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Simulado ENEM - Linguagens e Humanas SAS
Simulado ENEM - Linguagens e Humanas SAS
B R
LINGUAGENS
a) O termo a imaginação de um bem amado (1) é objeto direto do verbo Sufocando do Sol a face pura,
“fazer”.
Tinha escondido a chama brilhadora.
b) O termo o peito amante (2) é sujeito do verbo “transformar”. Cláudio Manuel da Costa
c) O segmento Daqui vem (3) introduz idéia de causa.
d) O segmento Se não distingue (4) introduz idéia de condição. Nessa estrofe, o poeta
e) O segmento que a minha alma delirante / Se não distingue já do meu a) dirige-se a Nise, com intuito de expressar tristeza pelo fato de o manto
cuidado (3) e (4) é objeto direto do verbo “vir”. negro da noite corromper a beleza do dia, representada pela deusa
Aurora.
Questão 03. b) dirige-se à amada para lamentar o fim de uma noite de amor pela
chegada de novo dia, fato comprovado pelo uso das expressões a
Assinale a alternativa correta em relação a Marília de Dirceu, de Tomás matutina Aurora e chama brilhadora.
Antonio Gonzaga. c) dirige-se a Nise e lhe descreve um quadro da natureza por meio de
a) No livro, é estabelecido um contraste entre a paisagem, bucólica e metáforas como, por exemplo, negro manto e Sufocando do Sol a face
amena, e o cenário da masmorra, opressivo e triste. pura.
b) Trata-se de um conjunto de cartas de amor, enviadas por Marília, de d) declara seu amor a Nise com uma linguagem emotiva (rompe, negro
Minas Gerais, a Dirceu, que se encontra em Moçambique. manto etc), estabelecendo uma analogia entre a natureza grandiosa
e a beleza da amada.
c) Na obra, o pensamento racional é anulado em favor do sentimentalismo
romântico. e) declara seu amor à Musa e lamenta o fato de não ser correspondido,
já que a face pura do Sol foi apagada pelo negro manto da noite escura.
d) Nas liras de Gonzaga, Marília é uma mulher irreal, incorpórea, imaginada
pelo pastor Dirceu.
e) Trata-se de um livro satírico, carregado de termos pejorativos em
relação às convenções da época.
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Questão 06. Com base nos excertos anteriores e na leitura dos três Sermões de
Quarta-feira de Cinza, assinale a alternativa correta.
Vós, diz Cristo, Senhor nosso, falando com os pregadores, sois o sal
da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra o que a) Em Ariès, a salvação ou danação ocorre no quarto do moribundo, mas
faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção; mas quando a terra se vê nos sermões de Vieira é a atenção ao momento presente e a decisão
tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de correta que importam para o cristão.
sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque b) A afirmação de Alcir Pécora é válida somente para o primeiro sermão,
o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o pois os dois últimos sermões retomam o tema do fim dos tempos e
sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou da agonia do moribundo para a fé cristã.
porque a terra se não deixa salgar e os ouvintes, sendo verdadeira a c) Segundo Ariès, o drama da salvação se dá na imagem do quarto do
doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não moribundo. Essa imagem é decisiva para a compreensão do terceiro
salga, e os pregadores dizem uma cousa e fazem outra; ou porque a terra sermão.
se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem,
que fazer o que dizem. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores se d) Para Alcir Pécora, o que distingue os sermões de Vieira dos discursos
pregam a si e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os sobre a morte nesse período é a ênfase do padre jesuíta na ação
ouvintes, em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo futura.
isto verdade? Ainda mal! e) Conforme Alcir Pécora, o que distingue os sermões de Vieira dos
(Antônio Vieira, Sermão de Santo Antônio, em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ discursos sobre a morte nesse período é a ênfase do padre jesuíta na
download/texto/bv000033.pdf>.) ação do passado.
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Questão 09. Há livros que só funcionam em papel. É o caso dos livros que os
povos angloparlantes denominam coffee table books, “livros de mesinha
“Diz Deus que comem os homens não só o seu povo, senão declaradamente de centro” - aqueles livrões bonitos, em formato grande, cheios de
a sua plebe” (2- parágrafo) ilustrações e muito incómodos de ler no colo, impossíveis de levar para a
cama. Estes são objetos que se destacam pelo tamanho, pela qualidade
Reescrito em ordem direta, tal trecho assume a seguinte forma: de impressão, pela vista que fazem. Quem quer ver um livro desses num
a) Deus diz que os homens, senão declaradamente a sua plebe, comem tablet? Quem quer presentear um desses em e-formato?
não só o seu povo.
Há também os grandes clássicos, os romances que todos amamos
b) Diz Deus que os homens comem não só o seu povo, senão e queremos ter ao alcance da mão. Esses são aqueles livros que, em
declaradamente a sua plebe. geral, lemos pela primeira vez em formato de bolso, mas aos quais nos
c) Deus diz que os homens comem não só o seu povo, senão a sua plebe apegamos tanto que, não raro, acabamos comprando uma segunda
declaradamente. edição, mais bonita, para nos fazer companhia pelo resto da vida.
d) Os homens comem não só o seu povo, senão a sua plebe Isso explica as lindas edições que a Zahar, por exemplo, tem feito
declaradamente, diz Deus. de obras que já encantaram várias gerações, como “Peter Pan”, “Os três
e) Os homens comem não só o seu povo, diz Deus, senão declaradamente mosqueteiros” ou “Vinte mil léguas submarinas”: livros lindos de se ver e de
a sua plebe. se pegar, cujo esmero físico complementa a edição caprichada. Ganhar de
presente um livro desses é uma alegria que não se tem com um vale para
uma compra eletrônica. Fica a dica, aliás, já que o Natal vem aí.
Questão 10.
Há prazeres e sensações que só tem com o papel. Gosto de perceber
“A nossa Sé da Bahia, o tamanho de um livro à primeira vista. Um tablet pode me informar
Com ser um mapa de festas, quantas páginas um volume tem, mas essa informação é abstrata. Saber
É um presepe de bestas, que um livro tem 500 páginas ou ver que um livro tem 500 páginas são
Se não for estrebaria: coisas diferentes. Gosto também de folhear um livro e de fazer uma
Várias bestas cada dia espécie de leitura em diagonal antes de me decidir pela compra. Isso é
Vejo que o sino congrega.” impossível de fazer com ebooks.
Quanto aos versos, é INCORRETO afirmar que Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.
