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Novembro | 2022

Pensamento e Batalha
100 ANOS DA MORTE DE
RICARDO FLORES MAGÓN

“Avante, companheiros! Logo escutareis os Perseguido no México, Magón procurou


primeiros disparos; logo os oprimidos lançarão o refúgio nos EUA, onde foi capturado em diferentes
grito de rebeldia. Que não haja um só que deixe de situações e ficou preso por vários anos, tendo sua
secundar o movimento, lançando com toda a força fiança paga por comitês de solidariedade organizados
da convicção este grito supremo: Terra e Liberdade!” por sua companheirada no México, nos EUA e no
restante do mundo. Por fim, apareceu morto em
Hoje, dia 21 de novembro, fazemos memória ao uma cela nos EUA, assassinado em circunstâncias
centenário da morte de Ricardo Flores Magón, nebulosas pelo Estado estadunidense em 1922.
militante anarquista mexicano de ascendência Ainda durante a prisão, continuou ativo, escrevendo,
indígena. Nascido em 1874, Magón dedicou sua vida conspirando e inspirando sua companheirada.
à causa revolucionária, lutando ao lado de seu irmão Incansável, Magón fez de sua vida um exemplo vivo
Enrique Flores Magón, e muitas outras e outros de luta generosa e desinteressada pela libertação
companheiros, no México e nos Estados Unidos. Com dos povos. Sua vida é combustível para nossas lutas!
seu trabalho de propaganda e articulação política, foi
POR NOSSAS E NOSSOS CAÍDOS, MEMÓRIA,
um importante elo na aliança entre o campesinato e
LUTA E REBELDIA! VIVA RICARDO FLORES MAGÓN!
operariado urbano, com forte presença de população
VIVA A LUTA REVOLUCIONÁRIA DOS POVOS
indígena, na preparação da Revolução Mexicana. Esse
ORIGINÁRIOS! VIVA TERRA E LIBERDADE!
processo revolucionário, que eclodiu em 1910, teve
sólido protagonismo dos povos originários. Magón
foi fundador e militante do PLM, onde se organizava
politicamente, além de profícuo escritor, publicando
artigos, ensaios e contos em inúmeras plataformas,
como o jornal Regeneración, do qual foi fundador.

Ao lado de Emiliano Zapata, defendia que os povos


originários, com sua defesa e recuperação de territórios
usurpados pelas elites burguesas e coloniais, eram o
grande sujeito revolucionário do período. Com suas
posições avançadas, Magón combateu o racismo e
eurocentrismo anti indígena, inclusive de amplos
setores da esquerda à sua época. Junto com Zapata,
Magón é semente para a continuidade da luta avançada
das e dos indígenas do EZLN, que se levantaram contra
o governo mexicano e o capital em 1° de janeiro de 1994.

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NENHUMA ANISTIA
PARA BOLSONARO E
OS ASSASSINOS DO
POVO!
CONTRA AS TENTATIVAS GOLPISTAS:
O FASCISMO SERÁ ESMAGADO
NAS RUAS PELO PODER
POPULAR!

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