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Direito Ambiental Aula 5: Impacto ambiental, avaliagdo de impacto ambiental e licenciamento ambiental Apresentacado Nesta aula, analisaremos o significado de impacto ambiental e a Avaliago de Impacto Ambiental, Corpreenderernos a importancia do estudo de Impacto Ambiental para obras e atividades que possam degradar 0 meio ambiente, assim como seu respectivo relatério, denominado Relatério de Impacto Ambiental Além disso, verificaremos um dos prineipais instrumentos da Politica Nacional do Meio Ambiente (Lei n® 6.938/81), 0 Licenciamento Ambiental ¢ 0 seu procecimento enquanto mecanismo administrative de protego do meio ambiente. Objetivos ‘ Definir 0 conceito de impacto ambiental e avaliagao de impacto ambiental ‘+ Descrever a importancia da estudo prévio de impacto ambiental e do Relatério de Impacto Ambiental: + Analisar 0 procegimento administrative charade Licenciamento Ambiental Impacto Ambiental De maneira simplista, paderiaros dizer que impacto ambiental ¢ qualquer alterago causada ao bem ambiental por atividade humana que, de forma dreta ou increta, afete a qualidade de vide da populaglo, a biodiversidade e todos os recursos naturals, A definigao narmativa de impacto ambiental encontra-se na Resolugo do CONAMA n° 001, de 23 de janeiro de 1986, em seu ant 19 De acordo com a norma, impacto ambiental é qualquer alteragao das propriedades fisicas, quimicas e biolégicas do meio ambiente, causada por qualquer tipo de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a satide, a seguranga e o bem-estar da populagao; as atividades sociais e econémicas; a biota; as condigdes estéticas e sanitarias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais. "Resolugéo do CONAMA n° 001/86, art. 1° - Considera-se impacto ambiental qualquer alteragao das propriedades fisicas, quimicas e bioldgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente afetam: |- a satide, a seguranga e o bem-estar da populagao; Il — as atividades sociais e econdmicas; Ill — a biota; IV — as condigées estéticas e sanitarias do meio ambiente; V — a qualidade dos recursos ambientais." (@RASIL, 1986) O impacto ambiental se divide em Impacto positivo Quando @ agdo resulta na methoria da qualidade de um fator ou parémetro ambiental Impacto direto Quando ¢ resutado da simples agéo cause-eeito Impacto local Quando a agdo afeta 0 préprio sitio e as suas imediagGes. Impacto estratégico Quando a agdo tem relevancia nos ambitos regional &| Impacto tempordrio Quando o f to pode ser revertido. Impacto ciclico Quando os efeitos se manifesta em intervalos de ternpo determinados. Avaliacdo de Impacto Ambiental | AIA Impacto negativo Quando a agao resulta em um dano a qualidade de um fator ou pardmetro ambiental Impacto indireto ‘Quando é resutante de ura reagdo secundira, ou quando é parte de uma cadeia de reagées Impacto regional Quandlo a agao se faz sentir alérn das imediagdes do sitio. Impacto em médio e longo prazo Quando os efeitos da ago sdo verificados posteriormnente. Impacto permanente Quando o impacta nao pode ser revertido. Impacto reversivel Quando, cessada 2 ago, o ambiente volta & sua forma original ‘A Avaliagao de Impacto Ambiental (AIA) é instrumente instituido pela Poltica Nacional do Meio Ambiente (PNMA) ~ Lel n® 6.938/81, Art, 9°,inciso Ill) ~ de gestdo administrativa do bem ambiental Trata-se do conjunto de procedimentos capazes de assegurar que, desde 0 inicio do processo, seja feito um exame sistematico dos impactos ambientais de um projeto, programa, plano ou politica e de todas as alternativas vidveis para a consumacao dele. Os resultados da Avaliagdo de Impacto Ambiental (AIA) devem ser apresentados de forma adequada e clara ao publico e aos responsaveis pela tomada da decisdo. Clique no botso scima, Mecanismo de Avaliacao de Impacto Ambiental ‘AtengSo! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteddo online Para avaliar 0 impacto que certa obra ou atividade causar ao meio ambiente e a qualidade de vida da populagéo local utlizarn-se detetrninados mecanisinos previstos nas normas arbientais, como o Estudo de Impacto de Vizinhanga (EIV), 0 Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatério de Impacto Am (PCA), Relatério de Controle Ambiental (RCA), o Plano de Recuperagdo de Areas Degradades (Prad), entre outros intal (RIMA), 0 Plano de Controle Ambiental Ent de Impacto Ambiental, o Relatério de Impacto Ambiental, 0 Plano de Controle Ambiental, Relatério de Controle Ambiental, o Plano de Recuperagdo de Areas Degradadas, o Estudo de Imoacto de Vizinhanga), que sao os instrurentos legais para a sua implerrentagio. 6 comreto afirmar que a Avaliago de Impacto Ambiental (AIA) é género que abarca algumas espécies (0 Estudo \Vejamos a seguir alguns deles mais detathadamente: ‘+ Estudo de Impacto de Vizinhanga | EIV ~ Possiblita a avaliagao dos impactos causados por empreendimentos € atividades nas dreas urbanas, a partir da qual é possivel analisar a pertinéncia da implantagéo do ‘empreendimento ou atividade no local indicado, 0 EIV é um instrurnento de gestéo para avaliagao de impactos Urbanos previsto no Estatuto da Cidade, Lei n° 10.257/2001, Arts. 36, 37 ¢ 38, e que depende de regularnentagaio Municipal. Estatuto da Cidade, Lei. 10.257/2001, art 36. Lei municipal definité os empreendimentos © atividades privados ov publicos em drea urbana que dependerdo de elaboragao de estudo prévio de impacto de vizinhanga (EIV) para obter as licengas ou autorizagées de construcao, ampliagso. ou funcionamento a cargo do Poder Publice municipal Estatuto da Cidade, Lel. 10.257/2001, art 37. 