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Dimensionament Porta Palet Ftool e Dimperfil
Dimensionament Porta Palet Ftool e Dimperfil
RESUMO
Estruturas metálicas são de grande aplicação em diversas áreas, permitem construções rápidas,
resistentes e de ótimo acabamento. Nesse trabalho de conclusão de curso foram mostradas as
etapas do dimensionamento de uma estrutura metálica para o armazenamento de pallets com
telhas, para melhor organização no local de armazenagem. O dimensionamento foi feito através
de dois softwares, nos quais os perfis dos componentes que constituem a estrutura conforme os
estados limites de serviços e estados limites últimos da NBR 8800. Primeiramente foi feito
levantamento de cargas e dimensões dos pallets. Em seguida foram executados cálculos para
descobrir a carga distribuída nos perfis. Os perfis foram simulados em 2D através do Ftool para
verificação das flechas e esforços. Para a verificação de estado limite último, foi utilizado o
programa DimPerfil 4.0 que auxilia nos cálculos de dimensionamento de perfis formados a frio.
Foi comparada a resistência dos perfis simulados, e escolheu-se o que teve um melhor
aproveitamento de sua resistência para cada componente. Posteriormente foi dimensionado
através de cálculos a resistência necessária da barra roscada e a espessura da chapa de base onde
as colunas foram fixadas. Foi visto que através de simulações em 2D feitas no Ftool e cálculos
no DimPerfil, foi dimensionado os componentes da estrutura de forma que resista com
segurança a carga para qual foi dimensionada.
1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Capivari
2
Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Capivari. E-mail: rhael6c@gmail.com
3
Orientador: Professor (Docente) do curso de Engenharia de Mecânica da Faculdade Capivari.
E-mail:derekmlcarvalho@gmail.com
2
1. Introdução
2. Fundamentação Teórica
Os aços utilizados em estruturas são divididos em dois grupos, aço carbono e aço baixa
liga, ambos podem receber tratamento térmico para aumentar sua resistência mecânica. Os aços
carbonos com um teor máximo de 2,0% de carbono têm sua dureza aumentada em relação ao
ferro puro por conta do carbono, eles se dividem em três categorias, carbono baixa liga com
teor C < 0,29%, médio carbono 0,30% < C < 0,59%, e alto carbono 0,6% < C < 2,0%. Esse
aumento no teor de carbono torna o aço mais duro, porém sua ductilidade, sendo sua capacidade
de se deformar, diminui. (PFEIL e PFEIL, 2008).
Já os aços de baixa liga, são aços de baixo teor de carbono acrescentados alguns
elementos de liga como: o cromo, cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio e
zircônio. Alguns desses elementos de liga fazem com que o aço tenha um aumento na sua
resistência mecânica através de modificação na sua microestrutura para grãos mais finos, assim,
mesmo os aços com teor de carbono baixo, tem uma boa resistência e permite soldagens sem
preocupações. Os aços mais utilizados no Brasil são os de baixa liga, considerados de alta e
média resistência mecânica (PFEIL e PFEIL, 2008).
Segundo Pinheiro (2005), algumas vantagens do aço estrutural são: precisão milimétrica
e ótimo acabamento na sua fabricação, material resistente a vibração e choques, execução de
obras rápidas e limpas, leveza e alta resistência. Como desvantagens podem – se citar a
necessidade de algum tratamento contra oxidação, trabalhadores e equipamentos especializados
para sua montagem e limitação de fornecimento de perfis estruturais.
Segundo Pfeil e Pfeil (2008, p.10) “As hastes na qual sua seção transversal é pequena
em relação ao comprimento, podem ser classificadas em: tirantes (tração axial) - colunas ou
escoras (compressão axial) - vigas (cargas transversais produzindo momentos fletores e
esforços cortantes) - eixos (torção)”. A figura 2 mostra os tipos de solicitações.
Figura 2 – Hastes em função da solicitação predominante (a) tirante; (b) coluna; (c) viga; (d)
eixo de torção.
Conforme a NBR 8800 os estados limites fixam as condições exigíveis que devem ser
obedecidas no projeto. Os estados limites de uma estrutura ocorrem quando a estrutura se torna
imprópria para seu uso. Ela é classificada em dois estados, estado limite de serviço e estado
limite último.
