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AREIA & BRITA Os pampas na producaéo de PEEL em ult) Plage ttle eee (lind Cidades x Entulhos LX teteeMela tee MU aela[o) —- Guam, ( 125 ANOS DE EXPERIENCIA E EXCELENCIA TECNOLOGICA GARANTEM SEU INVESTIMENTO. DESDE 1873 A ATLAS COPCO CONHECE O CAMINHO DAS PEDRAS. i Tots aus de una th primate onde tercdn pal Aa Cop. Alideranga da Atlas Copco nosegmento carregamento, transporte de rocha e sondagem, de equipamentos para construgao e mineracaoé contribuindo para uma maior produtividade de seus uma boa demonstragao de que prestigio clientes. Mas, além de produzir, a Atlas Copco do se conquista da noite para odia. Desde 1873,a também atende os clientes com eficiéncia e rapidez, ‘Atlas Copco vem trabalhando, pesquisando, inves- __fazendo manuten¢io, disponibilizando pegas de tindo em qualidade e desenvolvimento de produto. reposicao, treinando e orientando. 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Em mais uma tentativa de superar este problema, o DNPM busca, por meios indiretos, quantificar a produgao dos agregados minerais. Em traba- Iho desenvolvido pelo economista do 3° Distrito do DNPM, Luiz Felipe Qua- resma de Oliveira, o DNPM pretende estimar a produgao de areia e brita a partir de trés indicadores: a malha rodovidria, a matha ferrovidria e o consu- mo de cimento. Por mais meritoria que seja esta metodologia, a verdade é que o DNPM esta novamente contornando o problema. A produgao mineral do pais deve- ria ser obtida diretamente dos produtores minerais a partir dos relatérios anuais de lavra que os produtores concessiondrios ou licenciados sao obri- gadbos a entregar todos os anos no més de margo. Acontece que, entre os produtores de areia e brita, é ainda grande o ntimero de produtores que nao estao devidamente regularizados perante 0 6rgao, fruto de uma politica ina- dequada que 0 DNPM desenvolveu desde a promulgacao do Codigo de Mineragao de 1967. E inconcebivel que produtores de areia do Vale do Rio Paraiba, em Sao Paulo, uma das maiores areas produtoras de areia do pais (senao a maior), ainda lutem, apés 30 anos da vigéncia do Codigo, para se regularizarem. Isto faz com que, de uma produgao estimada em 45 milhdes de m? de areia por ano no Estado de Sao Paulo, somente 5 milhoes sejam capturados pe- los RALs de areia. No caso das pedreiras, observa-se que, em Sao Paulo, por estarem praticamente todas regularizadas, 0 inverso acontece. De uma estimativa de produgao anual de 30 milhdes de m° de brita, os RALs entre- gues em 1998 apresentaram uma produgao de 25 milhdes, cerca de 80% da Produgao estimada. Os ntimeros acima sao esclarecedores. Na medida em que as lavras se tornam “legais’, os dados vao se aproximando cada vez mais da realidade. A conclusao 6 obvia, Se o DNPM e os érgaios ambientais se propusessem a descomplicar 0 processo de licenciamento ou concessao, 0 resultado apa- receria, sejam em dados, em recolhimento de impostos e em menores da- nos ambientais. Dai para frente, seria 0 ajuste fino. Fiscalizago, participa- do das associagées na conscientizacéo dos produtores, ajustes nos for- mularios, etc. Em poucos anos, teriamos os numeros sem a necessidade das estimativas, nem de medigées indiretas. Areia & Brita - 3 Sumario AREIA & BRITA ‘QUTINOVIDEZ 98 Publcagiotimestal fa ANEPKC- ASSOCIAGAO NACIONAL DAS ENTIOADES De BROOUTORES De 'AGREGADOS PARA A CONSTRUGAO COIL Revista de mbt nacional, com trgem de 500 exemplars 6 cgi s omprosasde minorarao de area e brits do pais, prinls prefturas municipal, governos estaduas, empresas consiutoras @ outros segmentos que tenham diel ou indetamentevinculagdo com o seor de agregeds para inkistia da consiucd0 cv CONSELHO EDITORIAL Fernando Mendes Valverde Herc Akimoto (Osrnar Masson ‘CONSELHO CONSULTIVO Presidente Eduardo Rodrigues Machado Luz ANEFAC-ssocgéo Nacional das Enidades co FrodulrsdeAgegas pare a Censtugo Gi Vioe-Pesigentes Tasso de Toledo Pinheiro Scicate da nds de Mineroio de Pera Bitad do Estado de S80 Paulo -Sndpesras SP (os Govan oss ‘Saas nase Bee de 60 ad te Si Pa SaaS Fea Mocs e Oba sang ree os Eros aE tesco saa Camps Sign snocoo sundae ES Fi doer Sta bot Lue aac Gah don Pires iAasinas ogi be Foci Sia ein xo Se GsSNOACO Wr ee os sac ds Mrs dW oR Cal same Cars reo ‘Sinan da ingeaa de xrasa oe eis ‘oS Conra Sede ot Gabe Gorge Se Sse unos Ee @ Became ge Fecha pr Ciagem ra Eade do Coa Sara Shia Poia 0. Sha ‘She aia de Earn Paces: {0 Esato de ae Sabtath Mayo Lz boty, ‘Sound nae ea pc ih SMARINRS bral espoeiv: Eran sos Casto Impressio: Grande ABC Era Grice SIA ‘Aa matérias assinadas so de rosponsabilidado do aous autres: nao rietndo necoccaramanto, Sei Se 4-Areia & Brita ‘apa: Rio Guaiba em Porto Alegre REPORTAGEM A forga dos pampas nos agregados para construcao REPORTAGEM Recuperacao de dreas degradadas es REPORTAGEM Mineragao de areia do Vale do Ribeira promove parceria - con7instittigdes de 4 ensino da regitio 18 ARTIGO 20 A politica estadual de recursos ARTIGO hidricos e a mineracio “Cidades x Entulhos” 2 TECNICA Minimizando 0 custo de pedreiras através da 31 otimizacao da EVENTO perfuracio e do desmonte Pedreira Santa Isabel recebe prémio de preservacao ambiental 32 NOTICIAS 38 EVENTO SMARIA faz balango das realizagGes 40 PONTO DE VISTA Lei mineral nao vale para todos Areia & Brita -.5 esar da crise que © pafs passou no ano de 1998, os produtores fichos de agregados para cons tnugdo civil nao t8m muito reclamar Devido 8 vigorosa politica de atragao de novos projelos e empreendimentos ence ‘ada pelo Governo Estadual nos dltimos anda manteve-se alta tazet do com que as pedreiras os portos de areia trabalhassem praticamente a plena ‘carga. Para aAs dutores de Brita sociagao Gaticha dos Pro. Agabrita, 0 fato de ser um ano de eleigdes estimulou ainda mais, ademanda, Para 0 anode 1999, segundo José Luiz Machado, presidente da Aga- brita, o momento € de expectativa em re- Tago ao novo yyerno que toma posse em janeiro. “Como é uma outta filosofia de trabalho, no sabernos 0 que vai acon: tecer”, disse Para o chefe do 1° Distrito de Depar- 6 -Areia & Brita Vista adreo da pedreira da Brita Minerapao 2 Construpso om Dols limaos - RS Jorge An‘énio Zir Filho, chefe ‘do 1° Distrito do DNEM tamento Nacional da Produgao Mineral DNPM, geslogo Jorge AntOnio Zir Filho, a produgio de areiae pedra britada 6, em termos de volume, a mais importante do Estado do Rio Grande do Sul, constituin do com ocarvaio mineral 0s insumos mi nerais mais significativos do Estado. produgio de agregados para construgao civil em 1997, segundo o levantameato feito pelo Orpao a partir das informagdes fornecidas pelas empresas legalmente habilitadas a exteair, foi d cerca de 9 milhdes de metros cibicos, 3,9 milhoes de metros cuibicos para a brita e 4, Ihdes de metros eibicos para a areia (ver ‘matéria). Segundo Zir, com a agiio que © DNPM vem desenvolvendo nos tiltimos anos junto aos produtores de areia e bri ta, a maioria das empresas esti regular 0 €, com a intensifi zada perante 0 ¢ cago da fiscalizagao, principalmente do recolhimento da compensagdo finance! FEM. acredita que os mimeros passaram a re fletir methor a realidade do segmento.Zir conta ainda coma aco edu sociagBes de produtores para que os pro- ra sobre a exploragao mineral sativa das as- INGERSOLL-RAND E LEQUIP Porque nado basta vender a melhor tecnologia. Os produtos da Ingersoll-Rand vocé conhece. Além de oferecerem a melhor tecnologia, sGo mals eficientes, robustos e durdveis. Mais isso ndo 6 tudo. Porque, ao escolher a marca lider de mercado, € preciso também ficar com o melhor em assisténcia e garantia; + coma confianga Lequip. Atendimento atento, estoque completo de pecas e acessétios, técnicos treinados na fabrica, pessoal especializado em orientar na maximi- zagdao do uso de equipamentos. 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As principais pedreirase sua produgdo men- sal sio: Britasinos Ltda, ~ 16.000 m?; Suliat Materiais de Construg0 Ltda. — 15.000 m°; Depdsito Guaporense $.A. ~ 25.000 m’; * G, Pena Construgdies e Sa- neamento Ltda. — 14,000 m’; Pedreira Caxiense Ltda, — 18,000 m’; Brita Mine- ragio € Construgao Ltda. ~ 40,000 m*s Bripave Extragao de Pedras Ltda. ~6.000 m’; Pedreira Triunfense Ltda. ~ 20.000 m’; Brasilia Guaiba Obras Publicas S.A. - 30,000 m*; Incopel Industria e Comér- cio de Pedras ¢ Antefatos de Cimento Ltda, - 20.000 m’. A principal rocha ex- plorada na Regio Metropolitana é 0 ba- salto, sendo poucas as pedreiras de gra- nito ou gneisse, 8 - Areia & Brita Para José Luiz Machado, presidente da Agabrita, embora seja pequena repre- sentatividade da associagdo em termos numéricos, em termos de produgio, ela & importante. Para Machado, as ages que a entidade vem desenvolvendo regional- ‘mente junto aos érgdos que fiscalizam 0 setor como 0 DNPM e a Fundagio Esta- dual de Protegao Ambiental ~ FEPAM e nacionalmente junto com &ANEPAC em prol dos produtores de brita gatichos fa- fo com que mais produtores tenham in- teresse em se associar. “E com nosso tra- balho que nos tornamos representantes do setor”, afirma, “e nos interessa aqueles prodiutores que venham contribuir, parti- Cipando de fato daentidade.” ‘A Agabrita foi fundada ha mais de 20 ‘anos, mas sua atwagao foi muito pequena epraticamente esteve desativada antes de 1985, quando os diretores das quatro das principais pedreiras da Regio de Porto Alegre resolveram reativé-la ¢ torné-la uma entidade forte, baseadas principal- mente na forea politica que elas, por tam- bém serem empreiteiras de obras. parti- cipantes das grandes licitagées, detinham individualmente, Segundo Machado, pre- sidente de trés mandatos, os doze associ- ados atuais da Agabrita tem grande intlu- éncia e so a base de sustentagio para a agio regional. Atualmente, Machado vé na atuagdo nacional a melhor forma de solucionar 0s problemas que os