0 EIV sera exeeutado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto & qualidade de vida da populagao residente na area e suas proximidades, incluindo a anélise, no minimo, das seguintes questdes: | - adensamento populacionalt lI equipamentos urbanos e comunitérios Ill — uso e ocupago do solo, \V~ valorizagdo imobiligria; \V~ geragdo de tréfego e dernanda por transporte puiblico; VI=ventlagao e tlurminagao; VII palsager urbana e patriménio natural e cultural Pardgrafo nico, Dar-se-é publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficardo. disponiveis para consulta, no érgéo competente do Poder Publico municipal, por qualquer interessado, Estatuto da Cidade, Lei. 10.257/2001, art. 38, A elaboragao do EIV nao substitu a elaboragao e a aprovagdo de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislagao ambiental. (BRASIL, 2001) ‘+ Estudo de Impacto Ambiental | EIA ~ Também chamado de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA), é uma modalidade de Avaliago de Impacto Ambiental, 0 Estudo de Impacto Ambiental pressupde o controle preventive de danos a0 meio ambiente, pois, uma vez constatado 0 perigo a ser causado ao bem ambiental, deve-se ponderar as formas de evité-lo ou minimizar 0 prejuizo. 0 EIA possui natureza preventiva, com 0 fim de evitar que ‘ dano a0 meio ambiente ocorra, Tem abrangéncia mais restitiva entre as outras formas de avaliagao ambiental, endo exigido nos Licenciamentos Ambientals de qualquer obra ou atividade que possa causar significativa degradagio 20 me'o ambiente, Possui previsdo expressa no Art. 275, § 1°, inciso IV, da Constituigao Federal CRFB, art. 225, § 1°, M. Todos tém dire'to ao meio ambiente ecologicamente equilisrado, bem de uso cornum do povo e essencial é sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pilblico ea colelividade o dever de defendé-lo e preservé-lo para as presenles e fuluras geracdes. §§ 1° Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Piblico: LJ IV exigit na forma da lel, para instalagdo de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradacao do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se daré publicidade. (BRASIL, 1988) Para o Licenciamento Ambiental de obras ou atividades que degrada o meio ambiente, deve ser realizado previamente 0 Estudo de Impacto Ambiental, que possui natureza preventiva, uma vez que deve ser elaborado antes do comego da execugao de um projeto. ‘AResolucdo do CONAMA n? 237/97, em seu Art. 3°, consagra que a Licenga Ambiental para ernpreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradacdo do meio dependera do estudo de impacto ambiental e de seu respectiva Relatério de Impacto Ambiental, vulgarinente conhecido ‘come RIMA Resolugdo do CONAMA n® 237/97, art 3° Licenga Ambiental para emoreendimentos € atividedes consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de signficativa degradago do meio depended de prévio estudo de impacto ambiental erespectivo relatéio de impacto sobre o meio ambiente (EVVRIMA), 20 qual dar-se-é public\dade, garantida a reslizago de audiéncias publicas, quando couber, de acordo com a regularentagao. (BRASIL, 1997) (Os estudos necessérios a0 processo de lcenciamnento deverdo ser realizados por profissionais legalmente habilitados, as expensas do ernpreendedor (Resolugdo do CONAMA n® 237/97, Art. 11). 0 empreendedor e os profissionais que subscrevern esses estudos serdo responses pelas inforrnagées apresentadas, sujetande-se as sangées administrativas,civis e penais. Resolugdo do CONAMA n° 237/97, art, 11- Os estudos necessatios ao processo de licenciamento deverdo ser realizados por profissionais legalmente habilltados, &s expensas do empreendedor. Parégrafo Unico - 0 empreendedor e os profissionais que subscrevern os estudos previstos no caput deste Art, serdo responséveis pelas informagdes apresentadas, sujellando-se as sangdes, administrativas, civis e penais. (BRASIL, 1997) E importante destacar que correrdo por conta do proponent do projeto todas as despesas e custos referentes & reslzaglo do Estudo de Impacto Ambiental (Resolugio do CONAMA n® 01/86, Ar. 8°) Resolugao do CONAMA n? 01/86, Art. 8° - Correro por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos referentes & realizagdo do estudo de impacto ambiental, ais como: coleta & aquisigdo dos dados e informag6es, trabalhos e inspegGes de carnpo, anailises de laboratério, estudos técnicos e cientificos ¢ acompanhamento e monitoramento dos impactos, elaboragao do RIMA e fornecimente de pelo menos 5 (cinco) cépias. (BRASIL, 1986) * Relatério de Impacto Ambiental | RIMA - E 0 documento publico que reflete as informagdes e conclusdes do EIA € apresentado de forma clara, objetiva e acessivel para toda a populagdo e interessados. 0 Licenciamento ‘Ambiental de atividades modificadoras do meio ambiente denenderé de elaboragéo do E1A erespectivo RIMA, que sergio submetidos a aprovagac do érgao estadual competente, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis (Ibarna) em cardter supletivo (RESOLUGAO DO CONAMA n? 01/86, Ar. 2). O RIMA deve refletir as conclusdes do Estudo de Impacto Ambiental. As informagdes contidas no relatério devern estar de forma clara, elucidativa e objetiva para que todos que forem ler 0 documento consigam compreender 0 que nele estd escrito. Portanto, o RIMA deve ser elaborado em linguagem acessivel, lustrado por mapas, cartas, ‘quadros, gréficos e demais técnicas de comunicagao visual, de modo que se possam entender as vantagens & desvantagens do projeto, bem como todas as consequéncias ambientais de sua implementagao. (RESOLUGAO DO CONAMA n® 01/86, Art. 9°) Importante Resolugdo do CONAMA n? 09/87, art 1. A Audiéncia Piblica referida na Resolugdo CONAMA n° 11/86, tem por finalidade expor aos interessados 0 contevdo do produto em andlise e do seu referido RIMA, dirimindo dividas e recolhendo dos presentes as criticas e sugestées a respeito. Resolugdo do CONAMA n? 09/87, art 2°. Sempre que julgar necessério, ov quando for solcitado pdr ertidade civil pelo Ministério Publco, ou por 60 (cinquenta) ou mais cidaddos, 0 Orgio do Meio Ambiente promovers a realizagao de Audiéncia Publica § 1°. 