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ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE, GABINETE DO PREFEITO. LEI COMPLEMENTAR N° 279/2018. Dispée sobre a Politica’ de Desenvolvimento Urbano e 0 Plano Diretor do Municipio de Macaé. A CAMARA MUNICIPAL DE MACAE delibera e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: DISPOSIGOES PRELIMINARES Em atendimento ao disposto no art. 182, § 1°, da Constituigio Federal, & Lei Orgéinica do Municipio de Macaé ¢ as disposigdes constantes da Lei Nacional n° 10.257 de 10 de julho de 2001, a Politica de Desenvolvimento Urbano do Municipio de Macaé sera regulada de acordo com este Plano Diretor. TITULOT DA CONCEITUACAO, FINALIDADE, ABRANGENCIA, PRAZOS, PRINCIPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS CAPITULO 1 Da Conceituagao, Finalidade, Abrangéncia e Prazos Art, 1° Esta Lei disp6e sobre a Politica de Desenvolvimento Urbano, o Plano Diretor e 0 Sistema de Planejamento e Gestio do Desenvolvimento Urbano do Municipio de Macaé. Art. 2° A Politica de Desenvolvimento Urbano compreende 0 conjunto de planos e gies, tendo como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das fungies sociais da cidade, com justica e equidade e assegurar o bem-estar ¢ a qualidade de vida de seus habitantes. Art, 3° O Plano Diretor é instrumento basico e estratégico da politica de desenvolvimento urbano do municipio de Macaé, que regula as atividades e iniciativas do Proprio Poder Piblico Municipal e das pessoas fisicas ou juridicas, de Direito Privado ou Piblico, a serem levadas a efeito no territério municipal. Art. 4° Entende-se por Sistema de Planejamento e Gestio do Desenvolvimento Urbano 0 conjunto de érgios, normas, recursos humanos e técnicos, objetivando a coordenagiio das agdes dos setores puiblico ¢ privado ¢ da sociedade em geral, a integragao dos diversos programas setoriais e a dinamizago e modernizagao da agao govemamental. Pardgrafo tinico. O Sistema de Planejamento e Gestio do Desenvolvimento Urbano serd integrado pelo setor piblico e pela sociedade civil e funcionaré de modo permanente, garantindo a necessiria transparéncia e a participago dos cidadios e de entidades Tepresentativas na elaboragao, fiscalizagdo e avaliago da politica urbana. ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO Art. 5° O Plano Diretor tem como finalidade definir e orientar a politica de desenvolvimento urbano, estabelecendo as diretrizes, os objetivos e prioridades, de forma a garantir 0 pleno desenvolvimento das fungies sociais da cidade no que se refere a0 acesso & terra urbanizada ¢ regularizada, direito 4 moradia, saneamento basico, servigos urbanos iblicos, transporte, trabalho, educagdo, cultura, satide, lazer, meio ambiente, para as resentes ¢ futuras geragées, num processo de gestiio democratica e participativa, com vistas A garantia e melhoria da qualidade de vida dos habitantes. § 1° O Plano Diretor orienta o processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, as Diretrizes Orgamentérias e 0 Orgamento Anual incorporar as diretrizes, os objetivos e as agdes estratégicas nele contidas. § 2° Além do Plano Diretor, 0 processo de planejamento municipal compreende, nos termos do artigo 4° da Lei Federal n° 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, os seguintes itens: I-- disciplina do parcelamento, do uso e da ocupagiio do solo; II- zoneamento ambiental; Ii - plano plurianual; IV - diretrizes orgamentérias ¢ orgamento anual; V - gestio orcamentéria participativa; VI- planos, programas e projetos setoriais; Vi - planos e projetos regionais, de bairros, distritos ou setores administrativos; VIII - programas de desenvolvimento econdmico, social e comunitatio; IX - gestio democrética do Municipio. § 3° O Plano Diretor do Municipio de Macaé deverd ainda observar os planos nacionais, regionais ¢ estaduais de ordenago do territério e de desenvolvimento econémico € social. Art. 6° O Plano Diretor abrange a totalidade do territério do Municipio, definindo: I- a politica de desenvolvimento urbano de Municipio; I- a fungdo social da propriedade urbana, tanto privada quanto piblica; II - as politicas piblicas do Municipio; IV - 0 ordenamento territorial; ‘V-a gestiio democritica. Art. 7° Este Plano Diretor tem como prazo de revisio até o dia 10 de outubro de 2026. CAPITULO Dos principios, diretrizes e objetivos gerais da Politica Urbana e do Plano Diretor Art. 8° A Politica de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor sio regidos pelos seguintes principios: 1 fungdo social da cidade; I- fungao social da propriedade urbana e rural; ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO. Til - equidade social ¢ territorial; IV - direito a cidade; V - direito ao meio ambiente equilibrado ecologicamente; VI- gestio democritica. § 1° Fungao Social da cidade é 0 direito 4 cidade para todos, compreendendo o direito 4 terra urbana, 4 moradia, ao saneamento ambiental, a infraestrutura urbana, ao transporte, aos servigos publicos, ao trabalho e ao lazer, com qualidade de vida. § 2° Fungo social da propriedade urbana é entendida como prevista no art. 182, pardgrafo 2° da Constituigdo Federal: "a propriedade urbana cumpre sua fungo social quando atende as exigéncias fundamentais de ordenagio da cidade expressas no plano diretor", tomando-se instrumento para impedir que o exercicio do direito de propriedade em cardter privado prejudique o interesse maior da coletividade em ter acesso ao bem comum da cidade. § 3° Fungo social da propriedade rural é entendida como prevista no art. 186 da Constituigao Federal: "a fungao social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios ¢ graus de exigéncias estabelecidas em lei, os seguintes requisitos: I-- aproveitamento racional e adequado; Il - utilizago adequada dos recursos naturais existentes e preservago do meio ambiente; IIL - observancia das disposigdes que regulam as relagées de trabalho; IV - explorago da propriedade, desde que favoreca o bem-estar dos proprietérios e dos que nela trabalham". § 4° Equidade, inclusio social ¢ territorial compreende a garantia da justiga social e redugdo das desigualdades e vulnerabilidades territoriais entre grupos populacionais, distritos ¢ bairros do Municipio. § 5° Direito & cidade compreende a universalizagio do acesso a bens, servigos, equipamentos, infraestruturas piblicas e as politicas sociais, a todos os municipes. § 6° Dircito a0 meio ambiente equilibrado ecologicamente compreende 0 direito a0 patriménio ambiental, bem de uso comum essencial a qualidade de vida, bem como sua reservacdo, conservagdo e recuperago do ambiente natural. § 