RONAI, Cora. Jornal O Globo, Economia, 12 nov. 2012.
a) São um depoimento impressionante sobre as realidades sociais da época.
b) Criticam as igrejas que serviam como ponto de reunião de senhores-
Em que opção a autora empregou o paralelismo?
de-engenho e do povo.
c) Confirmam a terrível capacidade crítica do poeta, que lhe valeu o a) “Não dou vida longa aos livros de referência em Papel.” (3º§)
apelido de “O Boca do Inferno”. b) “Sem falar, é claro, do cheiro inigualável dos livros em papel.” (9º§)
d) Integram a poesia lírica do poeta, em que ele se posicionou como c) “Esses são aqueles livros que, em geral, lemos pela primeira vez [...].”
censor e vítima, criticando toda a sociedade baiana. (6º§)
e) É um poema com função crítica, marca do poeta. d) “Gosto igualmente de livros e de tecnologia, e seria a primeira a abraçar
[...].” (2º§)
Questão 11. e) “Em alguns casos, percebo uma espécie perversa de prazer apocalíptico
[...].” (1º§)
Não, os livros não vão acabar
Embora quase todos os conjuntos de folhas impressas reunidos entre a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
duas capas recebam o mesmo nome de livro, nem todos exercem a mesma b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
função. Há livros e livros. Um manual técnico é um animal completamente c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
diferente de um romance; um livro escolar não guarda nenhuma semelhança
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
com uni livro de arte; uma antologia poética e um guia de viagem são
produtos que só têm em comum o fato de serem vendidos no mesmo lugar. e) “essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.
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TEXTO I
“arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais
nosso sentimento é admirativo” (3º parágrafo) Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os
amigos na praia. Quase não havia cabelos brancos entre os poucos
Os dois segmentos sublinhados podem ser substituídos, com correção que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje, era a fotografia de
gramatical, por: um jovem. Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me
a) do espírito humano - em frente dos quais. considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de
chegar aos 90 em pleno domínio da razão, é possível que uma imagem
b) da sensibilidade humana - perante às quais.
de agora me cause impressão semelhante.
c) do espírito humano - perante as quais.
O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção:
d) da sensibilidade humana - em frente as quais.
o feto de seis meses é muito mais velho do que o embrião de cinco dias.
e) do espírito humano - perante aos quais. Lidar com a inexorabilidade desse processo exige uma habilidade na
qual nós somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal capaz de criar
soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos
Questão 14.
ecológicos que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
De como não ler um poema
Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação,
temos que aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais
Há tempos me perguntaram umas menininhas, numa dessas velhos. A adolescência é um fenômeno moderno. Nossos ancestrais
pesquisas, quantos diminutivos eu empregara no meu livro A Rua dos passavam da infância à vida adulta sem estágios intermediários. Nas
Cata-ventos. Espantadíssimo, disse-lhes que não sabia. Nem tentaria comunidades agrárias o menino de sete anos trabalhava na roça e as
saber, porque poderiam escapar-me alguns na contagem. Que essas meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.
estatísticas, aliás, só poderiam ser feitas eficientemente com o auxílio
de robôs. Não sei se as menininhas sabiam ao certo o que era um robô. A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos, sem
Mas a professora delas, que mandara fazer as perguntas, devia ser um abrir mão do direito de reclamar da comida à mesa e da camisa mal
deles. E mal sabia eu, então, que estava dando um testemunho sobre o passada, surgiu nas sociedades industrializadas depois da Segunda
estruturalismo - o qual só depois vim a conhecer pelos seus produtos em Guerra Mundial. Bem mais cedo, nossos avós tinham filhos para criar.
jornais e revistas. Mas continuo achando que um poema (um verdadeiro
A exaltação da juventude como o período áureo da existência
poema, quero dizer), sendo algo dramaticamente emocional, não
humana é um mito das sociedades ocidentais. Confinar aos jovens a
deveria ser entregue à consideração de robôs, que, como todos sabem,
publicidade dos bens de consumo, exaltar a estética, os costumes e
são inumanos. Um robô, quando muito, poderá fazer uma meticulosa
os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária tem o
autópsia - caso fosse possível autopsiar uma coisa tão viva como é a
efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase
poesia. Em todo caso, os estruturalistas não deixam de ter o seu quê
se aproxima do fim.
de humano... Nas suas pacientes, afanosas, exaustivas furungações, são
exatamente como certas crianças que acabam estripando um boneco A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito
para ver onde está a musiquinha. mais do que afligia nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70
(Mário Quintana - Textos Selecionados) anos, Cícero foi assassinado aos 63, Matusalém sabe-se lá quantos anos
teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou judeus viviam em
média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer
Glossário:
nos países da Europa mais desenvolvida não passava dos 40 anos.
Estruturalismo: tendência metodológica que busca a apreensão de A mortalidade infantil era altíssima; epidemias de peste negra,
estruturas concebidas como modelos matemáticos, mecânicos. varíola, malária, febre amarela, gripe e tuberculose dizimavam
populações inteiras. Nossos ancestrais viveram num mundo devastado
Afanosas: trabalhosas, cansativas. por guerras, enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia
e a onipresença da mais temível das criaturas. Que sentido haveria em
Furungações: buscas exaustivas de dados que não existem.
pensar na velhice quando a probabilidade de morrer jovem era tão alta?
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Seria como hoje preocupar- nos com a vida aos cem anos de idade, que Questão 16.
pouquíssimos conhecerão.
Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos 80. Se
assim for, é preciso sabedoria para aceitar que nossos atributos se
modificam com o passar dos anos. Que nenhuma cirurgia devolverá aos
60 o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é sinônimo
de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam,
comem com parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às
transformações do mundo.
Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos de
corpo e alma ao deixar a juventude é torná-la experiência medíocre.
Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram aqueles dos 15 aos 25 é não
levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de suprimir
por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento
inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as
burradas que fizemos nessa época. Nada mais ofensivo para o velho do
que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É considerá-lo mais inadequado
do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de dez.
Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a
aceitação das ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre
espaço para uma diversidade de experiências com as quais nem
sonhávamos anteriormente.
