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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

ECONOMIA I

NATUREZA DA ECONOMIA 2

CORRENTES DE PENSAMENTO ECONÓMICO 3

ESCASSEZ 4

RACIONALIDADE 5

QUESTÕES DA ECONOMIA 6

CUSTO DE OPORTUNIDADE 8

RACIOCÍNIO MARGINALISTA 9

TIPOS DE MERCADO 10

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO MERCADO 11

PRODUTIVIDADE 13

INDEPENDÊNCIA E TROCAS 13

FORÇAS DO MERCADO 16

CRUZ DE MARSHALL 21

ELASTICIDADES 22

INTERFERÊNCIAS DO ESTADO NA LEI DA OFERTA E DA PROCURA 25

TEORIA DO CONSUMIDOR 27

CUSTOS 28

INVESTIMENTO 29

JUROS 30

MONOPÓLIOS 30

OLIGOPÓLIOS 31

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

NATUREZA DA ECONOMIA
Economia: Ciência Social que estuda as decisões do Homem enquanto agente racional
dotado de liberdade.

★ Importância do Estudo destas Decisões: Surge do facto dos bens serem escassos
e as necessidades ilimitadas (algumas recorrentes) - aspecto que justifica a
necessidade do pensamento económico fora da sociedade, mesmo quando
completamente isolado o Homem continua a ter de gerir os seus recursos,
diferenciando-se do Direito que, fora da sociedade, deixa de ter lugar, uma vez
que existe para dirimir os conflitos entre as pessoas.

★ Determinismo: Apesar de existirem uma série de fatores que podem condicionar


o rumo da economia, decisões iguais podem apresentar resultados diferentes, a
ciência económica não tem qualquer cariz determinista - ex: quando as ações no
mercado descem não descem todas ou da mesma forma, existem uma série de
razões diferentes, sábado as ações da EDP tinham descido, enquanto que as
ações da EDP renováveis tinham subido na bolsa de valores, contudo o bem que
elas oferecem é, fundamentalmente, o mesmo, energia.

Bens Económicos: Todos os bens

★ Bens Livres: Podem ser obtidos pelo Homem sem grande esforço - ex: areia da
praia, se quiser pôr num frasquinho para decorar o meu quarto, basta-me ir à
praia com o frasco, não tenho de pensar no efeito que a seleção deste bem vai ter
no cômputo da humanidade e da minha alocação de recursos

Decisões Racionais: Queremos sempre obter a melhor opção ao preço mais baixo
possível, orientando assim a nossa escolha - ex: se tenho duas maçãs ao mesmo preço,
mas uma está podre, vou optar pela que está boa para obter o melhor possível ao preço
mais baixo.

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CORRENTES DE PENSAMENTO ECONÓMICO


Visão Clássica de Adam Smith (séc. XVIII): “Vícios privados transformam-se em
virtudes públicas” - As nossas escolhas racionais, orientadas para o benefício pessoal,
vão entrar para uma ordem “superior”, guiadas por uma “mão invisível” que vai intervir
no mercado de modo a ordenar todos os acontecimentos e fazer com que escolhas
individuais beneficiem a sociedade. O mercado consegue autorregular-se com esta
ordem espontânea sem necessidade de intervenção do Estado - base do liberalismo
económico e político.

★ Exemplo: O padeiro faz pão e vende pão porque tem essa habilidade e quer gerar
riqueza para satisfazer outras necessidades pessoais. A pessoa que compra o pão
tem fome e sabe que o pão vai satisfazer a sua necessidade. Ainda que nenhum
destes agentes estejam a trabalhar em prol do outro, beneficiam-se ao agir
conforme o seu egoísmo, o padeiro vai receber o dinheiro que quer, e a pessoa
vai ficar sem fome.

Neoclassicismo (1900-1930): Retoma a ideia de ordem natural de Adam Smith.


Pressupõe que os agentes económicos são racionais e que fazem as suas escolhas com
base na melhor opção, que será a mais viável no contexto geral de todas as opções.

★ Distinção da Visão Clássica de Adam Smith: Diferencia-se da visão clássica, uma


vez que esta integrava na definição do preço apenas o custo dos materiais e de
produção/mão de obra, enquanto que a vertente neoclássica já introduz o
“supply/demand”, ou seja, a relação da oferta e da procura na definição do preço.
Nesta vertente, a competitividade do mercado é fundamental para gerar a
relação do preço-oferta, e por isso importante para o funcionamento da
economia.

★ Crítica: Os agentes não são plenamente racionais, por isso as suas escolhas
também não o são. Este olhar objetivo para a realidade não representa, na
plenitude, a verdade, existe uma série de outros fatores cujo papel vai afetar as
decisões. Há quem culpe este “funcionamento livre” como gerador de
desigualdades sociais, como trabalho a preços irrisórios para conseguir o preço
de produção mais baixo e ter uma vantagem no mercado. Liga-se
excessivamente a modelos matemáticos, acabando por negligenciar a realidade.

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Institucionalismo: Parte de ideias gerais, relacionadas com o comportamento humano,


com as instituições e com a natureza evolutiva dos processos económicos, para ideias
específicas e teorias. Os conceitos de hábitos e de instituições ajudam a ligar o nível de
análise mais específico ao nível geral. Contudo, o institucionalismo entende que a ideia
do comportamento humano baseado nos hábitos, só por si, não permite passar para
uma análise ou teorização operacional. São necessários elementos adicionais. Em
particular, é necessário entender como os hábitos colectivos são integrados e/ou
reforçados pelas instituições. Deste modo, o institucionalismo parte do abstracto para o
concreto e recorre a outras áreas de investigação sobre comportamento dos indivíduos,
como a psicologia, a antropologia e a sociologia. Preocupa-se em entender como os
hábitos e as regras são replicados e transmitidos na sociedade, e como estruturam a
atividade económica, havendo por isso necessidade de analisar detalhadamente a
evolução de hábitos e de regras específicas, ao longo do tempo.

Neoinstitucionalismo: Surge pois se as deficiências do quadro neoclássico eram tão


óbvias, como é que os “velhos institucionalistas” não conseguiram apresentar uma
alternativa convincente? Articula o neoclassicismo com o institucionalismo,
combinando economia, direito, ciência política, sociologia e antropologia para
compreender as instituições da vida social, política e comercial. Integra as instituições
na análise desde o início, tendo como objetivo explicar o que são, como surgem, os seus
propósitos, como mudam e como - se é que devem - ser reformadas. O peso que deve
ser dado ao papel que as instituições pode ser ilustrado com uma citação de Douglass
North: "São as instituições que fornecem as principais restrições e, portanto, moldam os
incentivos, e é a interação entre o quadro institucional e as organizações que são um
resposta a esse quadro que molda a evolução da economia”. O desempenho da economia
deve ser medido em relação à eficiência das suas instituições. Coase, o "mestre" da nova
economia institucional, disse que a economia neoclássica não “estuda o homem como
ele é, agindo dentro das restrições impostas pelas instituições reais”. Não é “a economia
como deveria ser”.