produto- resde agregados enfrentam. Além de José Luiz Machado, fazem parte da diretoria da Agabrita: Ivo Menegotto, vice-presi- dente; Rui Teixeira Brum, secretério; Jove Asmuz Jr., Geraldo Felix Penna, Jonge Felippe Gewehr, Raul Hax Podewils e Jaime de Oliveira, membros do Conse- Iho Fiscal A produgio de areia Segundo 0 DNPM, mais de 4,8 mi- Ihges de metros ciibicos siio produzidos anualmente no Rio Grande do Sul. Se- gundo os produtores, 0 consumo mensal na Regio Metropolitana de Porto Ale- gre € mais ou menos equivalente ao da brita, ou seja cerea de 400.000 m'/més.A produgao de areia na drea de Porto Ale- gre € realizada em grande parte dentro do leito dos rios, mais de 90 % da produc, ssendo incipiente ¢ producao emcavas. Os rio Guatba, Jacuf, Caf e dos Sinos cons- tituem as principais fontes de areia para a construgao civil Os produtores de areia nao tém uma r ‘ Me ‘Jose Lule Machado, presidente da Agabrita representagao tinica. Os produtores reti- nem-se, preferencialmente, em associa- ‘ges locais. Deste modo, os mineradores de areia do Rio Jacut esto associados Sociedade dos Mineradores de Areia do Rio Jacaf- SMARI, 0 do Rio Caf & As- sociaigio de Mineradores de Areiado Rio Cai ~ Amarcaf — 0s do Rio dos Sinos & Associagdo Riograndense dos Minerado- res de Areia - ARMA. Somente os pro- dutores do Rio Guafba nao tém uma re~ presentacio. A questo ambiental A Fundagao Estadual de Protegao Ambiental ~ FEPAM ~ € a responsdivel pela politica e controle ambiental no Es- tado do Rio Grande do Sul, Na estrutura, que vigorou durante o mandato do go- Yernader Antonio Brito que no conse: guiu a reeleicao, a FEPAM esteve su- bordinada a Secretaria de Sade e Meio Ambiente. Para 0 préximo govemo, do governador eleito Olivio Dutra, seré cria- da a Secretaria do Meio Ambiente, que reunird orgios atualmente dispersos em outras secretarias, mas que tém uma vin- culagio forte com a protegio ambiental, como a FEPAM e 0 Departamento de Recursos Naturnis Renoviiveis ~ DRNR, atualmente vinculado & Secretaria da Agricultura, Para o engenheiro de minas, José Maria Furtado Lima, chefe da Divisio de Controle da Mineragao da FEPAM, este novo arcabougo visa tratar a questao am- biental como um todo. Qualquer ago de qualquer secretaria deveri considerar devidamente a questo ambiental e qual- quer agio da nova Secretaria do Meio Ambiente no pode desconhecer a agio social ¢ econdmica visada por qualquer outra secretaria, isto é, ndo pode pensar somente na questo ambiental. Além dis- so, a secretaria teria a fungao de coorde- nar as agbes de agentes como a Brigada Militar, a Procuradoria de Estado, os pro- motores do meio ambiente, et., que, atu- almente, tém uma atuacdo dispersa, cri- ando, niio raramente, problemas para 0 empreendedor ‘Em relagio a atividade mineral e par- ticularmemte em relagio aos agregad para a construgio civil, Lima considera a construcdo civil uma atividace fundamen- tal para a economia como um todo e que a terta de areia e brita com prego acessi- vel € importante para que esta atividade ccumpra a fungdo de desenvolvimento in- tegral da sociedade, Lima acha que um 6rgdo ambiental como a FEPAM nao deve se limitar 8 sua atividade especttica de controle ambiental, mas também atwar para estabelecer politicas de produgio. Exemplificando, diz que o licenciamen- to ambiental pode ser usado para inibir ‘uma concentraga0 monopolistica de ér ascom recursos importantes de determi- nado bem mineral. Considera também qve, j4 que toda atividade produtiva, traz ‘como conseqténcia um dano ambiental a fungio da FEPAM é, alémde minorar 0 dano, analisar e quantificar, se possivel, ‘0 quanto de contribuigio social esta ati- vidade pode trazer. Falando especificamente do setor de produgio de pedra britada, Lima consi- dera que as tividades normais como con- trole de pocira, vibragées, localizagao do empreendimento em relago a outras ati- vvidades devem ser complementadas com a conscientizagio do produtor para que adote medidas sociais e ambientais com- pensatorias. Para ele, jé que 6 invidvel tecnicamente e economicamente recupe- rar uma érea minerada de uma pedreira, importante que o empreendedor tenha a consciéncia de nao inviabilizar 0 apro- veitamento futuro da érea, Lima considera ainda prematuro ter uma politica ambiental delineada em re- aco A mineragdo, mas vé como um dos fundamentos a atuagan com visao mais, abrangente, isto é, nao tratar uma mina como umente isolado, nao fazer aané- lise do processo de licenciamento de uma forma pontual, Acha que em mui tos casos uma agdo cooperativa entre os produtores teria muito mais sucesso, no $6 do ponto de vista produtivo como, ambiental. Diz.que estes produtores po- deriam utilizar equipamentos e profis- sionais téenicos comuns, Considera importante que 0 tratamento seja re onal, que se estabelegam zoneamentos. Para minorar a caréncia de pessoal, formando que sua Divisto conta hoje com somente cinco técnicos, propde que 0 responsivel téenico passe a ser uma espécie de 10. Pro pe que uma das primeiras medidas do novo governo seja a realizacao de um encontro técnico comas associagies de produtores minerais, universidades, CREA, DNPM e FEPAM para um me- Ihor entendimento das necessidades do setor e para esclarecer as politicas que virdo a ser adotads uditor do 6x BRITA MINERAGAO E CONSTRUGAO APOSTA NA DIVERSIFICAGAO PARA SE MANTER COMPETITIVA Empresa genuinamente gaticha, a Bri- ta MineragZo e Construgdo Ltda. aposta na diversificagio de atividades ligadas & construdo para crescer em mercado ex tremamente competitivo. Além das ativi- dads principais, a construgdo pesada e a produgio de-pedra britada, 0 grupo in- veste na drea de concessdes publicas, ‘como aconcessao de rodovias, barragens € saneamento basico, em loteamento € urbanizagao ¢ em fabricagio de pré-mol- dados para construgao. Fundada em 1979 por Valentim Ma- chado, José Luiz Machado, Luiz Alberto Machado ¢ Pedro Henrique Perna Bréns- trup, com a denominacao de Brita Porto- alegrense e Terraplanagem Ltda., 0 gru- po tem atualmente uma holding: a Brita Participagdes que controla as empresas Brita Mineragio e ConstrugZo, que atua na rea da construgo pesada e possui unidades industriais onde produ pedra britada, usina asfalto e fabrica pré-mol- dados de conereto: a Construtora Brdns- trup Machado, que atua na srea da cons- trugio civil: a Brita Rodovias, concessio- niéria de rodovias, atuando na Regio da Areia & Brita-9 Velentim Machado, fundedor da Brita Mineragao 0 Construgao Ltda, Serra Gaticha, na estrada que liga Porto Alegre as cidades de Canela e Gramado; a Consagua, concessioniria de barragens de égua para ierigagio, atuando em ues barragens no Rio Santa Maria; Essub, concessiondria de servigos de saneamen- to, atuando na Regio da Serra; e a Capi- tal Group, empresa de Joteam: banizago. A producio de pedra britada A Brita iniciou as atividades de pro- dugdo de pedra britada a0 adquirir em 1985 uma érea de 10 hectares no municf- pio de Dois Inmaos, na Regio Metropo- litana de Porto Alegre. A produgio de pedra britada a partir do basalto inicio secom uma média mensal de 6 mil tone- Jadas que foi sucessivamente ampliada atingindo atualmente a média de 60 mil toneladas mensais em dois turnos.A 4 dapropriedade foi também amptiada para 10- Areia & Brita Em destaque, mata nativa preservads e reduao da altura das bancadas 25 hectares e, posteriormente, para 85 hectares contendo uma reserva medida de rocha de cerca de 6.500.000 de m* de basalto, suficiente para que toda stivida de industrial nela seja desenvolvida e com reas para bota-fora de res{duos, capea: mento e material rochaso intemperizado aclequado para a produgdo de bra, ére- as de reflorestamento, reas de preserva- (elo de mata nativa, éreade seguranga, etc Inicialmente, a pedreira foi trabalha- da em duas bancadas de 20 a 22 metros de altura. Entretanto, pelos riseos & segu- Drop-ball em ago specto ranga e pelo sagistico negati- Vo que apresentaram om a Fundagao Esta- io Ambiental, por execu- tar um projeto de modificagio ds lavra, estabelecendo um trabalho com quatro bancadas de 10 a 12 mde altura, projeto este que esti em execugio. Paralelamen- te, methorias no desmonte de rocha fo- ram realizadas, 0 que levou a um melhor aproveitamento do explosivo, resultando odo uso de cordel detonante. Para o desmon te secundario, a empresa utiliza es deira hidrdutica com “drop-ball”, isto 6, uma esfera maciga de ago jogada pela escavadeira sobre os matacdes resultan- tes do desmonte priméio, eliminando-se » uso de explosivo, com melhoria na se- uranga geral da lavra, O carregamento é feito por pés-carregadeiras e o transporte fem seu menor consumo e na reduc: por caminhdes fora-de-estrada, A brita- sm priméria é feita em britador de man- dfbulas seguida de rebritadores cOnicos e peneiras classificat6rias. Controle ambiental A Brita sempre teve grande preocu: pagiio como problema ambiental provo- cado pela sua atividade industrial em Dois Irmiios. A elaboragzio expontineado EIA. RIMA entregue em 1989 ao Departamen- to de Meio Ambiente da Secretaria de Satide e Meio Ambiente do Rio Grande do Sul demonstra na pratica esta preocu- pacio. Entre 1991 e 1998, varias medi- das foram tomadas com aprovago da FEPAM, entre elas + Reserva de proteco ambiental de 8 ha na 4rea de mineragao; ‘ Instalagiio de sistema de abatimento de Poeira na britagem, a primeira no Rio Grande do Sul; * Obtengao do licenciamento ambiental para mineracdo, britagem, usina de as- falto, usina de solos e fébrica de pré moldados de concreto; Vista da érea de britagem + Sistema de captagiio ¢ coleta de gua e 16 da unidade de britagem; + Sistema de captagao, contencdo e trata- mento de residuos s6lidos e liquidos da usina de astalto; + Lagoa final de conteagiio € monitora- mento de qualidade ambiental para toda a unidade industrial de Dois Irmaos Virias outras ages esto