Os estados limites de serviço estão relacionados a vibrações excessivas e deformações
excessivas. Já o estado limite último é a falha de uma estrutura ou de um componente, tendo
uma excessividade de carga trazendo a estrutura a ter deformações plásticas ou mesmo a
ruptura. (PFEIL e PFEIL, 2008).
2.4 Flambagem
Segundo a NBR 8800, o índice de esbeltez em barras comprimidas é dado pelo produto
de KL/r, sendo r o raio de giração, L o comprimento destravado e K o coeficiente de flambagem
mostrado no quadro 1.
Quadro 1 – Coeficiente de flambagem por flexão de elementos isolados.
3. Procedimentos
Para projetar a estrutura metálica adotada neste Trabalho de Conclusão de Curso, foi
primeiramente feito um levantamento das dimensões e cargas das telhas com o pallet. As telhas
junto ao pallet têm dimensões máximas de 120 x 120 x 100 cm. Com essas informações foram
esboçadas as dimensões da estrutura para o armazenamento, com espaço para 4 pallets na
horizontal e 3 pallets na vertical. Cada espaço para o armazenamento de 1 pallet terá a dimensão
de 145 x 130 x 115 cm, tendo ao todo uma estrutura com 5,8 metros de comprimento, 1,30
metros de largura, 3,75 metros de altura contando pé de apoio, tendo 3 perfis centrais para
sustentar os pallets. A figura 5 mostra a estrutura em 2D.
580 cm
375 cm
Onde:
Psc = Pressão da sobrecarga (KN/cm2)
m = Massa do pallet carregado (kg)
A = Área do pallet (cm2)
g = Gravidade (m/s2)
Nesta etapa é calculado o estado limite de serviço da viga, equação 2, que será o
deslocamento máximo permitido (flecha), para isso é utilizada a tabela de deslocamentos
máximos da NBR 8800. O caso que mais se aproxima para o cálculo do estado de limite de
serviço da estrutura é o das vigas de piso, mostrado no quadro 2.
Equação 2, utilizada para calcular o deslocamento máximo do perfil.
L (Equação 2)
𝛿=
350
Onde:
𝛿 = Deslocamento máximo (mm)
L = Vão teórico entre apoios (mm)
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característico.
e Considerar combinações raras de serviço, utilizando-se as ações variáveis de mesmo sentido que o da ação
permanente.
f Considerar apenas as ações variáveis de sentido oposto ao da ação permanente (vento de sucção) com seu valor
característico.
g Deve-se também evitar a ocorrência de empoçamento, com atenção especial aos telhados de pequena declividade.
h Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob uma viga, solidarizadas com essa viga, o deslocamento vertical também
mm.
m Tomar apenas o deslocamento provocado pelas forças cortantes no andar considerado, desprezando-se os
deslocamentos de corpo rígido provocados pelas deformações axiais dos pilares e vigas.
Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)
10
Como o programa utilizado para simulação é em 2d, é preciso calcular a carga dividindo
a estrutura em meia largura quando for calcular a carga do pallet sobre a viga, como mostra a
figura 6. Com carga e dimensões do pallet é encontrada a sobrecarga da nossa estrutura e
executada as simulações.
Para calcular a carga aplicada nos perfis de sustentação e vigas são utilizadas 3
equações, como mostra a seguir:
Após os cálculos de sobrecarga e peso próprio, são somados para aplicar no perfil que
será simulado, como mostra a equação 5.
q = qsc + pp (Equação 5)
Onde:
q = Carga total (KN/cm)
qsc = Sobrecarga (KN/cm)
pp = Peso próprio (KN/cm)
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Com os valores das cargas, são aplicados no perfil, simulado e verificado se as flechas
não excedem o permitido pela equação 2.
Na simulação das colunas, é utilizado a equação 6 para descobrir a carga solicitada que
será aplicada e simulado no Ftool, sendo verificado as flechas máximas geradas nos
componentes.
A equação 6 serve para calcular a carga própria das colunas e perfis laterais sustentados
por elas.