Behavioral Economics: Estudo de fenómenos que desviam o padrão clássico da escolha


racional e egoísta por, essencialmente, psicológicos.

ESCASSEZ
★ É virtualmente impossível satisfazer todas as necessidades, pois, mesmo se os
recursos fossem ilimitados, há sempre um bem escasso, o tempo.

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★ Sem escassez as escolhas da economia seriam irrelevantes, pois os recursos


seriam ilimitados e a escolha de um opção em detrimento da outra não teria
qualquer efeito, pois a outra poderia ser escolhida na mesma depois - ex: se eu
for às compras com 10€, a camisola que escolher vai ser uma escolha mais
relevante do que se for às compras com dinheiro ilimitados, já que posso levar
todas as camisolas da loja

★ É relativa consoante o agente económico, aquilo que para alguém é importante


não o necessariamente para outro - alguém fumador vai precisar de tabaco e
sentir falta do mesmo, alocando parte dos seus recursos a essa vício, enquanto
que alguém que não fume não vai sentir isso

★ Existem necessidades que são recorrentes - enquanto que a necessidade de


óculos é pontual, ou seja, não preciso de comprar óculos todos os dias, a comida,
por exemplo, é uma necessidade recorrente, de algumas em algumas horas vou
ter fome e necessidade de comer

★ Em caso de sobreprodução de um bem, a escassez não acaba, uma vez que os


recursos têm fins a que são destinados, não podendo ser aplicados
indiscriminadamente - se, num ano agrícola, tiver um excedente de maçãs, não
vou conseguir diminuir a falta de camas nos hospitais, uma vez que a abundância
desse recurso em nada vai afetar as camas

★ A procura excede sempre a oferta, uma vez que as necessidades são recorrentes
e vão aumentando - um fumador que compre 20 maços de uma vez, não só os vai
consumir até que acabem e volte a precisar de os comprar, como ainda pode
acontecer que comece a fumar mais tabaco por dia e, consequentemente,
aumente a quantidade que compre

RACIONALIDADE
Racionalidade Perfeita (homo economicus): Quando vai fazer uma escolha, de modo a
conseguir a melhor opção possível, o Homem deve procurar todas as opções possíveis,
compará-las e perceber qual a melhor opção para a selecionar. Ou seja, se o indivíduo
buscar laranjas, deve ir a todas as mercearias e supermercados, de modo a conseguir
encontrar o melhor serviço e pagar o menos possível. Associa-se ao pensamento
neoclássico da economia.

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★ Críticas: É praticamente impossível esgotar todas as opções, para além de que o


tempo necessário para conseguir tal coisa é excessivo. Existem custos de
transação que não são contabilizados - como a gasolina para ver todas as lojas
que vendem laranjas.

★ Modelo Construtivista: Associado a uma série de processos lógicos, racionais e


matemáticos que pretendem chegar à melhor hipótese, recaindo sobre e análise
económica e das instituições - associa-se à racionalidade perfeita.

Racionalidade Limitada: Por ser praticamente impossível esgotar todas as opções para
encontrar a melhor oferta, e porque mesmo o tempo é um recurso limitado que quando
disposto para encontrar a melhor opção não é aplicado para outra funcionalidade, em
vez de encontrar a melhor opção no universo, o agente deve agir em ignorância racional
e encontrar a melhor opção de um universo limitado, utilizando atalhos heurísticos
como pedir a pessoas sugestões. Voltando à ideia das laranjas, basta-me ver na
mercearia e no Pingo Doce à frente da mercearia, pois se fosse até ao Continente a
200m estaria a gastar um tempo que não justificaria os 10cent. poupados nas laranjas,
sendo ideal, então, perguntar a alguém à frente das lojas onde o preço é melhor,
escusando entrar nas duas. Associa-se ao pensamento neoinstitucional da economia.

★ Custos Subjacentes: Custo de oportunidade - valor do benefício que não fui


obtido, medido pela segunda melhor alternativa e custos de transação.

★ Modelo Ecológico: Afasta-se dos modelos matemáticos e do raciocínio empírico


para uma lógica instintiva.

Otimização/Satisfação (George Stigler): O agente económico vai buscar pela melhor


opção tendo em conta tanto os custos e os benefícios que vai obter, como também o
princípio hedonista, ou seja, a “lei do menor esforço”. Acontece que a otimização o é
substituída pela satisfação, uma vez que que em vez de olhar apenas para a melhor
opção possível, olha também para a forma de chegar, tomando esse fator em
consideração na feitura da escolha.

QUESTÕES DA ECONOMIA
➢ O que produzir e quanto? Aquilo que satisfaz as necessidades dos agentes
económicos

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➢ Como produzir? Da forma mais eficiente possível

➢ Para quem produzir? Para aqueles que têm poder de compra.

➢ Como confiar? Pelo Direito que vai entrar na Economia para balizar os
procedimentos e relações estabelecidas

➢ Através de que processo social?

★ Economia de Mercado: O Estado não intervêm, permitindo o livre


funcionamento da economia, sendo produzido aquilo que tem procura,
mediante a mesma. Implica:

○ Liberdade: Agentes económicos que vão saindo e entrando no


mercado

○ Atomicidade: Vários agentes económicos, garantindo a existência


de competitividade

○ Fluidez: Transparência sobre os procedimentos que ocorrem no


mercado

○ Concretização: Se num ano houve uma praga nas macieiras que


reduza o número de maçãs no mercado, o preço delas vai subir,
passando a haver pessoas incapazes de as comprar logo vão
comprar outra fruta. Se o preço subir excessivamente em algumas
mercearias, as pessoas irão comprar a outra onde o preço é mais
baixo, e pessoas que viviam da venda do doce de maçã vão sair do
mercado por deixar de ser algo rentável.

★ Economias Dirigistas: O Estado vai substituir a liberdade de decisão dos


agentes e regular o funcionamento da Economia.

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○ Concretização: Se num ano houver uma praga nas macieiras, o


Estado pode dar incentivos para a produção de mais maçãs,
regular o preço com que estas vão para o mercado e até o número
de maçãs que cada indivíduo pode comprar. O produtor das maçãs
pode acabar por fazer menos dinheiro porque vai vender poucas
maçãs ao preço normal, e o vendedor de doce de maçãs não vai ser
tão afetado porque as vai comprar ao preço usual, mantendo a sua
atividade

★ Economias Mistas: Baseando-se na economia de mercado, o Estado vai


entrar para intervir em alguns processos de modo a garantir uma maior
justiça social (distributiva através de impostos) e segurança, podendo,
contudo, por vezes tornar-se um impedimento à eficiência.

