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DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURA METÁLICA ATRAVÉS DE SOFTWARE


PARA ARMAZENAGEM DE PALLETS COM TELHA.

Rhael Cardoso Caetano2


Derek Manoel Luup Carvalho3

RESUMO

Estruturas metálicas são de grande aplicação em diversas áreas, permitem construções rápidas,
resistentes e de ótimo acabamento. Nesse trabalho de conclusão de curso foram mostradas as
etapas do dimensionamento de uma estrutura metálica para o armazenamento de pallets com
telhas, para melhor organização no local de armazenagem. O dimensionamento foi feito através
de dois softwares, nos quais os perfis dos componentes que constituem a estrutura conforme os
estados limites de serviços e estados limites últimos da NBR 8800. Primeiramente foi feito
levantamento de cargas e dimensões dos pallets. Em seguida foram executados cálculos para
descobrir a carga distribuída nos perfis. Os perfis foram simulados em 2D através do Ftool para
verificação das flechas e esforços. Para a verificação de estado limite último, foi utilizado o
programa DimPerfil 4.0 que auxilia nos cálculos de dimensionamento de perfis formados a frio.
Foi comparada a resistência dos perfis simulados, e escolheu-se o que teve um melhor
aproveitamento de sua resistência para cada componente. Posteriormente foi dimensionado
através de cálculos a resistência necessária da barra roscada e a espessura da chapa de base onde
as colunas foram fixadas. Foi visto que através de simulações em 2D feitas no Ftool e cálculos
no DimPerfil, foi dimensionado os componentes da estrutura de forma que resista com
segurança a carga para qual foi dimensionada.

Palavras-Chave: Dimensionamento, Estados limites, Estruturas metálicas.

1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Capivari
2
Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Capivari. E-mail: rhael6c@gmail.com
3
Orientador: Professor (Docente) do curso de Engenharia de Mecânica da Faculdade Capivari.
E-mail:derekmlcarvalho@gmail.com
2

1. Introdução

Estruturas metálicas são elementos que dão sustentação usadas em construções,


formadas por perfis metálicos geralmente feitos em aço, tendo diversas aplicações como:
edifícios, escadas, torres entre outros. Com o avanço constante dos estudos das construções e
da metalurgia, as estruturas metálicas se tornaram mais eficientes, tendo mais possibilidade de
obter êxito em suas aplicações.
Seu uso foi iniciado no século XVIII para substituir a madeira e outros materiais,
estando presentes em vários setores, com boa resistência e durabilidade. As estruturas metálicas
permitem grande flexibilidade de projetos, se tornando uma boa alternativa de uso, como o caso
da Torre Eiffel, que na época mostrava a efetividade de estruturas metálicas na construção civil.
A simulação estrutural tem grande importância em projetos. Permite testes buscando a
verificação do comportamento dos componentes estruturais, alcançando dados que servirão de
base para que os projetos possam ser executados com eficiência, garantindo qualidade e
segurança sem a necessidade de ensaios destrutivos físicos, evitando gastos para quem irá
executar o projeto.
A simulação utilizada neste Trabalho de Conclusão de Curso será feita através do Ftool,
que auxilia na análise estrutural bidimensional de projetos. Através de cálculos será previsto a
sobrecarga aplicada nas vigas, assim podendo observar as flechas máximas, momento fletor e
esforços normais de cada componente no ELS (Estado Limite de Serviço). Para a verificação
do ELU (Estado Limite Ultimo) será utilizado o DimPerfil 4.0, nele é calculado se as dimensões
do perfil escolhido para cada componente resistem aos esforços solicitados com coeficiente de
segurança.
Neste trabalho será dimensionado uma estrutura metálica para o armazenamento de
pallets carregados com telhas, facilitando a organização dos mesmos no local de trabalho. Com
base nos cálculos de sobrecarga serão utilizados programas de simulações e cálculos para
dimensionar perfis de aço que integrarão a estrutura, como as vigas, colunas, perfis de
sustentação, e travamentos laterais, garantindo a efetividade da estrutura.

2. Fundamentação Teórica

A revisão bibliográfica abordada neste Trabalho de Conclusão de Curso, irá apresentar


conceitos básicos sobre dimensionamento de estrutura metálica e outras informações que
permitam executar as simulações necessárias para dimensionar a estrutura.
3

2.1 Aços Estruturais

Os aços utilizados em estruturas são divididos em dois grupos, aço carbono e aço baixa
liga, ambos podem receber tratamento térmico para aumentar sua resistência mecânica. Os aços
carbonos com um teor máximo de 2,0% de carbono têm sua dureza aumentada em relação ao
ferro puro por conta do carbono, eles se dividem em três categorias, carbono baixa liga com
teor C < 0,29%, médio carbono 0,30% < C < 0,59%, e alto carbono 0,6% < C < 2,0%. Esse
aumento no teor de carbono torna o aço mais duro, porém sua ductilidade, sendo sua capacidade
de se deformar, diminui. (PFEIL e PFEIL, 2008).
Já os aços de baixa liga, são aços de baixo teor de carbono acrescentados alguns
elementos de liga como: o cromo, cobre, manganês, molibdênio, níquel, fósforo, vanádio e
zircônio. Alguns desses elementos de liga fazem com que o aço tenha um aumento na sua
resistência mecânica através de modificação na sua microestrutura para grãos mais finos, assim,
mesmo os aços com teor de carbono baixo, tem uma boa resistência e permite soldagens sem
preocupações. Os aços mais utilizados no Brasil são os de baixa liga, considerados de alta e
média resistência mecânica (PFEIL e PFEIL, 2008).
Segundo Pinheiro (2005), algumas vantagens do aço estrutural são: precisão milimétrica
e ótimo acabamento na sua fabricação, material resistente a vibração e choques, execução de
obras rápidas e limpas, leveza e alta resistência. Como desvantagens podem – se citar a
necessidade de algum tratamento contra oxidação, trabalhadores e equipamentos especializados
para sua montagem e limitação de fornecimento de perfis estruturais.

2.2 Elementos Estruturais

Os aços dúcteis- podem ser dobrados, permitindo a transformação em perfis de chapas


dobradas. Esse procedimento é feito por máquinas especiais, tendo raios de curvatura segura
para que o perfil dobrado não tenha rachaduras nas dobras. (PFEIL e PFEIL, 2008). A figura
1 mostra algumas categorias de perfis formados a frio.
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Figura 1 – Perfis de chapa dobrados.

Fonte. Pinheiro (2005)

Segundo Pfeil e Pfeil (2008, p.10) “As hastes na qual sua seção transversal é pequena
em relação ao comprimento, podem ser classificadas em: tirantes (tração axial) - colunas ou
escoras (compressão axial) - vigas (cargas transversais produzindo momentos fletores e
esforços cortantes) - eixos (torção)”. A figura 2 mostra os tipos de solicitações.

Figura 2 – Hastes em função da solicitação predominante (a) tirante; (b) coluna; (c) viga; (d)
eixo de torção.

