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Questões do estudo de caso

1. As empresas estão desenvolvendo políticas e diretrizes éticas por


razões legais, mas também para mostrar o que é ou não aceitável. Você
acha que qualquer uma das questões levantadas no processo exigia
esclarecimentos? Você faria uma exceção a alguma das questões
classificadas como comportamento inadequado? Por que essas coisas
acontecem?
Resposta: Entendo que as empresas precisam ter padrões de conduta bem
definidos e transparentes aos seus colaboradores para que eles consigam
agir com segurança nos momentos de impasse. Dentre os casos
apresentados, todos implicam em algum desvio de moral ou conduta
criminosa, dessa forma, não compactuaria com nenhuma das situações
apresentadas. Uma empresa é um núcleo da sociedade, ou seja, embora
existam leis para dissuadir os indivíduos de praticarem crimes, elas não são
suficientes para impedir que eles aconteçam. Portanto, havendo brechas no
código de conduta da empresa, flexibilidade quanto à punição e oportunidade
na percepção do infrator, a empresa está passível de colaboradores com
desvio de conduta.

2. No primeiro exemplo (o de Bryan), é evidente que ele não acreditava que


a justiça foi finalmente feita pela decisão tomada por sua empresa. Ele
deveria ter levado o problema às autoridades? Ou o seu relato do
problema pelos canais apropriados para que a organização lidasse com
aquilo foi suficiente, conforme a recomendação de Linn Hynds?
Explique a posição que você estaria disposto a assumir sobre esse
assunto.
Resposta: Na minha visão, o funcionário (Bryan) deveria ter levado o
assunto às autoridades frente à omissão da empresa em relação ao crime de
armazenamento de pornografia infantil. Entendo que, em muitos casos, a
empresa age dentro de seus próprios interesses e não está disposta a tornar
públicos problemas internos de tamanha gravidade e proporção, a fim de não
prejudicar sua imagem para os clientes. Desse modo, acredito que escalar
para as autoridades competentes teria sido o mais correto nesse caso.
3. No caso, Gary escolheu não impedir seu chefe de instalar software não
licenciado, embora ele próprio se recusasse a fazê-lo. Se instalar o
software não licenciado é errado, existe alguma diferença entre se
recusar a fazê-lo e deixar de impedir alguém de fazer isso? Você
acredita no argumento de Gary, de que aquela prática não estava
realmente fazendo mal a alguém? Por quê?
Resposta: Na minha percepção, existe diferença clara na autoria da infração,
assim como ocorre, por exemplo, no caso da pirataria na legislação brasileira.
Produzir e comercializar produtos pirata é ilegal, no entanto, o consumo de
pirataria não é percebido como crime pela justiça. Apesar disso, o funcionário
do caso retratado, Gary, está sendo omisso, portanto, cúmplice, de um crime.
Especificamente nesse caso, a empresa produtora do software está sendo
lesada, afinal, utilizou de recursos e pessoal, além de toda a infraestrutura,
para criação, produção e comercialização do software para não ter o retorno
financeiro. Por outro lado, a empresa está arriscando suas máquinas e sua
reputação ao utilizar um programa não licenciado, o que pode, inclusive,
gerar indignação dos consumidores caso venha a público, visto que estão
pagando por um serviço que não utiliza os recursos que estariam incluídos no
valor cobrado.

Atividades do Mundo

1. Faça uma pesquisa na internet para acompanhar a história de John


Mackey e procure outros exemplos de comportamentos questionáveis
em que a TI desempenha um papel importante. Aqueles que figuram no
caso são exceções, ou essas ocorrências estão se tornando cada vez
mais comuns? Como as organizações estão lidando com essas
questões? Que tipo de respostas você encontrou? Prepare um relatório
para mostrar suas descobertas.
Resposta: Considerando que a tecnologia do modo que a temos atualmente
é relativamente recente na história do ambiente corporativo, ainda há
algumas lacunas no entendimento de como proceder em situações que
envolvem dilemas éticos. Algumas das medidas que as empresas têm
adotado incluem: o respeito aos direitos dos colaboradores e proteção aos
consumidores; uso moral de dados e recursos, por exemplo, por meio de leis
de proteção de dados e procedimentos que assegurem sua segurança;
adoção responsável de tecnologias novas e disruptivas; e a criação de uma
cultura de responsabilidade, que contribuem para um reforço dos padrões de
comportamento ético nas empresas.

2. O caso apresenta muitos exemplos do que é, sem dúvida, o


comportamento antiético, como pornografia infantil, acesso a conteúdo
adulto por meio de equipamentos de propriedade da empresa,
instalação de software sem licença, e assim por diante. Algumas dessas
práticas são “mais erradas” do que outras? Divida a turma em
pequenos grupos para discutir essas questões e faça uma lista de
outros problemas éticos que envolvem a TI e que não foram
mencionados no caso.
Resposta: Entendo que, assim como na legislação, os crimes podem ser
classificados com base em uma escala de periculosidade e gravidade. Por
exemplo, a instalação de software sem licença, embora seja crime, não é
equiparável ao crime de consumo de conteúdo pornográfico infantil, visto que
o segundo envolve estupro de vulnerável e, potencialmente, tráfico de
crianças para ser produzido. Outros dilemas éticos dentro do ambiente de
trabalho envolvem, por exemplo, o uso incorreto de informações pessoais, a
desinformação, monitoramento excessivo das atividades desenvolvidas pelos
colaboradores (especialmente em trabalhos remotos), entre outros.

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