fo para que a atividade tenha impacto minimizado em relagio ao entorno da pedreira, Uma das ages jé foi citada aci- ‘ma, que éa diminuicdo da altura das ban- ccadas de 20 a 22 metros para bancadas de 12.a 14 metros. Além da melhoria na seguranga geral do empreendimento, traz como conseqiéncia uma methoria pais sistica, ji que o plano envolve também a preservagdo de partes do macigo onde cexistem matas nativas, Outras ages so as seguintes: + Medico e controle de vibragdes resul- tantes do desmonte + Redugdo do uso de cordel detonante * Desmonte secundario com uso de drop. ball * Sistema de sinalizagdo com tambores coloridos nas dreas de lavra e nos a 0s prineipais e secundérios + Pavimentagdo dos acessos com brita e 16 de brita para reduzir a poeira provo- cada pela movimentagéo dos equipa ‘mentes + Implantagao e consolidagiio dos siste- ‘mas de drenagem com caixas de areia nos acessos a area de mineragao + Implantagao e consolidago dos siste mas de drenagem de guas pluviais nas {rea industriais + Instalagao de equipamentos e balanga digital para controle e implantagio de ‘melhorias no sistema de britagem * Modificagao e rearranjo das dreas de armazenamento e das pilhas de esioca gem + Otimizaedo do sistema de raspadores € espargidores de digua nas correias trans. portadoras, chutes e calhas de alimentagao + Medias preventivase corretivas para a separaco seletiva dos residuos indus- triais na drea de estocagem, com o que se atingiu um indice de 80% de recicla- gem dos materiais gerados + Sistema de controle, separago e desti- no final dos resfduos da unidade de ma- nutengio mecdnica,atingindo-se um in dicede reciclageme destinagdo final de 90% kgm desses aspectos de controle ambiental, atengao especial & destinada recomposigo das reas afetadas pela. ai Vidade, como os bota-fora. A empresa utiliza trés dreas para esta finalidade, A primeira rea esté sendo consolidada com revegetacaio de gramineas ¢ é constante- mente monitorada para avaliar sua esta bilidade. As outras duas reas em uso f0- ram projetadas de modo a atender is ne- cessidades da empresa sem causar pro- bblemas futuros, estando atualmente em fase de compactagao € revegetagio com jBramineas e espécies nativas, Para aten- der is necessidades de plantio, esti sen- do implantado um viveiro de espécies. Para este viveiro, a empresa busea parce- presas detentoras de tecno- logia florestal com o fim de melhoria de qualidade e tamhém de desenvolvimento de espécies vegetais mais adaptadas a0 ambiente criado pela atividade mineral As empresas forneceriam, desenvol- veriam e aperfeigoariam as espécies. A Brita ebimento das espécies, seu acondicionamento em viveiro imtermediério, plantio e manutengio do sistema de reflorestamento, Este tipo de parceria garantiria melhor qualidade das cespécies vezetais, melhor aproveitamento das dreus e maior produtividade por hee tare reflorestado, CONSIDERAGOES SOBRE O SEGMENTO PRODUTOR DE BRITA EAREIA JUNTO AO DNPM 1° DISTRITO/RS Atuaimente, estao em vigor no 1° Dis trito do DNPM/RS em tomo de 1200 Li cenciamentos e 200 Concessdes de Lavra. Esse niimero varia a cada curto periodo, rho que se refere princi Imente a Liceneia ‘mento, pois a cada dia novas Licengas sao registradas no 1° Distrito e outras perdem a validade. Desses 1200 Licenciamentos ‘em torno de 270 sfo para exploragao de areia e cerea de 160 para brita, Nas Co * Elaboragio: Equipe tenia do 1° Distrito cessoes tems ‘que seis sao para britae 17 para arcia, O restante dos Licenciamen- tos, em sua maior parte, corresponde a materiais diversos. (paralelepfpedos, pe das irregulares,lajes,te.). S6 para exem- plificar, nos municipios de Nova Prita € Parai e alguns outros municipios vizinhos, fancioram em tomo de 300 pequenas pe- dreiras extraindo basalto, tdas elas regis- tradas no DNPM. Entre os produtores de agregados para strugio civil, o segmento produtor de zuido pelos produtores de areia, onde nos titi- ‘mos anos houve uma redugio significa tiva da atividade informal. Estima-se que na brita quase a totalidade do setor opere de forma legalizada perante 0 DNPM 1° DS ¢ os demais érgdos; na areia, em tor- no de 90%. brita é 0 mais bem estruturado, Areia & Brita- 11 ‘Sérgio Cesar, da SEM do 1° Distrito do DNPM Para se alcangar essa performance, muitos procedimentos tém sido feitos, envolvendo a atuagio de varias Institui- (es, entre as quais a FEPAM e 0 IBAMA (6rgdos estadual e federal de meio ambi- ente), Ministério do Exército (icenga para obtengao de explosivos). Brigada Militar (policia militar estodual, através de sua patrulha ambiental), Promotorias de De- fesa Comunitérias e também a propria concorréncia entre mineradores, que os Jeva adenunciar os que trabatham de for- ‘ma irregular, como também os riseos aos quais se expem os que nao esta legal zados, pois além das penalidades gue po- derdo ser incursos, no terdo assegurada ‘a prioridade da rea, Muitos sio os casos de mineradores ame > Alberto Antonio Mille irregulares que buscam o Ongio & procu- rade sua legatizacao, devido a mutta dié- ria que 0 IBAMA aplica. Ainda dentro dessa questo, € importante destacar a ado do Governo Estadual, com a promul- ‘gagiio da Lei 10.560 de 19 de outubro de 1995 ¢ do Decreto Estadual 36.753 de 25 12-Areia & Brita PRINCIPAIS PRODUTORES DE BRITA RIO GRANDE DO SUL - 1997 PRODUGAO m? [557.523 Ee ese _—__ Construtora Sukepa SA, ‘Toniollo Busnelio SA, Pedraccon FB Pedreira e Saibr. Ergo SA. Constce Mantagem Brita Portoalegrense Guaporense SA Ind. Com, Pedreira Vila Rica Britagem Taquari Ltda, Construtora Pelotense __EMPA SA Serv. de Engenharia A Brasilia Gualba Obras Publ. S Brita Pinhal Ind, e Com. Ltda. Mottola Min. e Const. Ltda. AG, Penha Constr.e Saneam, Constr. e Com. Camargo Corr Outros TOTAL FONTE: DNPM 1° DISTRITO PRINCIPAIS PRODUTORES DE AREIA RIO GRANDE DO SUL - 1997 PRODUCAO m® | PARTIC! Brita Portoalegranse ligo Joao Kopin Minerago Transp. Com. Pindorama [FONTE: DNPM DISTRITO de junho de 1996 que, entre outras espe- cificagdes, determina no art, 1° da referi- da Lei que: “As pessoas, fisicas ou juri- dicas, que exergam atividade de explora- ‘¢do mineral devem comprovar a titulari- dade da licenga da Unio ao requererem autorizacao para impressio ou aquisigao de documentos fiscais” O segmento produtor de brits e areia, apesar do baixo indice de atividade in- formal especificado, depara-se, com fre- liéncia, com a impossibilidade de obten- Gio de novos titulos minerérios, por in- terferéncia com éireas prioritérias de au torizagao de pesquisa e de concessdes de lavra, principalmente para carvio. A priori, em sua maior parte e dependendo do caso, pode-se afirmar que so perfei- tamente compativeis, 0 aproveitamento sobreposto dessas iés substincias carvao —areia € carvao - brita, 1.036.038 3.942.867 PARTICIPAGAO % 319.782 291.289 268.200 245.356 118.913 108.080 102.357 101 98,000 0.998 000 83357 ACAD 8 248.746 178.118 Com menor intensidade existe, tam- bem, a interferéncia com dreas de autori- 2agiio de pesquisa para outras substincias como ouro, fosfato, molibdénio, et do que, em varios desses casos, tudo leva ‘cer que prepondera 0 interesse especu- lativo em detrimento ao real objetivo da exploragio mineral, utilizando-se de arti- ficios legais, buscando eliminar possiveis coacorréncias, jd que o limite de érea para essas substiincias € de 2000 ha, enguanto «que para brita e areia é de 50 ha, Essas situagdes tém-se intensificado nodmbito do 1* Distrito e ocasionam int: ‘meros problemas tanto ao DNPM como a0 proprio setor envolvido quanto & re- gularizagdo da atividade, Nesses casos, a alternativa para a solugao do impasse € 0 desmembramento mineral, instituido a partir da Lei 9.314 de 14/11/96, que, en- tre outras alteragbes, dew nova redago 20 ‘tm biae part ews 67 6 $4301 04 Mom Caterpillar produz versatilidade. Isso da a dimens: anessidadk FAIS \VEISBIBIS SOIIOOE yem @ movimnentac 4 mais alta tecnologia desenvolvida pela Caterpillar O que res yande seguranga’@ conforto para o trabalho e grande d ihe icléncia da maquina, Jentro dos padides mundials de emissao de poluentes. Qualidade de vida é o sentido maior Ue a Caterpillar dé & quaidacle Equipe tecnica do 1" Distrto do DNPM com o presidente da Agabrita @ 0 secretario executive da Anepac artigo 85 do Cédigo de Mineragao, regu- lamentada posteriormente pela Portaria 248 de 04/09/97 do DNFM. Mas, por se tratar de uma situagao recente, ndo se tem ainda nenhum desfecho processual, em- bora varios estio em tramitago cumprin- do prazos de exigéncias legais. No que se refere as informagées esta Pe Em 1975, Geraldo Tollens Linck, dé: retor da Linck SA, presenciow tom menor cassaliar wn ideso em frente a um hore! em Porto Alegre. Perplexo com a cendi e ‘eonsternaido ao verificar que multos ado, Tescentes como aguele poderiam seguir ‘mesmo eaminko se io recebessem al ‘guna forma de austio, decidiu que te ia de fazer alguma coisa para que t- este um fluro mether Ein 1970, ur doi entdo uma pequena excola com « finclidade de educar e prfissionalizar jovens em situacao de risco social, Era tuna escola diferente, Instalowea dentro tte ea empresa, dana unt curse rape ide ualificagdoprofissional para 15 al nos por ano. pimposta era muito simples Gonsista em ieeinar jovens dentro da empre- fa ensinando « eles 0 que'a empresa vabia ‘fazer, suas atividades. Passou nto para 30 ywgas por semestre e 500 horas / aula A Es: ‘ola Técnica Linck logo se tornos wma refe renca, (05 resultadoxo levaram a um planomats ‘ambieloso. Con o objetivo de estimular e ‘apolar a instalagdo de escolas semethantes fem outras empresas, criou em 1988, 0 Proje 40 Pesca, nome inspirado ao provérbio chi és: "Se quisen’s matar a fome de alsuém ithe wm pelie. Mas, se quiveres que ele urea mais passe fome, ensina-o a pescar”” O Projeto Pescar'sistematicou todis experi @ncia da escola pionetra, desenvolvendo 0 primeira