VARELLA, D. A arte de envelhecer. Folha de S. Paulo. Disponível em: http://www1.folha.
uol.com.br/colunas/2016/01/1732457. Acesso em: mai. 2017. (Adaptado.) https://www.eonline.com/br/news/575274/banksy-critica-o-apego-ao-celular-em-nova-
arte
TEXTO II A imagem acima é um grafite de Banksy, artista de rua britânico que usa
sua arte para questionar os valores da sociedade. Analisando-a, pode-se
a coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer afirmar que o objetivo do artista é
a barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer a) criticar as horas que os indivíduos perdem utilizando seus celulares
para fazer chamadas.
os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer b) criticar a dependência da sociedade contemporânea em relação à
os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer tecnologia digital, representada pelo celular.
não quero morrer pois quero ver
como será que deve ser envelhecer c) criticar o fato de o melhor tipo de celular ser aquele que cabe na mão
eu quero é viver pra ver qual é do indivíduo.
e dizer venha pra o que vai acontecer d) criticar a busca dos indivíduos pelo celular que mais represente status
eu quero que o tapete voe no meio da sala de estar social.
eu quero que a panela de pressão pressione e) criticar a padronização dos modelos de celular na contemporaneidade.
e que a pia comece a pingar
eu quero que a sirene soe
e me faça levantar do sofá Questão 17.
eu quero pôr Rita Pavone*
Filme bom é filme antigo? Lógico que não, mas “A Múmia”, de 1932,
no ringtone do meu celular
põe a frase em xeque. Sua refilmagem, com Brendan Fraser no elenco,
eu quero estar no meio do ciclone
ainda corre nos cinemas brasileiros, repleta de humor e efeitos visuais.
pra poder aproveitar
Na de Karl Freund, há a vantagem de Boris Karloff no papel-título,
e quando eu esquecer meu próprio nome
compondo uma múmia aterrorizadora, fiel ao terror doa anos 30. Apesar
que me chamem de velho gagá
de alguma precariedade, lança um clima de mistério que a versão 1999
pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé
não conseguiu, tal a ênfase dada à embalagem. Daí “nem sempre cinema
com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer
bom são efeitos especiais” deveria ser a tal frase.
não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de
aprender
Sem alterar a direção argumentativa do texto, a frase “nem sempre
que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr.
cinema bom são efeitos especiais”, só poderia ser substituída por
ANTUNES, A. Envelhecer. Álbum Ao vivo lá em casa. 2010.
a) “há cinema bom com efeitos especiais”.
*cantora italiana de grande sucesso na década de 1960. b) “geralmente, cinema bom são efeitos especiais”.
c) “há cinema bom sem efeitos especiais”.
O ponto convergente entre os textos 1 e 2 é
d) “quase sempre cinema bom são efeitos especiais”.
a) o reconhecimento de aspectos positivos da velhice. e) “cinema bom às vezes são efeitos especiais”.
b) a condenação da discriminação social com relação ao idoso.
c) a comparação entre os diferentes estilos de vida dos idosos.
d) a superação das experiências traumáticas vividas.
e) o descompasso entre comportamento e idade biológica das pessoas.
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Questão 18. Supor que dicionários inventem os sentidos das palavras, em vez
de simplesmente registrar com o maior rigor possível os usos decididos
Ensinar é UM GESTO de amor coletivamente por uma comunidade de falantes ao longo de sua história,
é uma crença obscurantista e autoritária. Sua origem deve ser buscada
Ensinar é uma arte. Nisso, tanto educadores quanto educandos no cruzamento entre a velha ignorância e uma doença intelectual
concordam. O sucesso ou fracasso de uma escola depende em grande mais recente: a ilusão politicamente correta de que, para consertar as
parte dos professores e da sua arte. Mas onde estaria o segredo dessa injustiças do mundo, basta submeter a linguagem à censura prévia.
arte? Estaria nos livros de didática, pedagogia ou psicologia?
A ação partiu de Uberlândia, no Triângulo Mineiro (...) Não deve ficar
Estaria nos diplomas, certificados e especializações? (01)(09) nisso. O Brasil é um país vasto, e, como se sabe, tem poucos problemas
Conheço professores que, sem muita formação ou recursos, realizam verdadeiros, o que deixa ao MPF tempo de sobra para garimpar outros
seu trabalho(02) de maneira brilhante(10). Não que o conhecimento e verbetes insultuosos no melhor, mais completo e mais rigoroso dicionário
os recursos didáticos não sejam importantes, mas certamente não está da língua portuguesa.
aí o segredo. Há pessoas que, com pouco, fazem muito. Por maiores que (http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/curiosidades-etimologicas/ciganos-x-
sejam os avanços tecnológicos, nada substitui um bom professor. houaiss-depois-virao-judeus-baianos-japoneses/)
Questão 19.
Recentemente, diversos jornais divulgaram a notícia de que o
Ministério Público Federal entrou com uma ação judicial para retirar de
circulação o dicionário Houaiss, alegando que a obra contém “referências
preconceituosas” e “racistas” contra ciganos. Sobre essa medida, o
jornalista Sérgio Rodrigues escreveu no Blog da revista Veja:
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Os empresários também trabalham, claro. Muitos trabalham Nesse caso, pode também ocorrer outro complemento, iniciado pela
muito. Muitos deles são, de feto, empresários trabalhadores (23). Mas, preposição a (com infinitivo) ou em. A construção com dois complementos
certamente, não vivem de seu trabalho, pelo menos não exclusivamente preposicionados não é bem aceita em algumas obras normativas.
de seu trabalho, já que muitos outros trabalhadores trabalham para eles.
Entretanto, ela é usual e está registrada na maioria dos dicionários,
(Adaptado de: POSSENTI, Sírio. Cobertor, trabalhador. In: __. A corda língua e outras
inclusive nos especializados em regência verbal. Ele sabia que também
croniquinhas de linguista. São Paulo: ALB/Mercado de Letras, 2001. p. 25-27.)
seu pai tinha estado ali, e essa concordância com o destino paterno
AJUDOU-LHE a suportar o castigo.(VB). Músico, ele estava familiarizado
Considere algumas acepções da palavra “cobertor” registradas em com coisas como ressonância, timbre, altura do som, o que lhe AJUDOU
dicionários contemporâneos de língua portuguesa. muito em seus estudos sobre percussão. (APA).
(NEVES, M. H. de Moura. Guia de uso do português: confrontando regras e usos. Ed.
cobertor: 1. peça encorpada e felpuda, de lã ou de algodão, que constitui UNESP.)
roupa de cama; 2. coberta; 3. colgadura (estofo vistoso para cobrir e
ornar paredes e janelas); 4. aquilo que cobre ou tampa.