Fonte: Pfeil e Pfeil (2008)

As figuras (a e b) representam forças solicitantes de tração e compressão distribuídas


uniformemente na seção transversal, a figura (c) mostra o comportamento com cargas
transversais que tem como esforço principal momento fletor e esforço cortante, e a figura (d)
mostra esforço de torção assim tendo solicitações de cisalhamento. (PFEIL e PFEIL, 2008).
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2.3 Estados Limite

Conforme a NBR 8800 os estados limites fixam as condições exigíveis que devem ser
obedecidas no projeto. Os estados limites de uma estrutura ocorrem quando a estrutura se torna
imprópria para seu uso. Ela é classificada em dois estados, estado limite de serviço e estado
limite último.
Os estados limites de serviço estão relacionados a vibrações excessivas e deformações
excessivas. Já o estado limite último é a falha de uma estrutura ou de um componente, tendo
uma excessividade de carga trazendo a estrutura a ter deformações plásticas ou mesmo a
ruptura. (PFEIL e PFEIL, 2008).

2.4 Flambagem

Flambagem é um evento que acontece com um corpo sob compressão. Ocorre em um


corpo que possui uma das suas dimensões muito maior que as outras duas, como num pilar
longo. O efeito do esforço de tração tende a diminuir a curvatura, o oposto é provocado pelo
esforço de compressão, que tende a aumentar o efeito de curvatura do membro. A curvatura
gerada pela compreensão provoca deslocamentos laterais, esses deslocamentos laterais são
conhecidos como flambagem por flexão e flambagem local, reduzindo sua capacidade de carga
em relação à peça tracionada. (PFEIL e PFEIL, 2008). A figura 3 mostra a flambagem global
por flexão e flambagem local devido à compressão.

Figura 3 – Flambagem por flexão e flambagem local.

Fonte: Pfeil e Pfeil (2008)


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Segundo a NBR 8800, o índice de esbeltez em barras comprimidas é dado pelo produto
de KL/r, sendo r o raio de giração, L o comprimento destravado e K o coeficiente de flambagem
mostrado no quadro 1.
Quadro 1 – Coeficiente de flambagem por flexão de elementos isolados.

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)

2.5 Travamentos Laterais

As estruturas precisam de um sistema para garantir sua estabilidade, reduzindo o


comprimento de flambagem nas colunas e dando uma melhor segurança para a estrutura,
diminuindo o risco da flambagem e desabamento por ações externas. (PFEIL e PFEIL, 2008).
A figura 4 mostra um sistema de travamento lateral para maior estabilidade da estrutura.

Figura 4 – Sistema de travamento lateral para pilares.

Fonte: Pfeil e Pfeil (2008)


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3. Procedimentos

A metodologia utilizada neste trabalho de conclusão de curso, abrange os levantamentos


de cargas e dimensões, dimensionamento de vigas e colunas através dos programas Ftool e
DimPerfil-4.0, com a utilização dos estados limites de serviço e estados limites últimos. O aço
estrutural usado nas simulações tem uma resistência próxima ao aço 1020.

3.1 Levantamento das Cargas, Medidas e Escolha do Perfil

Para projetar a estrutura metálica adotada neste Trabalho de Conclusão de Curso, foi
primeiramente feito um levantamento das dimensões e cargas das telhas com o pallet. As telhas
junto ao pallet têm dimensões máximas de 120 x 120 x 100 cm. Com essas informações foram
esboçadas as dimensões da estrutura para o armazenamento, com espaço para 4 pallets na
horizontal e 3 pallets na vertical. Cada espaço para o armazenamento de 1 pallet terá a dimensão
de 145 x 130 x 115 cm, tendo ao todo uma estrutura com 5,8 metros de comprimento, 1,30
metros de largura, 3,75 metros de altura contando pé de apoio, tendo 3 perfis centrais para
sustentar os pallets. A figura 5 mostra a estrutura em 2D.

Figura 5 – Exemplo da estrutura em 2D.

580 cm
375 cm

Fonte: O autor (2022)


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Há algumas variações de cargas devido a modelos diferentes armazenados. A estrutura


deve suportar pallets com 462 a 648 telhas, cada tipo com seu peso específico, assim sendo
escolhido para cálculo o pallet mais pesado com 648 unidades, somando o peso de um pallet de
madeira. A equação 1 é utilizada para descobrir a pressão da sobrecarga já convertida na
unidade usada nos softwares.
𝑚 𝑔
Psc = (Equação 1)
𝐴 1000

Onde:
Psc = Pressão da sobrecarga (KN/cm2)
m = Massa do pallet carregado (kg)
A = Área do pallet (cm2)
g = Gravidade (m/s2)

Na escolha do perfil busquemos algumas características específicas, como: um perfil


que forme uma estrutura leve, resistente, robusta e também que tenha uma proteção contra a
corrosão para maior durabilidade da mesma.

3.2 Simulação dos Perfis de Sustentação e Vigas

Nesta etapa é calculado o estado limite de serviço da viga, equação 2, que será o
deslocamento máximo permitido (flecha), para isso é utilizada a tabela de deslocamentos
máximos da NBR 8800. O caso que mais se aproxima para o cálculo do estado de limite de
serviço da estrutura é o das vigas de piso, mostrado no quadro 2.
Equação 2, utilizada para calcular o deslocamento máximo do perfil.
L (Equação 2)
𝛿=
350
Onde:
𝛿 = Deslocamento máximo (mm)
L = Vão teórico entre apoios (mm)
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Quadro 2 – Deslocamentos máximos.


Descrição 𝛿a
L/180 b
- Travessas de fechamento
L/120cd
L/180 e
- Terças de cobertura g)
L/120 f
- Vigas de cobertura g) L/250 h
- Vigas de piso L/350 h
- Vigas que suportam pilares L/500 h
Vigas de rolamento: j)
- Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal inferior a 200 kN L/600 i
- Deslocamento vertical para pontes rolantes com capacidade nominal igual ou superiora 200 L/800 i
kN, exceto pontes siderúrgicas
- Deslocamento vertical para pontes rolantes siderúrgicas com capacidade nominal igualou
superior a 200 kN
L/1000i
- Deslocamento horizontal, exceto para pontes rolantes siderúrgicas L/400
- Deslocamento horizontal para pontes rolantes siderúrgicas
L/600
Galpões em geral e edifícios de um pavimento:
- Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H/300
- Deslocamento horizontal do nível da viga de rolamento em relação à base H/400 k l
Edifícios de dois ou mais pavimentos:
- Deslocamento horizontal do topo dos pilares em relação à base H/400
- Deslocamento horizontal relativo entre dois pisos consecutivos h/500 m
Lajes mistas Ver Anexo Q
a
L é o vão teórico entre apoios ou o dobro do comprimento teórico do balanço, H é a altura total do pilar (distância do topo
à base) ou a distância do nível da viga de rolamento à base, h é a altura do andar (distância entre centros das vigas de dois
pisos consecutivos ou entre centros das vigas e a base no caso do primeiro andar).
b Deslocamento paralelo ao plano do fechamento (entre linhas de tirantes, caso estes existam).
c Deslocamento perpendicular ao plano do fechamento.
d onsiderar apenas as ações variáveis perpendiculares ao plano de fechamento (vento no fechamento) com seu valor

característico.
e Considerar combinações raras de serviço, utilizando-se as ações variáveis de mesmo sentido que o da ação

permanente.
f Considerar apenas as ações variáveis de sentido oposto ao da ação permanente (vento de sucção) com seu valor

característico.
g Deve-se também evitar a ocorrência de empoçamento, com atenção especial aos telhados de pequena declividade.
h Caso haja paredes de alvenaria sobre ou sob uma viga, solidarizadas com essa viga, o deslocamento vertical também

não deve exceder a 15 mm.


i Valor não majorado pelo coeficiente de impacto.
j Considerar combinações raras de serviço.
k No caso de pontes rolantes siderúrgicas, o deslocamento também não pode ser superior a 50 mm.
l O diferencial do deslocamento horizontal entre pilares do pórtico que suportam as vigas de rolamento não pode superar15

mm.
m Tomar apenas o deslocamento provocado pelas forças cortantes no andar considerado, desprezando-se os

deslocamentos de corpo rígido provocados pelas deformações axiais dos pilares e vigas.
Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)
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Como o programa utilizado para simulação é em 2d, é preciso calcular a carga dividindo
a estrutura em meia largura quando for calcular a carga do pallet sobre a viga, como mostra a
figura 6. Com carga e dimensões do pallet é encontrada a sobrecarga da nossa estrutura e
executada as simulações.