modelo de franquia social do pats, em gle a empires interessada recebe supor te teenico ¢ assessoria sem custo para insta lara escola Hoje, 23 anos depois, o Projeto Pescar wn sucesso, Trnta empresas abrigam exco: las do Pescar nao sé no Rio Grande do Sul, ‘mai também em Minas Gerals, Sto Paulo ¢ lated Argentina, Dada a dimensdo que opr eto atingin, em 1995, foi intitulda a Funda (de Projo scar coma mista de acu larax escolay mxistentes e desenvolver aces 14-Areia & Brita tisticas disponiveis de brita e areia tém- se para o ano de 1997 no Estado do Rio Grande do Sul 0 seguinie quadro: abe-se que a produgdo real de brita e areia no Rio Grande do Sul deve atin- gir quantitativos maiores do que os da- dos oficiais disponiveis, entretanto acre ditamos estar bem mais proximos da re- ‘Geraldo Linck; ao.centra, com estucantes ‘do Projeto Pescer ‘que poss aumentar o atendimento, gue f6 ‘conta cam 2700 alunos formadas. Recenie ente,flomolcsé wnid pareeria com 6 Gover no do Estado do Rio Grande do Sul ¢ com 0 GIFE— Grupo de Instituisdes, Fundocdes € Enpresas, convénio exte que visa articular ‘asacaes dos setores publica e privade e das ONGS— organtzagdes nao yovernamentals para este piblico-alyo, 0 Projeto Pescar ganhou respeite © no- tontedade. E considerado pelo Banco Mun: dial ¢ pela Findaciio Genilio Vargas como tux dos principals projetos socials no com: bate & pobreza, Em 1997, « Unesco vonce- dex sua chancel d Pundacdo Projew Pes- ‘car por propercionar ensino téonico e profs- Siontalizapdo a jovens em stuuacdo de rse0. Enire os inimeros prémias que receber des- tdcam-se0 ECO 1991. na categoria educa: io, ¢ 0 Prémio Crianca 1994 da Fundagao Abring, Geraldo Tolleny Linck, idealizedor « mentor do Projeto Pescar faleceu em 10 ide outubro de 1998. Em sua memoria, no dia 11 de dezembro de 1998, data em que Secomeniorava os 50 anos da Declaragao Universal dos Direitoy Humanos, joi the ‘outorgado pela UNESCO 0 Prémio Direi- fos Humanos RS. idade produtiva do que até pouco tem- po atras, quando eram bem mais escas sas as informacdes a respeito desses dois segmentos. Em 1998, relativo uo ano-base 1997 © 1° Distrito do DNPM recebeu 20 todo 92 RALs de brita e 160 RALs de arcia. A qualidade da informagao que chega a0 19 Distrito através desses Relatérios Anuais de Lavra/RALs, que € a principal fonte priméria de informagao sobre 0 comportamento do mercado, é ainda de- ficiente nesses dois s res, Essas deficiencias sfo de parte a par- te, Do DNPM que nao dispde de uma es ‘utura para exigir melhor qualidade de informagio e das mineragdes que em al- guns casos deixa de entregar os RALs ou mentos produto- ‘os entregam com preenchimento incor: reto. Mas, muito jé foi feito, na busca in- ccessante da perfeita otimizacao das refe- ridas informagdes. A BRITA NO PROJETO PESCAR Uma das empresas que adotou 0 Projeto Pescar € a Brita Mineragdo ¢ Construgda Lida, Com « diregio su ‘pervisae do engenhelro Pedro Henrique Perna Branstrup, diretor da empresa, @ Brita implantou wma escola nas redon ezas de sua unidade industrial em Dois Irmaos, RS, no segundo semestre de 1997, A escola jd formou dua turma, 4 primeira com Id alunos # a segunda com 12, dentro da especializacto de Manutencdo de Equipamentos, A par tir da terceira turma, o periodo letivo fot umphudo, rassundd aver deuncara, ‘com 460 horas/aula, agreganio tam: bém uma owra especializacdo, 0 curso ba: sico em eletricidade Alunos em stividade em Dois Irmaos RS Os alunos do Projeto Pescar assistem As aulas no pertodo manutino. Alémdo lan he, recebem da empresa atendimento mé- divo & odomoléxica. Como Incentivo ao estudo e d fregilencia é garantido 0 forne: Cimento de uma cesta bésica. O pertodo vespertine é destinado aos cursos normais do I" @ 2° graus, ‘Em 1998, 4 Brita Mineragdo € Constr: ‘¢fo Lida, recebeu 0 Certificado Empresa Amiga das Criangas, conferido pela Funda: (lo Abring. Acordo é entendido como fundamental para o desenvolvimento do “Projeto Viva Ribeira” foi realizada, no dia 14 de nove- bro, no municipio paulista de Re gistro (180 km da capital) mais uma aula préticado curso de extensiio em Ecologia Geral ¢ Aplicada desenvolviéo pela Faculdade Scelisul - Sociedade de Cultura e Educagdo do Litoral Sul, utili zaando as dependéncias das mineragoes de areia da regiao. A parceria entre a Associacao dos deArcia do Vele do Ribeiea € as instituigdes de ensino da regio é parte integrante do “Projeto Viva Ribeira”. Ricardo Bertelli Cabral, presi- dente da Associago e também vice-pre sidente do SINDARELA-SP, explica que a meta da entidade & ambiciosa: "o Pro 4 jeto Viva Ribeira tem como objetivo aa 5 vitalizagdo de um extenso techo dos ros Ribeira e Juquid. Para isso, € necessério ‘0 desenvolvimento conjunto de uma sé- Mineradores Recomposigao da mata ciliar: alunos da Scelisul raalzam o plantio de ‘muds nativas Presidente ds Anepac participa do evento e ressalta a importncia candmica da atividade Areia & Brita - 15 rie de trabalhos de cunho social, cultura, evondmico ¢, principalmente, educacio- nal, dai a importancia desta parceria’” ‘A visita dos 40 universitarios as mi- neragdes contou com o apoio técnico do engenheiro agronomo Marco Aurélio Fer reira, responsével pelo curso; professor Osvaldo Damiio Filho, coordenador do Departamento de Cienctas Bi Scelisul; empresirio Machado Luz € ge6logo Fernando Val- verde, respectivamente, presidente e se- eretirio-executivo da Anepac; engenhei ro Joo Manoel S, Braga e gedlogo Hi cio Akimoto, téenicos que trabalham no desenvolvimento do projeto, alem de va- rios empresérios da regido. trabalho de Campo ocupou iodo 0 dia e 08 alunos tiveram 1 oportunidade de vsitaras instalagdesde quatro empre- Uilson Romanha & Cia Ltda, Extra gio deAreiaTriangulo Lida, Extracao de wardo R. Areia ¢ Pedregulho Bertelli Ltda e Pira mide - Extragdo © Comércio de Areia Lida, Eduardo Machado apresentacdio que todasestas empresas jé possuem a dacumentagio necessia tan tono Ambitodo direito minerério quanto ambiental para, legalmente, desenvolve- rem suas atividades. Mostrou ainda que \rias medidas existentes nas empresas como o plantio e eercamento da mata ci: 16 - Areia & Brita Aula pratica pelas ‘aguas do rio Ribeira: parcoria entre as instituicdes de ensino e a8 empresas mineradoras liar, tanques de decantaedo, demarcagao dos trechos de lavrae construgdo de de protec20 para 0 atmazenamento de ‘eos ¢ lubrificantes, entre outras,fazem parte do cumprimento da legistagao vi gente e sem elas nao é possivel a obte ‘Glo das licengas necessrias para 0 de- senvolvimento legal da atividade Machado Luz destacou, ainda, a im- portincia econémica da atividade: duzimos uma matéria-prima que abas ce na sua totalidadde o Vale do Ribeira, a de 90% de toda a Baixada Santista fe de toda a areia consumida na Gray de $0 Paulo, principalmente nas regides de Sao Lourengo, Juquitiba, Taboao da Serra, Embu e a Zona Sul do muni de Sdo Paulo. © ponto alto da visita foi a utitizacao ‘éaembarca;20 Guard -Agu, equipamen- to que naquela manha, estava preparado ppara uma didstica viagem pelas aguas do Ribeira em substituigao as 250 toneiadas de areia que o mesmo tem capacidade para transportar © coordenador da curso, Marco Au= rélio, destacou a realidade da atividade na regio, eselarecendo a existéncia, ain a, de muitas empresas operando irregu- armente, sem 0 devido cuidado com as rnormas ambientais ¢ criando umaconcor- rncia desleal com as empresas que cum: prema regrase, consequentemente, aca- bam apresentando una planitiia de cus- tos mais elevada. Ressaltou, entretanto, que os Grgios fiscalizadores terio aten- eGo redobrada nestes casos, promovendo 6 rigoroso cumprimento da legislagio. A aula pritica terminou em turismo, apontado como uma das alavancas econd- micas para o Vale do Ribelra, quando 0 Guari-A¢u finalmente atracou na proprie dade"*Pousada dos Equinos”, primeira fa- renda de turismo rural da regio, As iniciativas do Projeto Viva-Ribeira (trabalho dos mineradores para a re- cuperacio da imagem do setor areeiro € das dreas degradadas comegou hiicerca de tr8s anos. Nessa época, fundaram a asso~ ciagio, inieiaram 0 processo de regulari- zagiio das empresas ea busca de parcerias com instituigdes de ensino, prefeituras municipaise Orgs fiscalizadores ‘Com recursos proprios, 0 projeto ¢ di rigido prineipalmentea populagao ribetri- nha, que convive diretamente com o tra- balho realizado pela mineragao de areia O principal objetivo 0 desenvolvimento da atividade de forma harmOnica com 0 meio ambiente e a comunidade. (0s principais trabalhos ja desenvolvi- dos neste period estio relacionados a0 plantio de érvores nativas para a recom posigdo da mata ciliar e a campanha de troca de camisetas por sacos plsticos con- tendo lixo, Esto sendo distribuidos 10 mil sacos de lixo aos moradores ribeirinhos. Assim, evita-se uma cena comum no Ri- beira: plisticos e garrafus boiando. Os bar- queiros também serao convocados a to- cat lixo e baldes de dleo por camiseta A Associagdo também adquiriu um caminhdo-pipa para realizar a aspersdo das estradas rurais, mantendo sob controle 4 poeira que incomoda a popula: REPORTAGEM RECUPERACAO DE AREAS DEGRADADAS Antiga cava de areia reabilitada € palco da 9" Festa Ecolégica de Itupeva nee wena lowe assocugso mara coun @ loi realizada no dia 14 de novem- bro, nas dependéncias do Restau- ante Cabana Resori, no municipio paulista de Ltupeva (80 km a noroeste da capital puulista) a 2* Festa Beolégica do smuniefpio, evento foi promovido pela comuni- dade, através da A ssociagao de Amigos do Bairro Sio Roaue da Chave. pela ONG Associagio Mata Cilar, € contou com 0 apoio de varias empresas da regido, entre ‘las a mineradora Itabras Mineragao Ltda, Estiveram presentes, mais de 300 par- ticipantes que puderam assistir uma vari da programagao, que incluiu shows, pecas, apresentago de mimica, premiagae de es- tudantes