○ Concretização: Se num ano houver uma praga nas macieiras que


reduza o número de maçãs no mercado, o preço delas vai subir,
passando a haver pessoas incapazes de as comprar, logo vão
comprar outra fruta. Pessoas que viviam da venda do doce de maçã
vão sair do mercado por deixar de ser algo rentável, por isso o
Estado vai recompensá-las pois os vendedores de maçã vão pagar
impostos sobre o preço elevado das maçãs, e este dinheiro vai ser
revertido para os negociantes do doce. Pode ter como efeito que o
preço das maçãs ainda suba mais ao obrigar o vendedor de maçãs a
pagar um imposto, reduzindo a eficiência das trocas (de onde
nasce um dos grandes problemas das economia: JUSTIÇA vs.
EFICIÊNCIA)

CUSTO DE OPORTUNIDADE
Custo de Oportunidade: Oportunidade mais valiosa que é preterida quando é feita uma
escolha. Aquilo que se poderia ter ganho, mas não ganhou - aquando da seleção de uma
casa para morar, o agente tem duas opções no topo, o custo de oportunidade da escolha
será aquilo que não vai ganhar com essa casa mas que ganharia com a outra, por
exemplo a vista, o espaço da sala, piscina,...

★ Preço Relativo: Espelha o custo de oportunidade

○ Fórmula:
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐴
■ Prelativo de A= 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝐵

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Diferentes Formas de Satisfazer as Necessidades:

★ Estabelecimento de uma Prioridade: A prioridade que é estabelecida vai ter


todos os recursos orientados em prol da satisfação da mesma - se eu tiver com
sede e fome e escolher que a sede é a prioridade, mal chegue à cozinha vou
buscar num copo e beber água até que esta necessidade deixe de existir,
focando-me depois na fome.

★ Satisfação Simultânea Proporcionada: Os recursos são geridos de modo a que


todas as necessidades vão sendo satisfeitas, em vez de ser uma de cada vez - se
eu tiver com sede e fome, mal chegue à cozinha vou pegar num copo de água e
num pão, intercalando um gole com uma dentada

RACIOCÍNIO MARGINALISTA
A maioria das decisões que tomamos no dia-a-dia não são “tudo ou nada”, são sobre
aspetos pequenos, mais uma unidade, menos uma. Sendo isto aquilo que o raciocínio
marginalista quer tratar. Se decidir que vou começar uma biblioteca, o mais provável
não é comprar todos os livros que pretendo ter de uma vez, vou comprando pouco a
pouco, escolho a coleção que quero adquirir antes da biblioteca toda. Só vou consumir
quando o enquanto o custo marginal se mantém inferior ao benefício

Custo Marginal: Valor da unidade mais valiosa preterida para conseguir a unidade que
foi selecionada

Benefício Marginal: Valor da unidade suplementar porque se optou.

Leis de Gossen:

★ 1ª Lei de Gossen: A utilidade de cada dose nova de bem tende a ser menos útil
que a utilidade das doses anteriores

★ 2ª Lei de Gossen: Equimarginalidade. Os recursos são aplicados de modo a que o


valor em cada última unidade de utilidade em cada recurso seja o mesmo

Ótimo de Pareto: É impossível aumentar o bem estar de um agente económico sem


reduzir o de outro

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Utilidade:

★ Utilidade Marginal: Utilidade da última dose para satisfazer a necessidade.


Decrescente e não pode ser negativa

★ Utilidade Total: Soma de todas as utilidades marginais Preço ≠ Valor: O valor


provém da utilidade dada pela pelo agente económico ao bem em causa, já o
preço não passa de uma representação monetária.

Curva de Laffer: O aumento da taxa de imposto acaba por reduzir a receita tributária,
pois o aumento do imposto implica o aumento do preço do bem que, eventualmente, vai
chegar a um ponto em que deixa de ser consumido, tal forma é o preço a que é vendido
por causa do imposto, começando assim a receita tributária a reduzir.

TIPOS DE MERCADO
Mercado dos Fatores: Oferece os recursos que vão ser transformados nos bens para
mercado dos produtos:

★ Terra

★ Capital

★ Pessoas

Mercado dos Produtos: Oferece os bens já transformados e aptos a ser consumidos


pelas famílias:

★ Renda

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★ Juros

★ Salários

INTERVENÇÃO DO ESTADO NO MERCADO


O livre funcionamento do mercado apresenta ineficácias e injustiças que cabe ao Estado
tentar colmatar. Assim, o Estado vai intervir com base em 3 aspetos:

★ Eficiência/Falhas do Mercado
★ Justiça Social
★ Desconhecimento das Leis do Mercado

Justiça Social: O rendimento atribuído aos participantes do “jogo da economia” nem


sempre é proporcional ao trabalho investido. Assim, o Estado surge para balizar a
economia e conferir condições minimamente dignas a todos. Contudo, por vezes pode
chocar com a eficiência da atividade económica - O Estado define ordenados mínimos
para que ninguém seja pago francamente abaixo do digno para o trabalho exercido,
todavia, algumas empresas podem não ter liquidez para dispor desse valor, o que irá
causar despedimentos e deixar as pessoas piores.

Falhas de Mercado:

★ Externalidades: Possibilidade da atuação económica ter efeitos fora da esfera do


agente económico, projetando benefícios ou malefícios sobre outros. O mercado
surge para tentar colmatar a brecha criada entre a eficiência económica e o
bem-estar.

○ Externalidades Positivas: Têm efeitos positivos na esfera das pessoas - ex:


loja que contrata um segurança para ter à porta, além de garantir a
proteção da sua loja, vai tornar a rua mais segura para os residentes

○ Externalidades Negativas: Tem efeitos negativos na esfera das pessoas -


ex: uma fábrica que no seu funcionamento emita para a atmosfera gases
prejudiciais e que afetem a saúde pulmonar dos residentes

★ Assimetrias Informativas: Uma das partes tem mais informações sobre um dado
tema do que a outra, resultando em:

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○ Risco Moral: Leva ao aumento dos preços - associado ao mercado das


seguradoras, estas, por não saberem com grande fiabilidade os problemas
de saúde das pessoas com que contratam, tendem a aumentar os preços
na generalidade, de modo a prevenir os casos em que as pessoas não
contam os seus problemas, assim, pessoas com a mesma idade, mas
problemas de saúde radicalmente diferentes, podem se ver a pagar o
mesmo

○ Seleção Adversa: Leva à saída de agentes económicos do mercado


associado ao mercado dos limões, acontece que, quando as pessoas vão
comprar carros usados, desconhecem os problemas pré-existentes do
carro ou melhorias que possam ter sido feitas, assim, de modo a
minimizar os riscos, optam pela solução menos dispendiosa, para que
caso se revele que o carro tem problemas, terem um prejuízo menor, ora,
aqueles que investiram em melhorar o carro só o vão conseguir vender se
baixarem muito o preço, deixando de lhes ser rentável, pelo que saem do
mercado.

★ Poder de Mercado: Exploração do mecanismo dos preços além da razoabilidade


da Justiça. O Estado surge para tentar esvaziar esse poder.