Figura 6 – Demonstração da vista superior da estrutura.


Perfil de sustentação
65cm

Fonte: O autor (2022)

Para calcular a carga aplicada nos perfis de sustentação e vigas são utilizadas 3
equações, como mostra a seguir:

Equação 3 serve para calcular a sobrecarga distribuídas no perfil.


qsc = Psc x A/L (Equação 3)
Onde:
qsc = Sobrecarga (KN/cm)
Psc = Pressão da sobrecarga (KN/cm2)
A = Área da metade do pallet (cm2)
L = Comprimento do perfil que a carga está distribuída (cm)

A equação 4 serve para calcular o peso próprio do perfil utilizado.

pp = m /100 x g/1000 (Equação 4)


Onde:
pp = Peso próprio (KN/cm)
m = Massa do perfil (kg)
g = Gravidade (m/s2)

Após os cálculos de sobrecarga e peso próprio, são somados para aplicar no perfil que
será simulado, como mostra a equação 5.

q = qsc + pp (Equação 5)
Onde:
q = Carga total (KN/cm)
qsc = Sobrecarga (KN/cm)
pp = Peso próprio (KN/cm)
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Com os valores das cargas, são aplicados no perfil, simulado e verificado se as flechas
não excedem o permitido pela equação 2.

3.3 Simulação dos Perfis das Colunas

Na simulação das colunas, é utilizado a equação 6 para descobrir a carga solicitada que
será aplicada e simulado no Ftool, sendo verificado as flechas máximas geradas nos
componentes.
A equação 6 serve para calcular a carga própria das colunas e perfis laterais sustentados
por elas.
Peso próprio da coluna + o perfil lateral sustentado por ela.
qp = ((m1*l1+m2*l2)/(L x g) )/1000 (Equação 6)
Onde:
pp = Peso próprio (KN/cm)
m1 = Massa da coluna (kg)
m2 = Massa do perfil lateral (kg)
l1 = Comprimento da coluna (m)
l2 = Comprimento do perfil lateral (m)
L = Comprimento da coluna (cm)
g = Gravidade (m/s2)

Após o cálculo, é aplicada a carga da viga calculada e simulada, verificando se a flecha


máxima das colunas não excede o permitido, conforme o quadro 1, sendo que para galpões
em geral e edifícios de um pavimentos com deslocamento horizontal do topo dos pilares em
relação à base, utilizasse a equação 7.

𝐻 (Equação 7)
𝛿=
300
Onde:
𝛿 = Deslocamento máximo (mm)
H = Altura da coluna (mm)
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3.4 Estado Limites Últimos

Para o cálculo do estado limite último dos componentes, após as simulações feitas para
encontrar a flecha, foi aplicado a combinação do coeficiente de ponderação de peso próprio de
estruturas metálicas e peso próprio de elementos construtivos em geral e equipamentos na
sobrecarga, como mostra a equação 8, sendo de 1,25 e 1,50 respectivamente, conforme mostra
o quadro 3 sobre coeficiente de ponderação da NBR 8800.

Quadro 3 – Valores dos coeficientes de ponderação das ações.


Ações permanentes (Ƴg)
Diretas
Peso próprio de
estruturas
Peso Peso próprio de
Peso moldadas no Peso próprio
próprio elementos
próprio local e de de elementos
de construtivos
Combinações de elementos construtivos Indiretas
estruturas industrializados
estruturas construtivos em geral e
pré com adições
metálicas industrializados equipamentos
moldadas in loco
e empuxos
permanentes
1.25 1.30 1.35 1.40 1.50 1.20
Normais
(1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (0)
Especiais ou 1.15 1.20 1.25 1.30 1.40 1.20
de construção (1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (0)
1.10 1.15 1.15 1.20 1.30 0
Excepcionais
(1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (1.00) (0)
Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)

A equação 8 é utilizada para calcular a carga total com coeficiente de ponderação.

q = 1.25 * pp + 1.5 * qsc (Equação 8)


Onde:
q = Carga total (KN/cm)
pp = Peso próprio (KN/cm)
qsc = Sobrecarga (KN/cm)

Após aplicar a carga e simular no Ftool, foram observados os valores dos momentos,
esforços normais e esforço cortante. No programa DimPerfil 4.0 foi calculado com os valores
obtidos na simulação, se os perfis escolhidos para cada componente resistiriam aos esforços
solicitados. Em elementos que sofrem compressão, como as colunas, o índice de esbeltez não
deve ultrapassar 200, segundo a NBR 8800.
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3.5 Travamento Lateral

Para maior estabilidade e segurança da estrutura, foi feito o dimensionamento do


travamento lateral, foi simulado em um desenho lateral da estrutura no Ftool e obtido valores
para o cálculo de resistência e verificação do índice de esbeltez no DimPerfil 4.0, a figura 7
mostra a vista lateral da estrutura com travamento.

Figura 7 – Demonstração da vista lateral da estrutura.


130 cm

Fonte: O Autor (2022)

3.6 Dimensionamento do Apoio

No apoio será dimensionado a barra roscada e a espessura da chapa de base. Para o


dimensionamento da barra roscada foi pego a força de cisalhamento solicitada na base da
coluna, essa força é dividida por 2, sendo a quantidade de barra roscada em cada base para
resistir ao cisalhamento, para o cálculo é utilizada a equação 9, da (NB – 14 Item 7.3.2.3) e
informações do quadro 4.
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Equação 9, utilizada para calcular a resistência de cisalhamento da barra roscada.

Rnv = Ae*τu (Equação 9)

Ae = 0,7*Ap τu = 0,6*fu
Onde:
Rnv = Resistencia da barra ao cisalhamento (N)
Ae = Área liquida efetiva da barra (mm2)

τu = Tensão de cisalhamento (MPa)


Ap = Área da seção transversal da barra (mm2)
fu = Limite de resistência a tração (MPa)

Quadro 4 – Informações de área e classe de resistência da barra roscada.

Fonte: Ciser

Para o dimensionamento da espessura da chapa, foi determinado na equação 10, a tensão


de compressão na chapa mostrada na simulação e aplicado na equação 11, de cálculo de
espessura da chapa.

σc = F/A (Equação 10)

Onde:

σc = Tensão (KN/cm2)
A = Área da chapa (cm2)
15

T = b*RAIZ(β*σc/1,35*fy) (Equação 11)

Onde:
T = Espessura da chapa (cm)
b = Dimensão livre da chapa (cm2)
β = Fator de cálculo
σc = Tensão média de compressão da chapa (KN)
fy = limite de escoamento da chapa (KN/cm2)

O fator de cálculo (β) é encontrada no quadro 5 e 6, a partir de uma relação entre o quociente
de a/b, que são dimensões da chapa, como mostra a figura 8.
Figura 8 – Demonstração da vista superior da chapa.