que participaram do concurso com femas ceoldgicos, além de vérios painéis, fotogrificos. Os visitantes puderam aproveitar a paisagem existente, incluindo belas lagoas, amplas reas de mata nativae bos- gues, além da infraestrutura montada pelos proprietirios de Cabana Resort A grande surpresa dos participantes ‘ocorria quando os cartazes e fotos exis- lentes no evento mostravam que aquela mesma érea jd pertencera a uma miners. dora de areia.O documentério fotogs co mostrava passo a passo o desenvolvi mento da atividade de extragao de areia realizada durante varios anos, a prepara gio de todo o terreno ¢ a implantag “Se eI VINO A 2: FESTA F ecouocicn ve rurevn Estande da Uniéo dos Mincradores da Baca do Rio Jundia! Vista da Cabana Resort daguela drea de lazer que todos estavam tendo a oportunidade de desfrutar. Jorge di Rito, diretor da empresa Ita- bras Mineragao Ltda e um dos id dores da Festa Ecoldgica, considerou bas- tante satisfat6rio os resultados do even: to: “ é fundamental que os mineradores mantenham a comunidade informada da importincia da atividade, dos ben: e dos empregos gerados, e de que ao tér- mino da jazida € possivel criar um um belo espico aproveitivel, as vezes, me- Ihor do que o encontrado anteriormente pela mineragao’ . Areia & Brita- 17 ARTIGO A POLITICA ESTADUAL DE RECURSOS HIDRICOS EA MINERACAO ‘gua é um recurso natural vital para'© homem, que a utiliza em seu beneficio para varios fins: abastecimento doméstico, uso industrial, geragio de energia elétrica, itrigaglo, pe- ccudria, pesca, transporte, agriculture, nave- ‘gagdo, atividades recreativas e culturais & recepzio de residues, ‘Aconservagdo dos recursos hidricos, seu uso ea luta contra a poluicao tem sido “objeto de discussdes calorosas, pois a eles, estio atreladas as possibilidades de de- senvolvimento de nossa sociedade. A abundancia ou caréncia de égua tem pro- fundes repercussdes na propria sobrevi- véncia dos povos, a ponto da disponibili- dade dos recursos hidricos em certas re- ides sero fator preponderantemente res- ponsivel pelo florescimento ou estagna- a0 de civilizagdes. Hoje, 0 proprio bem- estar social condiciona-se ao fator sua, endo apenas quanto a sua abundancia : & preciso que haja uma racionalizagao no seu uso e um controle de sua composi- ‘do, para que a existéncia da égua possa consiituir um fator de desenvolvimento, Assim temos, no conceito de recur- 0s hidricos, ndo 36 a possibilidade de desenvolvimento econdmicoe social atra- vés do aproveitamento das aguas, mas também, e principalmente, a preocupa- go técnica com a forma de utilizagdo dessas guas, para possibilitar 0 seu uso continuado. Somente dessa forma & que se pode evitar a poluigio e a escassez, ou seja, proteger a quantidade e a qualidade das dguas. 0 Brasil € um pafs privilegiado, uma vvez que dispoe de 5.619 km Yano de defli- vio de suas mais extensas e densas redes hidrogréficas, o que representa 13% dos deflivios dos rios do mundo. Esse privi- légio equivale, em nivel populacional de 1991, a uma disponibilidade média de 38.000 m’/anofhabitante ssa dgua ndo esta harmoniosamente distribuida por todo o pais. O fato € que 80% de suas descargas ocorrem em 18 -Areia & Brita Marcos Eduardo Zabini* regides ocupadas por apenas 5% de sua populag20 0 que equivale dizer que os 20% restantes esto disponiveis para aten- ders necessidades de 95% de seus habi- tantes. Adiciona-se a isto 0 complicador de uma sociedade que se urbaniza acele- radamente, hoje; representada por mais de 75% de sua popu O maior exemplo nacional é dado pela Regitio Metropolitana de Sao Paulo, que importa da Bacia do Rio Piracicaba cer- cade 33 mis, através do sistema Canta- reir, consumindo energia elétrica equi- valente & cidade de Bauru, para promo- ver o bombeamento desse volume € ali- mentar o sistema. Estado de Sao Paulo foi pioneiro ao estabelecer, em 1987, um Sistema de Recursos Hidricos, com a finalidade de propor um Sistema Integrado de Geren- ciamento de Recursos Hidricos ~ SIGRHT, a Politica Estadual de Recursos Hidricos e elaborar o Plano Estadual de Recursos Hidricos. A estratégia seguida foi a de apren- derexperimentando. Sentia-se anecessi- dade de se estabelecer no processo deci- sério um forum de debates onde os con- fitos pudessem ser explicitados e com- patibilizados, através de sucessivas e per- manentes negociagies. essa forma criou-se o Conselho Ei tadual de Recursos Hidricos - CRH, 0 Comité Coordenador do Plano e do Sist ma Estadual de Recursos Hidricos - CORHI, colegiados de nivel politico, € téenicos, 0 Grupo Técnico do Sistema ~ GTS, 0 Grupo do Plano - GTP e 0 Grupo ‘Técnico da Baciado rio Piracicaba-GTPI. s trabalhos gerados por esses gru- pos técnicos, ¢ pelos colegiados CRH e CORHI, influerciaram a elaboracao da Constituigdo Estadual ea Lei n? 7.663 de 30 de dezembro de 1991 ‘A Constituicio do Estado de Sio Pau- lo, de 5 de outubro de 1989, com os arti 0s 205 a 213 forneceu prinefpios para orientar a Politica Estadual de Recursos Hidricos, prevendo a instituigao do Sis- tema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hidricos ~ SIGRHI, no artigo 205, ¢ a cobranga pelo uso da égua, no artigo 211, destacando a gestio descen- tralizada, participativae integrada em re- Iago aos demais recursos naturais con- siderando as pecufiaridades de cada ba- cia hidrogréfica, Nada mais I6gico que a gestao dos recursos hidricos seja realizada por bacia hidrogratica, unidade fisica que tem por elemento comum, recurso natural essen- cial vida e as atividades econdmicas. ALLei n* 7.663, de 30 de dezembro de 1991, estabelece as normas deorientagao, Politica Estadual de Recursos Hidricos, bem como ao Sistema Integrado de Ge- renciamento de Recursos Hidricos, Os instrumentos para 0 Gerenciamen- to dos Recursos Hidricos, estabelecidos pela Politica Estadual de Recursos Hidri- 608 S02 + A Outorga de Direitos de Uso dos Re- cursos Hidricos, caracterizada nos arti- g0s 9 10; +A Cobranga pelo Uso dos + dricos, no artigo 14; * Rateio de Custos das Obras de Uso Mialtiplo, no artigo 15. sursos Hi- Além desses instrumentos 0 artigo 16 atribui ao Estado a obrigagao de instituir por lei o PERH 1. ALPA Plano Estadual de Recursos [ap Hidricos, tomando por base | 3. aT: os planos de bacias hidrogré- 4. BPG” ficas, e as normas e diretri- [5 Bs zes ambientais. O Antigo 17 Fg BT define ocontetido dos planos 7 Lpy de bacias hidrograficas, que g MOGI além das metas de curto, [9 MP médio e longo prazospara se atingir indices progressivos dde tecuperacio, prolecio conservacdo de recursos hidricos, os pla- ros de bacia deverao conter diretrizes ge- rais, em nivel regional, capazes de orien: ‘aos planos diretores municipais, nota- damente nos setores de crescimento ur- bano, loalizagao industrial, proteco dos manancis,exploraeZo mineral itrigago ¢ sanearento, segundo de recuperagéo, protecdo € conservaclo dos recursos hidricos das bacias ou regi des hidrograficas correspondentes. (s pianos de bacia deverao ser elabo: rados pelos comités de bacia hidrogrsfi- a, que sio colegiados de eardter consul- tivoe deliberativo, de composi tripar- tite compostos por representantes de 6r- los estaduais, dos municipios eda socie: 10, PARDO | Pardo Comités de Bacias Hidrograficas no Estado de So Paulo- CBH_ ‘Alto Paranapamema —_11.PCJ ‘Aguapei-Peixe 12. PP __ Alto Tieté 13. PSM. Baixo Pardo - Grande _|14. RB Baixada Santista 15. JD. Baixo Tieté 16. SMG Litoral Norte 17. SMT Mogi - Guacu [18.78 Médio Paranapanema _|19. TG Ww 70. stem dade civil organizada, Os comit como objetivo compatibilizar o gerencia- mento dos recursos hidrices com 0 de- senyolvimento regional e com a protegao do meio ambiente 0 Decreto 41.258 de 31/10/96 apro- you o regulamento dos artigos 9° a 13 dalei 7663/91, que versam sobre outorga € fiscalizagio do uso de recursos hidri cos, O artigo 1° define outorga como sen- doo ato pelo qual o Departamento Esta- dual de Aguas e Energia Elétrica- DAE] defere a implantagdo de quaisquer empre- endimentos que possam demandar a uti- lizagao de recursos hidricos superficiais de obras ou ‘ou subterrdneos; a exe Piracicaba, Capivari e Jundial | Pontal do Paranapanema | Paraiba do Sule Serre da Mantiquaira Ribeira de Iguape e Litoral Sul ‘So José dos Dourados | Sapucai Mirim/Grande |Sorocaba e Médio Tieté |Tieté/ Bataiha Turvo Grande |Tieté - Jacaré servigos que possam alterar o regime, quantidade e a qualidade desses recursos; a execugio de obras para extragio de Aguas subterraneas; a derivagzo de égua de seu curso ou depésito, superficial ou subterriineo ¢ o langamento de efluentes nos corpos dgua, ‘Atnalmente, esta wramitando na As- sembléia Legislativa & Lei sobre a Co- bbranga do Uso da Agua, que se aprovada nesse ano de 1999 passard a ser aplicada a8 estabelecimentos industrais ja no ano 2000. Os recursos advindos da cobranga deverdo ser aplicados em projetose obras visando a melhoria das condigbes da ba- cia hidrogrética onde foram captados. [As atividades de mineragéo no Esta Areia & Brita- 19 do de S20 Paulo to afetadas por essa politica nos niveis de licenciamento © planejamento, Quanto aos aspectos de licenciamen- to, a implantagdo ¢ funcionamento de novos empreendimentos de mineragao que utilizem recursos hidricos depende de manifestagao e outorga do DAEE, 0 que, A excegio de algumas poucas situa- ‘ges, como por exemplo a lavra de ar las e folhelhios part produgdo ceramica, consitui 0 caso geval Mas € nos aspectos ligados ao plane~ jamento que reside a maior importancia. Como vimos, 0s comités de bacias hidro- rificas deverao elaborar planos de ba- cia que irdo orientar os planos diretores, rmunicipais nos aspectos Tigados a0 uso de solo, inclusive quanto a exploracao ‘mineral abe perguntar: Quem representars 0 setor mineral nos comités de bacias hidro- _nificas, apresentando dados sobre a ativi- dade mineral na bacia, sua importincia