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Política de Comunicação de Operações Ou Actividades Suspeitas - 2022
Política de Comunicação de Operações Ou Actividades Suspeitas - 2022
ÍNDICE
1. Âmbito.....................................................................................................3
2. Objectivo..................................................................................................3
3. Conceitos e definições...................................................................................3
4. Obrigação de comunicação.............................................................................4
4.1. Indicadores subjectivos............................................................................4
4.1.1. Comunicação de operações suspeitas..........................................................5
4.1.2. Comunicação de pessoas, grupos ou entidades designadas.................................5
4.2. Indicadores objectivos.............................................................................6
4.3. Prazo de comunicação..............................................................................7
4.4. Procedimentos de comunicação..................................................................8
4.4.1. Conteúdo das comunicações.....................................................................8
4.5. Obrigação de abstenção............................................................................8
4.6. Obrigação de cooperação e prestação de informação.........................................9
4.7. Obrigação de sigilo..................................................................................9
4.7.1. Protecção na prestação da informação........................................................9
4.8. Obrigação de conservação........................................................................10
5. Disposições Finais.......................................................................................10
5.1. Revisão e Actualização............................................................................10
5.2. Divulgação e Acesso...............................................................................10
5.3. Monitorização e Entrada em vigor..............................................................10
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Política de Comunicação de Operações ou Actividades Suspeitas
1. Âmbito
No cumprimento do disposto no artigo 17º da Lei nº 05/20 de 27 de Janeiro, sobre a
Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais (BC), Financiamento do Terrorismo e
da Proliferação de Armas de Destruição em Massa (FTP), o BNI está adstrito à obrigação de
comunicação, devendo, por sua própria iniciativa, informar de imediato a Unidade de
Informação Financeira (UIF), sempre que saiba, suspeite ou tenha razões suficientes para
suspeitar que teve lugar, está em curso ou foi tentada uma operação susceptível de estar
associada a prática do crime de BC/FTP ou de qualquer outro crime.
2. Objectivo
A presente política tem como objectivo estabelecer os princípios e as directrizes para o
cumprimento da obrigação de comunicação a que o Banco está sujeito, caso suspeite ou
tenha motivos razoáveis para acreditar que uma transacção poderá estar relacionada com
à prática do crime BC/FTP ou de qualquer outro crime.
3. Conceitos e definições
Os conceitos de seguida elencados devem prevalecer ao longo do texto desta política, com
a definição que lhes é formulada:
a) Branqueamento de Capitais (BC): qualquer evento destinado a dissimular a natureza e
a origem de fundos provenientes de actividades ilícitas previstas na Lei, de modo que
estes pareçam legítimos. Regra geral este processo comporta 3 fases, nomeadamente
colocação, ocultação e integração;
b) Compliance Officer: responsável pela coordenação e monitorização da
implementação do sistema de Prevenção e Combate ao BC/FTP, incluindo dos
respectivos procedimentos de controlo interno, bem como pela centralização da
informação e comunicação de operações susceptíveis de BC/FTP à UIF e outras
autoridades competentes;
c) Customer Due Diligence (CDD) - Diligência devida do cliente: é o procedimento
padrão de diligência para entender e avaliar os riscos colocados por um cliente ou as
suas transacções;
d) Enhanced Due Diligence (EDD) – Melhoria das Diligências: é uma diligência profunda
em relação a um Cliente (ou partes relacionadas), geralmente adoptada quando é
identificado um factor de risco elevado;
e) Entende-se por Pessoas, Grupos ou Entidades Designadas, aquelas que se encontram
designadas:
i) Pelo Comité de Sanções das Nações conforme a Resolução do Conselho de
Segurança das Nações Unidas n.º 1267, mediante a Lista actualizada pelo
referido Comité de Sanções;
ii) Pelo Comité de Sanções conforme a Resolução do Conselho de Segurança das
Nações Unidas n.º 1988, que mantém uma Lista actualizada de pessoas, grupos
e entidades associados com os Talibã, que constituam uma ameaça para a paz,
estabilidade e segurança do Afeganistão;
iii) Por qualquer outro Comité de Sanções criado pela Organização das Nações
Unidas (ONU) ou outro organismo da ONU que mantenha listas de pessoas,
grupos ou entidades associadas ao terrorismo, incluindo o financiamento do
terrorismo, a terroristas ou a organizações terroristas, com vista à aplicação de
medidas restritivas de natureza financeira;
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3. Sempre que o Banco suspeite ou tenha motivos razoáveis para acreditar que uma
transacção poderá estar relacionada com BC/FTP, este deve rever a informação que
dispõe relactivamente ao cliente.