Considere as seguintes afirmativas a respeito dos verbetes apresentados:
Como se vê, a acepção mencionada por João Saldanha (1) não 1. Na descrição feita pelo Guia de uso do português, não é possível saber
corresponde àquela registrada no verbete “cobertor”, pois “o que” e se o verbo é transitivo direto, indireto, intransitivo, ao contrário do que
“aquilo” não são expressões necessariamente equivalentes. Este fato acontece com os dicionários tradicionais.
permite inferir que 2. O Guia de uso do português privilegia uma descrição que possibilita
a) João Saldanha deve ter consultado o dicionário, mas enganou-se. saber a regência do verbo.
b) João Saldanha não costuma consultar o dicionário para saber o 3. Para pesquisar a acepção de uma palavra, os dicionários tradicionais
significado das palavras. ainda são os mais recomendados.
c) Sírio Possenti provavelmente não se recorda com exatidão da frase 4. O Guia de usos registra o uso do verbo ajudar com dois complementos
de João Saldanha. preposicionados. Esse tipo de construção está registrada também no
Dicionário Aurélio.
d) João Saldanha possivelmente utilizou um dicionário especializado em
futebol, que Sírio Possenti desconhece. Assinale a alternativa correta.
e) João Saldanha estava apenas fazendo um trocadilho engraçado, o
que a análise de Sírio Possenti ignora. a) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
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Questão 28.
O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de
uso, sua função social específica, seu objetivo comunicativo e seu
formato mais comum relacionam-se aos conhecimentos construídos
socioculturalmente. A análise dos elementos constitutivos desse texto
demonstra que sua função é
a) vender um produto anunciado.
b) informar sobre astronomia.
c) aconselhar sobre amor, trabalho, entre outros aspectos pessoais e
profissionais.
d) expor a opinião de leitores em um jornal.
e) ensinar os cuidados com a saúde.
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Questão 31. A imagem acima é uma propaganda do dicionário Aurélio. Sobre isso,
podemos afirmar que a palavra “burro” foi usada com valor
Ilusão (Cracolândia)
(part. MC Hariel, MC Ryan SP, Salvador da Rima e Alok) a) antonímico.
b) sininímico.
Enquanto a lata chacoalhar
E a ilusão for a sensação de ser mais poderoso c) denotativo.
Vários vai memo se arrastar d) conotativo.
Que a Cracolândia tá lotada de curioso e) hiponímico.
Já que é pra fazer uns consciente, então fique bem ciente
Que os moleque é viciado em canetar Questão 33.
Vários viciou e ficou demente, só preju pros seus parente
E a Dona Maria é crente e foi orar “Produtores e diretores de cinema têm fomentado cursos sobre
Era o mais brabo, chapa quente, viciou no da Tenente linguagem cinematográfica em comunidades pobres. Eles tentam, com
Agora é dependente de droga isso, despertar novos talentos e democratizar a formação profissional
Molecada, pensa lá na frente antes de ser inconsequente nessa área.”
De ir na ideia dos outros pra usar
Observe-se o uso do pronome pessoal “eles”, que retoma “produtores e
E eu vou passar a visão pros meus diretores”. Tal recurso coesivo denomina-se
Não precisa morrer pra falar com Deus a) coesão referencial.
E eu vou passar a visão pros meus
b) coesão recorrencial.
Não precisa morrer pra falar com Deus
c) coesão lexical.
Espera um pouco, para e pensa e controle com as droga d) coesão sequencial.
Que um barco sem direção, o mar leva pra rocha e) coesão fática.
A viagem é muito louca e sempre perigosa
E tá transformando em zumbi vários truta da hora
E lembra daquele parceiro que era atacante na quadra e com a mina? Questão 34.
Sempre avançado no tempo, pelo linguajar e pela picadilha
Dançava um break com nóis, sabadão quando tinha escola da família CANÇÃO DO VER
Tá desandado no óleo e de bom exemplo, virou parasita Fomos rever o poste.
O mesmo poste de quando a gente brincava de pique
É que o beck enrolou e a brisa bateu na mente injuriada e de esconder.
É que a nota enrolou, ele tava na hora errada com a banca errada Agora ele estava tão verdinho!
Quando a brisa bateu, o convite foi feito, a atenção desviada O corpo recoberto de Iimo e borboletas.
Prejudicou, perdeu tudo o que tinha Eu quis filmar o abandono do poste.
A família, os amigo, hoje não tem mais nada O seu estar parado.
Enquanto a lata chacoalhar O seu não ter voz.
E a ilusão for a sensação de ser mais poderoso O seu não ter sequer mãos para se pronunciar com
Vários vai memo se arrastar as mãos.
Que a Cracolândia tá lotada de curioso Penso que a natureza o adotara em árvore.
Enquanto a lata chacoalhar Porque eu bem cheguei de ouvir arrulos
E a ilusão for a sensação de ser mais poderoso de passarinhos
Vários vai memo se arrastar que um dia teriam cantado entre as suas folhas.
Que a Cracolândia tá lotada de curioso Tentei transcrever para flauta a ternura dos arrulos.
Mas o mato era mudo.
Agora o poste se inclina para o chão - como alguém
que procurasse o chão para repouso.
As escolhas linguísticas da canção conferem ao texto
Tivemos saudades de nós.
a) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. Manoel de Barros Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. A memória expressa pelo enunciador do texto não pertence somente a
d) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. ele. Na construção do poema, essa ideia é reforçada pelo emprego de
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Questão 35. Comemos a carne e guardei os ossos. E hoje puis os ossos para ferver.
E com o caldo fiz as batatas. Os meus filhos estão sempre com fome.
Quando eles passam muita fome eles não são exigentes no paladar.
... Surgiu a noite. As estrelas estão ocultas. O barraco está cheio de
pernilongos. Eu vou acender uma folha de jornal e passar pelas paredes.
É assim que os favelados matam mosquitos.
DE JESUS, Carolina Maria. Quarto de despejo. Diário de uma favelada. São Paulo: Ática,
2007, p.29-31.
Questão 38.
Havia bem dez dias que o Major Quaresma não saía de casa. Na sua
meiga e sossegada casa de São Cristóvão, enchia os dias da forma mais
útil e agradável às necessidades do seu espírito e do seu temperamento.
De manhã, depois da toilette e do café, sentava-se no divã da sala
principal e lia os jornais. Lia diversos, porque sempre esperava encontrar
num ou noutro uma notícia curiosa, a sugestão de uma ideia útil à sua
cara Pátria. Os seus hábitos burocráticos faziam-no almoçar cedo, e,
embora estivesse de férias, para os não perder, continuava a tomar a
primeira refeição de garfo às nove e meia da manhã.