eco- indica e social e contribuindo para com- patibilizar essa atividade com a protec, conservagio € utilizagao dos recursos hi- dricos:? Como serio formadas as efimaras ‘éenicas para definiras bases dos planos de bacis e também os eritérios para cobranga do uso da gua, haverdo téenicos conhece- Essas e outras perguntas tém que ser respondidas pelo proprio setor, através de suas organizagdes, como os sindicatos & associagbes, que se permanecerem & mar- gem do proceso, terdo que correr atris dosproviveis prejuizos que terao por nao serem corretamente entendidas ¢ contem- pladas nos planosde bacia e noseritérios de cobranga. O modelo estabelecido para gerenclamento de recursos hilricos.no Estado de Sao Paulo é merecedor de arandes elogios por se constituir em ini- Ciativa das mais avangadas no carter democritico, abrindo, de forma inédits, participagao para a sociedade civil se manifestar e decidir em conjunto com o Estado ¢ Municipios em questao tao complexa e de natureza conflitante, como a utilizagiio dos recursos hidricos. A participaco do setor mineral no pro- cesso é fundamental para methor com- preensiio ¢ aceitacio do mesmo pela so- Giedade, além de contribuir para uma maior riqueza de dados nas andlises de Viabilidade ambiental de futuros empre- endimentos. ‘A figura anterior mostra a situago ge- ‘ogtifica comespondente aos comités de bacia existentes no Estado de Sto Paulo, relacionados na tabela que segue. Para o Comitée Subcomitésda Bacia Hidrogrifica do Alto Tieté, que engloba praticamente todos os muniefpios da Grande S20 Paulo, encontram-se abertas as inscrigdes para cadastramento de enti- dades representativas da sociedade civil até 10/02/99, quando também serdo rea- lizadas reunides preparatérias. Em 20/02/99 acontecerdo as assembléias para escolha dos representantes da sociedade civil. Ena primeira semana de marco ha- Vera eleigao € posse dos dirigentes e re- presentantes no comité e subcomite. © enderego do Comité da Bacia Hi drogrifica do Aho Tiet@ é Rua Butant, 285 -10° andar ~ Sao Paulo - SP - CEP (5424-140 - Tel (O11) 210-5834, onde também funcioram parte da Secretaria de Recursos Hidricos Obras e Saneamento edo DAEE . Li podem ser obtidas infor- ‘mages mais detalhadas sobre o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hidricos, Marcos Eduardo Zabini - Eng. de Minas especialista em Gestéo Ambiental pela FAU/ FSP-USP- Direter da MINERAL Engenharia eGeologia S/C Ltda 20- Areia & Brita mee eerie erro er Sere 4 | | | . . I Assine a revista Areia & Brita i | aoe © ASSINATURA | Remeta seu cupom para: UNICA RS 40,00 ! ' ANepac POR AN. i | Rua Itapeva, 378 - 13% andar - conj. 131 - CEP 01332-000 - So Paulo - SP | | Tel/Fax.: (011) 287 3078 / 287 5903 - E-mail: anepac@sol.com.br | | Qu envie comprovante de depésito via fax no valor correspondente com o cupom preenchido. | | Banco do Brasil - Agancia 0442-1 - Conta 3113-5 | i iee ! | Nome. Cargo | | ! | Bairro. Cidade | | Estado cep Fone(s) Fax | aS Se See 4 ARTIGO “CIDADES x ENTULHOS” ‘Jerson Antonio Brito Filho® 8 eidades, de um modo geral, apresentam problemas crescen {es com seu saneamento, qu sejam finaneeiros ou operacionais. Tais, problemas siio muito mais sensiveis em municipios de maior porte onde as espa- {60s urbanos livres praticame ou onde estes espagos situam-se em dre- as de mananciais ou de preservagao am biental. Normalmente, os recursos alo- cados para os servigos de coleta e desti- nagdo dos residuos sélidos urbanos repre. sentam, praticamente em todas as admi nistragéies municipais, uma das maiores despesas. Contudo, pouco se tem feito para minorar fais problemas, O que se observa ainda é a cultura do desperdicio. Poucas so as agdes inovadoras adotadas, por parte do poder pablico, visando a re dud ou reaproveitamento dos residuos rados nas cidades A consequéncia de te imobilismo é a degradagao da qualida de de vida, pois, se de um lado crescem os aterros sanitirios oficiais e lixdes clandes. tinos, do outro diminuem os recursos que seriam methor aplicados em investimen- 10s, tas como: consirugio de eseolas, ere ches, pronto-socorros, pavimentagdes, etc Toda esta problemética seria muito mais facilmente resolvida se os governan- tes municipais, a quem compete a colet 0 dos residuos sélidos urba os, melhor planejassem as agGes sanea és de agbes fis. calizat6rias junto aos fovos de geragao de residuos'e através da adogao de praticas de reaproveitamento de materiais, ou seja, reciclando-se os materiais componentes dos residuos urbunos, tais como: plist: 08, vidros, niicos @ 08 entu- thos de construgao civil, Dentre todos os materiais que com: pSem os resfduos urbanos, os que apre- sentam maior facilidade de reaproveita- mento sao 0s entulhos de construgao ci 22 -Areia & Brita ‘Aaregade Nor fe, salvo regides bastante carac- vil, em fungdo de sua compos eristicas, os entulhos de construeHo civil compéem-se de produtos cerlimicos, ar reios endurecidos, made. ras e solos, n Kém ¢ eriais estes qui serem inertes apresentam boa resistencia mecdniea. Os entulhos podem, com in vestimentos relativamente baratos, serem propri trugio civil, através da confecgao de pe- gas pré-moldadas de conereto ou arga: massa, concretos nao estruturais, bases de pavimentos, como materiais de contra pisos, aterros, etc. O baixo custo de reci clagem dos entulhos de construgdo civil indicam-no como sendo a melhor forma de iniciar-se um programa municipal m_ dos residuos voltado para a recicl urbanos nele gerados. Apesar dos baixos investimentos e simplicidade da técnica de reciclagem dosentulhos, pouco se tem reciclado a partir de entulho (PMSP) Conti visto com relagio a esta priti nua-se a descart estes materiais como se fossem inserviveis, esquecendo-se que 6 entulhos so por natureza, constitus dos por matérias-primas nobres na cons- tmugdo civil e de alto valor comercial (areias, pedras britadas, cimentos, cales, madeiras, etc...), provocando via de re lhamento das cidades, gra o empore: quando no provocando o entupimento de sistemas de galerias e c6rregos, trazendo prejuizos diretos aos municipes. Hi mais de 2000 anos atrés os roma- nos ja m os entulhos para a construc de suas estradas. Uma das ca- madas dos pavimentos, denominadc “Stratum tadas com uma mistura de ‘ou Ruderatio” rasta de aglo- merantes (cales ou cinzas vulcdnicas), cacos cerdimicos, fragmentos de rocha e las, Esta camada tinha como fungo receber os esforgos incidentes na cama- da superior do pavimeato, a “Summa rusia, distribuindo-as para as camadas inferiores. Muitas das estradas romanas construfdas naquela época existem ain- da, hoje, como € 0 caso da via Apia. Um exemplo bastante significative do problema causado pela falta de uma poli tica adequada para o tratamento dos en- tulhos de construgao civil pode ser ob- servado ra cidade de Sao Paulo, onde coleta-se em ruas e logradouros paibli- cos, frutode descangas clandestinas, algo em tomo de 100 mil toneladas/més , 0 que representa aproximadamente 1 mi- Ihdo dem por ano. Toda esta massa de residuos acaba indo para aterros sanité- rios, ocupando espagos que deveriam ser preservados para residuos de difcil reci- Jem. Acresce-se a esta quantidade os Jangamenios de entulhos em bota-foras, imegulares, dando origem aos detestaveis, lixes, que normalmente situam-se em terrenos baldios e fundos de vales, fazen- ddo.com que a qualidade de vida da popu- lagdo sejadas piores, especialmente, para quem reside ou trabalha préximo destes, pontos de descargas irregulares. Estima- se que somente na cidade de Sao Paulo existam aproximadamente 200 aterros, landestinos de entulhes em funciona mento, os quais so explorados sem qual- quer técrica ou cuidado com 0 Meio- Ambiente Considerando-se que 0 custo com coleta de entulhos em vias e logradouros piblicos, mais transporte e deposigao em aterros chega a RS 36,00 por tonelada, 0s {gastos somente com estes servigos gira ao redor de RS 3.600.000,00 por més. A estes custos, acrescem-se Aqueles devidos Anecessidade de desobstrugBes de gale- Fias, bocas-de-lobo € oSrregos, em fun- 40 do carreamento de entulhos para es- les sistemas de drenagem, quando da ocorréncia de chuvas. Portanto, uma san- gria de recursos a qual no condiz com as escassas receitas administrativas. AS- sim como Sao Paulo, a grande maioria das cidades brasileiras de porte médio e ‘grande enfrentam os mesmos problemas, guardadas as devidas proporcoes. Exatamente, pela dimensao do proble- ‘ma, que So Paulo vem estudando des- de 1985 a utilizacao de entulhos de cons- trugdo civil em obras vidrias. Na época, executou-se pavimentagdo experimental com a utilizagao de entulhos de constru- 920 civil na camada de sub-base da rua Gervisioda Costa, experiéncia esta, pio- FS irs cereoonouceanscevaeneto ‘waa wensAvo7 331 Vani Ao MEDa ND 87-02% (ote) NEE! Participago e Quanttatvo de Residuos Coletados (7m, 5 2 a 5 2 som lt ¢ i tae al} oe ial . Quantitativo Coletado ‘neta wecacon menia= 78958 24 193588 neira no pafs. Esta via foi monitorada 20 longo dos anos, mostrando desempenho altamente satisfat6rio para as condigées de tréfego a que fora submetida (tréfego leve), sendo que aps decorridos pratica- mente 13 anos de sua execugdo, nio se verifica defeitos resultantes de rupturas em suas camadas. A partir de 1991, deci- diu-se pela implantagio de uma unidade de reciclagem de entulhos de constr civil, com capacidade de processar 100 toneladas por hora, instalagdo este que possibilitou uma série de experiencias, me Quantitativo de Entuiho “iy 5 ole gai i bid pabie| mmm 08° ENTULHO Mena tanto voltadas a servigos de pavimenta- ‘so como para a produgdo de artefatos de conoreto, experiéncias estas que indica ram apossibilidade ssgura, de dotaro mu- nicipio de um amplo programa de reci- cclagem de entulhos de construga0 civil que encontra-se em fase de implantagio através do LIMPURB. ~ Departamento de Limpeza Urbana do muniefpio, Neste programa, os entulhos reciclados dever ser utilizados para servigos de pavimen- taco, nivelamento ¢ cascalhamento, de vias de terra, envelopamento de lixos oF Areia & Brita- 23 Britador do conjunto recielador de entulho. (Usina ltatinga) ginicos ndo recicliveis ou de dificil reci- clagem, recuperagiio de freas degradadas e venda publica para aterros, contra-pi sos e fubricagdo de artefatos de concre- tos ramassas. Espera-se que com esta iniciativa, o problema dos entuthos seja em parte resolvide na cidade de So Pau: To, contudo sua resolugao definitiva pas- sa também pela criagiio de leis que ve- nham a punir severamente aqueles que Jangam residuos em locais inadequados e pela conscientizagao dos municipes so- Dre © Lmnportante pupel que estes repre sentam para a melhoria das condigoes ambientais da cidade, quer seja através de suas ages, quer seja na fiscalizagao de sua ria Muito nistrador piblico tem a obrigagao de mais do que um dever, 0 adm buscar alternativas para a preservagio do meio-ambiente. De acordo com a lei n°. 