7° Gestio democritica compreende a participagiio dos cidadios © entidades representativas nos processos de planejamento e gestio da cidade, na elaboragdo, fiscalizagao ¢ avaliagdo de planos, programas e projetos da politica urbana. Art, 9° A Politica de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor so orientados pelas seguintes diretrizes: I - justica social e redugo das desigualdades sociais e regionais; II - incluso social, compreendida como garantia de acesso a bens, servigos e politicas sociais a todos os munfcipes; IM - transferéncia para a coletividade de parte da valorizagio imobilidria inerente & urbanizagio; ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO. IV - direito universal moradia digna; 'V - universalizagao da mobilidade e acessibilidade; VI- prioridade ao transporte coletivo puiblico; VI - preservaco, conservagao e recuperagio do ambiente natural; VIII - integragio do meio urbano ao meio rural do Municipio; IX - diversificagiio da economia de forma sustentével, social ¢ ambientalmente, para as presentes e futuras geragdes; X - valorizagio e resgate da identidade histérica e cultural do Municipio; X1-- fortalecimento do setor piblico, recuperagao e valorizagao das fungSes de planejamento, articulagao e controle; XII - descentralizagao da administragéo publica; XIII - participagdo da populagio nos processos de planejamento, gestdo, implementagio e monitoramento da Politica Urbana e do Plano Diretor; XIV - desenvolvimento sustentavel; XV - desenvolvimento comunitério; XVI - integralidade na prestagao dos servigos piblicos. Art, 10. Sao objetivos gerais da Politica de Desenvolvimento Urbano e do Plano Diretor: I- consolidar Municipio de Macaé como centro de desenvolvimento regional, polo nacional de produgao energética, sede de atividades produtivas diversificadas e geradoras de emprego renda; Il - diversificar as atividades econémicas, valorizando o potencial produtivo e as vocagies naturais ¢ culturais do Municfpio; III - garantir que a rede de atendimento de servigos piblicos para a Regidio Serrana considere © comércio da produgao local, as vocagées da agricultura orginica e/ou familiar e a vivéncia comunitéria; IV - consolidar a regio serrana como polo de produgdo agropecuaria do Municipio; V - reconhecer os diversos segmentos do turismo como de relevante interesse piiblico para 0 fortalecimento da economia local, para a geragdo, ampliagdo e consolidago de postos de trabalho, para a disseminagio de oportunidades de desenvolvimento socioeconémico, em consonfincia as demais politicas piblicas que visam a qualidade de vida; VI - incentivar novas atividades produtivas, com énfase na economia solidéria, colaborativa e ctiativa, ¢ 0 fortalecimento dos arranjos produtivos locais ja existentes; VII - elevar a qualidade de vida da populagdo, particularmente no que se refere a saiide, & educago, & cultura, as condigdes habitacionais, 4 infraestrutura ¢ aos servigos ptiblicos, de forma a promover a inclusio social, reduzindo as desigualdades que atingem diferentes camadas da populagao e regides do Municipio; VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano por meio da preservago dos recursos naturais e da_proteso do patriménio histérico, artistico, cultural, urbanistico, arqueolégico e paisagistico; IX - proteger e preservar o patriménio histérico ¢ cultural, resgatando a meméria 0 sentimento de pertenga a cidade; X - promover o desenvolvimento das sedes distritais, localidades ¢ micleos urbanos isolados, através de agdes integradas de planejamento, com énfase na infraestrutura bésica, na preservacdo dos recursos naturais e na protego do patriménio cultural; XI - efetivar 0 Programa Nacional ¢ Estadual de Direitos Humanos através de politicas piiblicas ¢ ages de promogiio e defesa dos direitos; ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO XII - requalificar espagos esportivos existentes e criar novos espagos piblicos voltados para estas praticas, oferecendo acesso universal e integral as praticas esportivas, promovendo bem- estar e melhoria da qualidade de vida; XIII - ampliar ¢ requalificar as reas verdes ¢ permedveis ¢ a paisagem natural das areas piiblicas; XIV - adotar priticas sociais © econdmicas que visem A protegdo € recuperagiio do meio ambiente, através da educagéo ambiental formal e nfo formal, que promovam mudangas nos padrées de produgio e de consumo, reduzindo custos e desperdicios e incentivando o empreendedorismo sustentivel; XV - assegurar condigies basicas de produgio, regularizagio, disponibilizagdo e conservagio de recursos hidricos necessérios ao atendimento da populagdo e recuperar nascentes ¢ faixas marginais de protecao; XVI - manter a diversidade biolégica e dos recursos genéticos do territério municipal e proteger as paisagens naturais e pouco alteradas de notvel beleza cénica; XVII - recuperar a bacia hidrogréfica do rio Macaé, principalmente o seu estuario, com 0 objetivo de aumentar 0 estoque de peixe, a diversidade de espécies e aumento do potencial pesqueiro; XVIII - preservar e recuperar os espagos territoriais da regio serrana, com atributos ambientais protegidos pela legislago e fomentar a gestdo integrada do patriménio natural da regifio serrana; XIX - contribuir para a integralidade do abastecimento de agua, esgotamento sanitério, drenagem, limpeza urbana e manejo dos residuos sélidos; XX - garantir a justa distribuigdo dos beneficios e énus decorrentes das obras ¢ servigos de infraestrutura urbana; XXI - garantir a fungdo social do espago urbano, democratizando 0 acesso A terra ¢ a habitagdo, especialmente as faixas de baixa renda; XXII - prevenir distorgdes e abusos no desfrute econémico da propriedade urbana e coibir 0 ‘uso especulativo da terra como reserva de valor, de modo a assegurar 0 cumprimento da fungdo social da propriedade; XXIII - estimular a participagdo da iniciativa privada em agdes relativas ao processo de urbanizagio, mediante 0 uso de instrumentos urbanisticos diversificados, quando for de interesse piblico e compativel 4 observago das fungSes sociais da cidade; XXIV - recuperar e reabilitar os centros urbanos do Municipio; XXV - controlar 0 uso ¢ ocupagio do espago da cidade, integrando a politica fisico-territorial ¢ ambiental com a politica socioeconémica, fortalecendo a identidade ¢ a paisagem urbana compativeis com seus valores naturais, culturais, histéricos e paisagisticos; XXVI - diagnosticar, sugerir adotar solugdes de uso para determinados espagos da cidade, ptiblicos ou privados, objetivando sua adequagao ao contexto da reforma urbana, inclusive, criando novos usos para espagos que perderam sua