4. A existência de uma explicação que faça sentido, à luz da relação de negócio, pode
ser motivo suficiente para que não se considere a operação como sendo suspeita.
Caso não haja nenhuma explicação lógica para a actividade, e tendo por base a
informação recolhida junto do cliente, a actividade deve ser reportada à UIF.
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Deste modo, caso se constate que a referida transacção está associada a uma
operação que evidencia fundada suspeita de estar relacionada ao BC/FTP ou
qualquer outro crime, deve ser igualmente submetida uma Declaração de
Operação Suspeita (DOS);
b) Quando realiza a troca entre notas de denominação baixa por notas de
denominação alta, de valor igual ou superior, em moeda nacional ou noutra
moeda, ao equivalente à USD 5 000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da
América);
c) Quando realiza a troca em moedas diferentes (operações de câmbio), de valor
igual ou superior ao equivalente à USD 5 000,00 (cinco mil dólares dos Estados
Unidos da América);
d) Quando um cliente compra e/ou líquida cheques, cheques de viagem ou outros
métodos de pagamentos semelhantes, de valor igual ou superior, em moeda
nacional ou noutra moeda, ao equivalente à equivalente à USD 5 000,00 (cinco
mil dólares dos Estados Unidos da América);
e) Todas as transacções que envolvam valores mobiliários, de valor igual ou
superior, em moeda nacional ou noutra moeda, ao equivalente à USD 5 000,00
(cinco mil dólares dos Estados Unidos da América);
f) Todas as transacções de valor igual ou superior, em moeda nacional ou noutra
moeda, ao equivalente à USD 5 000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da
América), sempre que satisfaçam dois ou mais dos seguintes indicadores:
Montantes não contados;
Montante em moeda Estrangeira;
Montantes não depositados em conta própria;
Montantes que sejam transferidos para uma conta no exterior.
g) Todas as transferências electrónicas efectuadas por não detentores de conta
bancária, cujos montantes, em moeda nacional, excedam o equivalente à USD
5 000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da América);
h) Transacções de montante superior, em moeda nacional ou outra moeda,
equivalente a USD 5.000,00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da América),
sempre que as operações revelem especial risco de BC/FTP, nomeadamente
quando se relacionem com um determinado país ou jurisdição sujeita a contra-
medidas adicionais decididas pelo Estado angolano, por outras organizações
internacionais competentes ou por autoridades de supervisão e fiscalização.
3. De igual modo, o Banco deve prestar especial atenção às relações de negócio e as
transacções relacionadas com países que não aplicam ou aplicam de forma
insuficiente os requisitos internacionais em matéria de PC-BC/FTP, reduzindo a
escrito os resultados dos exames realizados às relações de negócio e transacções.
Nota: As comunicações devidas à UIF, de acordo com os limites acima, devem ser
submetidas por intermédio dos formulários disponibilizados na sua página
institucional (internet). A indisponibilidade do canal de comunicação implica a
submissão de um ficheiro em formato Excel para o correio electrónico
comunicacoes@uif.ao.
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5. Disposições Finais
5.1. Incumprimento
1. O incumprimento do estabelecido na presente política constitui violação grave dos
deveres de conduta e, em consequência, susceptível de aplicação de medidas
disciplinares, sanções contratuais ou eventual responsabilidade criminal.
2. A responsabilidade da pessoa colectiva não exclui a responsabilidade individual
dos respectivos agentes. Nos termos dos artigos 17º (obrigação de comunicação) e
19º (obrigação de cooperação e prestação de informação) da Lei n.º 05/20 de 27
de Janeiro, as informações prestadas de boa-fé pelo Banco no âmbito de uma
determinada operação que evidencia fundada suspeita e, que seja susceptível de
constituir crime não constituirá violação do dever de segredo, nem implicará a
responsabilização de quem efectue a comunicação.
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2. A Presente política deve ser divulgada para todos os colaboradores através dos
órgãos de comunicação interna definidos.
3. Todos os exemplares impressos são consideradas cópias não controladas.
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