Fonte: O Autor (2022)

Quadro 5 – Relação a/b e fator de cálculo (β), para o caso em que (a) tem 2 superfícies
engastada e 2 superfícies livre.
a/b 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 3
β 0,29 0,38 0,45 0,52 0,57 0,61 0,71
Fonte: Warren e Richard (2002)

Quadro 6 – Relação a/b e fator de cálculo (β), para o caso em que (a) tem 3 superfícies
engastada e 1 superfícies livres
a/b 0,25 0,5 0,75 1 1,5 2 3
β 0,02 0,08 0,17 0,32 0,73 1,2 2,1
Fonte: Warren e Richard (2002)
16

3.7 Soldagem

A fixação dos perfis que irão compor a estrutura será feita por solda. Para isso foi pego
um valor do quadro 7, onde mostra a espessura mínima necessária do filete de solda em relação
à espessura do metal base, após ter o valor da espessura do filete de solda foi escolhido o método
a ser utilizado através do quadro 8, onde mostra a compatibilidade do metal base e a solda.
Conforme a NBR 800, através da equação 12, 13 e 14, é calculado a resistência do metal base
e metal da solda.
Quadro 7 – Tamanho mínimo da perna de uma solda de filete.

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)


Quadro 8 – Compatibilidade do metal base e o metal da solda.

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)

Equação 12, utilizada para calcular a resistência ao escoamento do metal base na tração.
FRD = (Fy x Ag) / γa1 (Equação 12)

Onde:
FRD = Força resistente a tração (KN)
Fy = Tensão de escoamento do aço (MPa)
Ag = Área bruta (mm2), espessura da chapa x comprimento do cordão de solda
γa1 = 1,10 (Tabela 3 NBR 8800)
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Equação 13, utilizada para calcular a resistência ao cisalhamento do metal base na


tração.
FRD = (0,6 x Fy x Ag) / γa1 (Equação 13)

Onde:
FRD = Força resistente a tração (KN)
Fy = Tensão de escoamento do aço (MPa)
Ag = Área bruta (mm2), espessura da chapa x comprimento do cordão de solda
γa1 = 1,10 (Tabela 3 NBR 8800)

Equação 14 utilizada para calcular a resistência da solda.


FRD = (0,6 x Aw x fw) / γw2 (Equação 14)

Onde:
FRD = Força resistente
Aw = Área efetiva da solda (mm2)
Fw = Resistência mínima a tração do metal da solda (MPa)
γw2 = 1,35 (Tabela 8 NBR 800)

3.8 Contraventamento

No dimensionamento do contraventamento é observado o valor de tração na barra


através da simulação feita no Ftool, após a simulação é feito o cálculo de resistência a tração
através da equação 15, para verificar se a barra escolhida resiste ao esforço.
Rd = (0,75 x Ag x Fu) / γa2 (Equação 15)

Onde:
Rd = Resistência a tração (KN)
Ag = Área bruta (mm2)
Fu = Tensão de cisalhamento do aço (MPa)
γa2 = 1,35 (Tabela 1,7 NBR 8800)

4. Análise e Resultados

Será apresentado neste capítulo, cálculos e simulações da estrutura, mostrando os


resultados dos testes e o dimensionamento final. Primeiramente será calculado a carga do pallet
com telhas e depois calculado a distribuição do mesmo nos perfis de sustentação e vigas para
18

serem simuladas no Ftool, será simulado e verificado as flechas dos componentes, e calculado
se os perfis escolhidos resistem aos esforços com fator de segurança no DimPerfil 4.0.
A verificação das flechas e do estado limite último de cada perfil foi feito
sequencialmente, para poder saber se além de atender as flechas no estado limite de serviço
também estava resistindo a sobrecarga com fator de segurança, será mostrado primeiramente
todos os testes de verificação das flechas e em seguida um quadro mostrando os cálculos de
resistência no estado limite último feitos no DimPerfil 4.0.
Como será utilizado o DimPerfil 4.0 para o dimensionamento dos perfis, será utilizado
perfis formados a frio, sendo o tipo em que ele foi desenvolvido para auxiliar nos cálculos.
O material escolhido para a estrutura é Aço ZAR-250 com limite de escoamento de 250
MPa, por ser um aço de alta resistência galvanizado, conta com proteção contra umidade e
corrosão, assim mantendo por mais tempo suas propriedades mecânicas, aumentando a vida útil
da estrutura. Será utilizado perfil – U, pela sua leveza e resistência, facilitando no manuseio e
encaixe para sua montagem. Observa-se que todas as simulações feitas no FTOOL foram
usados dados da estrutura em 2d, a figura 9 e 10 mostra exemplos das simulações feitas no
Ftool.
Figura 9 – Estrutura com cargas aplicadas a ser simulada no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


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Figura 10 – Valores de esforços normais gerados pelo Ftool após a simulação.

Fonte: O Autor (2022)

4.1 Cargas na Estrutura

Para o dimensionamento dos perfis, é preciso saber a força que atua em KN/cm, já que
o programa calcula por essa unidade, através da equação 16 temos a pressão da sobrecarga.
A massa encontrada do pallet carregado é de 1564,8kg.
A área do pallet que será utilizada na equação é de 120cm x 120cm, tendo 14400cm2.
Cálculo da pressão gerada pela sobrecarga.
Psc = 1564,8 Kg/14400cm2 x 9,81/1000 = 0,001067 KN/cm2 (Equação 16)

4.2 Dimensionamento dos Perfis de Suporte dos Pallets

Após calcular a sobrecarga, é feito através da equação 17 o cálculo da flecha máxima


permitida segundo o quadro 2, para verificar o estado limite de serviço dos perfis. O perfil que
servira de suporte tem 1,3m de comprimento, ou 1300mm.
𝛿=L/350 → 𝛿=1300 mm/350 = 3,71mm (Equação 17)
As flechas causadas pela carga nos perfis de sustentação não devem exceder
o valor calculado de 3,71mm.
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Será calculado a sobrecarga distribuída no perfil de sustentação para ser somada com a
carga própria e simulado no Ftool, a equação 18 mostra o cálculo da carga gerada pelo pallet
que o perfil de sustentação terá que resistir.
qsc = (0,001067 KN/cm2 x 7200cm2) /130cm = 0,0590KN.cm (Equação 18)

Cálculo do peso próprio do perfil U 100x50x2mm, massa de 3,03Kg/m, através da


equação 19.
qp = 3,03Kg /(100cm x 9,81)/1000 = 0,000297KN.cm (Equação 19)

A carga total mostrada na equação 20, é a carga própria e sobrecarga somadas, que será
aplicada no perfil a ser simulado pelo Ftool.

q = 0,0590KN.cm + 0,000297KN.cm = 0,0593 KN.cm (Equação 20)

Na figura 11 foi simulado através do Ftool, o perfil de sustentação ligado em pontos


fixos, para poder ter uma base dos valores de flechas encontrados.