funcionalidade, face as mudangas estruturais e cotidianas da cidade; XXVII - tomar a mobilidade urbana um fator de incluso social, através da implantago de uma Rede de Mobilidade Urbana, integrada e com acessibilidade universal, priorizando 0 transporte coletivo e o nio motorizado; XXVIII - designar glebas ¢ terrenos, em 4reas dotadas de infraestrutura € transportes coletivos, em quantidade suficiente para atender ao déficit de habitagdo social e as necessidades futuras; XXIX - promover a urbanizagio, regularizagdo e integragdo de assentamentos precérios; XXX - promover a criagio de instincias de participago local na elaboragio de planos regionais, setoriais, de bairros, distritos ou de setores administrativos; ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO. XXXI - viabilizar 0 orgamento participativo, onde seja assegurado que cada setor da sociedade, por meio de seus representantes, busque a defesa de seus interesses e 0 atendimento de suas necessidades ao longo do processo de elaboragao do orgamento anual, através de discussées, audiéncias piblicas e debates, onde sejam fixadas as prioridades do gasto local, conforme a previsdo da receita do Municipio; XXXII - estabelecer parcerias com as universidades, centros de pesquisa tecnolégica, entidades de classe, iniciativa privada, organizagdes nio-governamentais, érgfios do judiciério, Ministério Péblico, e sociedade, visando ampliar a participago da populagio e a capacidade operacional do Poder Piblico Municipal na implementagao dos objetivos ¢ das diretrizes definidas nesta Lei; ‘XXXII - agregar a gestdo democritica do Municipio a dimenstio ambiental, assegurando a efetiva participagio da sociedade; XXXIV - implementar 0 Plano Regional da Serra com o objetivo geral de orientar, ordenar e disciplinar 0 crescimento das sedes dos distritos de Cérrego do Ouro, Cachoeiros de Macaé, Glicério, Frade ¢ Sana, bem como das localidades de Trapiche, Oleo, Bicuda Grande, Bicuda Pequena, Serro Frio, Areia Branca, Barra do Sana e Cabeceira do Sana. CAPITULO It Da Politica Urbana do Municipio Art. 11. A politica urbana tem como objetivo geral orientar, ordenar e disciplinar 0 desenvolvimento do municipio em sua érea urbana, através dos instrumentos de regulago que definem a distribuicao espacial das atividades, o adensamento e a configuragao da paisagem urbana. Art. 12. Constituem diretrizes para a politica urbana do Municipio: 1 - consolidar crescimento ¢ 0 adensamento da cidade com a integrago do uso do solo, 0 sistema vidrio e os transportes, valorizando os aspectos sociais, econdmicos e naturais; II - estimular a distribuigdo espacial da populagio e de atividades econémicas em Areas dotadas de infraestrutura € equipamentos puiblicos, em especial nos eixos estruturantes € nos ‘eixos vidrios, de forma a otimizar o aproveitamento da capacidade instalada, reduzir os custos 0s deslocamentos; IMI - hierarquizar o sistema vidrio, considerando as extensdes e os tipos de ligagdes promovidas pelas vias, estabelecendo as categorias ¢ respectivos parametros de uso e cocupagao do solo, de forma a propiciar 0 melhor deslocamento de pedestres, ciclistas veiculos, atendendo as necessidades da populago e do sistema de transporte coletivo climatizado, individual e de bens; IV - requalificar 0 centro histérico, estimulando o uso habitacional, de cultura, lazer e esporte; V - instalar ou revitalizar éreas © equipamentos urbanos como meio de desenvolvimento social e econémico da comunidade; VI - consolidar ¢ ampliar areas de uso preferencial ou exclusivo de pedestres, garantindo os aspects relacionados a acessibilidade; VII - promover a integragao de usos, com a diversificagdo e mescla de atividades compativeis; VIII - induzir a ocupagdo das areas no edificadas, subutilizadas ou nfo utilizadas, dotadas de infraestrutura e equipamentos piblicos, fazendo cumprir a fungio social da propriedade e da cidade; ESTADO DO RIO DE JANEIRO | PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE SF GABINETE DO PREFEITO IX - levantar e planejar a distribuigao espacial da infraestrutura urbana e servigos piblicos ¢ buscar mecanismos para viabilizar sua implantagio, de forma a atender aos interesses necessidades da populagao atual e projetada; X - promover tipologias diferenciadas de edificagdes e de formas de ocupagao do territério, que garanta 0 uso e a ocupacdo do solo estabelecido para as diversas areas do municipio, refletindo o que foi planejado para as mesmas; XI - aprimorar o sistema de fiscalizagdo do uso e ocupagao do solo urbano, integrando os ‘érgios municipais e suas respectivas ages; XII - incentivar os usos diversificados dos centros de bairros, qualificando-os progressivamente; XIII - promover a integragdo da cidade com a regido serrana, por meio da organizagio e planejamento do territério, visando o interesse comum; XIV - criar banco de dados geogrificos com o objetivo de orientar a gestio do uso ¢ ocupagio do solo. CAPITULO IV Da Fungo Social da Propriedade Urbana Art. 13. A propriedade urbana, tanto privada quanto piiblica, cumpre sua fungio social quando atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigéncia estabelecidos em Lei, no minimo, aos seguintes requisitos: I - atendimento das demandas dos cidadios quanto a qualidade de vida, a acessibilidade, & justiga social, ao acesso universal aos direitos sociais e ao desenvolvimento econémico; II - compatibilidade do uso da propriedade & infraestrutura, equipamentos e servigos piiblicos disponiveis; III - compatibilidade do uso da propriedade a conservagio da qualidade do ambiente urbano e natural; IV - compatibilidade do uso da propriedade 4 seguranga, ao bem estar e & satide de seus usuarios e vizinhos. Art. 14. A fangio social da propriedade urbana devera subordinar-se as exigéncias fundamentais de ordenago do Municfpio expressas neste Plano Diretor e no Zoneamento Ambiental Municipal e de suas unidades de conservacao, compreendendo: I - a distribuigao de usos ¢ intensidades de ocupagdo do solo de forma equilibrada em relagio 4 infraestrutura disponivel, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar ociosidade e sobrecarga dos investimentos coletivos; II - condicionar a ocupagao do solo A capacidade de infraestrutura urbana e de servigos piblicos; TI - a adequagao das condigdes de ocupago do solo as caracteristicas do meio fisico, para impedir a deterioragdo e degeneragao de éreas do Munic{pio; IV - a melhoria da paisagem urbana, a preservacdo dos sitios histéricos, dos recursos naturais ¢, em especial, dos mananciais de abastecimento de Agua do Municipio; V - a recuperagio de areas degradadas ou