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Penguin & Companhia
das Letras.
Dia das Mães. O céu está azul e branco. Parece que até a Natureza
quer homenagear as mães que atualmente se sentem infeliz por não Pelas características do texto lido, que trata das consequências da perda
realizar os desejos dos seus filhos. ... O sol vai galgando. Hoje não vai de um animal de estimação, considera-se que ele se enquadra no gênero
chover. Hoje é o nosso dia. ... A D. Teresinha veio visitar-me. Ela deu-me
15 cruzeiros. Disse-me que era para a Vera ir no circo. Mas eu vou deixar a) conto. d) relato.
o dinheiro para comprar pão amanhã, porque eu só tenho 4 cruzeiros. b) depoimento. e) notícia.
... Ontem eu ganhei metade de uma cabeça de porco no Frigorifico. c) editorial.
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Questão 42.
A língua não pode ser encarada pelo educador como um mero
sistema de códigos e regras, mas sim como ferramenta, instrumentação
imprescindível para se produzir sentido na enunciação. [...] O ensino,
dessa maneira, torna-se efetivo e o sentido de se ensinar e aprender
português deixa de ser um esboço quase sumido nos escombros da
rejeição dos alunos e passa a fazer parte da compreensão deles, que,
por sua vez, entenderão o porquê da existência dessa rede tão extensa
de conceitos e regras da gramática oficial. Para que eles e nós possamos
ver um sentido verdadeiro no ensino e na aprendizagem do português,
é preciso entender juntos língua e linguagem como uma espécie de
binômio, matéria-prima e produto. O que nos favorecerá para que tal
fato ocorra é o contato com a diversidade de textos. Na variedade de
gêneros textuais, em diferentes situações comunicativas, o aluno poderá
usar os instrumentos oferecidos pelo sistema linguístico para melhor
compreender as relações de sentido estabelecidas nesses textos.
A luta se expressa, então, pelo avanço de uma perspectiva de ensino
gramatical em que não se priorize o prescritivo nem o puramente textual,
mas um ensino de encontros – entre língua e uso, aluno e ferramentas
linguísticas, professor e êxito. A presença do texto, materialização do
discurso (expressão humana) é, pois, muito importante para consolidar
essa parceria.
Disponível em: www.linguasagem.ufscar.br/index.php/linguasagem/article/view/31/77.
c) discutir os tipos da doença com a população. b) ignorar as posturas de rejeição reveladas pelos alunos, por serem
destituídas de fundamento.
d) alertar a população em relação à Hepatite B.
c) promover a aproximação entre as normas gramaticais e sua
e) combater os sintomas da Hepatite B. aplicabilidade nos diversos gêneros textuais.
d) privilegiar as prescrições gramaticais, em detrimento do trabalho com
Questão 41. as variadas produções textuais.
e) reconhecer como exagerada a proliferação de diferentes gêneros
Doutor dos sentimentos
textuais, como obstáculo à aprendizagem.
Veja quem é e o que pensa o português António Damásio, um dos
maiores nomes da neurociência atual, sempre em busca de desvendar os Questão 43.
mistérios do cérebro, das emoções e da consciência.
Ele é baixo, usa óculos, tem cabelos brancos penteados para trás e
costuma vestir terno e gravata. A surpresa vem quando começa a falar.
António Damásio não confirma em nada o clichê que se tem de cientista.
Preocupado em ser o mais didático possível, tenta, pacientemente, com
certa graça e até ironia, sempre que cabível, traduzir para os leigos
estudos complexos sobre o cérebro. Português, Damásio é um dos
principais expoentes da neurociência atual.
Diferentemente de outros neurocientistas, que acham que apenas a
ciência tem respostas à compreensão da mente, Damásio considera que
muitas ideias não provêm necessariamente daí. Para ele, um substrato Há, na tirinha acima, o uso de um recurso expressivo que substitui a
imprescindível para entender a mente, a consciência, os sentimentos e as palavra “boi” pela expressão “cabeças de gado”. Tal figura de linguagem
emoções advém da vida intuitiva, artística e intelectual. Fora dos meios denomina-se
científicos, o nome de Damásio começou a ser celebrado na década de
a) metonímia.
1990, quando lançou seu primeiro livro, uma obra que fala de emoção,
razão e do cérebro humano. b) sinestesia.
TREFAUT, M. P Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. c) metáfora.
Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado).
d) eufemismo.
e) hipérbole.
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Projota
Vai, vai lá
Não tenha medo do pior
Eu sei que tudo vai mudar
Você vai transformar
O mundo ao seu redor
Mas não vacila
“Muleque” de vila, “muleque” de vila
“Muleque” de vila, não vacila
“Muleque” de vila, “muleque” de vila, “muleque” de vila
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
HUMANAS
Questão 46. A minissaia era lançada no Rio e execrada em Belo Horizonte, onde o
“Povoando dramaticamente esta paisagem e esta realidade social delegado de Costumes declarava aos jornais que prenderia o costureiro
e econômica, vagando entre o sonho e o desespero existem 4.800.000 francês Pierre Cardin, caso aparecesse na capital mineira (...) Toda essa
famílias de rurais sem terras. A terra está ali, diante dos olhos e dos cocorocada iria influenciar um deputado estadual de lá (...) que fez
braços, uma imensa metade de um país imenso, mas aquela gente discurso na câmara sobre o tema: “Ninguém levantará a saia da mulher
(quantas pessoas ao todo? 15 milhões? mais ainda?) não pode lá entrar mineira”.
para trabalhar, para viver com a dignidade simples que só o trabalho (HOLLANDA, Heloisa Buarque de & GONÇALVES, Marcos Augusto. Cultura e
participação política nos anos 60. São Paulo: Brasiliense, 1999.)
pode conferir, porque os voracíssimos descendentes daqueles homens
que haviam dito: “Esta terra é minha” (...) rodearam a terra de leis que os
protegem (...)”. Os trechos acima, retirados do livro de Stanislaw Ponte Preta, “FEBEAPÁ
(SARAMAGO, José. In: MORISSAWA, Mitsue. “A História da luta pela terra e o MST”. - Festival de besteira que assola o país”, satirizam uma situação que se
São Paulo: Expressão Popular, 2001.) tornou comum no Brasil, no pós-1964.
Questão 47.
