentes.

 Windsurfe - Uma modalidade de turismo de aventura que apresenta ao praticante o grande desafio de conciliar o bom
posicionamento da vela com o direcionamento da prancha, que é conseguido por meio da movimentação do corpo do
esportista.

O windsurfe é um esporte olímpico e é dividido em seis classes: Fórmula (de velocidade), Wave
(velejar nas ondas), Freestyle (privilegia as manobras), Slalom (com obstáculos), Mistral (prancha
olímpica) e Raceboard (com percurso parecido com o da Mistral, mas o modelo das prancha pode
variar).

 Surfe - Os primeiros praticantes no país surgiram em Santos, na década de 30, mas foi nos anos
40 que a modalidade ganhou mais adeptos, quando, durante a segunda guerra mundial, o Rio de
Janeiro serviu de base naval dos aliados e recebeu os americanos que praticavam o esporte.
 Parapente - Voar com simplicidade e muita adrenalina. Assim é o parapente, uma atividade de
aventura que garante emoção ao seu praticante sem muito alarde.

Enganam-se aqueles que pensam num esporte pouco difundido no país e com baixo número de
praticantes. O parapente é uma modalidade já consolidada em território nacional, tanto que apresenta
até a Associação Brasileira de Parapente.

 Trekking é uma modalidade de caminhada feita em locais que possibilitam maior contato com
a natureza. Trata-se de uma atividade física que tem por objetivo explorar trilhas naturais e montanhas, podendo ser
realizada em caráter de lazer ou competição por qualquer pessoa saudável que possua o mínimo de preparo físico.

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Prevenção de acidentes

O risco é sempre evidente para quem pratica esportes radicais ou de aventura, mas ninguém imagina que qualquer
situação mais drástica possa realmente acontecer. Ninguém quer ou gostaria de se acidentar praticando qualquer
modalidade de esporte, mas nem sempre isso acontece.
Recentemente, temos assistido pelo noticiário vários acidentes e muitos deles, fatais com atletas, professores e técnicos
em equipamentos que usavam toda a segurança que o esporte exigia. Isso mostra que mesmo assim o risco ainda é muito
grande.
No Brasil, existe o registro de acidentes fatais em que atletas ou indivíduos se arriscaram na pratica de esportes de
aventura ou radicais como rapel, rafting, asa-delta, parapente, banana boat e andar de bugue. Imaginem, então, o risco que
não se corre quando se escala uma montanha ou quando atletas participam de competições arriscadas, como é o caso da
brasileira Laís Souza, que sofreu acidente grave de esqui.
Os esportes de aventura ou radicais oferecem ao seu participante, além de correr riscos (e principalmente o risco
de morte). Quem pratica, descreve sentimentos de liberdade, de emoção, de aventura, de êxtase e de superação de seus
limites. Mas limites e cuidados é o que requer qualquer atividade física, ainda mais para quem pratica esportes radicais. É
importante manter-se ativo, mas sempre com cautela.
No Brasil, existe a Lei do Turismo, criada e aprovada em 2010, que explora o turismo de aventura e dita normas
de gestão e segurança da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Muitas empresas que prestam serviços na
área de turismo e esportes de aventura não são afiliadas a essa associação, descumprindo assim as normas e técnicas de
segurança. Claro que mesmo as que são filiadas ainda podem cometer deslizes no quesito em segurança no que diz
respeito aos equipamentos e ao treinamento de instrutores. Para que você possa praticar o seu esporte radical de forma
mais segura e menos perigosa, verifique rigorosamente escolas e instrutores com experiências e que sejam recomendados
por outros profissionais reconhecidos ou de pessoas que já utilizaram esse serviço anteriormente.
A vida, certamente, vale muito mais a pena ser vivida com muita adrenalina em território certo, explorando os
nossos limites com respeito e superando a cada obstáculo. Pratique esportes radicais com segurança.

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