deterioradas, visando & methoria do meio ambiente e das condigées de habitabilidade; VI- 0 acesso & moradia digna, com a ampliagio da oferta de habitagao para as faixas de renda média e baixa; ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO VI - a regulamentagao do parcelamento, uso e ocupagio do solo, de modo a incentivar a construc de habitagdes de interesse social; ‘VIII - a promogao de sistema de circulagao e rede de transporte que assegure mobilidade e acessibilidade a todas as regides do Municipio. Art. 18. Para os fins estabelecidos no artigo 182 da Constituigao da Repiiblica, nio cumprem a fungao social da propriedade urbana, por no atender as exigéncias de ordenagao da cidade, os iméveis urbanos totalmente desocupados, ou subutilizados, sendo passiveis, sucessivamente, de parcelamento, edificagao ¢ utilizago compulsérios, imposto predial e territorial urbano progressivo no tempo, e desapropriagio com pagamentos em titulos, com base nos artigos 5°, 6°, 7° ¢ 8° da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade. Pardgrafo timico. Os critérios de enquadramento dos iméveis no edificados, subutilizados ou nao utilizados estio definidos no titulo III desta Lei, que disciplinam os instrumentos citados no caput deste artigo, e estabelecem as reas do Municipio onde serio aplicados. TITULO NL DAS POL{TICAS PUBLICAS CAPITULO 1 Do Desenvolvimento Sécio Econdmico SegioT Do Desenvolvimento Econdmico Art, 16. O desenvolvimento econémico, resultante da dinamizagio e diversificagio das atividades tecnoldgicas, cientificas e econdmicas que integram o sistema produtivo no Municipio, deverd ser potencializado observando-se os princfpios da incluso social e da sustentabilidade social, econémica ¢ ambiental, com base nas peculiaridades locais e de cada setor socioeconémico. Art. 17, Sio diretrizes gerais das politicas piblicas para o Desenvolvimento Econémico: I - potencializar as oportunidades decorrentes da exploragdo do petréleo © de energias alternativas mediante parceria com a universidade e iniciativa privada; I - fortalecer © difundir a cultura empreendedora, capacitando, desburocratizando e estimulando a diversidade das atividades econdmicas do municipio; Ii - incentivar 0 desenvolvimento das iniciativas individuais ¢ coletivas com o fim de consolidar a economia solidéria; IV - desenvolver relagdes nacionais ¢ intemacionais com associagdes e instituigdes multilaterais, bem como, com organismos govemamentais de ambito federal, estadual municipal, no intuito de ampliar parcerias e convénios de interesse do Municipio e viabilizar financiamentos a programas e projetos; V - fomentar iniciativas que visem atrair investimentos, piblicos ou privados, nacionais estrangeiros, geradores de emprego ¢ renda; ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO. VI - estimular e apoiar o desenvolvimento do conhecimento cientifico e tecnoldgico, através de parcerias com instituigbes de pesquisa e ensino; ‘VII - articular a politica econémica com as diversas politicas sociais, potencializando as ages. piblicas e compatibilizando o crescimento econdmico ao desenvolvimento sustentavel; VII - articular a politica de desenvolvimento econémico ao ambiente académico ¢ a indistria, gerando condigdes para a criagéo e manutengio de um parque tecnolégico industrial avangado; IX - apoiar politicas puiblicas de trabalho e renda; X - fomentar a micro, pequena ¢ média empresa no municipio, através de programas especificos; XI - promover a incluséo social, reduzindo as desigualdades que atingem segmentos da populagao ¢ se refletem no territério, priorizando as politicas piblicas sustentaveis e fomentar a inclusio da pessoa com deficiéncia no mercado de trabalho; XII - garantir que a rede de atendimento a servigos piblicos para a regilio serrana considere 0 comércio da produgao local, as vocagdes da agricultura orginica e/ou familiar e a vivéncia comunitaria, Art. 18. So objetivos das politicas piblicas para o Desenvolvimento Econémico: I - desenvolver ages governamentais para a consolidagio do municipio como polo nacional de produgao energética; II - diversificar ¢ fortalecer a economia local, favorecendo a oferta de emprego e geragao de tenda, atendendo as exigéncias e aos padrdes legais de protegao ambiental; Ml - identificar e potencializar a geragio de produtos, trabalho, emprego e renda no municfpio; IV - identificar novas vocages econdmicas ¢ fomentar arranjos produtivos locais, agregados as atividades dominantes e alternatives; V - exercer a fungo de polo de desenvolvimento regional; VI - adotar os principios da economia solidéria como instrumento indutor da inclusio socioeconémica da parcela da populacdo socialmente excluida e & margem do processo econdmico. Pardgrafo tinico. Para aleancar 0 objetivo descrito no caput desse artigo, 0 Municipio de Macaé deverd articular-se com os demais Municipios da regio ¢ instincias do governo estadual e federal. Art, 19, Sdo agdes estratégicas das politicas piblicas para o Desenvolvimento Econémico: 1 - manter ¢ investir no Centro de Qualificagdo Profissional para qualificar a mio de obra local e disseminar conhecimento; Il - investir em infraestrutura urbana de forma a maximizar os empreendimentos econémicos no Municipio, de acordo com o Macrozoneamento Urbano; III - estabelecer parcerias e ages de cooperago entre agentes publicos e privados, incluindo as instituigdes de ensino e pesquisa; IV - integrar drgios ¢ entidades municipais, estaduais ¢ federais de apoio as atividades produtivas e culturais para o desenvolvimento regional; V = apoiar e ampliar mecanismos de fomento micro, pequena ¢ média empresa no municipio; ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO. VI - manter e apoiar a Camara de Desenvolvimento Econémico ¢ Social, com vistas a subsidiar 0 Conselho da Cidade de Macaé; VII - criar grupo de trabalho envolvendo especialmente a Secretaria de Fazenda e a Procuradoria Geral do Municipio - PROGEM para regulamentar 0 comércio na regifio serrana; VII - criar programa de qualificagio profissional para pessoas com deficiéncia; IX - investir na infraestrutura da regido serrana, objetivando a diversidade das atividades econémicas. Segao Il Do Turismo Art. 20, Sao diretrizes gerais das politicas piblicas para o Turismo: 1 - consolidar a politica municipal de turismo através do Plano de Desenvolvimento de Turismo, revisado periodicamente © aprovado pelo Conselho Municipal de Turismo, em ‘consonéncia com 0 Plano Estadual de Turismo; I - ampliar e aperfeigoar a participagao comunitéria na gestio do turismo, através da teativacao e implementagao do Conselho Municipal de Turismo; III - garantir a oferta e qualidade da infraestrutura, dos servigos e informagies da atividade turistica; IV - desenvolver projetos estratégicos nos diversos segmentos do turismo, com acompanhamento constante dos setores técnicos, que atendam a utilizagio de maneira sustentével dos recursos naturais do municipio; V - fomentar grupos independentes e multisetoriais de estudos voltados ao Turismo; ‘VI - qualificar a oferta turistica da regido serrana, através de iniciativas que contribuam para a criagdo € o fortalecimento de uma identidade local, a qualificago de mao de obra para o atendimento ao turista, estimulo aos empreendimentos locais, apoio comercializacdo, entre outros; VII - desenvolver o turismo da regio serrana por meio da priorizagio dos segmentos tutisticos para os quais apresenta maior vocagio, com destaque para o turismo ecoldgico, turismo de aventura e o turismo rural; ‘VIII - fomentar os projetos destinados a atividade turistica na regio serrana promovendo e divulgando os atrativos produtos turisticos estruturados, direcionando investimentos ptiblicos para o desenvolvimento da regio, atraindo investimentos privados e estimulando parcerias; IX - criar politicas puiblicas para estruturagdo da atividade turistica na regido serrana, que deverio ser executadas em consondncia com o Conselho Municipal de Turismo; X - promover e incentivar a realizagao de eventos mobilizadores da demanda de turismo; XI - participar ativamente das politicas de desenvolvimento regional de turismo, articulando- se com 0s Municipios da regiao; XII - estabelecer parcerias publicas e privadas a nivel estadual e federal, visando o fomento do turismo local Art. 21. Sio objetivos das politicas publicas para o Turismo: I-- reconhecer os diversos segmentos do turismo como de relevante interesse piiblico para 0 fortalecimento da economia local, para a geragio, ampliagdo e consolidagao de postos de trabalho, para a disseminagao de oportunidades de desenvolvimento socioeconémico ao maior 10 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO nimero de cidadaos, em consonancia as demais politicas puiblicas que visam a qualidade de vida; I1-- ordenar e qualificar 0s produtos e servigos turisticos; LL - consolidar a posigao do Municipio como polo petrolifero brasileiro, atrator do turismo de negécios; IV - aumentar o indice de permanéncia do turista no Munic‘pio; V - possibilitar condigdes de investimentos por parte da iniciativa privada e do poder publico; VI- estabelecer associativismo e formagiio de redes; ‘VII - aumentar a participagio do Municipio no movimento turistico brasileiro; VIII - realizar 0 desenvolvimento sistémico do turismo em suas diversas modalidades, com Enfase nos segmentos de: a) turismo de negécio ¢ eventos; b) turismo de lazer; ©) turismo ambiental e ecoturismo; 4) turismo cientifico; ) turismo rural; f) turismo de aventura; g) turismo cultural; h) turismo sol e praia; i) turismo gastronémico; i) turismo esportivo. Art. 22, Sio agGes estratégicas das politicas piblicas para o Turismo: 1- implantar programa para o incentivo aos segmentos de: a) turismo de negéci b) turismo de lazer; 6) turismo ambiental e ecoturismo; 4) turismo cientifico; 6) turismo rural; f) turismo de aventura; g) turismo cultural; hy turismo de sol e praia; 1) turismo gastrondmico; jp turismo esportivo; 19 turismo ferroviério. II- estabelecer parcerias pitblico-privadas, com o objetivo de criar @ infraestrutura necesséria a execugiio de atividades relacionadas direta ou indiretamente ao turismo; IIL - implantar sinalizago turistica conforme padrdes e especificagbes técnicas pertinentes; TV - divulgar as facilidades operacionais, técnicas e estruturais dedicadas ao desenvolvimento do turismo no Municipio, inclusive disponibilizando informagées turisticas atualizadas para 0 mercado operador ¢ para o turista, visando subsidiar o processo de tomada de deciséo € facilitar 0 desfrute da infraestrutura, servigos e atragdes da cidade; V - promover anualmente encontros, semindrios e eventos especificos para os profissionais € operadores de turismo no Muniefpio; VI - desenvolver projetos ¢ atividades promocionais contemplando os atrativos naturais do Municipio, em especial da regio serrana e reas de conservagio do municipio: ul ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO ‘VII - instalar postos de informagao turistica, em especial nas entradas da cidade © sedes istritais, disponibilizando conteiido, mapas e demais informagées pertinentes ao pleno desempenho da comunicago com o turista; VIII - desenvolver programa especifico de turismo para 0 turista da faixa etdria da terceira idade; IX - elaborar diagnéstico do turismo com frequéncia anual para orientar e promover seu crescimento de maneira responsivel, servindo, inclusive, como base para a revisio do Plano de Desenvolvimento do Turismo; X - desenvolver roteiros turisticos de acordo com as vocagies locais; XI - fomentar e regularizar, junto aos érgios fiscalizadores, os empreendimentos da cadeia produtiva do turismo; XII - regulamentar e fiscalizar as ages dos prestadores dos servigos turisticos; XIII - criar roteiro de atrativos turisticos que valorize a cultura e 0 modo de vida local, assim como 0 turismo de aventura e 0 esporte; XIV - realizar reunides com o objetivo de promover formagio de redes e parcerias entre comunidade, proprietarios de areas de interesses turisticos ecolégico ¢ rural, empreendedores € érgiios piblicos municipais; XV - promover eventos piblicos para orientagdo, cadastramento e legalizagao dos empreendimentos que compdem a cadeia produtiva do turismo ecolégico e rural na regido serrana; XVI - elaborar projetos para atrair investimentos, de forma a fomentar o turismo sustentivel em seus diversos segmentos; XVII - firmar parcerias entre érgios piiblicos, de acordo com cada area especifica e de interesse piblico coletivo, a fim de criar condiges para a atualizacdo, capacitagdo € treinamento, tanto dos entes municipais como da iniciativa privada, devidamente regularizada junto & legislagdo vigente, nas localidades serranas de maior demanda turistica; XVII - criar sistema de qualificagao e cettificagdo dos produtos associados a atividade turistica nos diversos segmentos, possibilitando agregar valores aos produtos locais; XIX - facilitar o controle dos diversos érgios fiscalizadores, entre outras possibilidades que ‘gerem maior qualidade dos produtos e servigos prestados; XX - expandir os planos de ago para promogao e apoio a comercializagao da oferta turistica, baseando-se em parcerias; XXI - criar plano de trabalho intersetorial, visando constante manutengao ¢ melhoria do patriménio pablico e equipamentos; XXII - criar plano de incentivo fiscal para facilitagao do investimento privado no setor turistico; XXIII - criar e/ou fiscalizar as normativas para utilizago dos recursos fisicos e naturais; XXIV - sinalizar os equipamentos, servigos e atrativos turisticos, conforme 0 padrio da Organizagio Mundial do Turismo em todos os Distritos; XXV - criar e ampliar os centros para controle dos acessos dos visitantes, levantamento do perfil da demanda turistica, fornecimento de informagSes ao turista e outras ages; XXXVI - ampliar o quadro de funcionérios e equipamentos para mapear, catalogar ¢ selecionar propriedades ¢ localidades serranas com vocagdes para o desenvolvimento das diversas atividades turisticas; XXVII - elaborar o inventario da oferta turistica; XXVIII - criar territérios turisticos de acordo com as diretrizes do Ministério do Turismo - MTur; 12 ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO XXIX - elaborar calendério anual de eventos para subsidiar 0 desenvolvimento econémico- sustentivel, relacionados as vocagGes regionais, fornecendo estrutura fisica, ordem publica, mobilidade, promogio e saiide, em cada distrito; XXX - qualificar o quadro de funcionérios dos postos de atendimento ao turista; ‘XXXII - investir em infraestrutura para o turismo; ‘XXXII - identificar, limitar geograficamente, criar regulamentar por lei especifica, as zonas ou setores de relevante interesse turistico; ‘XXXII - tomar 0 Conselho Municipal de Turismo como instincia de trabalho e participagio dos contetidos do Plano de Desenvolvimento de Turismo; XXXIV - aumentar a estrutura administrativa e de fiscalizagao em relagdo aos atrativos turisticos naturais e culturais da regio serrana, Seco 1 Da Pesca Art. 23. O Poder Pablico Municipal priorizaré o fortalecimento da dignidade ¢ da cidadania das comunidades locais envolvidas na atividade da pesca, no estimulo 4 modemizagio de embarcagdes ¢ na comercializagéo do pescado, com a qualificagio profissional para o desenvolvimento das atividades econdmicas que integram a cadcia produtiva da pesca e 0 fortalecimento de sua identidade cultural, bem como promoverd a pesca como atividade de especial interesse social, valorizando-a como arranjo produtivo local ¢ integrando-a ao contexto do desenvolvimento socioeconémico € de preservagio do meio ambiente do Municipio. Art. 24. Sio diretrizes gerais das politicas piblicas para a Pesca: 1 - fomentar a instalago de empreendimentos para beneficiamento € transformagio do pescado; Il - facilitar 0 acesso ao crédito aos pescadores € aos demais trabalhadores da cadeia produtiva da pesca; III - estimular a pesca responsavel, a fiscalizagdo e o combate a pesca predatoria; IV - fomentar a economia solidéria, através do cooperativismo ¢ do desenvolvimento de outras formas de trabalho associado & atividade pesqueira, com a finalidade de ampliar as possibilidades de gerar trabalho e renda; V - promover medidas que contribuam para reduzir a informalidade do setor, de forma a favorecer 0 acesso a0 crédito, com a finalidade de obter melhores equipamentos, infraestrutura ¢ insumos, bem como a outros beneficios publicos e sociais para a atividade pesqueira; VI - promover a incorporagiio de novas tecnologias & produgdo, ao armazenamento, a0 beneficiamento ¢ & distribuigo do pescado, de forma que o valor agregado por essa incorporagao resulte em beneficio para a comunidade; VII - promover a incorporagio de novas tecnologias visando & modemizagdo das embarcagdes no Municipio; VIII - estimular a qualificagiio de mio de obra na produgo, comercializago, manutengao preventiva e no reparo de embarcagdes, buscando parcerias com entidades de engenharia naval, com a finalidade de ampliar as possibilidades de geragio de trabalho ¢ renda; IX - estimular o consumo local de pescado; X - estimular a atividade de aquicultura como um componente complementar na cadeia produtiva da pesca; 13 ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO XI - manter e estabelecer novos convénios com instituigdes de ensino ¢ pesquisa para o aprimoramento tecnolégico, em especial para os atratores de pesca, o aumento da escolaridade e a qualificagao dos profissionais da atividade pesqueira; XII - integrar a cadeia produtiva da pesca ao desenvolvimento das atividades turisticas culturais; XIII - desenvolver estudo de viabilidade técnica ¢ econémica sobre a atividade de maricultura, coquiles, ostras ¢ mexilhdes, como um componente complementar na cadeia produtiva da pesca; XIV - fomentar o consumo de pescado pela rede de ensino; XV - fomentar rede de apoio & cadeia produtiva da pesca, contendo a seguinte infraestrutura: a) estaleiro; b) unidades de beneficiamento de pescado; ©) frigorifico; 4) fabrica de gelo; ©) cais para o desembarque de pescado; f sala de radio; 2) restaurante € lojas; h) instalages para salvamar; {) érgio administrador e fiscalizador. Art. 25, Sao objetivos das politicas publicas para a Pesca: I contribuir para a sustentabilidade da cadeia produtiva da pesca, através da promogao de medidas que visem & preservaciio ambiental, a pratica da pesca responsdvel, a legalizagio € & qualificagdo de trabalhadores envolvidos na cadeia produtiva da pesca; II - recuperar ambientalmente a bacia hidrogrifica do rio Macaé, em especial o estuério, buscando 0 aumento do estoque de peixe e da diversidade de espécies; I - incentivar e apoiar agdes de pesquisa e desenvolvimento, com vistas a gerar informagées através de indicadores que possibilitem gestio eficaz da atividade pesqueira e aumento do potencial pesqueiro; IV - consolidar 0 Conselho Municipal da Pesca, que deverd ter por norte a promogéo da ‘esto socioeconémica da atividade; V - valorizar, fortalecer e consolidar a cadeia produtiva da pesca na regio; VI- incentivar e apoiar ages que visem aumentar 0 consumo local do pescado; ‘VII - implantar espago cultural com a histéria da pesca e dos pescadores. Art. 26, Sdo ages estratégicas das politicas piblicas para a Pesca: I - reativar 0 Conselho Municipal da Pesca; Ii - firmar convénios com instituigdes de pesquisa e ensino para a implementagdo de programas ¢ projetos voltados para o aumento do potencial pesqueiro, a preservagao do meio ambiente, pesca responsével, cumprimento de normas higiénico-sanitérias e do direito a0 consumidor, comércio solidério, crédito popular, educagio, gestio socioeconémica ¢ evolucao tecnolégica da cadeia produtiva da pesca; Til - implantar € monitorar programas, projetos e ages em consonancia as recomendagdes técnicas da pesquisa na cadeia produtiva da pesca; IV - reestruturar o érgio responsivel pela