Peso próprio da coluna + o perfil lateral sustentado por ela.
qp = ((m1*l1+m2*l2)/(L x g) )/1000 (Equação 6)
Onde:
pp = Peso próprio (KN/cm)
m1 = Massa da coluna (kg)
m2 = Massa do perfil lateral (kg)
l1 = Comprimento da coluna (m)
l2 = Comprimento do perfil lateral (m)
L = Comprimento da coluna (cm)
g = Gravidade (m/s2)
𝐻 (Equação 7)
𝛿=
300
Onde:
𝛿 = Deslocamento máximo (mm)
H = Altura da coluna (mm)
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Para o cálculo do estado limite último dos componentes, após as simulações feitas para
encontrar a flecha, foi aplicado a combinação do coeficiente de ponderação de peso próprio de
estruturas metálicas e peso próprio de elementos construtivos em geral e equipamentos na
sobrecarga, como mostra a equação 8, sendo de 1,25 e 1,50 respectivamente, conforme mostra
o quadro 3 sobre coeficiente de ponderação da NBR 8800.
Após aplicar a carga e simular no Ftool, foram observados os valores dos momentos,
esforços normais e esforço cortante. No programa DimPerfil 4.0 foi calculado com os valores
obtidos na simulação, se os perfis escolhidos para cada componente resistiriam aos esforços
solicitados. Em elementos que sofrem compressão, como as colunas, o índice de esbeltez não
deve ultrapassar 200, segundo a NBR 8800.
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Ae = 0,7*Ap τu = 0,6*fu
Onde:
Rnv = Resistencia da barra ao cisalhamento (N)
Ae = Área liquida efetiva da barra (mm2)
Fonte: Ciser
Onde:
σc = Tensão (KN/cm2)
A = Área da chapa (cm2)
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Onde:
T = Espessura da chapa (cm)
b = Dimensão livre da chapa (cm2)
β = Fator de cálculo
σc = Tensão média de compressão da chapa (KN)
fy = limite de escoamento da chapa (KN/cm2)
O fator de cálculo (β) é encontrada no quadro 5 e 6, a partir de uma relação entre o quociente
de a/b, que são dimensões da chapa, como mostra a figura 8.
Figura 8 – Demonstração da vista superior da chapa.
Quadro 5 – Relação a/b e fator de cálculo (β), para o caso em que (a) tem 2 superfícies
engastada e 2 superfícies livre.
a/b 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 3
β 0,29 0,38 0,45 0,52 0,57 0,61 0,71
Fonte: Warren e Richard (2002)
Quadro 6 – Relação a/b e fator de cálculo (β), para o caso em que (a) tem 3 superfícies
engastada e 1 superfícies livres
a/b 0,25 0,5 0,75 1 1,5 2 3
β 0,02 0,08 0,17 0,32 0,73 1,2 2,1
Fonte: Warren e Richard (2002)
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3.7 Soldagem
A fixação dos perfis que irão compor a estrutura será feita por solda. Para isso foi pego
um valor do quadro 7, onde mostra a espessura mínima necessária do filete de solda em relação
à espessura do metal base, após ter o valor da espessura do filete de solda foi escolhido o método
a ser utilizado através do quadro 8, onde mostra a compatibilidade do metal base e a solda.
Conforme a NBR 800, através da equação 12, 13 e 14, é calculado a resistência do metal base
e metal da solda.
Quadro 7 – Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete.
Equação 12, utilizada para calcular a resistência ao escoamento do metal base na tração.
FRD = (Fy x Ag) / γa1 (Equação 12)
Onde:
FRD = Força resistente a tração (KN)
Fy = Tensão de escoamento do aço (MPa)
Ag = Área bruta (mm2), espessura da chapa x comprimento do cordão de solda
γa1 = 1,10 (Tabela 3 NBR 8800)
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Onde:
FRD = Força resistente a tração (KN)
Fy = Tensão de escoamento do aço (MPa)
Ag = Área bruta (mm2), espessura da chapa x comprimento do cordão de solda
γa1 = 1,10 (Tabela 3 NBR 8800)
Onde:
FRD = Força resistente
Aw = Área efetiva da solda (mm2)
Fw = Resistência mínima a tração do metal da solda (MPa)
γw2 = 1,35 (Tabela 8 NBR 800)
3.8 Contraventamento
Onde:
Rd = Resistência a tração (KN)
Ag = Área bruta (mm2)
Fu = Tensão de cisalhamento do aço (MPa)
γa2 = 1,35 (Tabela 1,7 NBR 8800)
4. Análise e Resultados
serem simuladas no Ftool, será simulado e verificado as flechas dos componentes, e calculado
se os perfis escolhidos resistem aos esforços com fator de segurança no DimPerfil 4.0.