Figura 11 – 1º teste do perfil de sustentação, perfil U 100x50x2mm, flecha encontrada de


1,71mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

No segundo teste mostrado na figura 12, o perfil utilizado é o mesmo, porém está
aplicado nas colunas de perfil U 100x50x2,25mm, trazendo valores menores de flechas devido
ao deslocamento das colunas. O perfil utilizado nas colunas ainda será dimensionado, foi
utilizado esse perfil com dimensões um pouco maior que os utilizado nos perfis de sustentação
de modo que possa simular os perfis de sustentação sem apoio fixo. Após o dimensionamento
das colunas será recalculado no DimPerfil 4.0 se os componentes escolhidos irão resistir.
21

Figura 12 – 2º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 100x50x2mm,


flecha encontrada de 0,737mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

3º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 100x40x2mm.


Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 2,72Kg/m, através da equação 21.
qp = 2,72Kg /100cm x 9,81/1000 = 0,000266KN.cm (Equação 21)

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 22.
q = 0,0590KN.cm + 0,000266KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 22)

A figura 13 mostra o perfil de sustentação simulado no Ftool para verificação da fecha


encontrada.

Figura 13 – 3º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 100x40x2mm,


flecha encontrada de 0,804mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

4º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 75x40x2mm.

Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 2,33Kg/m, através da equação 23.


qp = 2,33Kg /100cm x 9,81/1000 = 0,000228KN.cm (Equação 23)
22

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 24.
q = 0,0590KN.cm + 0,000228KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 24)

A figura 14 mostra o perfil de sustentação simulado no Ftool para verificação da fecha


encontrada.
Figura 14 – 4º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 75x40x2mm,
flecha encontrada de 1,206mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

5º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 75x40x2,25mm.

Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 2,60Kg/m, através da equação 25.


qp = 2,60Kg /100cm x 9,81/1000 = 0,000255KN.cm (Equação 25)

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 26.
q = 0,0590KN.cm + 0,000255KN.cm = 0,0592 KN.cm (Equação 26)

A figura 15 mostra o perfil de sustentação simulado no Ftool para verificação da fecha


encontrada.

Figura 15 – 5º teste do perfil de sustentação aplicado na estrutura, perfil U 75x40x2,25mm,


flecha encontrada de 1,123mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


23

Na verificação do estado limite de serviço, todos os 4 perfis simulados não excederam a


flecha máxima permitida.
De acordo com o quadro 3, sobre valores de coeficiente de ponderação das ações, para
todos os cálculos de estados limites últimos, foi aplicado nas cargas o fator de ponderação
mostrado na equação 23, e simulados no Ftool para obter valores de esforços e ser calculado no
Dimperfil 4.0, mostrando se os perfis resistem aos esforços e qual fica mais próximo do ideal
para estrutura. O quadro 9 mostra valores de momento fletor e esforço cortante retirados do
Ftool e valores de cálculos de resistência feito através do DimPerfil, em relação aos perfis de
sustentação simulados. Para verificar se o perfil resiste é visto se os valores de flexão composta
e flexão e cisalhamento encontrados são =<1.

q = 1.25 * qp + 1.5 * qsc (Equação 27)

Quadro 9 – Cálculo de resistência dos perfis de sustentação no estado limite último feito no
DimPerfil4.0.
Perfil U 100x50x2mm 100x40x2mm 75x40x2mm 75x40x2,25mm
Flecha Máxima
0,73mm 0,80mm 1,20mm 1,12mm
(3,71mm)
Momento Fletor
114,44 115,87 120 119,12
(KN.cm)
Esforço Cortante
5,76 5,76 5,76 5,74
(KN)
Mxrd (KN.cm) 200,91 173,94 119,72 141,18
Msd (KN.cm) 114,57 115,87 120,00 119,12
Flexão Composta 0,570 0,670 1,000 0,844
Flexão e
0,400 0,500 1,110 0,799
Cisalhamento
Esforço Resistente
24,09 KN 24,09 KN 17,5 KN 19,44 KN
ao Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)

Segundo os cálculos feitos no DimPerfil no estado limite último, apenas o perfil U


75x40x2mm não resistiu, excedendo seu limite de resistência no cálculo de flexão e
cisalhamento. Sendo que o escolhido para servir de sustentação será o perfil U 75x40x2,25mm,
um perfil pouco mais leve que o 100x40x2mm e com bom aproveitamento.

4.3 Dimensionamento dos Perfis das Vigas

Assim como nos perfis de sustentação, as vigas serão simuladas e verificadas as flechas
no Ftool em seu estado limite de serviço, e feito cálculos de resistência no estado limite último
24

através do DimPerfil. A viga tem um comprimento de 1,45m, e sua flecha máxima é calculada
através da equação 28, conforme o quadro 2 de deslocamentos máximos da NBR 8800.
1450𝑚𝑚 (Equação 28)
𝛿= = 4,14 𝑚𝑚
350

As flechas causadas pela carga nas vigas não devem exceder o valor calculado de
4,14mm.

O cálculo da sobrecarga distribuída no perfil da viga é feito da mesma forma da


sustentação, sendo calculado a metade da carga do pallet distribuída no perfil da viga
como mostra a equação 29, pois metade da carga do pallet tem ação no perfil da frente
e metade no perfil de trás.

Cálculo da sobrecarga distribuída no perfil da viga.


qsc = 0,001067 KN.cm2 x 7200cm2/145cm = 0,0530KN.cm (Equação 29)

O cálculo de peso próprio nas vigas considera o peso próprio da viga e metade do peso
próprio dos perfis de sustentação que estão em contato com a viga, com mostra a equação 30.
O perfil da viga e sustentação que será usado para o cálculo de peso próprio é o perfil U
70x40x2,25mm escolhido para perfil de sustentação após os cálculos de resistência no
DimPerfil 4.0.

Cálculo do peso próprio do perfil U 70x40x2,25mm, massa de 2,60Kg/m.


qp = (2,60Kg*1,45m+2,60Kg*1,95m)/145cm x 9,81/1000 = 0,000598KN.cm (Equação 30)

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 31.
q = 0,0530KN.cm + 0,000598KN.cm = 0,0536 KN.cm (Equação 31)

A figura 16 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.

Figura 16 – 1º teste das vigas, perfil U 70x40x2,25mm, flecha máxima encontrada de


1,86mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


25

No segundo e terceiro teste, o peso próprio do perfil de sustentação permanece a mesma


do primeiro, variando somente as vigas.

2º teste das vigas, perfil U 100x40x2mm.


Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 2,72Kg/m, através da equação 32.
qp = (2,72Kg*1,45m+2,60Kg*1,95m)/145cm x 9,81/1000 = 0,000609KN.cm (Equação 32)

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 33.
q = 0,0530KN.cm + 0,000609KN.cm = 0,0536 KN.cm (Equação 33)
A figura 17 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.

Figura 17 – 2º teste das vigas, perfil U 100x40x2mm, flecha máxima encontrada de 1,30mm,
conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

3º teste das vigas, perfil U 75x40x2,65mm.


Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 3,04Kg/m, através da equação 34.
qp = (3,04Kg*1,45m+2,60Kg*1,95m)/145cm x 9,81/1000 = 0,000641KN.cm (Equação 34)

Cálculo da carga total para simulação e verificação das flechas, através da equação 35.

q = 0,0530KN.cm + 0,000641KN.cm = 0,0536 KN.cm (Equação 35)

A figura 18 mostra o perfil da viga simulado no Ftool para verificação da fecha encontrada.