atividade da pesca, no sentido de criar e capacitar seu corpo técnico-administrativo, composto por um quantitativo minimo de servidores estatutarios, buscando a melhoria continua dos seus processos; 14 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE, GABINETE DO PREFEITO V ~ claborar e manter atualizado um diagndstico da atividade pesqueira, através da caracterizagio da frota de embarcagdes, estimativas de producio pesqueira, identificagio caracterizagio das espécies de interesse econémico, monitoramento higiénico-sanitario, dentre outros parametros, afim de gerar subsidios para 0 adequado manejo da atividade; VI - capacitar os profissionais envolvidos na cadeia produtiva da pesca, com foco na gestiéo socioeconémica dos empreendimentos, além das quest@es sanitérias e ambientais; ‘VII - identificar novos mercados para a comercializagio do pescado; VIII - monitorar 0 cumprimento das normas higiénico-sanitérias do pescado, desde o desembarque até a comercializacio, prioritariamente no Mercado Municipal de Peixes. Segio IV Da Agropecusria Art. 27. So diretrizes gerais das politicas puiblicas para a Agropecuéria: I- promover a qualidade de vida e a permanéncia da populago na zona rural; I - apoiar a atividade econémica de cultivos tradicionais ¢ incentivar a diversificagéo da produgio; III - fomentar a aplicagio de técnicas de manejo € conservagao dos solos, especialmente nas micro e pequenas propriedades rurais, a partir do conceito de controle da erosio por microbacia hidrogritica; IV - prestar apoio assisténcia técnica ao produtor rural para aumento ¢ melhoria da qualidade da produgio; V - estabelecer convénios e/ou parcerias com as instituigdes de ensino, de assisténcia técnica e fomento a atividade agropecuaria; VI- apoiar o desenvolvimento de metodologias ¢ tecnologias para geragio de novos produtos, com agregac&o de valor a produtos orginicos, visando possibilitar 0 aumento do poder econémico dos produtores rurais e a geraco de emprego ¢ renda, com o fornecimento de produtos com qualidade; VI - implementar as politicas piblicas do setor rural do municipio, com ampla divulgagao de oportunidades de crédito agricola, desenvolvendo programas de apoio ¢ orientagdo aos agricultores para acesso a créditos agricolas e criando procedimentos simplificados de regularizagio dos agricultores familiares e assentados da reforma agréria, tomando-os aptos a acessar créditos agricolas; VILL - integrar & politica da produgo rural do municipio, projetos de capacitagio para os agricultores em planejamento da produgo, anélise financeira e comercializagio ¢ 0 desenvolvimento de projetos de capacitago em associativismo e cooperativismo; IX - garantir que o empreendedorismo rural incentive 0 associativismo € o cooperativismo; X - priorizar parcerias com érgiios ¢ instituigdes afins, de forma a garantir a melhoria ¢ qualificago da produgo rural na regio serrana que necessitem de assisténcia técnica aos produtores rurais; X1-- fortalecer a politica de apoio e fomento & agropecuéria na regio serrana macaense, com ‘a implantagfo de uma Escola Técnica Multidisciplinar, que inclua em sua grade curricular disciplinas que garantam a perenidade dos modos de vida associados a cultura agricola e a piscicultura; XII - garantir que agricultores familiares participem da dinimica econémica do municipio, com a finalidade de gerar trabalho e renda para suas familias, durante o exercicio de suas atividades tradicionais, dentro do seu espago rural, conservando sua cultura e historia; 15 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE, GABINETE DO PREFEITO XMM - aumentar a abrangéncia da assisténcia téenica, cuja fungio principal é 0 aconselhamento apropriado para a solugo dos problemas inerentes aos sistemas produtivos, tais como: degradagio das propriedades do solo, incidéncia de pragas e doengas, diminuigao da produgio, adaptagao das intempéries e colheita de produtos sem classificagao comercial; XIV - orientar, através de assisténcia técnica, os ajustes tecnologicos para intensificar a produgdo, utilizando talhdes produtivos de maneira mais rentével; XV - integrar e firmar parcerias e/ou convénios com instituigdes de Assisténcia Técnica ¢ Extensio Rural - ATER de ambito estadual ¢ federal e também com érgaos de pesquisa agropecuéria para a solugo de questdes técnicas que influenciam a produtividade no campo; XVI - auxiliar no desenvolvimento de alternativas de comercializagao da agricultura familiar que estimulem a organizago coletiva para realizar 0 aumento das escalas de produgio, a melhoria de classificago comercial dos produtos e a redugo dos custos de transagao; XVII - incentivar 0 cultivo agroflorestal e a agricultura orgénica ¢ natural, com outras técnicas ambientalmente sustentaveis, incluindo a producdo de fitoterépicos, com vistas a0 fomecimento das demandas geradas pela Secretaria Municipal de Satide; XVIII - Alocar recursos para a melhoria da infraestrutura do meio rural para garantir: a) maior abrangéncia da implantagdo e manutengdo de energia para operagées de produgao; b) telecomunicago para contatos com assisténcia técnica, fornecedores ¢ compradores; ©) estradas de acesso as propriedades para escoamento a produgio; 4) sistema de transporte coletivo para as necessidades de deslocamento da populagio. XIX - informar e facilitar © acesso as linhas de crédito agricola para financiamento de sistemas produtivos; XX - incentivar 0 consumo de hortifrutigranjeiros na alimentago escolar; XXI - fomentar a capacitagiio de profissionais sobre o uso adequado € controlado de produtos agrot6xicos. Art. 28. Sao objetivos das politicas piblicas para a Agropecuéria: I - viabilizar mecanismos para o desenvolvimento sustentivel do espago rural com foco na agricultura, pecudria e no turismo rural, por meio da geragao, adaptagao ¢ transferéncia de conhecimentos ¢ tecnologias aos produtores rurais, em beneficio de todo 0 Municfpio; II- regular, dentro dos limites de suas atribuigdes constitucionais, as atividades desenvolvidas na drea rural, com vistas a0 interesse local, valorizando a diversidade como meio de desenvolvimento sustentavel; Il - realizar diagnésticos ¢ levantamentos, com a finalidade de identificar as demandas, oportunidades € nichos de mercado, para subsidiar o incentivo ao aumento da produgao agropecuaria; IV - promover prioritariamente a gerago de emprego renda na produgao familiar ena do pequeno produtor; ‘V - fomentar a agricultura orginica; VI - desenvolver metodologias ¢ tecnologias que viabilizem a obtengdo de dados para a simulagio, modelagem e previsio do desempenho dos projetos produtivos agropecuarios seus