A verificação das flechas e do estado limite último de cada perfil foi feito
sequencialmente, para poder saber se além de atender as flechas no estado limite de serviço
também estava resistindo a sobrecarga com fator de segurança, será mostrado primeiramente
todos os testes de verificação das flechas e em seguida um quadro mostrando os cálculos de
resistência no estado limite último feitos no DimPerfil 4.0.
Como será utilizado o DimPerfil 4.0 para o dimensionamento dos perfis, será utilizado
perfis formados a frio, sendo o tipo em que ele foi desenvolvido para auxiliar nos cálculos.
O material escolhido para a estrutura é Aço ZAR-250 com limite de escoamento de 250
MPa, por ser um aço de alta resistência galvanizado, conta com proteção contra umidade e
corrosão, assim mantendo por mais tempo suas propriedades mecânicas, aumentando a vida útil
da estrutura. Será utilizado perfil – U, pela sua leveza e resistência, facilitando no manuseio e
encaixe para sua montagem. Observa-se que todas as simulações feitas no FTOOL foram
usados dados da estrutura em 2d, a figura 9 e 10 mostra exemplos das simulações feitas no
Ftool.
Figura 9 – Estrutura com cargas aplicadas a ser simulada no Ftool.
Para o dimensionamento dos perfis, é preciso saber a força que atua em KN/cm, já que
o programa calcula por essa unidade, através da equação 16 temos a pressão da sobrecarga.
A massa encontrada do pallet carregado é de 1564,8kg.
A área do pallet que será utilizada na equação é de 120cm x 120cm, tendo 14400cm2.
Cálculo da pressão gerada pela sobrecarga.
Psc = 1564,8 Kg/14400cm2 x 9,81/1000 = 0,001067 KN/cm2 (Equação 16)
Será calculado a sobrecarga distribuída no perfil de sustentação para ser somada com a
carga própria e simulado no Ftool, a equação 18 mostra o cálculo da carga gerada pelo pallet
que o perfil de sustentação terá que resistir.
qsc = (0,001067 KN/cm2 x 7200cm2) /130cm = 0,0590KN.cm (Equação 18)
A carga total mostrada na equação 20, é a carga própria e sobrecarga somadas, que será
aplicada no perfil a ser simulado pelo Ftool.
No segundo teste mostrado na figura 12, o perfil utilizado é o mesmo, porém está
aplicado nas colunas de perfil U 100x50x2,25mm, trazendo valores menores de flechas devido
ao deslocamento das colunas. O perfil utilizado nas colunas ainda será dimensionado, foi
utilizado esse perfil com dimensões um pouco maior que os utilizado nos perfis de sustentação
de modo que possa simular os perfis de sustentação sem apoio fixo. Após o dimensionamento
das colunas será recalculado no DimPerfil 4.0 se os componentes escolhidos irão resistir.
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Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 22.
q = 0,0590KN.cm + 0,000266KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 22)
Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 24.
q = 0,0590KN.cm + 0,000228KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 24)
Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 26.
q = 0,0590KN.cm + 0,000255KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 26)
Quadro 9 – Cálculo de resistência dos perfis de sustentação no estado limite último feito no
DimPerfil4.0.
Perfil U 100x50x2mm 100x40x2mm 75x40x2mm 75x40x2,25mm
Flecha Máxima
0,73mm 0,80mm 1,20mm 1,12mm
(3,71mm)
Momento Fletor
114,44 115,87 120 119,12
(KN.cm)
Esforço Cortante
5,76 5,76 5,76 5,74
(KN)
Mxrd (KN.cm) 200,91 173,94 119,72 141,18
Msd (KN.cm) 114,57 115,87 120,00 119,12
Flexão Composta 0,570 0,670 1,000 0,844
Flexão e
0,400 0,500 1,110 0,799
Cisalhamento
Esforço Resistente
24,09 KN 24,09 KN 17,5 KN 19,44 KN
ao Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)
Assim como nos perfis de sustentação, as vigas serão simuladas e verificadas as flechas
no Ftool em seu estado limite de serviço, e feito cálculos de resistência no estado limite último
24
através do DimPerfil. A viga tem um comprimento de 1,45m, e sua flecha máxima é calculada
através da equação 28, conforme o quadro 2 de deslocamentos máximos da NBR 8800.