0 brgéo de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do RIVA, fxaré em editale anunciara pela imprensa local a abertura do prazo que serd no minimo de 45 dias para solitagio de audiéncia publica § 2°. No caso de haver solicitagao de audiéncia publica e na hipétese de o Orgao Estadual nao realzéla a licenga néo ted validade. (BRASIL, 1987) Licenciamento Ambiental ‘Atengio! Aqui existe uma videoaula, acesso pela contetido online ‘A qualicade da vida humana e de todos os seres depende do meio ambiente ecologicarnente equilibrado, conforme previsto na Constituigdo Federal, Art. 225, caput. A defesa do rneio ambiente tarnbém estd prevista ne capitulo da Ordern Econdmica (Art. 170, inciso VI, da Constituigdio Federal). Na matoria das vezes, pressGes e interesses do mercado sobrepujam a protegao ambiental, privlegiando o crescimento econdmica em detrimento da meio ambiente sadio cone um diteito fundamental de todos. Nesse contexto, o Licenciamento Ambiental torna-se o instrumento fundamental na busca do desenvolvimento sustentavel, de carater preventivo e essencial 4 atuagao do Estado na protegao e preservacdo do meio ambiente. As atividades utlizadoras de recursos ambientais (e quaisquer outras,efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes, sob qualaver forma, de causar degradagdo ambiental) serdo submetidas 0 controle do poder de poltcia ambiental, dos entes federados, que estabelecerd condigées elimites para o exerccio dessas atvidades, por meio do Licenciamento Ambiental Comisso, Antunes (2079) esclarece que nao se deve confundir 0 controle ambiental com 0 Licenciarmento Ambiental “Todas as atividades capazes de alterar negativamente as condigdes ambientais esto submetidas ao controle ambiental, que é uma atividade geral de policia exercida pelo Estado" (ANTUNES, 2019) controle arnbiental: "E um poder-dever estatal de exigir que as diferentes atividades humanas sejam exercidas com observancia da legislagao de protegao ao meio ambiente, independentemente de estarem licenciadas ou nao’. (ANTUNES, 2019) Jé 0 Licenciamento Ambiental "E uma modalidade de controle ambiental especifica para atividades que, devido as suas dimensées, sejam potencialmente capazes de causar degradagado ambiental’. “O Licenciamento Ambiental é, juntamente com a fiscalizagao, a principal manifestagao do poder de policia exercido pelo Estado sobre as atividades utilizadoras de recursos ambientais’, (ANTUNES, 2019) O papel desse instrumento, previsto no Art. 9°, inciso IV, da Politica Nacional de Meio Ambiente é fundamental para compatibilizar o desenvolvimento econémico e a preservacdo do meio ambiente, visando ao necessario equilfbrio entre eles, isto é, ao desenvolvimento sustentavel. Politica Nacional de Meio Ambiente (Lei n° 6.938/81),em seu Art. 101 , determina que 0 Licenciamento Ambiental & necesséiio para a construgaa, a instalagao, a ampliagao e o funcionamento de estabelecimentos e atividades utiizadores de recursos ambientals, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradagao ambiental dependerdo de prévio Licenc'arento Ambiental ‘A Resolugdo do CONAMA n° 237/97, em seu Art 1°, inciso |, conceltuou Licenelamento Ambiental como sendo o procedimento administrative pelo qual o 6rgdo arnbiental competente Icencia a localizacdo, instalago, ampliagde e operacdo de empreendimentos e alividaces utilzadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualaver forrma, possam causa’ degradagdo ambiental, considerando as disposigdes legais & regulamentares ¢ as normas técnicas aplicaveis ao caso. Posteriormente, em 2011, a Lei Complementar n? 140, 0 Art. 2", inciso I, estabeleceu que © Licenciarnento Ambiental é 0 procedimento administrativo destinado 2 licenciar alividades ou empreendimentos utllzadores de recursos embientais efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradacao ambiental "PNMA, art. 10- A construgao, instalagao, ampliagao e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradagao ambiental dependerao de prévio Licenciamento Ambiental. (Redagado dada pela Lei Complementar 140/2011)", (GRASIL, 1981) "Resolugao CONAMA n° 237/97, art.1°. Para efeito desta Resolugao sao adotadas as seguintes definigées: |- Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o érgao ambiental competente licencia a localizago, instalagdo, arnpliagao e a operagao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradagao ambiental, considerando as disposigées legais e regulamentares e as normas técnicas aplicaveis ao caso" (@RASIL, 1997) “Lei Complementar 140/2011, art. 2°. Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se, |- Licenciamento Ambiental: |. procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradagao ambiental". (@Rasit, 2011) Licengas ambientais ‘Atengao! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo contetido online Conforme preceitua a Resolugdo CONAMA n® 237/97, em seu Art. 2°, caput e §1°,a localizagao, construgao, instalagao, ‘ampliago, madificagao e operago de empreendimentos e atividades utilzadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bern como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradaco ambiental, dependerdo de prévio licenciamento do érgao ambiental competente, sem prejuizo de outras licengas legalmente exigive's ‘A Resolugdo do CONAMA n® 237/97 regulamenta os aspectos de Licenciarmento Ambiental estabelecidos na Politica Nacional de Meio Ambiente e conceitua, em seu Art, 12, incise Ia icenga ambiental, dispondo a norma que a Licenga Ambiental é um ‘ato administrative segundo o qual o 6rgao ambiental competente estabelece as condigées, restrigdes e medidas de controle ambiental que terdo de ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fisica ou juridica, a fim de localzar,instalar, ampliar e operat empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradagao ambiental. (BRASIL, 1997) “Resolugao CONAMA n° 237/97, art. 1° - Para efeito desta Resolugao sao adotadas as seguintes definigées: (J Il- Licenga Ambiental: ato administrativo pelo qual o érgao ambiental competente, estabelece as condigées, restrigdes e medidas de controle ambiental que deverao ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fisica ou juridica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradag4o ambiental", (@RASIL, 1997) A licenga ambiental é uma autorizagdo emitida pelo érgao ambiental competente ao empreendedor para exercer seu direito a livre iniciativa, atendidas as solicitagdes previstas pelo érgdo competente para o licenciamento. Tem cardter preventivo e também precario, pois a licenga ambiental pode ser cassada, caso as condigdes estabelecidas nado sejam cumpridas. O interessado ~ pessoa fisica ou jutidica, de direito publico ov de direito privado ~ # obrigado a se reportar 20 Estado a fim de solicitar os procedimentos necessatios para a obtengao da licenga ambiental, ao pretender desenvolver urna atividade cconsiderada potencialmente causadora de significativa degradagao ambiental Come observa @ Resolugdo do CONAMA n® 237/97, em seu Art. 8° e incisos, o Licenciamento Ambiental é composto por és tipos de licenga, sao elas: 2 Licenga prévia Licenga de instalacio Licenga de operagdo Cada uma dessas licengas ¢ distinta das outras e poderd ser expedida de forma isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, as caracteristicas e a fase do erpreendimento ou atividade (Art. 8, paragrafo Unico, da Resolugdo do CONAMA n° 231/97), Exemplo Para cada etapa do Licenciamento Ambiental, é necessiiria alicenga adequada, Por exemplo, para © planejarnento de um empreendimento ou de una atividade hi a licenga prévia (LP); na construgdo da obra ou atividade existe a licenga de instalagao (L);e ne funcionanento da atividade ocorre a icenga de operacao. 4H clque no botso acim Trés tipos de licenga Licenga prévia Deserta na ecagao do Art 8°, inciso I da Resolugao.co CONAMA n° 797/97, €aquea deferida na fase pretminar do slanejamento do empreendimento ou da atividade, com vistas a aprovar sua loclizaglo e concepgéo,atestando a viabildade ambiental e estabelecendo 0s requsitos basicos e condicionantes a seen atendidos nas préximas fases de svaimplementagéo, Essa licenga deve ser solicitads ao 6rgo ambiental competente na fase de planejamento, allerago ou ampliagéo do empteendimento, Ela somente aprova sua viabilidade ambiental, localizagao e concep¢ao tecnolégica,além de estabelecer as condigdes a serern consideradas no desenvolvimento do projeto (contendo orientagdes que guiardo 0 desenvolvimento dele) e definir as medidas mitigadoras e compensatérias dos impactos negatives do projelo. Essa licenga nao possui o condao de autorizar qualquer intervencao sobre o meio ambiente, sendo esta qualquer obra ou atividade que venha a comprometer os atributos ambientais de qualquer local Resolugdo CONAMA 237/97, art, 8° -O Poder Publico, no exercicio de sua competéncia de controle, ‘expediré as seguintes licengas | -Licenga Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localizagao e concep, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo 105 requisitos basicos e concicionantes a serem atendidos nas préximas fases de sua implementagao. (BRASIL, 1997) Deve-se registrar que essa licenga no autoriza a instalagao do projeto. A icenga prévia possul prazo de validade determinado pela Resolugao CONAMA n® 237/97, Art.18,inc'sc |, devendo ser no minimo aquele estabelecido pelo ‘cronograma de elaboragao dos planos, programas e projetos relatives ac ernpreendimento ou atvidade, nao podendo ultrapassar o prazo de cinco anos. Licenga de instalagaio Disciplinada no Art. 8°, inciso Il, da Resolugao CONAMA n° 237/97, permite a instalagao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificagées constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as ‘medidas de contole ambiental e suas condiionantes Resolugdo CONAMA n® 237/97, art. 8°. 0 Poder Piblico, no exercicio de sua competéncia de controle, ‘expediré as seguintes licengas: Il Licenga de Instalagao (L): autoriza a instalagao do empreendimento ou atividade de acordo com as especificacdes constantes dos planos, programas e projelos aprovados, incluindo as medidas de conttole ambiental e demais condicionantes, da qual constituern motivo determinante. (BRASIL, 1997) Essa licenga deverd ser solicitada ao érgo ambiental competente, que verificard se a atividade, obra ou empreendimento esté de acordo com as especilicagdes constantes do projeto executive aprovado. Caso existam condicionantes determinados na concessao da licenga, 0 érgao ambiental licenciador realizara 0 monitoranento ao longo do processo de instalagao. prazo de validade dessa licenga é determinaco pelo cronograma de instalagao do empreendimento ou atividade, ‘mas néo pode ser superior a seis anos (Art. 18, nciso I, da Resolugdo CONAMA n? 237/97), Licenga de operagao ‘Tem por fim autorizar a operagio da alividade ou empreensimento, apds 0 6rgdo ambiental esponsdvelverificar se as cexigéncias, anteriormente determinadas, foram cumpridas, isto é, se todos os condicionantes estipulados nas etapas anteriores foram realizados (Art 8°, inciso Ill, da Resolugao CONAMA n? 237/97), Resolucéo CONAMA n° 237/97, art. 8°, O Poder Publico, no exercicio de sua competéncia de controle, ‘expediré as seguintes licengas, lik autoriza a operagéio da atividade ou empreendimento, apés a verificagao do efetivo cumprimento do que consta das licengas anteriores, corn as medidas de controle ambiental e concicionantes determinados para a operagdo. (BRASIL, 1997) A licenga de operagdo néo tem caréter definitive e estard sujelta & renovacdo, com condicionantes supervenientes, Qualquer modificagao posterior deverd ser levada novamente a andiise do 6rgao ambiental icenciador. 