Figura 18 – 3º teste das vigas, perfil U 75x40x2,65mm, flecha máxima encontrada de


1,69mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


26

Nas vigas, todos os perfis também tiveram suas flechas abaixo do limite permitido.
A verificação no estado de limite último da viga foi feita da mesma forma dos perfis de
sustentação, observando valores de flexão composta e flexão e cisalhamento. Em relação às
vigas, o quadro 10 mostra valores de momento fletor e esforço cortante retirados do Ftool e
valores de cálculos de resistência feito através do DimPerfil.

Quadro 10 – Cálculo de resistência dos perfis da viga no estado limite último feito no
DimPerfil4.0.
Perfil U 75X40X2,25mm 100X40X2mm 75x40x2,65mm
Flecha Máxima (4,14mm) 1,86mm 1,30mm 1,69mm
Momento Fletor (KN.cm) 160,16 162,65 161,19
Esforço Cortante (KN) 6,35 6,5 6,4
Mxrd (KN.cm) 157,58 200,28 193,99
Msd (KN.cm) 160,16 162,65 161,19
Flexão Composta 1,016 0,812 0,831
Flexão e Cisalhamento 1,14 0,732 0,772
Esforço Resistente ao
19,44 KN 24,08KN 22,34KN
Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)

O perfil U 75x40x2,25mm utilizado para sustentação dos pallets, não resistiu ao ser
utilizado nas vigas, por sofrer um maior momento fletor, excedendo seu limite de resistência.
Os outros dois perfis resistiram com aproveitamento bem próximos, o perfil escolhido para
servir de viga será o U 100x40x2mm, porque ele tem uma dimensão maior do que o perfil de
sustentação, de modo que o perfil de sustentação possa encaixar no seu interior para ser soldado.

4.4 Dimensionamento das Colunas Externas

No dimensionamento das colunas externas é observado as flechas geradas pela


sobrecarga nas colunas no estado limite de serviço, que não devem exceder o limite calculado
pela equação 36, do quadro 2 de deslocamentos máximos da NBR 8800. E cálculos de
resistência no estado limite ultimo feitos através do DimPerfil 4.0.
1150𝑚𝑚 (Equação 36)
𝛿= = 3,83 𝑚𝑚
300

Para ser feito a simulação e verificar as flechas das colunas, será unido a coluna e a viga
no desenho da simulação no Ftool, é calculado o peso próprio da coluna, e feita simulação
incluindo a sobrecarga sustentada pela viga de perfil U 100x40x2mm, escolhida anteriormente.
27

1º teste das colunas externas, perfil U 100x50x2,25mm.


Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 3,4Kg/m, através da equação 37.
qp = (3, 4Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m)/375cm x 9,81/1000 = 0,000510KN.cm (Equação 37)

É aplicado a carga própria de 0,000510KN.cm + carga aplicada sobre a viga de 0.0536KN.cm,


sendo simulado e observado a flecha da coluna externa, como mostra a figura 19.

Figura 19 – 1º teste das colunas externas, perfil U 100x50x2,25mm, flecha máxima


encontrada de 0,48mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


2º teste das colunas externas, perfil U 100x50x3mm.
Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 4,47Kg/m, através da equação 38.
qp = (4,47Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m)/375cm x 9,81/1000 = 0,000615KN.cm (Equação 38)

Peso próprio de 0,000615KN.cm + carga aplicada sobre a viga de 0.0536KN.cm, sendo


simulado e observado a flecha da coluna externa, como mostra a figura 20.

Figura 20 – 2º teste das colunas externas, perfil U 100x50x3mm, Flecha máxima encontrada
de 0,43mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)


28

3º teste das colunas externas, perfil U 100x75x3mm.

Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 5,65Kg/m, através da equação 39.


qp = (5,65Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m)/375cm x 9,81/1000 = 0,000731KN.cm (Equação 39)

Peso próprio de 0,000731KN.cm + carga aplicada sobre a viga de 0.0536KN.cm, simulado e


observado a flecha da coluna externa, como mostra a figura 21.

Figura 21 – 3º teste das colunas externas, perfil U 100x75x3mm, flecha máxima


encontrada de 0,23m, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

Na verificação das flechas, os 3 perfis tiveram valores bem abaixo do limite.

A verificação no estado de limite ultimo das colunas, é calculado como nos perfis da
viga e sustentação e observado os resultados de flexão composta e flexão e cisalhamento, nas
colunas também é observado o índice de esbeltez, onde deve ser menor que 200 em elementos
que sofrem compressão. O quadro 11 mostra os esforços solicitados, resistência e índice de
esbeltez nos perfis das colunas externas.
Quadro 11 – Cálculo de resistência dos perfis da coluna externa no estado limite último feito
no DimPerfil4.0.
Perfil U 100x50x2,25mm 100x50x3mm 100x75x3mm
Flecha Máxima (3,83mm) 0,483mm 0,427mm 0,228mm
Esforço Normal (KN) 10,77 10,95 11,55
Myrd (KN.cm) 46,06 84,40 114,45
Msd (KN.cm) 44,43 49,55 68,90
Flexão Composta 1,78 1,228 0,833
Flexão e Cisalhamento 0 0 0
Fator de Redução 0,152 0,15 0,361
λx=28,93 λx=29,19 λx=27,74
Índice de esbeltez (máx. 200)
λy=218,06 λy= 219,52 λy=141,31
Fonte: O Autor (2022)
29

De acordo com os cálculos feitos pelo DimPerfil, somente o perfil U100x75x3mm


resistiu aos esforços e respeitou o limite de esbeltez, sendo o utilizado para as colunas externas.

4.5 Dimensionamento das Colunas Internas

A simulação das flechas nas colunas internas é feita da mesma forma das colunas
externas, tendo o mesmo limite de flecha de 3,83mm, e vigas sustentando a mesma sobrecarga.
É feito o cálculo da carga própria para ser feito a simulação no Ftool.
1º teste das colunas internas, perfil U 100x50x2,25mm.
Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 3,4Kg/m, através da equação 40.
qp = (3,4Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m)/375cm x 9,81/1000 = 0,000510KN.cm (Equação 40)

Peso próprio de 0,000510KN.cm + carga aplicada sobre a viga de 0.0536KN.cm, simulado e


observado a flecha da coluna interna, como mostra a figura 22.

Figura 22 – 1º teste das colunas internas, perfil U 100x50x2,25mm, flecha máxima


encontrada de 0,08mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

2º teste das colunas internas, perfil U 100x75x2,65mm.

Cálculo do peso próprio do perfil, massa de 5,01Kg/m, através da equação 41.


qp = (5,01Kg*3,75m+2,60Kg*2,6m) /375cm x 9,81/1000 = 0,000668KN.cm (Equação 41)

Peso próprio de 0,000668KN.cm + carga aplicada sobre a viga de 0.0536KN.cm,


simulado e observado a flecha da coluna interna, como mostra a figura 23.
30

Figura 23 – 2º teste das colunas internas, perfil U 100x75x2,65mm, flecha máxima


encontrada de 0,03mm, conforme a simulação feita no Ftool.

Fonte: O Autor (2022)

Assim como as colunas externas, também tiveram valores de flechas bem abaixo do
limite.