1450𝑚𝑚 (Equação 28)
𝛿= = 4,14 𝑚𝑚
350
As flechas causadas pela carga nas vigas não devem exceder o valor calculado de
4,14mm.
O cálculo de peso próprio nas vigas considera o peso próprio da viga e metade do peso
próprio dos perfis de sustentação que estão em contato com a viga, com mostra a equação 30.
O perfil da viga e sustentação que será usado para o cálculo de peso próprio é o perfil U
70x40x2,25mm escolhido para perfil de sustentação após os cálculos de resistência no
DimPerfil 4.0.
Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 31.
q = 0,0530KN.cm + 0,000598KN.cm = 0,0536 KN.cm (Equação 31)
A figura 16 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.
Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 33.
q = 0,0530KN.cm + 0,000609KN.cm = 0,0536 KN.cm (Equação 33)
A figura 17 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.
Figura 17 – 2º teste das vigas, perfil U 100x40x2mm, flecha máxima encontrada de 1,30mm,
conforme a simulação feita no Ftool.
Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 35.
A figura 18 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.
Nas vigas, todos os perfis também tiveram suas flechas abaixo do limite permitido.
A verificação no estado de limite último da viga foi feita da mesma forma dos perfis de
sustentação, observando valores de flexão composta e flexão e cisalhamento. Em relação às
vigas, o quadro 10 mostra valores de momento fletor e esforço cortante retirados do Ftool e
valores de cálculos de resistência feito através do DimPerfil.
Quadro 10 – Cálculo de resistência dos perfis da viga no estado limite último feito no
DimPerfil4.0.
Perfil U 75X40X2,25mm 100X40X2mm 75x40x2,65mm
Flecha Máxima (4,14mm) 1,86mm 1,30mm 1,69mm
Momento Fletor (KN.cm) 160,16 162,65 161,19
Esforço Cortante (KN) 6,35 6,5 6,4
Mxrd (KN.cm) 157,58 200,28 193,99
Msd (KN.cm) 160,16 162,65 161,19
Flexão Composta 1,016 0,812 0,831
Flexão e Cisalhamento 1,14 0,732 0,772
Esforço Resistente ao
19,44 KN 24,08KN 22,34KN
Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)
O perfil U 75x40x2,25mm utilizado para sustentação dos pallets, não resistiu ao ser
utilizado nas vigas, por sofrer um maior momento fletor, excedendo seu limite de resistência.
Os outros dois perfis resistiram com aproveitamento bem próximos, o perfil escolhido para
servir de viga será o U 100x40x2mm, porque ele tem uma dimensão maior do que o perfil de
sustentação, de modo que o perfil de sustentação possa encaixar no seu interior para ser soldado.
Para ser feito a simulação e verificar as flechas das colunas, será unido a coluna e a viga
no desenho da simulação no Ftool, é calculado o peso próprio da coluna, e feita simulação
incluindo a sobrecarga sustentada pela viga de perfil U 100x40x2mm, escolhida anteriormente.
27
Figura 20 – 2º teste das colunas externas, perfil U 100x50x3mm, Flecha máxima encontrada
de 0,43mm, conforme a simulação feita no Ftool.
A verificação no estado de limite ultimo das colunas, é calculado como nos perfis da
viga e sustentação e observado os resultados de flexão composta e flexão e cisalhamento, nas
colunas também é observado o índice de esbeltez, onde deve ser menor que 200 em elementos
que sofrem compressão. O quadro 11 mostra os esforços solicitados, resistência e índice de
esbeltez nos perfis das colunas externas.
Quadro 11 – Cálculo de resistência dos perfis da coluna externa no estado limite último feito
no DimPerfil4.0.
