CON819 – Problemas de Simulação por Monte Carlo Aula 2

Bloco de Dados

No Bloco de Dados são definidos:

•As partículas acompanhadas;
•Os materiais utilizados na modelagem;
•A fonte de radiação;
•As respostas do problema;
•As secções de choque;
•O tempo de execução.
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Estrutura Básica do Bloco de Dados

O Bloco de dados é formado basicamente pelos seguintes cartões:
Nome do Cartão no
MCNP

1. Especificador de tipo de partícula MODE

2. Especificador da região de acompanhamento da partícula IMP

3. Especificador geral de fonte SDEF

4. Especificador de resposta Fn (En,FMn)

5. Especificador de material Mn

6. Limitador de execução NPS,CTME

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O Cartão MODE

MODE N (Transporte de nêutron);

MODE N P (Transporte de nêutron e fóton produzido por nêutron);
MODE P (Transporte de fóton);
MODE P E (Transporte de fóton e elétron);
MODE N P E (Transporte de nêutron e fóton produzido por nêutron, e elétron);

O cartão MODE pode ser omitido se o problema acompanhar apenas nêutron.

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O Cartão IMP
Pode ser utilizado tanto no Bloco de Dados como no Bloco de Células.
Forma: IMP:n – IMP:N; IMP:N,P; IMP:P,E; IMP:N,P,E; IMP:P e IMP:E

No Bloco de Dados:
(A importância de cada célula é definida seqüencialmente em apenas uma linha
do bloco de dados)

IMP:n impcel1 impcel2 impcel3 impceln –> IMP:N 1 1 1 0

No Bloco de Células:
(Logo após a descrição da geometria)

1 0 (-1 2 -3) IMP:n=1

Importância=1 – Acompanha
Importância=0 – não Acompanha
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O Cartão SDEF (Especificador de fonte)

As partículas emitidas pela fonte podem ser definidas com propriedades constantes
ou através de distribuições. Distribuições são definidas através do cartão SP
(probabilidade da fonte) e a informação sobre a fonte relacionada com a
distribuição SP é dada pelo cartão SI (informação da fonte). O Cartão SDEF
associado com os cartões SP e SI permite um completa definição do termo fonte.

Sintaxe do Cartão SDEF:

SDEF variável1 variável2 variável3 ...

SI ...
SP ...
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Propriedades dos cartões SI e SP

SI
Forma:
SIn opção I1 I2 ... In

Opção – É como I é interpretado pelo código:

H: os valores I são considerados como histogramas
L: os valores I são considerados discretos
SP
Forma:
SPn opção P1 P2 ... Pn
ou SPn f a b

Opção – É como P é interpretado pelo código:

D: probabilidade discreta para uma distribuição H ou L do cartão SI
C: probabilidade acumulada para uma distribuição H ou L do cartão SI
f: # para chamar uma função de probabilidade definida internamente
a,b parâmetros da função de probabilidade
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Algumas Variáveis do cartão SDEF

•PAR (Partícula emitida pela fonte)
PAR=1 Nêutron (se MODE N, MODE N P, MODE N P E)
PAR=2 Fóton (se MODE P ou P E)
PAR=3 Elétron (se MODE E)
•POS (Ponto de referência para a posição de amostragem)
POS=X Y Z
•X (Coordenada X)
•Y (Coordenada X)
•Z (Coordenada Z)
•SUR (Superfície)
SUR # da superfície no cartão de superfície
•RAD (Distância radial da posição definida em POS ou por AXS
•AXS (Vetor de referência para EXT e RAD)
•EXT (Na célula, distância a partir de POS ao longo de AXS)
(Na superfície, coseno do ângulo de AXS)
•NRM (Sentido do vetor normal, (+) externo (–) interno )
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Simulação por
deMonte Carlo
fontes

1- Fonte pontual isotrópica monoenergética

C fonte pontual neutrônica de 2 MeV, na origem

SDEF POS 0 0 0 ERG=2 PAR=1

C fonte pontual de gama de 2 MeV, na origem

SDEF POS 0 0 0 ERG=2 PAR=2

2- Fonte pontual isotrópica polienergética

C fonte pontual com gamas discretos de 2, 3, 5 e 8 MeV, na origem

SDEF POS 0 0 0 ERG=D1 PAR=2
SI1 L 2 3 5 8
SP1 D 0.2 0.5 0.1 0.2
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3- Fonte pontual isotrópica polienergética

C fonte pontual neutrônica (histograma - espectro contínuo) de 2, 3, 5 e 8 MeV,

C na origem
SDEF POS 0 0 0 ERG=D1 PAR=1
SI1 H 1 2 3 5 8
SP1 D 0 0.2 0.5 0.1 0.2

4- Fonte linear

c Fonte gama linear (ao longo do eixo X) e monoenergética

c
SDEF POS=0 0 0 X=d1 Y=0 Z=0 PAR=2 ERG=1.25
SI1 -10 10 $ Xmin to Xmax da fonte linear
C f a
SP1 -21 0 $ função de probabilidade -21 -> p=c|r|a
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5- Fonte circular
SDEF POS=0 0 0 AXS=0 0 1 EXT=0 RAD=d1 PAR=2 ERG=1.25
SI1 0 11 $ raio de amostragem: 0 to Rmax=11cm
SP1 -21 1 $ funcao -21 a=1 ->p(r)=cr
C POS 0 0 0 – centrado na origem, AXS= 0 0 1 – direcao
C perpendicular a z, EXT=0 - tamanho do cilindro nulo, Rad=d1
C distribuicao que define o raio do cilindro e a probabilidade de
C emissao, PAR=2 – fótons, ERG=1.25 - energia dos fótons 1.25 MeV.