Nas colunas internas, a verificação de resistência no estado de limite último é feita da


mesma forma das colunas externas, onde será observada a resistência dos perfis e o índice de
esbeltez através dos cálculos do DimPerfil 4.0com fator de segurança, como mostra o quadro
12.
Quadro 12 – Cálculo de resistência dos perfis das colunas internas no estado limite último
feito no DimPerfil4.0.
Perfil U 100x50x2,25mm 100x75x2,65mm
Flecha Máxima (3,83mm) 0,080mm 0,033mm
Esforço Normal (KN) 24,56 23,8
Myrd (KN.cm) 46,06 85,31
Msd (KN.cm) 6,53 5,2
Flexão Composta 2,01 0,62
Flexão e Cisalhamento 0 0
Fator de Redução 0,152 0,363
λx= 28,93. λx = 27,64.
Índice de esbeltez (máx. 200)
λy = 218,06 λy = 141
Fonte: O Autor (2022)

Pode ser observado que no perfil U 100x50x2,25 teve uma flexão composta calculada
de 100% acima do limite e seu índice de esbeltez maior que 200, para que o perfil pudesse
resistir aos esforços e não exceder o índice de esbeltez, foi aumentado suas dimensões de
espessura e largura. Sendo utilizado o perfil U 100x75x2,65mm para as colunas internas.
31

Foi calculada também a resistência dos pés de apoio das colunas internas e externas no
DimPerfil, onde sofre a maior compressão gerada pela carga na estrutura, assim vendo se os
mesmos perfis das colunas resistem no pé de apoio como mostra o quadro 13.

Quadro 13 – Cálculo de resistência dos perfis dos pés de apoio no estado limite último feito
no DimPerfil4.0.
Coluna Externa Interna
Perfil U 100x75x3mm 100x75x2,65mm
Flecha Máxima (1,0mm) 0,017mm 0,008mm
Esforço Normal (KN) 17,3 35,3
Myrd (KN.cm) 114,46 85,31
Msd (KN.cm) 71 7,15
Flexão Composta 0,77 0,46
Flexão e Cisalhamento 0 0
Índice de esbeltez (máx. 200) λx=7,24 λy=12,29 λx=7,21 λy=12,26
Fonte: O Autor (2022)

Conforme os cálculos do DimPerfil, é visto que os pés de apoio também resistem a carga
solicitada com segurança.
Após o dimensionamento das colunas será recalculado a resistência dos perfis de
sustentação e vigas, para serem comparado e visto se os perfis escolhidos anteriormente
continuam resistindo quando aplicados nas colunas dimensionadas. Para isso é simulado a
estrutura no Ftool igualmente como foi feito no dimensionamento dos perfis de sustentação e
vigas, com valores de momento fletor e esforço cortante é calculado no DimPerfil 4.0 e
verificado a resistência dos perfis. O quadro 14 mostra a comparação dos perfis escolhidos antes
e depois do dimensionamento das colunas.
Quadro 14 – Verificação de resistência dos perfis de sustentação e viga após o
dimensionamento das colunas.
Componentes Perfil de sustentação Vigas
Perfil U 75x40x2,25mm 75x40x2,25mm 100X40X2mm 100X40X2mm
Momento Fletor
119,12 123,45 162,65 153,38
(KN.cm)
Esforço Cortante (KN) 5,74 5,79 6,5 6,15
Mxrd (KN.cm) 141,18 141,18 200,28 200,28
Msd (KN.cm) 119,12 123,45 162,65 153,38
Flexão Composta 0,844 0,874 0,812 0,766
Flexão e Cisalhamento 0,799 0,853 0,732 0,652
Esforço Resistente ao
19,44 KN 19,44 KN 24,08KN 24,08KN
Cisalhamento
Fonte: O Autor (2022)
32

4.6 Travamento Lateral

No dimensionamento dos travamentos laterais, foi simulada a estrutura no Ftool numa


vista lateral, com valores de cargas no estado limite ultimo e componentes já escolhidos
anteriormente. Após a simulação é obtido valores de momento fletor e esforço normal e
calculado no DimPerfil o seu índice de esbeltez, que deve ser menor que 200, o quadro 15
mostra os resultados encontrados na simulação e cálculos do DimPerfil.

Quadro 15 – Cálculo de resistência no estado limite ultimo do travamento lateral feito no


DimPerfil 4.0.
Travamento lateral
Perfil U 75x40x1,5 mm
Esforço Normal (KN) 0,0044
Momento Fletor (KN.cm) 7,7
Flexão Composta 0,53
Flexão e Cisalhamento 0
Fator de Redução 0,312
λx=57,55
Índice de esbeltez (máx. 200)
λy=135,85
Fonte: O Autor (2022)

O perfil escolhido para o travamento lateral foi o perfil U 75X40X1,5mm, usando pouco

mais de 50% de seu aproveitamento em relação à flexão composta e respeitando o índice de


esbeltez, trazendo uma visibilidade harmônica em relação aos outros componentes já
dimensionados.

4.7 Dimensionamento da Barra Roscada e Espessura da Chapa de Base

Para o dimensionamento do apoio, primeiramente será calculado qual barra roscada será
usada para resistir ao cisalhamento, para determinar a força de cisalhamento solicitada na base
foi simulada no Ftool a estrutura com fator de segurança nas cargas e visto o valor solicitado
como mostra a figura 24.
Figura 24 – Esforço de cisalhamento na base da estrutura.

Fonte: O Autor (2022)


33

Será utilizado 2 barras roscada, sendo feito o cálculo de resistência ao cisalhamento,


onde juntos devem aguentar a força solicitante de 2,3809KN encontrada na simulação do Ftool.

Será calculado a resistência ao cisalhamento utilizando a equação mostrada a seguir e


informações do quadro 4. Utilizado para cálculo a barra roscada de classe 4.8 rosca normal com
resistência de 400Mpa
Cálculo com rosca M6, através da equação 38.
Rnv = 0,7*20,1*0,6*400 (Equação 42)
Rnv = 3,37KN

Cálculo com rosca M5, através da equação 39.


Rnv = 0,7*14,2*0,6*400 (Equação 43)
Rnv = 2385KN

Cálculo com rosca M4, através da equação 40.


Rnv = 0,7*8,78*0,6*400 (Equação 44)
Rnv = 1475KN
A barra roscada escolhido para ser utilizado na fixação do apoio é a M5 com 75mm de
comprimento, sendo que juntos podem resistir a uma solicitação de até 4770N. tendo uma
maior resistência na hora de colocar o pallet na estrutura.
Após a escolha da barra roscada será calculado utilizando a equação 45 a tensão na
chapa, que terá dimensões de 18cm x 15cm, e em seguida com a equação 46 e 47 a espessura
necessária da chapa. Para fazer o cálculo de tensão na chapa é pego o valor da reação de apoio
da coluna interna no Ftool, sendo de 35.68KN.
Calculo de tensão na chapa
σ = 35,86KN / 270cm2 (Equação 45)
σ = 0,132 KN/cm2

Para o cálculo da espessura é necessário determinar o fator de cálculo (β) nos 2 casos,
onde tem variação da dimensão b mostrada anteriormente na figura 8.

No primeiro caso onde (a) tem 2 superfícies engastada e 2 livre: temos (a/b) = 4/3,75 =
1,06. Tendo β = 0,29 de acordo com o quadro 4.
T = 3,75*RAIZ (0,29*0,132/1,35*30) (Equação 46)
T = 0,11cm, T = 1,1mm
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No segundo caso onde (a) tem 3 superfícies engastada e 1 livre: temos (a/b) = 10/3,75
= 2,66. Interpolando valores do quadro 5 obtém-se β = 1,65.