Perfil U 100x50x2,25mm 100x50x3mm 100x75x3mm
Flecha Máxima (3,83mm) 0,483mm 0,427mm 0,228mm
Esforço Normal (KN) 10,77 10,95 11,55
Myrd (KN.cm) 46,06 84,40 114,45
Msd (KN.cm) 44,43 49,55 68,90
Flexão Composta 1,78 1,228 0,833
Flexão e Cisalhamento 0 0 0
Fator de Redução 0,152 0,15 0,361
λx=28,93 λx=29,19 λx=27,74
Índice de esbeltez (máx. 200)
λy=218,06 λy= 219,52 λy=141,31
Fonte: O Autor (2022)
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A simulação das flechas nas colunas internas é feita da mesma forma das colunas
externas, tendo o mesmo limite de flecha de 3,83mm, e vigas sustentando a mesma sobrecarga.
É feito o cálculo da carga própria para ser feito a simulação no Ftool.
1º teste das colunas internas, perfil U 100x50x2,25mm.
Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 3,4Kg/m, através da equação 40.
qp = (3,4Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m)/375cm x 9,81/1000 = 0,000510KN.cm (Equação 40)
Assim como as colunas externas, também tiveram valores de flechas bem abaixo do
limite.
Pode ser observado que no perfil U 100x50x2,25 teve uma flexão composta calculada
de 100% acima do limite e seu índice de esbeltez maior que 200, para que o perfil pudesse
resistir aos esforços e não exceder o índice de esbeltez, foi aumentado suas dimensões de
espessura e largura. Sendo utilizado o perfil U 100x75x2,65mm para as colunas internas.
31
Foi calculada também a resistência dos pés de apoio das colunas internas e externas no
DimPerfil, onde sofre a maior compressão gerada pela carga na estrutura, assim vendo se os
mesmos perfis das colunas resistem no pé de apoio como mostra o quadro 13.
Quadro 13 – Cálculo de resistência dos perfis dos pés de apoio no estado limite último feito
no DimPerfil4.0.
Coluna Externa Interna
Perfil U 100x75x3mm 100x75x2,65mm
Flecha Máxima (1,0mm) 0,017mm 0,008mm
Esforço Normal (KN) 17,3 35,3
Myrd (KN.cm) 114,46 85,31
Msd (KN.cm) 71 7,15
Flexão Composta 0,77 0,46
Flexão e Cisalhamento 0 0
Índice de esbeltez (máx. 200) λx=7,24 λy=12,29 λx=7,21 λy=12,26
Fonte: O Autor (2022)
Conforme os cálculos do DimPerfil, é visto que os pés de apoio também resistem a carga
solicitada com segurança.
Após o dimensionamento das colunas será recalculado a resistência dos perfis de
sustentação e vigas, para serem comparado e visto se os perfis escolhidos anteriormente
continuam resistindo quando aplicados nas colunas dimensionadas. Para isso é simulado a
estrutura no Ftool igualmente como foi feito no dimensionamento dos perfis de sustentação e
vigas, com valores de momento fletor e esforço cortante é calculado no DimPerfil 4.0 e
verificado a resistência dos perfis. O quadro 14 mostra a comparação dos perfis escolhidos antes
e depois do dimensionamento das colunas.
Quadro 14 – Verificação de resistência dos perfis de sustentação e viga após o
dimensionamento das colunas.
Componentes Perfil de sustentação Vigas
Perfil U 75x40x2,25mm 75x40x2,25mm 100X40X2mm 100X40X2mm
Momento Fletor
119,12 123,45 162,65 153,38
(KN.cm)
Esforço Cortante (KN) 5,74 5,79 6,5 6,15
Mxrd (KN.cm) 141,18 141,18 200,28 200,28
Msd (KN.cm) 119,12 123,45 162,65 153,38
Flexão Composta 0,844 0,874 0,812 0,766
Flexão e Cisalhamento 0,799 0,853 0,732 0,652
Esforço Resistente ao
19,44 KN 19,44 KN 24,08KN 24,08KN
Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)
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O perfil escolhido para o travamento lateral foi o perfil U 75X40X1,5mm, usando pouco
Para o dimensionamento do apoio, primeiramente será calculado qual barra roscada será
usada para resistir ao cisalhamento, para determinar a força de cisalhamento solicitada na base
foi simulada no Ftool a estrutura com fator de segurança nas cargas e visto o valor solicitado
como mostra a figura 24.