0 prazo minima de validace da licenga de operagdo é de 4 (quatro) anos, e 0 prazo maximo seré de 10 (dez) anos (Art. 18, inciso Il, Resolugdo do CONAMA n° 237/97}, 0 6rgao publico ambiental competente poderd, na renovagao da Licenga de Operagao (LO), aumentar ou ciminuir © seu raze de validade, desde que exista decisdo fundamentada. Observagao Etapas do Licenciamento Ambiental Conformeo Art, 10, Resolugdo do CONAMA n® 737/97, as etapas do procedimento administraivo, Licenciarento Ambiental, sao 1. Definigao pelo érgao ambiental competente, com a participagao do empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais, necessaries ao inicio do processo de licenciamento corresoondente a licenga a ser requerida, 2, Requerimento da licenga ambiental pelo erpreendedor, acompanhado dos documentos, projetos ¢ estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade. 3. Andlise pelo drgo ambiental competente, integrante do SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e 2 realizagdo de vistorias técnicas, quando necessarias, 4, Solicitagao de esclarecimentos e complementagdes pelo érgo ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma unica vez, em decorréncia da andlise dos documentos, projelos e estudos ambientais apresentados, quando couber, podendo haver a reiteragao da mesma solcitagao caso os esclarecimentos & complementagdes néo tenham sido satisfatérios. 5, Audiéncia publica, quando couber, de acordo com a regulamentagao pertinente. 6. Solicitagao de esclarecimentos e complementagées pelo érgéo ambiental competente, decorrentes de audiéncias publicas, quando couber, podendi haver reiteragao da solicitacao quando os esclarecimentos e complementagdes nao tenham sido satisfatérios 7. Emissao de parecer téenico conclusive e, quando couber, parecer juridieo. 8. Deferimento ou inceferimente do pecido de licenga, dando-se a devida publicidade. (BRASIL, 1997) ‘A Resolugdo do CONAMA n° 237/97, Art. 1, ainda elucida que os estudos necessérias ao processo de licenciamento devergo ser realizados por profissionais legalmente habiltados, a expensas do empreendedor 4B lque no botéo sem Competéncia para o licenciamento ambiental ‘A Resoluco CONAMA n° 237, de 19 de dezembro de 1997, discipling, ern seu Art. 4”, as seguintes competéncias do bara na esfera federal para Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades com significative impacto ambiental de ambito nacional ou regional 1. As localizadas ou desenvolvidas conjuntarente no Brasil eer pais limtrofe: no mar territorial: na plataforrna ‘continental na 2ona econdmnica exclusiva em terrasindigenas ou em unidades de conservago do dominio da Unie; 2, Localizadas ou desenvolvidas em dois ov mais Estados; 3. Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites terrtoriais do Pals ou de um ou mais Estados; 4, Destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, tansportar, armazenar e dispor material radioativo, ern qualquer estagio, ou que utilizem energia nuclear ern qualquer de suas formas ¢ aplicagdes, mediante parecer da ‘Comissao Nacional de Energia Nuclear (Cnen), 5, Bases au empreendimentos militares, quando couber, cbservade a legislagao especifica Resolugao CONAMA n° 237/97, art. 4° - Compete ac Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovéveis - IBAMA, 6rgdo executor do SISNAMA, 0 Licenciamento Ambiental, a que se refere o Art. 10:da Lein® 6.938, de 31 de agosto de 1981, de empreendimentos e atividades ‘com significative impacto ambiental de ambito nacional ou regional, a saber: | -localizadas ou desenvolvidas conjuntarnente no Brasil e em pafs limftrofe; no mar territorial na platafo-ma continental na zona econémica exclusiva; em terras indigenas ou er unidades de conservagao do dominio da Unido. II-Iocalizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados; IIl- cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais do Pals ou de um ou mais Estados; IV -destinados a pesqu'sar,lavrar, produzir,beneficiar,transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estagio, ou cue utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicagées, mediante parecer da Comissao Nacional de Energia Nuclear - CNEN; \V- bases ou empreendimentos militares, quando couber, observada a legislagao especifica, § 19-0 [BAMA fard o licenciamento de que trata este Art, apés considerar o exame técnico procedido pelos érgos ambientais dos Estados e Municfpios em que se localizar a atividade ou ‘empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais érgaos competentes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, envolidos no proceimento de licenciamento, § 2°- 0 IBAMA, ressalvada sua competéncia supletiva, poderd delegar aos Estados o licenciamento de atividade com significative impacto ambiental de Ambito regional, uniformizando, quando possivel, as exigéncias. (BRASIL, 