Aplicando valores na equação 47 temos:


T = 3,75*RAIZ (1,65*0,132/1,35*30) (Equação 47)
T = 0,275 cm, T = 2,75mm

Como a chapa terá apenas uma espessura, será escolhido a opção mais solicitada, com
2,75mm podendo ser arredondada para a escolha de uma chapa de 3mm.

O apoio da estrutura também terá enrijecedor de aço 1020 de 3mm de espessura e


100mm de altura, como mostra a figura 23.

Figura 25 – Apoio das colunas com enrijecedor.

Furo para fixação da base

Enrijecedor

Chapa de apoio da estrutura

Fonte: O Autor (2022)

4.8 Solda

A solda que irá unir os componentes será de filete continuo, a espessura é estabelecida
através do quadro 6 mostrado anteriormente. A espessura mínima do filete de solda será de
3mm, conforme o quadro 6, onde mostra que 3mm é o tamanho mínimo da perna de solda do
filete quando a espessura do metal base é menor que 6,35mm. O método usado será a soldagem
por arco elétrico com proteção gasosa, por ter uma boa produtividade, resistente e ótima
superfície de acabamento em relação a solda com eletrodo revestido, o arame utilizado neste
processo é o ER 70S-6 indicado para soldagens de aços galvanizados, o filete de solda será em
ambos os lados dos perfis, como mostra a figura 26. É calculado a resistência do metal base e
solda através das equações a seguir, que deve ser superior ao maior esforço cortante encontrado
de 6 KN, segundo o Ftool.
Cálculo do escoamento do metal base, através da equação 48.
FRD = (250 x 2 x 180) / 1,10 (Equação 48)

FRD = 81,81KN
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Cálculo de resistência ao cisalhamento do metal base, através da equação 49.


FRD = (0,6 x 250 x 2 x (2 x 180)) / 1,10 (Equação 49)

FRD = 98,18KN
Cálculo da resistência do metal da solda através da equação 50.
FRD = (0,6 x 756 x 485) / 1,35 (Equação 50)

FRD = 162,9KN

Figura 26 – Exemplo da solda por filete continuo.

Fonte: Marcelo Pereira (2014)

Após a soldagem dos componentes dimensionados, também será soldado barras de aço
1020 com ¼ de polegada atras da estrutura para aumentar a rigidez, será feito um X na parte
posterior que servirá como contravento, impedindo o deslocamento horizontal da estrutura, a
figura 27 mostra a estrutura pronta com contravento. O cálculo do contravento é feito através
da equação 51, para isso é observado o valor de tração no contravento através da simulação no
Ftool.

O valor de tração encontrado no contravento através do Ftool é de 2,67KN, onde o valor


calculado de resistência das barras deve ser maior que 2,67KN.

Calculo de resistência a tração do contravento, através da equação 51.

Rd = (0,75 x 31,66 x 410) / 1,35 (Equação 51)


Rd = 7,21KN

Através do cálculo foi verificado que a barra escolhida para o contravento resiste ao esforço
solicitado.
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Figura 27 – Vista da estrutura em 3D.

Fonte: O Autor (2022)

4.9 Materiais Utilizados

Os quadros a seguir mostram a quantidade de perfis utilizado na estrutura e sua massa,


o quadro 16 indica quantos perfis de cada componente foi utilizado e o peso próprio da estrutura,
e o quadro 17 indica o peso total da estrutura carregada, a figura 28 mostra vista frontal, lateral,
superior e 3D, com indicação de cada componente.

Quadro 16 – Componentes utilizados e carga própria.


Peso própria da Estrutura
Massa Total
Componentes Perfil – U Quantidade Comprimento(m)
(Kg/m) (Kg)
Coluna externa 100x75x3 5,65 4 3,75 84,8
Coluna interna 100x75x2,65 5,01 6 3,75 112,7
Vigas 100x40x2 3,04 32 1,45 141,1
Perfil sustentação 75x40x2,25 2,6 59 1,3 199,42
Travamento 75x40x1,5 1,76 6 1,734 18,26
Chapa de base 3mm 0,65Kg 10 18 x 15cm 6,5
Barra roscada M5 0,2 20 0,08 0,3
Barra de
1/4 polegada 0,25 4 4,5 4,5
contravento
Massa total 567,6
Fonte: O Autor (2022)
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Quadro 17 – Carga máxima na estrutura.


Massa do pallet (Kg) Quantidade Total (Kg) Carga total da estrutura (Kg)
1564 12 18768 19335,6
Fonte: O Autor (2022)

Figura 28 – Vistas da estrutura.

Fonte: O Autor (2022)

5. Considerações Finais

Esse estudo teve como proposito o dimensionamento de uma estrutura metálica


constituída por perfis formado a frio, com a intenção de ter uma melhor organização no
armazenamento de pallets com telhas, o objetivo foi dimensionar os componentes que
constituem a estrutura de acordo com os estados limites de serviço e estados limites últimos,
assim tendo uma estrutura metálica segura para o armazenamento dos pallets.
Através de cálculos manuais, softwares de simulações e cálculos de resistência, foi
dimensionado perfis de modo que resistam aos esforços, sendo observado as flechas e
resistência de cada componente simulado. Os perfis dimensionados foram escolhidos de acordo
com cálculos executados pelo DimPerfil 4.0 com valores retirados de simulações do Ftool. Foi
buscado escolher os perfis de cada componente de modo que tivesse bom uso do seu
aproveitamento, no caso das colunas internas e travamentos laterais, foi necessário a escolha de
perfis com dimensões maiores para poderem ter o índice de esbeltez respeitado.
Com a limitação de simulação apenas em 2D, de acordo com os valores de simulações
do Ftool e cálculos do Dimperfil 4.0 os perfis que foram escolhidos estão de acordo com o
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estado limite último, tendo assim uma estrutura dimensionada que resistira a carga solicitada
pelos pallets.
Essa estrutura pode ser dimensionada de várias formas, como por exemplo, podendo ser
diminuído a quantidade de colunas e aumentar suas dimensões, tendo também variações nas
dimensões das vigas, e após isso pode ser comparada a outros modelos, verificando qual tem
um custo mais baixo e melhor visual da estrutura.

6. Referências

PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de Aço: Dimensionamento Prático de Acordo com a NBR
8800; 2008. 8º Ed. Rio de Janeiro. LTC. 2008.
BRAGANÇA P, A. Estrutura metálica: Cálculos, Detalhes, Exercício e Projetos. 2º Ed. São
Paulo. Edgar Blücher. 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800. Projeto de estruturas
de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro. 2008.
YOUNG, W. C.; BUDYNAS, R. G. Roark’s Formulas for Stress and Strain. 7º ED. United
States of America. McGraw-Hill. 2002.
Os benefícios do Aço Galvanizado. CEDISA, 2020. Disponível em:< http://cedisa.com.br/os-
beneficios-do-aco-
galvanizado/#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20ser%20altamente%20dur%C3%A1vel,%C3%
BAtil%20de%20uma%20estrutura%20met%C3%A1lica>. Acesso em 08 de mar. de 2022.

PEREIRA, M. Criando solda perfil na chapa. Youtube, 2015. 4min55s. Disponível em:<
https://www.youtube.com/watch?v=0tE69iu0d-g>. acesso em 31 de maio de 2022.

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