Desconhecendo as sociedades nativas, os europeus tinham a
impressão de que os índios viviam “sem Deus, sem lei, sem rei, sem
pátria, sem razão”.
(VAINFAS, Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Colonial (1500-1808). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2000.)
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
Questão 51.
O diálogo entre as civilizações do Egito e das cidades-Estado gregas na
Maquiavel elogia a República romana como tendo sido a mais Idade Antiga foi
perfeita forma de governo e um verdadeiro Estado unido pelo espírito
a) engessado pelas severas divergências entre as suas economias.
público de seus cidadãos; no entanto, numa época como a sua, seria
necessário um líder que utilizasse a força como princípio, tese que b) influenciado por suas alianças bélicas contra os povos medos.
desenvolve em O Príncipe. c) suspenso pela aversão da Filosofia ateniense às explicações
(Teresa Aline Pereira de Queiroz. O Renascimento, 1995.) transcendentais do mundo.
d) condicionado às especificidades de suas organizações políticas.
O autor fiorentino Nicolau Maquiavel escreveu a sua obra mais famosa, e) foi beneficiado pela existência de colônias egípcias em terras gregas.
O Príncipe, entre 1513 e 1532. Nela, o pensador
a) repudia a noção de república, a democracia como único modelo de Questão 54.
político justo e respeitador das liberdades individuais.
b) defende que o poder papal deve se sobrepor a todos os demais e que Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas
os reis são, na verdade, enviados de Deus na Terra. origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes”
uns aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para
c) oferece aos governantes uma espécie de manual governativo, onde os gregos somente os semelhantes podem permanecer mutuamente
sugere que os fins justificam os meios por eles empregados. unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles
d) faz a apologia do princípio da experiência do indivíduo, identificando que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes,
nos sábios anciãos a origem do Poder. depois de maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das
e) sugere a extinção de toda e qualquer forma de Estado, fundamentando, relações humanas encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa
assim, os ideias do que no século XIX veio a ser chamado de anarquismo. no conceito de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no
exercício do poder.
(Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)
Questão 52.
As conquistas coloniais impuseram fronteiras territoriais às redes Sobre a organização política da cidade-Estado grega, o texto alega que
comerciais de longa distância em África e criaram monopólios sobre o a) desconsiderava as desigualdades reais entre os cidadãos no âmbito
que então era um comércio externo em crescimento [...]. Os africanos das decisões públicas.
foram integrados à força em sistemas econômicos imperiais centrados
b) fundamentava-se na reciprocidade de parceria entre os cidadãos das
numa única metrópole europeia.
mesmas classes econômicas.
(Frederick Cooper. Histórias de África: capitalismo, modernidade e globalização, 2016.)
c) dispunha-se à participação das sociedades aliadas da cidade durante
os períodos de beligerância.
O texto apresenta um ponto relevante do processo colonizador europeu
d) celebrava a racionalidade política em detrimento dos cultos dos deuses
sobre a África a partir, principalmente, da segunda metade do século
de todo o conjunto de cidades gregas.
XIX, a saber:
e) repartia o conjunto dos deveres públicos conforme os talentos políticos
a) a reorganização das sociedades africanas em federações nacionais de cada um dentro do corpo de cidadãos.
caracterizadas pelo uso de uma mesma língua.
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
O texto trabalha o processo de transição para a sociedade industrial, Sabendo que o Sudão do Sul localiza-se no fuso horário de 45º Leste e
as transformações na percepção de tempo e o aparecimento da São Paulo no 45º Oeste, e que o fuso horário adotado em São Paulo é
disciplinarização de trabalho nos fins do XVIII e começo do XIX. Assinale UTC–3: é correto afirmar que um passageiro de um voo saindo de São
a opção correta. Paulo, no dia 20 de setembro de 2016, às 11h em horário local, com
duração de 10 (dez) horas,
a) Com o surgimento da sociedade industrial e da disciplinarização do a) poderá, no momento da partida, adiantar seu relógio em 10 (dez)
trabalho, os operários passaram a obter controle de sua produtividade, horas que, ao chegar, estará marcando exatamente o horário local do
cuja dinâmica variava entre momentos de trabalho intenso e de destino.
ociosidade. b) poderá, no momento da partida, atrasar seu relógio em 6 (seis) horas
b) Com o estabelecimento da indústria, os padrões laborais desenvolvidos que, ao chegar, estará marcando exatamente o horário local do destino.
à época tinham como atributo a inconstância, com tarefas c) poderá, no momento da chegada, atrasar seu relógio em 3 (horas), já
hebdomadárias ou quinzenais, o que fazia com que o trabalhador que encontra-se situado na faixa UTC+3, para ajustá-lo ao horário
tomasse as próprias decisões sobre o seu dia de trabalho. local.
c) No cenário da transição para a sociedade industrial, a posse e o uso d) poderá, no momento da chegada, atrasar seu relógio em 10 (dez)
de relógios ficaram restritos à aristocracia, sendo, assim, artigo de horas para ajustá-lo ao horário local.
alto luxo, feito de ligas metálicas preciosas e usado para demonstrar e) poderá, no momento da chegada, adiantar seu relógio em 6 (seis)
status. horas para ajustá-lo ao horário local.
d) A inserção da disciplinarização do trabalho causou melhorias nas
condições de vida dos operários, pois, com ela, passaram a desfrutar
de benefícios como: bonificações por assiduidade e descanso semanal Questão 58.
e férias remuneradas. FUSÃO ENTRE MONSANTO E BAYER AUMENTA MONOPÓLIO DO
e) A divisão do trabalho, a supervisão das atividades, a utilização de VENENO E DA TRANSGENIA NO MUNDO
relógios de bolso e a racionalização do tempo foram recursos utilizados
pelas industrias para criar novos padrões e disciplina de tempo entre No dia 21 de março, a União Europeia avalizou a fusão de duas
o operariado. megaempresas de tecnologia agrícola: a norte-americana Monsanto e a
alemã Bayer. O negócio já havia sido aprovado no Brasil pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE). [...] As megafusões
Questão 56.
revelam e atualizam a tendência de concentração e monopólio do
capital, o que já alertava Lenin em 1916, facilitando o acordo, formação
de trustes e cartéis, além da própria proporção das empresas que
dificulta a concorrência. Há também a combinação numa só empresa
de diferentes ramos industriais, como é o caso do pacote tecnológico
agrícola que vincula a produção de sementes modificadas e transgênicas
e adaptadas aos agrotóxicos [...] A alta tecnificação agrícola impulsiona
a concentração e o investimento em pesquisas de tecnologia de ponta,
alocada nos países de capitalismo central.
(Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2018/04/02/fusao-entre-monsanto-e-bayer-
aumenta-monopolio-do-veneno-e-da-transgenia-no-mundo/)
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
O modelo da modernização da agricultura foi implantado a partir de a) normativa, pautada em aspectos jurídicos.
receitas – os pacotes tecnológicos – que o produtor deveria adotar. b) racional, baseada em pressupostos lógicos.
Para os produtores terem acesso aos pacotes tecnológicos, nos países c) contingencial, processada em interações sociais.
subdesenvolvidos, foi necessária uma ampliação do crédito por meio de
convênios intergovernamentais, com o objetivo de financiar a importação d) transcendental, efetivada em princípios metafísicos.
de insumos e de maquinário agrícola. Tal medida teve um peso muito forte e) essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.
para convencer os produtores a implantarem, em suas propriedades, um
manejo de produção com base nos pacotes, favorecendo o surgimento
da Revolução Verde. Questão 62.
ROSA, Antônio Vitor. São Paulo: Atual, 1998. Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max
Horkheimer, refletindo sobre o que hoje conhecemos como cultura
Sobre a Revolução Verde, destacada no texto, analise as afirmativas a de massa, afirmam o seguinte: “O que é novo é que os elementos
seguir: irreconciliáveis da cultura, da arte e da distração se reduzem mediante
sua subordinação ao fim de uma única fórmula falsa: a totalidade da
a) Minimiza a necessidade do uso de agrotóxicos e fertilizantes sintéticos indústria cultural. Ela consiste na repetição. O fato de que suas inovações
na agricultura. características não passem de aperfeiçoamentos da produção em massa
b) Minimiza a concentração da renda e da terra e evita a migração para não é exterior ao sistema. É com razão que o interesse de inúmeros
as cidades. consumidores se prende à técnica, não aos conteúdos teimosamente
repetidos, ocos e já em parte abandonados.”
c) Pode causar contaminação dos ecossistemas e compactação do solo.
ADORNO, T. – HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar,
d) Multiplica o desenvolvimento da biodiversidade e da biomassa 1985, p. 112.
e) Diminui a concentração fundiária e de renda.
No fragmento, a crítica dos autores à indústria cultural salienta alguns
elementos essenciais da cultura contemporânea. Partindo da leitura,
Questão 60.
assinale a opção que NÃO corresponde às críticas à indústria cultural.
Os dados da tabela a seguir estão correlacionados com as mudanças na a) Ela massifica a cultura através dos meios de comunicação, insere o
organização espacial metropolitana nas últimas décadas. indivíduo numa massa sem forma que o impede de fruir pessoalmente
da obra de arte.
b) Ela cria o espectador médio, que deve ser seduzido e levado ao
consumo. Logo, tem o cuidado de não fazê-lo pensar, mas de mantê-
lo no senso comum.
c) Ela distingue bens culturais de bens de mercado, separando o que é
para o consumo da elite cultural daquilo que é destinado à massa.
d) Ela banaliza a expressão artística e intelectual, em lugar de despertar
interesse pela cultura, vulgariza a arte e o conhecimento.
Questão 63.
TEXTO I
Tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo
homem é inimigo de todo homem, é válido também para o tempo
durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes
(Adaptado de SASSEN, S. The global city. New York: Princeton University Press, 2001.) pode ser oferecida por sua própria força e invenção.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
ENEM, 2019 (Adaptada) Penso que não há um sujeito soberano, Os trechos apresentam divergências conceituais entre autores que
fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar sustentam um entendimento segundo o qual a igualdade entre os
em todos os lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui homens se dá em razão de uma:
através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através
a) predisposição ao conhecimento metafisico.
de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir,
obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos b) submissão ao transcendente.
encontrar no meio cultural. c) tradição epistemológica dos povos europeus.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense d) condição original.
Universitária, 2004.
e) vocação política natural do Ocidente para o Estado Moderno.
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
Questão 65.
A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado.
O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma
autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar
uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não
têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do
poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem
surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para
restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a
sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios
que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao
uso exclusivo da palavra.
CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982
O contexto de surgimento das vilas operárias compreendia o seguinte
(adaptado) padrão de organização industrial:
a) descentralizado.
O modelo politico das sociedades discutidas no texto contrasta com o b) desconcentrado.
Estado liberal burguês porque se baseia em: c) deseconomias de aglomeração.
a) Debate público e autogestão material. d) economias de aglomeração.
b) Normatividade corpórea e autocracia. e) dispersado.
c) Gestão coletiva e obrigações tributarias.
d) Submissão divina e monarquia absolutista. Questão 68.
e) Contratualismo politico e predisposição divina.
Questão 66.
A indústria automotiva no Brasil no século 20
O fim da produção da Ford é um marco para a indústria automotiva
brasileira justamente porque a empresa foi a primeira a fabricar veículos
no país. As operações duraram mais de 100 anos: a planta pioneira foi
inaugurada em 1919 , no centro de São Paulo, produzindo o famoso
modelo Ford T.
Apesar de centenária, a indústria automotiva no Brasil só teve seu
ponto de virada na década de 1950 . O presidente Juscelino Kubitschek
(1956 a 1961 ) tinha como cerne da política econômica a intensificação
Projeção da CNC. Estadão. Fonte: CNC, IBGE, Rais e BCB.
do processo de industrialização do país - que tinha ganhado força na
década de 1930 , sob Getúlio Vargas.
Fonte: https://www.nexojornal.com.briexpresso/2021/01/16/0-papel-de-incentivos- Os gráficos acima evidenciam o processo mais recente de
fiscais-na-indústria-automobilistica.
a) industrialização acelerada.
b) aumento do desemprego conjuntural.
Ainda que o estímulo massivo ao modal rodoviário seja questionado
em um país com grandes dimensões territoriais, ele possibilitou maior c) desindustrialização.
integração do território nacional. d) concentração de renda.
e) independência tecnológica.
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Questão 72.
A BANDA
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SIMULADO ENEM P R O D Í G I O. C O M . B R
Questão 75.