9,605/98, que dispoe sobre as sancoes penais e administrativas lesivas ao meio- ambiente, através de seu artigo 68, ¢ sidera crime: “deixar, aquele gue tiver 0 dever ou contratual de fazé-lo, de cum: prir obrigacdo de relevante interesse am- biental” . Os entulhos quando deposita- sgularmente em vias e logradou- de cdrregos apresentam risco potencial & © pliblica, em fungdo de propiciar a proliferagdo de insetos em seus nichos. Isto posto, faz com que nistrador piblico a busca de solugdes sanearo ambiente, devendo portanto criar 24 - Areia & Brita Prefeitura Municipal de Sao Paulo condigdes para que os entulhos gerados nas cidudes tenham teat nento e disposi (do adequados. MUNICIPIOS: ORGAMENTOS X DESPESAS Apesar dos municfpios no visarem Jucros, uma vez que juridicamente devem reverter suas receltas em benelicio de seus municipes, aos administradores cabe a Inportamne iissay de uLinnie Us eu 1a5 de material reciclado - PMSP sos disponiveis, frutos da cobranga de impostos, taxas, multas e demais emolu mentos. Um administrador ao definir-se por um investimento deve sempre le em conta a obtengio da melher relagdo custo/beneficio possfvel. Tanto melhor serd o investimento quanto mais pessoas forembeneficiadas por un despesa, portanto, tanto meinor sera 0 investimento quanto menor for o custo amas de per-capita. Ao introduzir-se pro feciclagem de materiais, se estard crian do condigdes para a redugdo destes cus- tos per-capita, pois, o simples fato de ren tilizarmos matérias-primas, os dispéndios com aquisigdes de novos materiais serio No caso especifico da reciclagem de entulhos de construgio civil, existe uma economia significativa com a compra de pedras-britadas e areias para obras e ser vigos de manutengio urbat estes sao substitutos de comprovada qua- idade té To como exemplo de economia possivel de © municipio de $0 Paulo ser realizada para os cofres piblicos, A cidade de Sao Paulo possui aproximad: mente 8 mil km de ruas ndo pavimenta- das (aproximadamente 80 milhdes de mm’). Para que estas vias cumprissem sua fun io basica de dar boas condicies de tra fegabilidade, deveriam ser objeto de re ularizagao meciinica ecascalhamento ao menos uma vez, por ano, em média. Para 0S DOIS MAIS IMPORTANTES EVENTOS DA MINERAGAO BRASILEIRA EM 1999, JA SAO ABSOLUTO SUCESSO. SE A MINERAGAO BRASILEIRA E DO SEU INTERESSE, VOCE TEM DE ESTAR PRESENTE! Vill CONGRESSO BRASILEIRO DE MINERACAO Vill EXPOSIGAO BRASILEIRA DE MINERACAO - EXPOSIBRAM 99 Belo Horizonte - MG - Brasil - Minascentro=17 a 20 de agosto de 1999 Expressras empresas de miner de equipametos, de tecnologia para merase para. o mio ambienc- dere as quis mats ces mone do Brae do rnd onfinmaram sa partcpazo nose\entos cia, garantindo Gx A EXPOSIBRAM 99 jest com mas de 75% deus ets vei! Pinca objetivs: + Fomentarnegcios ene empresas mines abs de exquipementos omecedoes de servos de enlops + Mostaro estado da ate da tenologia par tor mine jromnene a auaizazo wool ds profs der + Divulgar que as empresas de mina ft res carps do cone ambien da aie ese, da ao sia edo ‘ésenvolvimentocomuniin erego Sites swwwexpesbramd9 org br es sério um volume anual de 4 mithoes de rn de pedras-britadas, a um custo apro- ximado de R$ 80 milhdes. Loicamente, rio existem tamanhas somas de recursos pra al finalidade, motivo pelo qual pou- 0 se pode fazer. Contudo, se para esta nacessidade fossem utilizados entulhos reciclados, ter-se-ia um custo ao redar de RS 24 milhdes, ow seja, apenas 35% do que se gastaria se fossem utilizadas pedras-britadas. Esta diferenga de per demonstra a viabilidade da implantagao de um programa macro de reciclagem para a cidade. Ainda em favor da recicla- gem de entulhos existe a economia pro- piciada devido a nao deposigdo desies em aterros sanitérios ou de materiais inertes Certamente que diante de tamanha eco- nomia nao existe contra-argumentagao saficientemente l6gica para que nao se leve adiante um programa de reciclagem de entulhos para a cidade de So Paulo, Ainda, segundo estudos realizados por téenicos da prefeitura de So Paulo, a uti lizagdo de entulhos reciclados na cons: ttugiio de novos pavimentos gera um custo final da ordem de 30% inferior aos mé- todos tradicionais, Nestes servigos, os en- tulhos seriam utilizados para execucao das camadas de reforgode subleito, sub- base , como lastro para execugdo de guias esarjetas ¢ envelopamento de galerias, De acordo com estuilos realizados no Departamento de Limpeza Urbana- Limpurb, de Sao Paulo, investimentos em reciclagem de entulhos so amortizaveis entre oito ¢ 12 meses. Dificilmente, tem. 26 - Areia & Brita Pihas de materiel reciciada a partir da entulho. Na frente rejelto metalico seem qualquer que sejaa atividade.amor- tizagdes em tdo curto periodo de tempo. ESTRATEGIAS PARA IMPLANTACAO DE PROGRAMAS DE RECICLAGEM DE ENTULHOS ‘Tanto mais ficil e barato seré a im- plantag&o de um programa de reciclagem de entulhos quanto maior dominio se ti- ver das earacteristicas¢ tipologia dos en- twlhos gerados na cidade. Para um muni- ipio que deseje introduzir-se num pro- grama dessa natureza , deve-se analisar, ‘49 menos, os seguintes tpicas: 8) Quantificagaio dos entulhos gera- dos no municipio: este dado & primordial para que se possa dimensionar 0 progra- ma, ou Seja, determinar o tipo e capaci dade dos equipamentos, pessoa ) Anilise da composigao média dos entulhos gerados: este pardmetro serve para o estudo de possibilidades e formas de aproveitamento dos entulhos recicla- dos, tais como: pavimentagao, produedo de concretos nao estruturais, artefatos de ©) Logistica: € prudente que o(s) local(is) para a instalacdo das estagdes de reciclagem sejam convenientemen- te estudados, de modo a no se incor- rer em erros de estratégia, principal mente, no que se refere & problemas com 0 entorno ou devido a distancias exageradas entre os pontos de geracio e da estagio de reciclagem. E conve- hiente que as estagdes de reciclagem de entulhos situem-se junto & aterros sanitarios ou de materiais inertes, tan- to pelo fata de ja existir uma conviven- cia com o entorno, como pelo fato de sempre existira necessidade de de tes de fragées excessivamente contami- nadas por plisticos, vidros ou matérias organicas 4) Legislagio e fisealizacao: progra- ma de reciclagem de entulhos de cons- truco civil se completa com a existén- cia de uma legislagdo que venha a disci- plinar a coleta e destinagao dos residuos sdlidos urbanos, que seja simples aos olhos dos leigos seja severa para os que as desrespeitam, em especial aqueles. que tratam a cidade como se fosse um imen so lixdo, descarregando seus restos em Iocais impréprios. fiscalizagao, por sua xez, deve ser atuante e consciente de seu papel, de forma a coibir priticas lesivas 80 meio-ambiente e consegitentemente & qualidade de vida da populagao. Arreciclagem de entulhos de constru co civil , dada a sua praticidade, aplica- bilidade e baixo custo €, certamente, a porta de entrada para os municipios que queiram entrar no mundo moderno do reaproveitamento de materials. E 0 pri rmeiro passo em diregdo as tecnologias de reciclagem de maior sofisticago téeni- a, portanto, 0 primeiro passo de um ad- ministradorpaiblico, que queira andar por caminhos retos, em meio-ambiente eco- Iogicamente saudavel ‘Jerson Antenio Brito Filho 6 diretor iéenico da Diviséo de Incineracao ¢ Transbordo do Departamento de Limpeza Urbana do Municipio de $80 Paulo. Engenheiro Civil e Tecndlogo de Construgao Civil - Modelidade: Pavimentacio . Ao comprar explosivo: sempre o melho produtos EXPLO é uma tranqiiilid A qualidade dos produtos de para vocé. oe eee 2 acessorios, escolha fornecedor: EXPLO. ertificadas pela ISO 9002. Compre tranqiiilo e leve into 70 anos de experiéncia e lideranga no setor de xplosivos. EXEL HTD. ‘Shot Plus (software) Doria Explo Brasil Ltda. e lient ee’ Servigo de Atendimento ao Cliente Hine Grandes conhecimentos e experiéncias combinados sao fortes fundamentos na ‘otimizagao do rendimento das detonagdes, resultando em: 4) minimo custo total das operagdes da pedteira; +) maxima lucratividade. A navn enfoque de enstas, 2 evalnes tecnolégica e a nova realidade das priticas de desmonte no Brasil A estabilidade econdmica, « globa- lizagdo e a concorréncia cada dia mais acirrada tém estimulado o exere‘cio incan- sdvel com planithas de custos, a pesquisa, desenvolvimento ¢ a implantagao de tecnologias atuais ¢ globalizadas. Esta realidade caracteriza hoje, em maior ou menor escala, a moderna gestao de algumas pedreiras brasileira. Nos mais recentes congressos internacionais sobre desmonte de rochas, 1s especialistas chegaram a conclusdo andnime de que a energia de detonagao€ muito mais barata que qualquer outra forma de energia utilizada nessa operagio. Apoiados por resultados de custos, Estados