Formas de Intervenção:

★ Produzir diretamente certos bens e serviços - se existir falta fruta o Estado


pode dispor da sua propriedade para plantar e fornecer às pessoas a fruta
necessária

★ Impor condutas ao setor privado como preços e quantidades de produção - bens


essenciais como a água não podem ver o seu preço disparar à vontade do
vendedor

★ Criar incentivos como benefícios fiscais - o leite ao preço a que é vendido no


supermercado não seria lucrativo para os produtores, contudo, por considerar o
leite essencial, o Estado incentiva através de subsídios a produção de leite,
impondo que este mantenha um preço mais acessível

Falhas na Intervenção:

★ O Estado não é administrado por pessoas infalíveis, é normal que sejam


cometidos erros

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★ O processo económico é muito complexo

★ Certas pessoas usam a intervenção do Estado para servir interesses próprios

★ Modo de Minimização: Recurso a instrumentos sofisticados de análise de dados


e informação; incentivos no setor público para servirem o bem comum em vez do
bem pessoal

PRODUTIVIDADE
Produtividade: Capacidade de produção por um determinado trabalhador de um dado
bem numa unidade de tempo - “output” por hora (numa fábrica de t-shirts seria o
número de t-shirts que cada trabalhador consegue produzir numa hora)

Fronteira das Possibilidades de Produção: Representa as várias combinações de


produção de dois bens num ambiente de máxima eficiência. Exibe de forma clara o
custo marginal, ou seja o que se ganha ou perde com a produção de mais uma unidade.
Qualquer ponto que fique entre os eixos e a linha do gráfico será ineficiente, estando os
recursos a ser mal geridos, dentro da linha será eficiente, e ultrapassando será
impossível, os recursos não permitem. A linha do gráfico vai ter um vale de eficiência
rodeado de encostas de custos de produção. É suscetível a contrações e a expansões
mediante investimento ou retração de recursos.

INDEPENDÊNCIA E TROCAS
Jogo de Soma Zero: Aquilo que um agente económico ganha, equivale àquilo que os
restantes perdem, não sendo aquilo que a economia pretende trabalhar

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Jogo de Soma Positiva: Ainda que não tendo de ser, necessariamente, da mesma forma,
ganham as duas partes com a troca, existe uma certa reciprocidade - na compra de uma
casa, um aparte vai beneficiar do dinheiro que recebe e a outra com a casa, se bem que,
sendo este um bom ou mau negócio, pode beneficiar mais ou menos.

★ Cooperação Condicional: Atitude racional que aceita a interdependência das


trocas assente no pressuposto que a reciprocidade se manterá ao longo do
processo

Transação: Unidade básica da atividade económica, incluindo os três princípios básicos


da mutualidade, conflito e ordem

Vantagens: Os agentes económicos podem se focar naquilo em que são


verdadeiramente bons em vez de tentar produzir tudo e ser auto suficientes, sendo o
isolamento uma ideia descabida - Adam Smith diz que, como todos ganham com as
trocas, o mercado é tanto melhor quanto maior a sua dimensão

★ Vantagens Absolutas: Podem ser alcançadas através da especialização,


determinando a área em que o agente económico se deve especializar devido à
maior eficiência que mostra nesse campo, de modo a dividir para as trocas aquilo
que cada um irá produzir em excesso, de modo a fornecer à contraparte

★ Vantagens Comparativas (David Ricardo): Olhando para apenas as vantagens


absolutas e vendo um agente económico que consiga produzir todos os bens a
um custo económico mais reduzido, seria de pensar que, então, esse ficaria
encarregue da produção de todos os bens. Contudo, acontece que ao produzir
um bem, o agente económico tem o custo de oportunidade de não produzir
outro. Como os recursos são escassos, e em especial o tempo, torna-se uma
melhor solução dividir por mais agentes económicos a produção de diferentes
bens, mesmo que um tenha vantagem absoluta em todos, o outro terá uma
vantagem relativa em algum dos bem, pois, mesmo sendo menos eficiente, vai se
poder focar apenas nesse bem e produzi-lo mais - Grã Bretanha e Portugal
fizeram um pacto de troca de vinho por lã, ora Portugal era mais eficiente na
produção dos dois bens, contudo, ao focar-se apenas no vinho onde a vantagem
absoluta era superior à da lã, torna possível uma maior especialização e uma
produção mais eficiente, pois Portugal passará a dispor de todos os recursos
para aquele bem, em vez de se dividir pelos dois.

○ Cálculo: Custos de oportunidade e taxas de substituição.

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○ Fontes das Vantagens Comparativas:

■ Doações Naturais ou Herdadas: Por consequência da lotaria social,


vão nascer pessoas com mais habilidade para aspetos da vida do
que outras, assim como a nível dos países, em alguns as condições
climatéricas tornam certas produções mais favoráveis. Esta
desigualdade é positiva pois vai fomentar o sistemas das trocas, já
que é desejável que sejam colocados à disposição da humanidade
os talentos naturais - não faz sentido que alguém que nasça
naturalmente com um raciocínio matemático e com uma grande
facilidade no mesmo aprenda todas as áreas, é melhor que se foque
nessa em que tem uma predisposição natural e que recorra,
depois, a outros agentes económicos para o auxiliarem nas áreas
em que não se especializou, como a médicos, advogados,...

■ Dotações Adquiridas: A perfectibilidade tanto dos indivíduos como


das nações, através do investimentos em recursos que as tornam
mais aptas para a produção final desses bens - uma fábrica de
pasta de dentes com máquinas especializadas na produção deste
bem não tem sentido que comece a produzir bolos de chocolate
pois as máquinas não têm para isso funcionalidade.

■ Capital Humano e Especialização: As pessoas tendem a focar-se e


especializar-se numa área, aprendendo o trabalho que essa área
implica. Esta especialização traz vários benefícios, pois torna mais
eficientes o processo produtivo e como cada um se foca num
pormenor o processo de aprendizagem é mais veloz, tornando-se
me algo quase mecânico. Esta especialização tem, contudo, limites,
tanto a dimensão do mercado (pode levar a que pessoas saiam do
mercado) e a desumanização (ao impor procedimentos mecânicos
e repetitivos, os agentes económicos podem chegar a um ponto de
grande desincentivo e apatia face ao trabalho, ficando esgotados) -
numa fábrica de camisolas, é mais eficiente ter pessoas divididas
por estações em que cada uma tem uma função como coser um
botão, passar a ferro,... do que ter alguém a coser a camisola toda,
assim, cada um se especializa na função em causa, tornado o
processo mais veloz.

Custo da Interdependência: Pagamos o custo da especialização - pagamos a um


oftalmologista o custo da sua especialização em medicina quando vamos ao médico por

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nos termos especializado noutra área que em nada beneficia as nossas capacidades
médicas, tornando-os incapazes de resolver os nossos problemas de visão.