Deixando-se de lado a Espanha do século XVI e talvez a Holanda
do século XVIII, a Grã-Bretanha de meados do século XVIII a meados do
século XX, e os Estados Unidos, a partir de então, são os únicos exemplos
de impérios genuinamente globais com horizontes políticos globais,
e não meramente regionais, o mesmo valendo para seus recursos de
poder – a supremacia naval para a Grã-Bretanha e a supremacia aérea
para os Estados Unidos do século XXI – ambos apoiados por uma forte
rede mundial de bases operacionais.
HOBSBAWM, E. Globalização, democracia e terrorismo.
META DE FAMINTO São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 60-61.
JK - Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas De acordo com o texto, sobre os impérios mencionados:
pavimentadas com asfalto brasileiro, com gasolina brasileira. Que
mais quer? a) O Reino da Espanha teve como bases operacionais suas feitorias na
costa africana, que, além do controle do Atlântico Norte, ofereciam
JECA - Um prato de feijão brasileiro, seu doutô! gigantescos contingentes de trabalhadores escravizados.
(THÉO, 1960. In: LEMOS, Renato. “Uma história do Brasil através da caricatura”. Rio de b) Os holandeses organizaram uma incrível rede de núcleos coloniais
Janeiro: Bom Texto, Letras e Expressões, 2001.) nos continentes africano, americano e asiático, cuja produção esteve
fundada na propriedade familiar de autossuficiência.
O texto e a charge representam, de formas diferentes, um dos principais c) A Inglaterra construiu um enorme império a partir de domínios
dilemas do desenvolvimentismo no governo Juscelino Kubitschek, fornecedores de matérias-primas e consumidores de sua própria
durante a 2a metade da década de 1950. A alternativa que melhor produção industrial.
apresenta esse dilema é: d) Os EUA criaram uma série de zonas coloniais, que lhes propiciaram
a) os contrastes culturais e educacionais entre as elites paulistas e um notório desenvolvimento de seus veículos de comunicação.
nortistas e) Uma característica específica dos Estados na Era Moderna foi o
b) a desigualdade política e ideológica entre as oligarquias nordestinas constante clima de beligerância entre eles, contrariamente ao que
e sulistas ocorre no período contemporâneo, cujos conflitos baseiam-se tão
somente no desenvolvimento de novas tecnologias.
c) a defasagem histórica e tecnológica entre o setor petrolífero e o
agroexportador
d) as disparidades econômicas e sociais entre os setores agrário e Questão 76.
urbano-industrial
“Esse é um pequeno passo para um homem, um salto gigante para
e) o crescimento populacional muito superior ao crescimento da produção a humanidade”
de alimentos (Neil Armstrong).
Questão 74. A frase preferida por Neil Armstrong ao pisar na lua tornou uma das mais
célebres da Guerra Fria, um conflito político-ideológico que bipolarizou
GERAÇÃO COCA-COLA o mundo pós-guerras mundiais. Sobre a corrida espacial, marque a
Quando nascemos fomos programados alternativa correta.
A receber o que vocês nos empurraram a) Foi um momento de intensa corrida armamentista entre os Estados
Com os enlatados dos USA, de 9 às 6. que compunham o Eixo e os Aliados, já que se desenrolava um clima
Desde pequenos nós comemos lixo de tensões e disputas, com risco constante de desencadeamento de
Comercial e industrial uma guerra a qualquer momento.
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês. b) Foi um pacto assinado entre EUA e URSS para o interrompimento da
Somos os filhos da revolução transferência de tecnologia espacial aos demais países. O foco era na
Somos burgueses sem religião promoção de um uso racional do espaço.
Somos o futuro da nação c) Foi uma corrida tecnológica entre Estados Unidos e União Soviética
Geração Coca-Cola. a partir de 1957. Os Estados Unidos logo obtiveram vantagem quando
Depois de vinte anos na escola inauguraram em 1961, a Estação Espacial Modular, que permitiu
Não é difícil aprender avanços significativos na tecnologia aeroespacial.
Todas as manhas do jogo sujo d) Foi uma disputa tecnológica entre os EUA e a URSS a partir da década
Não é assim que tem que ser? de 1950. O objetivo era o desenvolvimento de tecnologias para a
Vamos fazer nosso dever de casa projeção e construção de naves espaciais e satélites que auxiliassem
E aí então, vocês vão ver na exploração do espaço sideral.
Suas crianças derrubando reis
e) Foi uma aliança entre Estados Unidos e União Soviética a partir de
Fazer comédia no cinema com as suas leis.
1945, focada sobretudo na construção de aeronaves espaciais e
(Renato Russo)
satélites que propiciassem na exploração espacial.
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Questão 78.
21
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Questão 86.
Questão 84.
Figura 1 Vida social sem internet?
Figura 2
22
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Questão 88.
Umbanda: é uma religião brasileira formada através de elementos A difusão do vírus provocou a atual pandemia. Essa disseminação, em
de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo juntando ainda escala global, se deu principalmente por meio do transporte
elementos da cultura africana e indígena. A palavra é derivada de a) aquaviário.
“u’mbana”, um termo que significa “curandeiro” na língua banta falada na
Angola, o quimbundo. A umbanda tem origem nas senzalas em reuniões b) rodoviário.
onde os escravos vindos da África louvavam os seus deuses através de c) aeroviário.
danças e cânticos e incorporavam espíritos. d) ferroviário.
Fonte: https:/Wwww.geledes.org.briguia-sobre-religioes-afro-brasileiras/
e) informacional.
Questão 89.
As consequências dos bloqueios nas rodovias mostraram, entre
outras coisas, como o Brasil é dependente do transporte rodoviário. De
acordo com a pesquisa Custos Logísticos no Brasil, atualizada em abril
de 2018 pela Fundação Dom Cabral, rodovias foram a opção de quase
76 % das empresas em 2017 para distribuição e escoamento de bens.
A participação de outros modais de transporte poderiam diminuir os
impactos do desabastecimento internamente, como o aéreo, ferroviário e
hidroviário (fluvial). No Brasil, no entanto, o uso desses meios representa
5,8%, 5,4% e 0,7%$, respectivamente, no transporte de carga.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/05/30/Um-panorama-do-
transporte-hidrovi\%C3\%A1 rio-no-pa\%C3\%ADs.-E-por-que-n\%C3\%A3o-
deslanchou
Desse modo, é
a) indicado investir apenas nos setores ferroviários e hidroviários.
b) adequado estimular a multimodalidade.
c) necessário planejar maior intermodalidade.
d) preciso travar os estímulos ao rodoviarismo.
e) ideal conectar todas as cidades por aeroportos.
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GABARITO
LINGUAGENS HUMANAS
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