1997) ‘A Resolucde CONAMA n® 237/97 também determinou, em seus Arts. 5° e 6°, respectivamente, a competéncia dos 6rg3os ambientals dos Estados e Distrito Federal, assim como dos Municipios para o Licenclamento ambiental E de competéncia do érgéo ambiental estadual ou do Distrito Federal o lcenciemento das seguintes obras ou atividades 1. Localizadas ou desenvolvidas er mais de um Munic'pio au em unidades de conservagao de dominio estadual ou do Distrito Federal; 2. Localizadas ou desenvolvidas nas florestas e demnais formas de vegetacao natural de preservacdo permanente & ‘ern todas as que assim forem consideradas por normas federais, estaduais ou municipais; 8, Cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites terttorials de um ou mais Municipios, 4, Delegadas pela Unido aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convénio. ‘Agora, compete ao 6rgao ambiental municipal o Licenciarnento Ambiental de ernpreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que Ihe forem delegadas pelo Estado por instrument legal ou convénio, Resolugao CONAMA n° 237/97, art. 5° - Compete ao érgao ambiental estadual ou do Distrito Federal ‘© Licenciamento Ambiental dos empreendimentos e atividades: | -localizados ou desenvolvidos em mais de urn Municipio ou em unidades de conservacao de dominio estadual ou do Distrito Federal; II-localizados ou desenvalvidos nas florestas e demais formas de vegetaco natural de preservagiio permanente relacionadas no Art, 2° da Lei n? 4.771, de 15 de setemnbro de 1965, e ern todas as que assim forem consideradas por normas federais, estacuais ou municipais, Ill-cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os lites territoriais de um ou mais Municipios; IV ~ delegados pela Unido aos Estados ou ao Distrito Federal, por instrumento legal ou convénio, Pardgrafo Unico. 0 6rg80 ambiental estadual ou do Distrito Federal faré o licenciamento de que trata este artigo. aps cconsiderar 0 exame técnico procedido pelos érgaos ambientais dos Municipios em que se localizar a atividade ou ‘empteendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais 6rgaos competentes da Unido, dos Estados, co Distrito Federal e dos Municipio, envalvidos no procedimento de licenclamento, Resolugao CONAMA n® 237/97, art. 6° - Compete ao érgao ambiental municipal, ouvidos os érgaos ‘competentes da Unido, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, 0 Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que Ihe fore delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convénio. (BRASIL, 1997) Posteriormente & Resolugio do CONAMA.n® 237/97, howve, em 08 de dezernbro de 2017, a edigio da Lei ‘complementar n° 140, que, em seu Art 7o, inciso XI, determina a Competéncia da Unido para promover 0 Licenciamento Ambiental na esfera federal de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos conjuntarente no Brasil e em pais mitre; ov localizacos ou desenvolvides no mar territorial na plataforma continental ou na zona econémica exclusiva; ou ainds localizados ou deserwolvidos em terra indigenes, cu localizados ou desenvolvidos em unidades de conservagéo istituidas pela Unido, exceto em Areas de Protegéo Ambiental (APAs); ou localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; ou de carater militar, excetuando-se do Licenciamente Ambiental. nos termos de ato do Peder Executive, aqueles previstos no preparo e emprego des Forgas Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; ou destinados a pesauisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estagio, ou que utilize energia nuclear em qualquer de suas formes e aplicagées, mediante parece: da Comissdo Nacional de Energia Nuclear (Cnen}; ou que atendam tipologia estabelecide por ato do Poder Executive, a part de proposigo da Comisséo “Tripartite Nacional, assegurads a paticipagéo de um membro do Conselno Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), considerados os ertérios de porte, ptencial poiidor enaturezs da atvidade ou empreendimento Lei Complementar n® 140/2011, art. 70 - Séo agées administrativas da Unido: ld XIV-promover o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades: 2) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasile em pais limitrofe; ») localizados ou desenvolvidos no mar territorial na plataforma continental ou na zona econdmica exclusiva 6) localzados ou desenvolvidos em terras indigenas; 6) localizados ou desenvolvidos em nidades de conservegdo instituidas pela Unido, exceto em Areas de Protegao Ambiental (APAS) 6) localzados ou desenvalvdos em 2 (dois) ou mais Estados; £} de cardter militar, excetuando-se do Licenciamento Ambiental, nos termas de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no prepare e emprego das Forgas Armadas, conforme disposto na Lei Complerentar no 97, de 9 de junho de 1999, 4) destinados a pesquisar lavrar, produz‘r, beneficlay,transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estagio, que utlizem energia nuclear ern qualquer de svas forrnas © aplicagdes, mediante parecer da Comisso Nacional de Energia Nuclear (Gren); 1) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo,a partir de proposigaio da Comissdo Tripartite Nacional, assegurada @ participagao de un membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), ¢ considerados os cxitérios de porte, potencial poluidar e natureza da atividade ou empreendimento, Pardgrafo Unico, Olicenciamento dos empreendimentos cujalocaizagao compreenda, ‘concoritanternente areas das faixas terrestre e maritima da zona costeira serd de atribuigao da Unio exclusivamente nos casos previstos em tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposico da Comissdo Tripartite Nacional, essegurada a participagao de um membro do Consetho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e considerados os criteios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento. (BRASIL, 2071) ‘Lei Complementarn® 140/2011, em seu Ar 8°, incisos XIV e Xv também determinou a Competéncia dos Estados para promovero Licenciamento Ambiental des atividades ou empreendimentos utiizadores de recursos ambientals, efetiva ou potenciakmente poluidoras ou capazes de causar degradagio ambiental, ressahada a competéncia da Unio e dos Municipios, além de promover o Licenciamento Ambiental de atividades ou ernpreendimentos localizados ou ddesenvolvides em unidades de conservacdo instituidas pelo Estado, exceto em Areas de Protego Ambiental (APAS) Lei Complementar n? 140/201, art. 8° - S40 agGes administratvas dos Estados: ld XIV- promover 6 Licenciarnento Ambiental de atividades ou empreendimentos utilzadores de recursos ambientals, eftiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradagdo ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7°e 9, XV- promover 0 Licenciamento Ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidas em unidades de conservacao instituldas pelo Estado, exceto em Areas de Protegio ‘Ambiental (APis), (BRASIL, 2017) ‘Lei Complementar n? 140/2011, na redagao do Art. 9°, incisos XIV eX, dispGe que os Municipios sero competentes para promoverem o Licenciamento Ambiental de atividades ou empreendimentos que causern ou possam causar impacto ambiental de ambito local e os localizados em unidades de conservagao instituidas pelo Municipio, exceto ern Areas de Protegao Ambiental (APAS) Lei Complemnentar n® 140/2011, art. 9° - Séo agdes administrativas dos Municipios: bd XIV -observadas ae atribuigdes dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar promover 6 Licenciamento Ambiental das atvidades ou empreencimentos 2) que causem ou possam causar impacto ambiental de émbito local, contormetinolagia defrida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os eitrios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; b) localizados erm unidades de conservagéo intituidas pelo Municipio, exceto em Areas de Protegéo Ambiental (APAS). (BRASIL, 2011) ‘Anorrna ainda destaca, no Art. 10, a competéncia do Distrito Federal para 0 Licenciamento Ambiental, Este devers observar ages administrativas previstas nos Arts, 8° e 9° da norma, descritas anteriormente. Lei Complementar n? 140/2011, art. 10. Sao agdes administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8° 6 9°, Atengao Resolugdo CONAMA n° 237/97, art, 7°- Os ernpreendimentos e atividades serdo licenciados ern um nica nivel de competéncia, conforme estabelecido nos artigos anteriores. (BRASIL, 1997) Lei Complementar n? 140/2011, art. 13. Os empreendimentos e atividades so lcenciados ou autorizados, ambientalmente, por Um dinico ente federativo, em conformidace com as atribuigGes cestabelecidas nos tetrmos desta Lei Complernentar. (BRASIL, 2071) Atividade 1. Existe em tramite ne Congresse Nacional proposta legislativa para fleibilzar as regras do Licenciamento Ambiental. Matéria publicada no jomal Estadio, inttulada Ministérios apoiam projetos que limitam Licenciamento Ambiental, narra que Lei Geral do Licenciamento Ambiental que serd discutida pelo Congresso altera profundamente 0 processo de emissao dessas autorizagdes no Pals, extinguindo a necessidade de licengas para boa parte das atvidades agropecusrias e empreendimentos de infraestrutura Apés o estudo desta aula, flexbilzer 0 procedimento edministrativo chanado lcenciamento arnbiental seria una bos apedo ne busca do desenvolvimento sustentavel? Explique e fundamente a sua resposta 2, Dentro do procedimento administrative Licenciamento Ambiental, so fornecidas pelo poder publice trés icengas, so elas 2) Licenga prévia, licenga de instalagio e licenga de operagao, by) Licenca de instalacio, icenca de construcio elicenca de operagio. © Licenga de autorizacdo,licenca de construcio e licenca de funcionamento, 4) Licenca prévi,licenca de construcio e licenca de operacio. 8. (XIV Prova OA8) Kellen, empreendedora individual, cbtém, junto ao érgo municipal, icenca de instalag&o de uma fbrica de calgados. A respeito da hipétese formulada, assinale a afirmativa correta, 2) A licenga no & valida, uma vez que os municipios tém competéncia para 9 anslise de estudos cle impacto ambiental, mas no para a concessdo de licenca ambiental Com alicenca de instalagSo obtida, a fabrica de calgados poder iniciar suas atividades de producio, gerando lreito adquirido pelo prazo mencionado na licenca expedida pelo municipio. ©) Alicenga 6 valida, porém néo ha impedimento de que um Estado e a Uniso expecam licencas relativas ao mesmo empreendimento, caso entendam que haja impacto de Smbito regional e nacional, respectivamente. 1) Para 0 inicio da produs3o de calsados, &imprescindivel a obtencéo de lcenga de operaglo, sendo concedida apés a veriticaglo do cumprimento dos requisitos previstos nas licencas anteriores. 4. (XV Prova OA) Antes de dar inicio & instalagéo de unidade industrial de produgao de roupas no Municipio X, Julio César consulta seu advagado acerca dos procedimentos prévios ao comeca da construgdo e produgaio, Considerando a hipétese, assinale a afirmativa correta 2) Caso a unidade industrial estejalocalizada em terras indigenas, ela ndo poders ser instalada b) Caso a unidade industrial esteja localizada e desenvolvida em dois estados da federagSo, ambos terdo competéncta para © Licenciamento Ambiental. ©) Caso inserida em qualquer Unidade de Conservacio, a competéncia para o licenciamento sera do tbama, 4) Caso © impacto seja de Ambito local a ompeténcia para o Licenciamento Ambiental seré do Municipio. 