6- Fonte circular monodirecional

c Fonte circular perpendicular ao eixo z emitindo uniformemente
c neutrons de 1.2MeV monodirecionais na direcao de z.
c
SDEF POS=0 0 0 AXS=0 0 1 EXT=0 RAD=d1 PAR=1 ERG=1.2
VEC=0 0 1 DIR=1
SI1 0 15 $ raio de amostragem: 0 a Rmax=15cm
SP1 -21 1 $ funcao -21 a=1 ->p(r)=cr
C VEC=0 0 1 sentido do feixe (positivo do eixo z)
C DIR=1 direcao do feixe
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7- Fonte plana retangular

c Fonte plana retangular centrada na origem e perpendicular

c ao eixo y.
c
SDEF POS=0 0 0 X=d1 Y=d2 Z=0 PAR=2 ERG=1.25
SI1 -10 10 $ Xmin ao Xmax
SP1 0 1 $ Amostragem x constante
SI2 -15 15 $ Ymin to Ymax
SP2 0 1 $ Amostragem y constante
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6- Fonte cúbica

c Fonte cubica
c
SDEF POS=0 0 0 X=d1 Y=d2 Z=d3 PAR=2 ERG=1.25
SI1 0 10 $ Xmin ao Xmax
SP1 0 1 $ Amostragem x constante
SI2 0 10 $ Ymin to Ymax
SP2 0 1 $ Amostragem y constante
SI3 0 10 $ Zmin to Zmax
SP3 0 1 $ Amostragem Z constante
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Fonte Cilíndrica (emissão uniforme no cilindro)

SDEF POS=5 10 20 AXS=0 1 0 RAD=d1 EXT=d2 PAR=2 ERG=1.25

SI1 0 10 $ raio de amostragem: 0 to Rmax=10cm
SP1 -21 1 $ funcao -21 a=1 ->p(r)=cr
SI2 0 50 $ Tamanho 0 to Rmax=50cm
SP2 -21 0 $ funcao -21 a=0 ->p(r)=c Constante ao longo do eixo y
C POS 0 0 0 – centrado na origem, AXS= 0 0 1 – direcao
C perpendicular a z, EXT=d2 - tamanho do cilindro, Rad=d2
C distribuicao que define o raio do cilindro e a probabilidade de
C emissao, PAR=2 – fótons, ERG=1.25 - energia dos fótons 1.25 MeV.
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Respostas (Tally) Carlo
do MCNP

Mnemônico Descrição Unidades de Fn Unidades de *Fn

F1:N ou F1:P ou F1:E Corrente Partículas MeV

integrada
sobre uma
superfície
F2:N ou F2:P ou F2:E Fluxo médio Partículas/cm² MeV/cm²
sobre uma
superfície
F4:N ou F4:P ou F4:E Fluxo médio Partículas/cm² MeV/cm²
sobre uma
célula
F5 :N ou F5 :P Fluxo em um Partículas/cm² MeV/cm²
ponto
F6:N ou F6:N,P ou Energia MeV/g Jerks/g
F6:P depositada em
uma célula
F7:N Deposição da MeV/g Jerks/g
energia média
de fissão em
uma célula
F8:E ou F8:P,E Distribuição pulsos MeV
de pulsos de
energia criados
em um detetor
+F8:E Deposição de Carga -
carga 1Jerks=109Joule
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Exemplos de Tally

Tally do tipo 1

FC1 Esta tally determina o # de eletrons que atravessam a superficie1

F1:E 1 $ # de eletrons que atravessam a superficie 1
C Segunda tally do tipo 1 no problema
F21:E 3 $ # de eletrons que atravessam a superficie 3
C E21 permite visualizar o espectro de energia dos eletrons
C que atravessam a superficie 3
E21 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.8 0.9 1
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Cartão Mn (especificador de material)

Sintaxe

Mn Zaid1 fração Zaid2 fração Zaid3 fração . . .

Onde,
Zaid é da forma
ZZZAAA.nnX
ZZZ – Número Atômico
AAA – Número de massa
nn – identificador da origem de biblioteca
X – tipo de biblioteca

Fração: # positivo = fração atômica

# negativo = fração por peso
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Exemplo1

Definição da água

M1 1001 2 8016 1 $ fracao atomica

Exemplo 2

Definição da água

M1 1001 -0.111 8016 -0.888 $ Fracao por peso

Nota:
Para definir elementos naturais basta especificar o número atômico: 1000, 8000, 12000
A especificação do isótopo só é importante para o transporte de nêutrons
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Cartões NPS e CTME (limitadores de execução)

NPS: limita o tempo de execução através do número de histórias

Ex. NPS 1000 $ Pára na milésima história

CTME: Limita o tempo de execução definindo o tempo de processamento.

CTME 10 $ Pára após 10 minutos

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Interpretação do erro associados às respostas

Valor de R Classificação da grandeza calculada

0,5 a 1 Descartável

0,2 a 0,5 Pouco confiável

0,1 a 0,2 Questionável

Geralmente digna de confiança

< 0,10
(exceto detector pontual)

< 0,05 Geralmente digna de confiança