Comércio: Coordenação de toda atividade de interdependência Livre-Cambismo e


Protecionismo: Paradigmas do Comércio Internacional

★ Livre-Cambismo e Liberdade: Ao estarem todas as economias interligadas, isso


estimula a competência e o funcionamento do mercado, que se tornará mais
eficiente. Contudo, problemas na economia de um país vão se projetar a nível
internacional - se existem 3 países com condições muito favoráveis para a
produção de maçãs, estes vão competir entre si para conseguir ser os maiores
exportadores e conseguir o maior lucro, contudo, se um destes tiver uma praga
nas macieiras e não conseguir, num ano, produzir maçãs, todos os países que
recorriam a este produtor vão ter de ir a outro, o que pode criar um desequilíbrio
no mercado e disparo do preço das maçãs a nível internacional.

★ Protecionismo e Autarcia: Procura proteger as produções locais para que elas


possam crescer e ter um lugar no mercado internacional, contudo, isto vai
prejudicar os consumidores que vão começar por ter um mercado mais pequeno
com menor competitividade e, por isso, preços mais altos.

Equilíbrio de Nesch: Nenhum dos agentes económicos beneficia a alterar a sua tática,
ou seja, a troca vai ser o mais proveitosa possível dos dois lados, mesmo que possa ter
falhas - vou comprar uma casa, mesmo não sendo perfeita tem os aspetos fundamentais
que eu quero, e sei que não encontro uma melhor, o vendedor, mesmo podendo não ser
o preço que ele deseja, sabe que não vai encontrar quem lhe dê mais

FORÇAS DO MERCADO
Oferta: Comportamento daquele que se dirige ao mercado para comercializar um bem
ou prestar um serviço

★ Fatores da Oferta num Mercado Concorrencial:

○ Preço: A “Lei da Oferta” dita que quanto maior for a oferta de um


determinado produto maior será o preço do mesmo, uma vez que uma
maior oferta implica um maior investimento, já ofertas reduzidas não têm
esse impacto. A curva da oferta representa, então, o valor mínimo que vai
justificar a entrada no mercado pelo produtor. - Alguém que tenha apenas

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uma macieira e que conte com 10kgs de maçãs para vender anualmente
não terá o mesmo investimento a nível de água ou capital humano do que
alguém que use 1 hectare de terra para plantar macieiras e conte com 10
tonelada delas para vender, uma vez que aquilo que o agente económico
com apenas 1 macieira vai perder é muito menos do que aquilo que o que
investiu 1 hectare.

○ Custo dos Factores: Custos de produção, espelham-se naquilo que o


agente económico dispõe para pagar renda, salários, juros,.... Quanto
menor forem os custos de produção maior será a oferta.

○ Produtos alternativos: Bens complementares (pão de cachorro e salsichas)


e sucedâneos (manteiga e azeite)

○ Tecnologia: Pode reduzir os custos de produção

○ Dimensão do Produtor: Quando a dimensão do produtor é superior os


seus custos unitários de produção podem diminuir - o custo de produção
de bolos numa pastelaria é maior do que num Pingo Doce, uma vez que na
pastelaria o trabalho, por ser mais artesanal, vai demorar mais tempo do
que no supermercado em que já vêm as coisas preparadas de uma fábrica,
sendo o custo do capital humano substancialmente inferior

○ Efeito de Édipo ou Self Fulfilling Prophecy: Concretização da expectativa


do mercado - por se falar da queda das ações de um empresa, os agentes
económicos decidem retirar o seu dinheiro antes que o percam, este
comportamento geral vai conduzir a que as ações caiam como tinha sido
previsto.

Procura: Comportamento daquele que se dirige ao mercado para satisfazer as suas


necessidades através da aquisição de um bem ou serviço

★ Fatores da Procura num Mercado Concorrencial:

○ Preços: A “Lei da Procura” dita que esta tem um comportamento inverso


ao dos preços, à medida que estes descem a procura vai aumentar, e
vice-versa, pois quanto menor o preço unitário maior o número de
unidades que a podem ser adquiridas pelo mesmo valor.

○ Rendimento Disponível: Os agentes económicos têm de administrar os


seus recursos de modo a conseguirem satisfazer as suas necessidades,

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

desta forma, o aumento ou redução do rendimento vai se espelhar na


forma como as pessoas consomem determinados produtos.

○ Bens:

■ Bens de Veblen: Exceção à regra. São bens ostentatórios comprados


com a finalidade de mostrar que existe poder de compra - Gucci,
Channel,...

■ Bens Normais (inclui bens normais superiores e bens normais de


luxo): com o aumento dos rendimentos, aumenta a procura dos
mesmos

■ Bens Inferiores: com o aumento dos rendimentos, diminui a


procura - se o agente económico antes se alimentava à base de
salsichas, fonte proteica de reduzido preço, o aumento dos seus
rendimentos vai resultar na compra de fontes proteicas de
qualidade superior, mas preço também superior.

■ Bens Sucedâneos e Complementares:


● BENS SUCEDÂNEOS: Se o preço de um aumenta,
diminuindo a sua procura, a procura de outro bem capaz de
o substituir cresce - se o preço do azeite disparar as
pessoas vão comprar óleo para substituir
● BENS COMPLEMENTARES: Se o preço de um bem diminui e
a sua procura aumenta, a procura do outro aumenta
também - se a procura do amaciador aumenta, as pessoas
também vão comprar mais champô

○ Gostos: Preferências do indivíduo - gostar mais do perfume de uma


marca, mesmo tendo um preço superior

○ Publicidade: Influências externas que condicionam os agentes


económicos a preterir uma opção em detrimento da outra, associa-se à
recusa de busca de informação e comparação e opções - os cereais
chocapic e os flocos de trigo e chocolate do continente, apesar de
apresentarem o mesmo sabor e preços bastante diferentes, sendo os do
continente substancialmente mais baratos, não implica que as pessoas
deixem de comprar os da marca, fatores como a embalagem mais atrativa
vão levar as crianças a pedir aos pais que seja aquele o pacote comprado,
tornando-se uma escolha feita na na base da alternativa mais bem
publicitada em vez da que vai otimizar melhor os recursos.

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

○ Expectativas: Em bens não perecíveis, a ideia que o seu preço vai diminuir
irá levar os agentes económicos a reduzirem a sua procura para depois
comprarem quando o preço estiver mais baixo em menor quantidade, já a
ideia de que vão subir leva os consumidores a incrementar a comprar para
não terem de os adquirir quando o preço subir - em Maio de 2012 o Pingo
Doce fez uma campanha de desconto de 50% em todos os bens, isto levou
a que as pessoas reduzissem as suas compras nos dias anteriores e
posteriores, por acumalrem tudo para comprar a um preço mais baixo

Mercado: Interação de um conjunto de compradores e vendedores com o objetivo de


fazer a transação de um determinado produto ou fator de produção.