5. (XVill Prova OAB) Detetminada sociedade empreséria consulta seu advogado para obter informagdes sobre as exigéncias ambientais que possam incidir em seus projetos, especialmente no que lange a apresentagao ¢ aprovagao de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respective Relatério (EI/RIMA). Considerando a disciplina do EIA/RIMA pelo ordenamento juridico, assinale a afirmativa correta, 2) O EWVRIMA & um estudio simpiiicads, itegrante do Licenciamento Ambiental, destinado a avalar os impactos ao meio ambiente natural, nfo abordando impactos aos melos artificial e cultural, pols esses componentes, segundo pacifico entendimento dout Jurisprudencial, ndo integram 0 conceito de “meio ambiente” b} © EIVRIMA é exigido em todas as atividades e empreendimentos que possam causar impactos ambientais, devendo ser aprovado previamente 8 concessio da denominada Licenga Ambiental Previa, ©) O EIA/RIMA, além de ser aprovado entre as Licencas Ambientais Priva e de InstalagSo, tem a sua metodologia & 0 seu contedido regrados exclusivamente por Resolugées do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), podendo a entidade/o érgo ambiental licenciador dispensi-lo segundo crtétios discrcionérios e independentemente de funcamentacéo, ainda que a atvidade esteja prevsta lem Resolug3o CONAMA como passivel de EIA/RIMA, 4) © EIA-RIMA 6 um instrumento de avaliago de impactos ambientais, de natureza preventva, exigido para atvidades/empreencimentos ro 56 efetiva como potencialmente capazes de causar sigificatva degradagSo, sendo certo que a sua publicidade é uma imposicio Constitucional (CRFB/1988) 6. (XX Prova OAB) A sociedade empreséria Xique-Xique S.A. pretende instalar urna unidade industrial metalirgica de grande porte em deterrninada cidade, Ela possul outras unidades industrials do mesmo porte em outras localidades. Sobre 0 Licenciamento Ambiental dessa iniciativa, assinale a afirmativa correta 3) Como a sociedade empresstia j8 possui outras unidades industrials do mesmo porte e da mesma natureza, nfo sera necessario outro Licenciamento Ambiental para a nova atividade utilzadora de recursos ambientals, se efetiva ou potencialmente poluidora b) Para uma nove atividade industal utllzadora de recursos ambiental, se efetva ou potencialmente poluidora, & necessaria a obtenclo da lcenca ambiental, por meio do procedimento administrative denominado Licenciamento Ambiental. 6) Se a Sociedade empresiriajé possui outras unidades industriais do mesmo porte, poders ser exigido outro Licenclamento Ambiental para a nova atividade utiizadora de recursos ambientais, se efetiva ou potencialmente poluidora, mas ser dispensada a realizacio de qualquer estudo ambiental, inclusive o de impacto ambiental, no processo de licenciamento, 4) A sociedade empresaria s6 necessitars do alvard da prefeitura municipal autorizando seu funcionamento, sendo incabivel a exigéncia de Licenciamento Ambiental para atividades de metalurgia, Referéncias Notas ANTUNES. Paulo Bessa Art. 10+ ireito Ambiental. 20. ed. So Paulo: Atlas, 2019. Lei Complementar n® 140/201. Fixa normas, nos termos dos incisos Ill, VI e Vil do caput e do parégrafo Unico do art 23 da Constituicao Federal, para a cooperagac entre a Unido, os Estados, o Distrito Federal e os Municipios nas ages administrativas decorrentes do exercicio da competéncia comum relativas & protecao das paisagens naturais notaveis, & protege do meio ambiente, ao combate & poluigo em qualquer de suas formas e & preservagdo das florestas, da fauna e da flora, e altera a Leino 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponivel ern: /www.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lep140.htm Acesso em: 30 maio 2019, Lei n® 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispde sobre a Politica Nacional do Melo Ambiente, seus fins e mecanismas de formulagio e aplicagao, e da outras providéncias, Disponivel ex: Jwww.planalto.gow.br/ccivil 03/LEIS/L6938,htm. Acesso em 27 malo. 2019. Lei n® 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 € 183 da Constituigdo Federal, estabelece ciretrizes gerais da politica urbana e da outras providéncias. Disponivel ern: Jwww.planalto. gov.br/ccivil_03/leis/leis 2007/110257.htm. Acesso em. 27 maio. 2019 Resolugao CONAMA n° 01, 23 de janeiro de 1986. Disponivel em; Loww.mma,gov.br/port/conama/res/res86/res0186,html, Acesso em: 30 malo 2019. _— Resolugiio CONAMA n° 09/1987, Dispe sobre a realizacdo de Audiéncias Pilblicas no processo de Licenciamento Ambiental, Disponivel em: /www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=60. Acesso em: 30 maio 2019. Resolugio CONAMA n° 237, 19 de dezembro de 1997. Disponivel em: ‘Heoww.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html. Acesso em: 30 maio 2019. MILARE, Edis. Direito do Ambiente 18. ed. Revistas dos Tribunais. 2078 PRIBFRAM, Diciondrio da Lingua Portuguesa. Disponivel em: https:/dicionario.priberam.or 2019 rgldiretriz, Acesso erm: 23 maio de RODRIGUES, Marcelo Abelha, Direito Ambiental esquematizado. S.ed, S30 Paulo: Saraiva, 2078, SIRVINSKAS, Luls Paulo, Manual de Direito Ambiental, 17.e4. So Paulo: Saraiva, 2018. Proxima aula ‘«Aimportancia da preservagao da flora e da fauna; ‘+ As forrnas de protegio da flora por meio do Cécigo Florestale do Sisterna Nacional de Unidade de Conservagao; ‘« Aimportancia do patriménio genético Explore mais + IBAMA: Licenciamento Ambiental ‘« IBAMA: Licenciamento Ambiental elicencas ambientais: + Resolugiio CONAMA n° 237/1997, « Resolugo CONAMA n° 01/1986,

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