Figura 24 – Esforço de cisalhamento na base da estrutura.
Para o cálculo da espessura é necessário determinar o fator de cálculo (β) nos 2 casos,
onde tem variação da dimensão b mostrada anteriormente na figura 8.
No primeiro caso onde (a) tem 2 superfícies engastada e 2 livre: temos (a/b) = 4/3,75 =
1,06. Tendo β = 0,29 de acordo com o quadro 4.
T = 3,75*RAIZ (0,29*0,132/1,35*30) (Equação 46)
T = 0,11cm, T = 1,1mm
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No segundo caso onde (a) tem 3 superfícies engastada e 1 livre: temos (a/b) = 10/3,75
= 2,66. Interpolando valores do quadro 5 obtém-se β = 1,65.
Como a chapa terá apenas uma espessura, será escolhido a opção mais solicitada, com
2,75mm podendo ser arredondada para a escolha de uma chapa de 3mm.
Enrijecedor
4.8 Solda
A solda que irá unir os componentes será de filete continuo, a espessura é estabelecida
através do quadro 6 mostrado anteriormente. A espessura mínima do filete de solda será de
3mm, conforme o quadro 6, onde mostra que 3mm é o tamanho mínimo da perna de solda do
filete quando a espessura do metal base é menor que 6,35mm. O método usado será a soldagem
por arco elétrico com proteção gasosa, por ter uma boa produtividade, resistente e ótima
superfície de acabamento em relação a solda com eletrodo revestido, o arame utilizado neste
processo é o ER 70S-6 indicado para soldagens de aços galvanizados, o filete de solda será em
ambos os lados dos perfis, como mostra a figura 26. É calculado a resistência do metal base e
solda através das equações a seguir, que deve ser superior ao maior esforço cortante encontrado
de 6 KN, segundo o Ftool.
Cálculo do escoamento do metal base, através da equação 48.
FRD = (250 x 2 x 180) / 1,10 (Equação 48)
FRD = 81,81KN
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FRD = 98,18KN
Cálculo da resistência do metal da solda através da equação 50.
FRD = (0,6 x 756 x 485) / 1,35 (Equação 50)
FRD = 162,9KN
Após a soldagem dos componentes dimensionados, também será soldado barras de aço
1020 com ¼ de polegada atras da estrutura para aumentar a rigidez, será feito um X na parte
posterior que servirá como contravento, impedindo o deslocamento horizontal da estrutura, a
figura 27 mostra a estrutura pronta com contravento. O cálculo do contravento é feito através
da equação 51, para isso é observado o valor de tração no contravento através da simulação no
Ftool.
Através do cálculo foi verificado que a barra escolhida para o contravento resiste ao esforço
solicitado.
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5. Considerações Finais
estado limite último, tendo assim uma estrutura dimensionada que resistira a carga solicitada
pelos pallets.
Essa estrutura pode ser dimensionada de várias formas, como por exemplo, podendo ser
diminuído a quantidade de colunas e aumentar suas dimensões, tendo também variações nas
dimensões das vigas, e após isso pode ser comparada a outros modelos, verificando qual tem
um custo mais baixo e melhor visual da estrutura.
6. Referências
PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático de Acordo com a NBR
8800; 2008. 8º Ed. Rio de Janeiro. LTC. 2008.
BRAGANÇA P, A. Estrutura metálica: Cálculos, Detalhes, Exercício e Projetos. 2º Ed. São
Paulo. Edgar Blücher. 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800. Projeto de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro. 2008.
YOUNG, W. C.; BUDYNAS, R. G. Roark’s Formulas for Stress and Strain. 7º ED. United
States of America. McGraw-Hill. 2002.
Os benefícios do Aço Galvanizado. CEDISA, 2020. Disponível em:< http://cedisa.com.br/os-
beneficios-do-aco-
galvanizado/#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20ser%20altamente%20dur%C3%A1vel,%C3%
BAtil%20de%20uma%20estrutura%20met%C3%A1lica>. Acesso em 08 de mar. de 2022.
PEREIRA, M. Criando solda perfil na chapa. Youtube, 2015. 4min55s. Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=0tE69iu0d-g>. acesso em 31 de maio de 2022.