★ Pressupostos do Mercado Concorrencial:

○ Atomicidade: Se o número de participantes tanto do lado da oferta como


da procura for elevado, então nenhum agente económico terá a
possibilidade de controlar o mecanismo dos preços sozinho (não existirá
poder de mercado). Os preços são definidos coletivamente pelos agentes
da oferta. - Se numa aldeia existir uma única escola de condução no raio
de 20km, eles vão poder definir os preços consoante a sua vontade,
enquanto que se existirem 15 escolas elas sabem que se subirem
excessivamente os preços as pessoas vão ter aulas para outra escola, não
afetando o preço geral do mercado

○ Liberdade: Possibilidade de entrar e sair do mercado como, e quando, o


agente económico quiser. - As escolas de condução podem fechar/abrir
portas consoante sentirem que, para o seu negócio, mantém, ou não,
sentido de continuar a funcionar.

○ Fluidez: Transparência nas motivações dos agentes, algo que é


concretizado pelo livre acesso à informação, de modo a que ninguém seja
enganado. Aspetos como os preços e as particularidades do negócio
devem ser, à partida, revelados. - Num restaurante é de esperar que, na
ementa, os preços correspondam ao valor real que irei pagar e que sejam
possíveis de ver para que eu, enquanto consumidora, possa comparar as
minhas opções nesse restaurante com a concorrência do do lado.

○ Nível Concorrencial: A existência de um maior grau de atomicidade,


liberdade e fluidez determinará o nível concorrencial. Quanto maior este
for, menor será a possibilidade de poder, e consequente controlo, de
mercado, devido à impossibilidade de formar monopólios, oligopólios e

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oligopsónios, de modo a atingir um nível de concorrência perfeita em que


não existem “price makers” singulares, sendo o preço definido pelo
mercado e o mecanismo da procura/oferta.

Efeito de King: Um “bom” ano agrícola é, na realidade, um “mau” ano agrícola. Um “bom”
ano agrícola vai ser um ano com muita produção, contudo, vai ser uma produção de
bens perecíveis cuja procura é inelástica, ou seja, a comida é uma necessidade fixa das
pessoas que não aumenta exponencialmente pelo aumento da oferta, mantendo-se,
resultando na redução dos preços, pois a procura é a mesma mas existe mais oferta e
por isso mais competição. Assim, um agricultor que tenha produzido muito, vai ganhar
pouco comparado ao seu trabalho.

★ São consideradas medidas para combater isto preços mínimos de venda ao


público e limites de produção.

Excedente do Consumidor: Diferença entre a disponibilidade de pagar e aquilo que o


consumidor paga

★ Curva da Procura: Traduz o benefício marginal, ou seja, a disposição de pagar


por mais uma unidade tendo em conta a existência de excedente do lado do
consumidor. Vai se alongar até que o excedente se torne nulo.

Excedente do Produtor: Diferença entre o preço mínimo para venda ocorrer e o preço a
que a venda ocorre. Gera a disposição de vender

★ Curva da Oferta: Reflete o custo marginal, ou seja, de produção de mais uma


unidade, sendo crescente.

Curva da Indiferença: Espelha todos os pontos em que o consumidor está igualmente


satisfeito.

Diagrama da “teia de aranha”: Existe um desfasamento temporal no mercado. Assim,


quando um dado bem está a um preço elevado, os produtores vão aumentar aumentar a
oferta, contudo, esse processo não é imediato, assim, quando o produto chegar ao
mercado, já não será tanta, pelo que com o excesso de oferta face à procura, o preço vai
descer. Com isto, produtores por terem bens por escoar, vão refrear a produção,
resultando na entrada de menos bens no mercado. Eventualmente, os bens no mercado

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

vão começar a escassear e por isso o preço vai voltar a subir, motivado um incremento
na produção, recomeçando o ciclo. Desfechos possíveis para esta situação:

★ Convergência: Se a elasticidade-preço da oferta for mais rígida do que a procura,


com cada ciclo vai existir uma maior alteração nos preços do que na quantidade
oferecida, ficando mais fácil encontrar uma quantidade “ideal” de bens no
mercado

★ Divergência: Se a elasticidade-preço da oferta for maior do que a procura, em


cada ciclo vai haver um maior desfasamento entre a quantidade "ideal” no
mercado e a quantidade “real”, espelhando-se tal no padrão dos preços, que vai
subir ou reduzir mediante a brecha entre a procura e oferta.

CRUZ DE MARSHALL
O preço representa a avaliação que os agentes económicos fazem ao bem em causa.
Assim, quando a oferta é maior, a procura será menor, uma vez que vai haver um
excedente do lado da oferta em que ninguém aparenta estar interessado. Contudo,
quando é superior a procura, a oferta vai diminuir, pois os indivíduos vão adquirir o
bem, reduzindo a sua presença no mercado. Algures no meio, vai surgir um ponto de
equilíbrio em que a procura vai coincidir com a oferta, não havendo excedente de
nenhum dos lados - uma empresa vende lapiseiras, o aumento da procura das lapiseiras
vai resultar na redução da sua oferta, pois as lapiseiras serão compradas, contudo, se
houver um aumento da oferta que não seja acompanhado pela procura, então vai haver
um excedente de lapiseiras na oferta, já num ponto de equilíbrio, a quantidade de
lapiseiras que entra no mercado é igual à que sai

Deslocação das Curvas da Oferta e da Procura: O preço ou a quantidade procuradas


não fazem com que a curva se altere, contraindo ou expandindo-se. Apenas fatores
externos mexem na curva enquanto todo como o condicionamento do comportamento
dos consumidores ou alterações nos padrões de produção.

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Formação do Equilíbrio: Intersecção da curva da procura com a curva da oferta,


formando um ponto ótimo acima do qual os vendedores estariam dispostos a vender
mas os compradores não iriam consumir e abaixo do qual os compradores estariam
dispostos a comprar mas os vendedores não estariam a vender. Todas as situações que
fogem deste ponto de equilíbrio têm a tendência de, com o tempo e os comportamentos
dos agentes económicos, para ele se equilibrar, daí ser este ponto temporário e mutável.

Deslocação do Ponto de Equilíbrio: Uma deslocação simultânea em sentidos opostos vai


ter efeitos na fixação dos preços. Já uma deslocação simultânea no mesmo sentido terá
efeitos nas quantidades.

Deadweight loss: Desequilíbrio entre a procura e a oferta - se deixássemos o mercado


funcionar sozinho, chegaria um ponto em que a oferta igualaria a procura, contudo, com
intervenções como subida de preços por causa dos impostos, em bens inelásticos, outro
bem pode deixar de ser consumido. é uma verificação do ótimo de pareto.

ELASTICIDADES
Elasticidade: Amplitude de reação dos agentes económicos.

Elasticidade-Preço da Procura: Sensibilidade dos consumidores a alterações nos


preços. A essencialidade das necessidades (necessidades básicas ou secundárias) em
causa vai afetar este mecanismo, assim como o efeito da substituição (existência de
bens sucedâneos) e a perspetiva temporal (passagem do tempo aumenta a elasticidade
por dar ao consumidor mais tempo de reação).

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

★ Bens de Giffen: Contrariam este esquema, pois à medida que o seu preço
aumenta, a sua procura aumenta também - famílias com menos recursos que se
alimentavam à base de batatas, intercalando com alguma carne, quando o preço
das batatas subia elas compravam mais batatas e menos carne, pois as batatas
alimentavam mais que a carne que era um “luxo”, ao ficarem as batatas mais
caras, sobrava-lhes menos dinheiro para carne que elas substituem com mais
batatas.