Unidos, Aus- tralia e outros paises sempre praticaram ra res de carga muito superiores as praticadas no Brasil O desenvolvimento tecnolégico dos ex- plosivos e a realidade econdmica do Brasil fizeram com que 05 pregos dos explosivos diminuissem bastante nas tltimas décadas. O ficil acesso & informagio ea chegada de novas tecnologias em explosivos ¢ técnicas de desmonte tém motivado algumas empresas a aprimorar © conceito de desmonte de rochas, permitindo-thes priorizar objetivamente © custo final de produgdo, sem negli- genciar os custos de desmonte Exemplificando 0 exposto, mostramos abaixo dois casos. -Casos reais de parceria com resultados positivos Nome da empresa: Pedreira Araguaia Local: Goiéria, GO Posigao do mercado: lider na produgao de agregados em Goids, com 50 mil ton/més. Durante muitos anos, a Araguaia utilizou ‘substancialmente o ANFO em sua operagao de desmonte, com raz6es de carga da ordem de 500 ‘gi, iniciagao por cordel detonante e até quatro fogos por més. Quando tomou conhecimento de que poderia reduzir bastante seu custo final através de uma boa parceria, optou pelo trabalho ‘com a Explo ¢ hoje usa a emulsdo bombeada, ‘com razao de carga de 760 g/m’, iniciagao nao elétrica com EXEL CA dentro dos furos e EXEL HTD na superficie. Suas bancadas, bem for- madas, tém 12, 15 e até 28 metros de altura. A Araguaia trabalha com furos de 3,5 polegadas de didmetro, trés linhas de furos e malha de perfuracdo com 2,4m x 3,8m. A empresa esta Jocalizada no perimetro urbano de Goiania. Nome da empresa: Cimento Tocantins (Grupo Votorantin) Local: Brasilia, DF Posic¢ao do mercado: lider no DF nos setores de Caudre para cimenty & ayreyaues, Gon 130 rill oH" més. A Tocantins utlizava uma razo de carga da or- dem de 130 g/ton, empregando expiosivos granu- lados aluminizados e/ou nitroglicerinados. Deter- minada a reduzir seus custos finais, a empresa tam- bém procurou uma boa parceria, tendo optado pela Exolo, e hoje utiliza uma razao de carga da ordem de 180 g/ton. © Engenheiro de Minas Paulo Fernando, do Dep. de Mineragao, afirma que houve acréscimo nna producao de 30 ton/hora na britagem priméria e uma redugao substancial no percentual de fogo se- cundario. Os ganhos de produtividade custos de manutengao dos equipamentos de carregamento/ transporte estéio sendo analisados. O Eng. Paulo Fernando pretende fazer ensaios com razes de carga de 250 giton, verificando os custos finais de carregamento, transporte, britagem e moagem. Nestes dois casos, a Explo participa e acompanha de perto o desenvolvimento dos trabalhos e oferece Araguaia e Tocantins 0 que hé de mais atual em explosivos e tecnologia de desmonte de rochas. 30 - Areia & Brita m solenidade realizada dia 23 de setembro de 1998 no Teatro Ga- brie! Cianflone, municfpiode San- talsabel - SP, a Pedreira Santa Isabel Ltda recebeu 0 prémio Preservagdo Ambien- tal, instituido pela Comissao de Meio Am biente da Camara dos Deputados. O pré- mio, entregue pelo deputado federal por Si Paulo Ricardo Izar ao diretor-supe~ rintendente da empresa, Ademir Matheus, veio reconhecer os trabalhos de preser vaclo ambiental desenvolvidos pela Pe- dreira Santa Isabel Lida no local de ex- Lragao de rocha para a producao de pedra britada, ‘Compuseram a mesa diretora da sole: nidade, a prefeita municipal, Maria Ange~ la Sanches, o presidente da Camara Mu: nicipal de Santa Isabel, Eliézio Santos de Santana, o secretério municipal do Meio Ambiente, Arthur Vilella, 0 deputado fe deral, Ricardo Izar, o presidente da AN PAC, Eduario Rodrigues Machado Luz, © presidente do Sindipedras, Tasso de To- {edo Pinheiro, o diretor do Ibram, Antero ‘Antonio Matheus entrega prémio a0 funcionério mais antigo da empresa Saraiva Jn, 0 chefe do 2° Distrito do DNPM, Nicolau Kohle, ¢ os homenagea. dos, Antonio Matheus, diretor-presidente, ¢ Ademir Matheus, diretor-superinten dente Em seu discurso, a prefeita Angela Sanches enalteceu 0 trabalho desenvolvi do pela empresa em prol da comunidade santa-isabelense. Eduardo Machado falou sobre as dif culdades que as em. presas de mineragao encontram para se enquadrarem nos Ti mites rigidos impestos pela legislaca ambiental paulista,ressaltando 0 traba Iho daqueles, comoa Pedreira Santa Isa bel q e, além de cumprir a dura | ‘Ademir Matheus recebe prémio Preservacso “Ambiental do Deputado Ricardo lzar ‘cdo, conseguem sobressair-se ao ponto de serem lembradas para receber prémios da magnitude concedida pela Camara dos Deputados. Tasso de Toledo Pinheiro, presidente do Sindipedras, lembrou que a Pedreira Santa Izabel por uma questo de vocagio e diretriz.empresarial estabe leceu abjetivos ambientais muito claros, Solenidade de entrega do prémio Preservacao Ambiental incluindo o componente ambiental na sua misstio empresarial. Fez. uso da palavra ainda 0 deputado Ricardo Tzar que ea- tregou o prémio a Ademir Matheus Ademir Matheus ressaltou o trabalho dos funcionérios da empresa, lembrando ‘que sem a intensa participagdio de todos rnenhum objetivo pode ser aleangado, Em reconhecimento 40 empenh dos empre- mbiental, foram agraci adas as pessoas diretamente envolvidas 105 trabalhos de plantio ¢ recuperagao ambi dos pela causa ental, CCastanheira e Waldyr Paroline. Para enal- dos funcioné: 12 Joao Bosco e os senhores Jato ‘trabalho eded rios, a Sra, Sonia Matheus prestou home- nnagem ao funcionério mais antigo da em- presa, Sr. José Rodrigues de Carvalt. Uma homenagem especial foi prestada so fundador da empresa St. Anténio Matheus, que recebeu das mos de sua neta, Karen Milena Matheus, uma placacomemorati- va. Em seguida foi projetado um video com aspectos de sua vida, No encerramento da solenidade, hou- ve a apresentagao da cantora lirica Méni- cca Martins, que te de com 0 Hino Nacional, cantou entre fo aberto a solenica ‘outras pecas © muito aplaudido Hino do Corinthians, clube do coragio dos home nageados. Em seguida foi servido um coquetel Areia & Brita -31 Numero de alvaras publicados pelo DNPM € recorde hist6rico =— O DNPM publicou em 1998, 12 mil alvaras de pesqui- sa mineral, um nimero jamais atingido em toda sua his- toria. A média do periodo 1986-1995 foi de 3 mil alvaras publicados por ano, um valor quatro vezes menor do que 0 de 1998. Com este esforgo, 0 orgdo controlador da ati- Vidade mineral no pais pretende eliminar 0 atraso que Alvaras por Substancias vinha se acumulando nos tltimos anos, fruto do desca- so com que a mineragao foi tratada no Ultimo decénio. Esta performance foi obtida apesar do seu quadro redu- zido que conta com cerca de 900 funcionarios, dos quais 400 com nivel superior. Este recorde historico deve ser crecitado a capacidade de trabalho dos servidores e ao esforgo da atual administragao em investir na informati- zagao do DNPM. Alvaras por Unidades da Federagao Dos alvarés publicados, 0 ouro participou com cerca de 38%, a areia com 7%, 0 granito, argila e calcdrio com 6%, 0 diamante com 5% @ as demais substancias com 32%, Por unidade da Federagao, Minas Gerais foi a que obteve 0 maior numero de alvards, 24%; seguida por Bahia, 22%; Goids, 12%; Santa Catarina e Parand, 6%; € os demais, 30% Svedala reestrutura suas operacoes no Brasil — lsh Em coletiva de imprensa no Hotel Ca’ D'Oro, 0 Grupo ‘Svedala apresentou no dia 30 de novembro sua nova es- 32 -Areia & Brita trutura para 0 pais. Embora ‘suas duas principais operagdes continuem sendo denominadas Svedala Fago © Svedala Dyna- pac, passa a existir de fato a Svedala Brasil com duas divi- sdes:a de manufaturas ¢ a co- mercial. A diregao da primeira caberd aoeng, Jodo Ney Cola- grossi Prado Filho, que serd ao mesmo tempo, presidente do grupo Svedala Brasil, 2 a se- gunda, ao eng, Pedro Pery Monteiro. Esta segunda divisao, conhecide internamente como Svedala House, sera res- ponsavel por todas as operacdes comerciais dentro do pais. A responsabilidade para as operacdes do grupo para os paises da América Latina onde a Svedala nao possui unidades industrials sera do eng, Carlos Aurélio Dompier, ex-presiden- te do grupo Svedala no Brasil © grupo Svedala, com fa- turamento de USS 2,1 bilhoes, atua em 48 paises. No Brasil, © faturamento em 1998 atingiu a casa dos US$130 milhdes. ‘Com unidades industriais loca- lizadas em Sorocaba, interior de Sao Paulo, 0 grupo empre- ga cerca de 1.300 funciondrios. Pedro Peri Monteiro Suas vendas so direcionadas principalmente a minera- (G0 — 50% do faturamento — e & construgao civil, com 40%. As vendas externas representaram 40% do fatura- mento da empresa em 1998. Segundo Colagrossi, a em- presa tem obtido aumentos expressivos em suas expor- lagdes. Em sete anos, a exportagao de fundidos, o item principal exportado, cresceu cinco vezes. Em 1997, 0 to- tal geral exportado foi de US$ 40 mihhdes. A previsdo para 1998 era atingir US$ 46 milhdes, um aumento de 15%, & com previsao para 1999 de chegar a USS 60 mihdes. A participagdo regional nas exportagoes é a sequinte: 37% para a América Latina; 25% para a Europa; 17% para a ‘América do Norte; 16% para a Asiae Oceania; e 3% para a Africa. A Svedala, segundo Dompier, vé nas unidades brasi- leiras grandes perspectivas. Prova disso é que coube 4 Svedala Fago desenvolver e fabricar com exclusividade como produto mundial a nova linha de britador de man bulas JAWMASTER.O desenvolvimento © montagom, com a utlizagao dos produtos mundiais da Svedala, das plan- tas portateis de britagem SCORPION também couberam unidade brasileira, Para o biénio 1998-1999 esto sendo investidos mais de USS 7 milhdes, sendo cerca de USS 4 milhOes na nova fundigao, com linha de moldagem auto- matizada, cuja inaugurecao esta prevista para abril de 1999. Na area comercial, segundo Monteiro, as vendas em 1998 foram boas nas areas de construcao pesada e pe- dreiras e ruins na area de mineragao. Para 1999, a inten- Jodo Ney Colagrossi Filho

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