Elasticidade-Rendimento: Sensibilidade dos padrões de consumo face à variação do


rendimento

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Elasticidade-Cruzada: Variação percentual do consumo de um bem face ao consumo do


outro.

Elasticidade-Preço da Oferta: Sensibilidade da oferta à redução ou aumento do preço


no mercado.

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

(Com a ideia de gerar mais lucro, o vendedor vai disponibilizar maiores quantidades face
ao aumento dos preços)

INTERFERÊNCIAS DO ESTADO NA LEI DA OFERTA E DA


PROCURA
Controlo dos Preços: Estabelecimento de preços máximos (favorece o consumidor) e
estabelecimento de preços mínimos (favorece o produtor). Vai gerar problemas quando
o preço fixado destoa do preço de equilíbrio.
★ Preços Máximos: Surgem para cumprir a ideia de acesso universal a um
determinado bem. Contudo, este preço tende a ser regulado abaixo do ponto de
equilíbrio, o que vai resultar numa grande procura para um mesmo bem pois
existem mais pessoas com poder de compra, mas a oferta mantém, algo que se
torna impraticável na medida em que leva à escassez do bem - o acesso universal
aos cuidados de saúde em Portugal fixa preços muito reduzidos para qualquer
cidadão poder ser operado ou visto por um médico, todavia este serviço tem uma
grande sobrecarga acabando por passar anos para conseguir ter operações
marcadas e meses para consultas, (“acesso universal a listas de espera” - Tiago
Mayan)

★ Preços Mínimos: É definido um preço que supera aquele a que o mercado


chegaria sozinho (preço de equilíbrio), resultando num excedente de oferta face
à procura. Típico caso de justiça vs. eficiência. Tanto os consumidores não vão
comprar o que está no mercado como os produtores se vão ver obrigados a sair
do mercado por não conseguirem vender, saindo agentes económicos
prejudicados dos dois lados. Os preços só se vão reequilibrar se desceram. - se

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

for definido um preço mínimo para as maçãs as pessoas vão deixar de as comprar
por ser muito dispendioso, passando a optar por peras, os produtores de maçãs
vão reduzir drasticamente as suas vendas, não compensando.

Mercado Negro: O Estado impõe um preço máximo, resultando num excedente da


procura face à oferta. Este excedente vai dificultar o acesso ao bem, pelo que se cria
uma classe, cansada da espera, que está disposta a pagar mais do que o preço “legal” de
venda ao público. Motivados por este descontentamento, surge outra classe disposta a
correr o risco e a vender os bens a tal preço superior. Ainda, por receber menos do que
desejaria, o produtor fica desmotivado e produz ainda menos, cabendo ao Estado criar
benefícios para aumentar sua produção. - Em 2017 na Venezuela, Nicolás Maduro
determinou a expropriação de 90% das padarias e a fixação de preços, assim como de
farinha a que cada padaria teria direito. A redução drástica da quantidade de farinha a
que cada padaria tinha direito (passaram de 10 sacos diários para 10 mensais) levou a
que começassem a surgir mercados negros que vendiam farinha a preços muito mais
elevados o que também resultou no aumento radical do preço do pão, a inflação da
Venezuela andava na ordem dos 550% nesta altura.

Congelamento das Rendas: Definição de preços máximos de rendas de modo a permitir


que, pessoas com menos posses, consigam viver nos centros urbanos. A curto prazo
esta medida não tem grandes efeitos, pois tanto a procura como a oferta neste mercado
tendem a ser bastante rígidas. Contudo, a longo prazo, os efeitos vão ser maiores, pois
mais pessoas irão querer vir viver para os centros urbanos, resultando numa procura
superior à oferta que vai voltar a subir o preço do ponto de equilíbrio. Assim, os
senhorios, motivados pela possibilidade de novos inquilinos a preços mais elevados e
por rendas baixas, vão deixar de investir nas casas e deixá-las ruir, uma vez que não
recebem uma compensação que acreditem suficiente - existem arrendamentos nos
centros urbanos com rendas congeladas desde 1975, estando completamente
desatualizadas (como 5€ mensais) de pessoas que não podem ser despejadas, fazendo
com que o senhorio não faça obras desde essa altura, estando a casa em parcas
condições.

Salários Mínimos: Definição de um preço acima do ponto de equilíbrio de remuneração


aos trabalhadores, levando em conta tanto a dignidade do trabalho (preços razoáveis) e
que não seja algo tão elevado que ameace a possibilidade de desemprego, e com isso
aumento da pobreza a níveis extremos. Reduz a probabilidade das famílias caírem em
pobreza extrema. Contudo, cria a hipótese de criação de mercados clandestinos de
operários não qualificados cujo preço ronda o de equilíbrio do mercado, ou podendo
estar abaixo (imigrantes ilegais nos EUA).

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Impostos: Têm como objetivo criar uma receita para o Estado, podendo ser aplicados
tanto aos produtores como aos consumidores. Quando incidem diretamente sobre a
despesa são impostos diretos, já indiretos são quando incidem sobre os produtos. Se o
imposto for, então, indireto, vai ser suportado pelo lado com maior rigidez, ou seja, se
for um produto de procura elástica, vai ser o vendedor a suportar o preço, se for de
procura inelástica, o vendedor vai aumentar o preço de modo a incluir o imposto

TEORIA DO CONSUMIDOR
Restrições Orçamentais: A economia é estudada em ambiente de escassez, sendo
natural que também o consumidor esteja inserido neste ambiente. Assim, tomando em
conta o seu rendimento, terá de fazer escolhas. O seu horizonte de oportunidades, ou
seja capacidade de escolha, pode ser alargado mediante uma maior folga orçamental
com um crédito ou a decisão de intensificar o seu papel no mercado dos fatores,
aumentando o seu salário. O limite orçamental vai revelar todas as possibilidades, que
são infinitas de investimento do dinheiro, sendo limitada pela disposição de pagar.

★ Nova Reta de Rendimento: Em caso de alterações orçamentais, tem de ser


traçada

Curvas de indiferença: Traduz o modo como as preferências do agente económico se


organizam. Numa curva ideal, o agente assume todas as opções de aplicação dos
recursos como igualmente satisfatórias

★ Taxa Marginal de Substituição: Quociente entre o número de unidades trocadas


de um bem em relação ao bem com que é trocado.

Efeito do Rendimento: O preço de um dado bem reduz, consequentemente, o


consumidor irá comprar mais desse bem, não sendo este um bem inferior
Efeito da Substituição: Um preço de um dado bem reduz, consequentemente, o
consumidor irá ter um orçamento maior e vai adquirir outro bem

Reta do Rendimento: Combinações possíveis lazer/rendimento face ao tempo que o


agente económico tem disponível - se a sua remuneração à hora aumentar, o agente
económico poderá ou trabalhar mais horas porque o custo de oportunidade associada
ao lazer cresce (efeito de rendimento) ou então trabalhar menos horas por conseguir o
mesmo dinheiro em menos tempo, ficando com mais tempo para o lazer (efeito de
substituição).

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Ceteris Paribus: “todo o resto é constantente”. A economia interage com inúmeros


fatores, é uma forma de nos podermos focar apenas nos que interessam no dado
momento, assumindo os restantes como constantes que não afetam.

Efeito de Riqueza: Justifica que o rendimento presente do agente económico não vai
afetar muito o padrão de consumo a curto prazo, devido ao estilo de vida desejado pelo
indivíduo em causa, o nível de consumo/poupança vai estar na relação entre a
expectativa de rendimento futuro e o rendimento atual.

CUSTOS
Rendimento Total: Somatório do produto de todas as vendas. Produto do preço de cada
unidade vendida pelo número de cada unidade vendida

Custos Totais: Somatórios de todos os custos que o vendedor tem para que chegue ao
mercado o produto. Calcula-se pelo produto do custo de produção de cada unidade
pelo número de unidades produzidas

Custos Explícitos: Custos que são, efetivamente, alienados pelo pagamento Custos
Implícitos: Custos como o custo de oportunidade, aquilo que o agente económico
poderia ter ganho

Lucro: Diferença entre o Rendimento Total e o Custo Total - Lucro Económico: Inclui no
seu cálculo os custos explícitos e implícitos

Custos Fixos: Não alteram com a quantidade de produção. Contudo, são apenas fixos a
curto prazo, a longo prazo tornam-se variáveis - ex: renda do espaço, se a empresa
crescer muito, eventualmente o seu dono terá de encontrar um espaço maior de onde
fazer o seu negócio, pelo o que o custo fixo irá variar - Custos Fixos Médios: Decrescem
constantemente com o aumento da produção

Custos Variáveis: O aumento da produção associa-se a um custo crescente,


marginalmente crescente - ex: se uma padaria vende mais pão tem de comprar mais
farinha - Custos Variáveis Médios: Têm a tendência a subir

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Custos Totais: Custos fixos + Custos Variáveis Custo Médio: Valor aproximado associado
à produção de uma unidade. Calcula-se dividindo os custos totais pelo número de
unidades produzidas

Custo Marginal: Custo de produção de mais uma unidade. Tendência a subir Economia
de Escala: Tipicamente, o aumento da produção vai levar ao aumentos dos custos de
produção. Contudo, nas economias de escala, este aumento vai ser menos que
proporcional, sendo o preço médio de cada unidade produzida sucessivamente
reduzido. Uma curva de custos médios a longo prazo, terá a forma de U na presença de
uma economia de escala, sendo a base do U o ponto onde menos dispendiosa fica a
produção de cada unidade.

INVESTIMENTO
Investimento Real: Aquisição de bens de capital que possam ser investidos diretamente
no processo de produção - ex: mais uma máquina numa fábrica

Investimento Financeiro: Depósito da liquidez num banco ou fundo durante um prazo


de tempo que depois a redireciona para aqueles que necessitam do capital para
investimentos reais. Geralmente existem juros envolvidos para motivar o depósito de
dinheiro

★ Sistema Financeiro: Mecanismo através do qual o excedente de certos agentes


económicos se torna no capital de investimento daqueles que estão dispostos a
gastar mais do que, na prática, é o seu rendimento.

Depósito Bancário: Investimento mais seguro, estando associado a poucos ganhos. O


agente económico, sendo muito difícil perder o dinheiro investido, vai receber os juros
do mesmo.

Compra de Bens: Apesar de parecerem tão seguros como os depósitos e estarem


sujeitos a uma potencial valorização superior, têm mais riscos. Não só pode o bem em
causa sofrer uma desvalorização face ao mercado como, em caso de necessidade de
liquidez, o agente económico pode não encontrar ninguém disposto a dar o valor real do
bem.

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

★ Fundo Comum de Investidores: Removem partes destes riscos por amortecer,


em conjunto, o impacto da falta de liquidez de um investidor. Adquirem e gerem
os bens em conjunto.

Obrigações: Empréstimo de capital financeiro a uma empresa por um prazo


determinado. A segurança do investimento é elevada já que o agente económico fica na
posição de credor. Contudo, perdas de liquidez podem dificultar a recuperação
antecipada do capital disponibilizado.

Ações: Compra de partes do capital de uma empresa que vão conferir ao comprador
algumas prerrogativas especiais, como dividendos. A segurança deste investimento é
menor do que o das obrigações, já que em caso da empresa falir, nada garante que o
acionista recupere o seu dinheiro.

JUROS
Juro: Montante que faz vencer a preferência do presente do agente económico. Para
valer a pena tem de ultrapassar a taxa de inflação. Obriga à interferência de um agente
(banco)

Juro Nominal: Juro real (taxa do que ela desconta) com o prêmio de inflação

MONOPÓLIOS
Monopólio Puro: Existe um único vendedor - tem poder de mercado e é price maker
Poder de Monopólio: Preponderância de um vendedor sobre os demais que pode agir
como se fosse o único no mercado, ainda que não o sendo.

Monopólio Natural: Casos em que o mercado fica mais eficiente com a existência de um
só produtor, uma vez que estamos perante a existência de custos fixos muito elevados,
pelo que a única forma do preço de acesso ao consumidor ser mais reduzido é se houver
mais consumidores, estamos, portanto, perante uma economia de escala. A entrada de
outros produtores no mercado iria, ao contrário de diminuir os preços por causa da
competição, fazê-los aumentar - empresas de produção de energia, geralmente é a um
mercado muito fechado.

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Noções de Economia I - Luísa Braz Teixeira; TB 2020/2021

Estratégias de preservação do monopólio:

★ Acesso exclusivo aos recursos que permitem gerar o produto

★ Acesso exclusivo a informação

★ Prática de preços predatórios (baixar os preços sempre que entra uma ameaça de
competição no mercado de modo a que esta se afaste)

★ Manutenção de algum stock “extra” sempre guardado (de modo a que possa
entrar numa guerra de preços em caso de necessidade)

★ Negócios com o Estado que beneficiem interesses privados (corrupção) ou que


beneficiem o bem comum (monopólios naturais)

Políticas anti-trust: Tentativas do Estado de combater contra a concentração de


empresas que tentam controlar de uma forma monopolística o mercado, combinando
preços e destruindo a competitividade. Pode ser feita através de:

★ Regulação legal: Leis e normas que o impeça, ameaçando a aplicação de sanções

★ Custos

★ Regulação pública: Intervenção do Estado a definir preços e barreiras

OLIGOPÓLIOS
Oligopólio: A atomicidade é sacrificada devido ao restrito número de consumidores

Cartel: Coligação entre os oligopolistas em que decidem como atuar conjuntamente,


combinando preços e quantidades de venda. Pode ser um acordo explícito, mas não o é
necessariamente.

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