efeitos no meio ambiente; VII - viabilizar mecanismos que incentivem o comércio local ¢ os érgéos municipais a se abastecerem dos produtos provenientes da agropecuiria local; ‘VIM - fortalecer 0 cooperativismo, 0 empreendedorismo ¢ 0 associativismo na atividade agropecuaria, como mecanismo de defesa dos interesses socioeconémicos dos produtores espago democritico do protagonismo rural; 16 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO IX - incentivar e apoiar pesquisas cientificas com vistas a gerar informagdes que subsidiem decises de manejo da atividade agropecusria. Art, 29, Sao agdes estratégicas das politicas piblicas para a Agropecudria: 1 - oferecer apoio técnico ao desenvolvimento de novos produtos a partir do aproveitamento de residuos ¢ reciclagem de materiais de origem agropecuéria ¢ agroindustrial, visando a redugo da poluigao no meio ambiente; II - implantar sistema de compostagem para residuos sdlidos organicos e articular com os agentes econdmicos e sociais, formas de utilizagdo do composto produzido; TMI - implantar o mercado do agricultor familiar, que deverd ser espago de estoque, negociagio e venda de produtos agropecuarios, cujo formato ¢ estatuto proprios possam excluir a figura do intermediério; TV - estruturar locais de comercializagao da produgao rural local, em especial as feiras livres; V - firmar convénio e/ou parcerias entre o Municipio e cooperativas de produtores visando 0 fornecimento da produgo para o consumo nas escolas publicas © outras instituigbes da administragfo direta e indireta; VI- desenvolver projeto para a produgio de mudas para reflorestamento; VI - criar ¢ regulamentar abatedouro para animais de pequeno porte; VIII - criar e manter espago fisico para comercializago de produtos agricolas produzidos na regio, com possibilidade de compra direta aos produtores rurais, garantindo renda aos agricultores familiares e orgiinicos; IX - desenvolver projetos de capacitagdo para os agricultores em planejamento da produgio, anilise financeira e comercializagio; X - desenvolver projetos de capacitagio em associativismo e cooperativismo; XI- elaborar projetos voltados para produgao rural sustentivel; XII - claborar estratégia de fomento & comercializagéo dos produtos; XIII - elaborar projetos voltados ao incremento da produgio leiteira; XIV - renovar e ampliar convénios com instituiges de Assisténcia Técnica e Extensio Rural (ATER); XV - claborar projetos que fomegam ampla divulgago dos programas de compra direta da agricultura familiar; XVI - elaborar plano para o desenvolvimento da produgdo rural, em conformidade com as caracteristicas dos assentamentos do Instituto Nacional de Colonizagio ¢ Reforma Agraria - INCRA e dos Distritos Rurais; XVII - claborar projetos de melhorias dos equipamentos piblicos destinados a comercializagio da produgdo rural; XVII - melhorar os equipamentos jé existentes que viabilizam a comercializagio dos produtos; XIX - claborar projetos que garantam a infraestrutura adequada para a produgio, escoamento comercializagio dos produtos; XX - promover a politica ambiental com o intuito de preservar € recuperar os espagos territoriais com atributos ambientais protegidos pela legislado, incentivando a gestio integrada do patriménio natural, além de estruturar e fomentar politicas publicas para implantagdo do Pagamento por Servigos Ambientais - PSA e da Lei do Pousio. 7 ESTADO DO RIO DE JANEIRO . PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO Sesto V Da Indastria, Comércio e Servigos Art. 30, Sao diretrizes gerais das politicas piblicas para a Industria, Comércio Servigos: I-- valorizar 0 micro, pequeno e médio empreendedor através de agdes especiais de fomento € ampla cooperagio com as entidades que se dedicam ao desenvolvimento do setor; I1- estimular a integragdo da economia e seus sistemas produtivos locais com as demandas da indastria petrolifera; Ill - proporcionar infraestrutura ¢ logistica para promover a diversificagio da industria, do comércio e dos servigos; TV - estimular, fortalecer e consolidar a pequena e média indiistria j4 instalada no Municipio; V ~ estimular a implantagio, no territério municipal, de um centro logistico e industrial aduaneiro, de acordo com a legislagio vigente. Art. 31, Sao objetivos das politicas piblicas para a Industria, Comércio e Servigos: I - diversificar a economia municipal, fundada na valorizagio do trabalho humano e na livre iniciativa, com a finalidade de assegurar a todos existéncia digna; II- incentivar e fortalecer empreendimentos de base tecnolégica e industrial; III - consolidar 0 Municipio como polo regional de servicos, comércio e indistria; IV - estimular iniciativas de produgao alternativa a industria de petréleo; V - estimular novos arranjos produtivos locais na regio serrana do Municipio; ‘VI - estruturar pequenos e médios empreendimentos voltados para geragio, transformacao € oferta de novos produtos, como altemnativas econémicas de geragaio de trabalho e renda para a populagio local, no ambito da indiistria, comércio e servigos. Art. 32. Sio agdes estratégicas das politicas piblicas para a Indistria, Comércio e Servigos: I - criar polo industrial ¢ células industriais com infraestrutura, visando atrair investimentos privados geradores de emprego e renda, de forma sustentével e integrada as atividades industriais, comerciais e de servigos; IL - promover feiras setoriais, objetivando incrementar e gerar novos negécios no ambito da inddstria, do comércio € servigos; III - realizar diagnéstico para solucionar os entraves das atividades econdmicas da industria, comércio e servigos no Municipio; IV -- elaborar e implementar, em articulagiio com outros érgios piblicos e privados, medidas de simplificago e desburocratizagao das atividades da indistria, comércio e servigos, visando seu desenvolvimento eo desestimulo a informalidade. Segio VI Da Economia do Petréteo Art. 33. Sio diretrizes gerais das politicas piblicas para a economia do Petréleo: 18 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE E GABINETE DO PREFEITO I-- utilizar os recursos oriundos do fundo municipal dos royalties, referido no inciso II do art. 35 em conformidade a legislagao especifica federal, diretamente em projetos que viabilizem 0 desenvolvimento econémico, as potencialidades e ou vocagdes municipais; I1- fortalecer as parcerias com o setor privado ¢ estatal vinculados 4 economia do petréleo, de modo a estimular a sua responsabilidade social empresarial e assim aumentar a sua patticipago nos processos de inclusio social da populagao, atraida a cidade, através do efeito indutor do arranjo produtivo do petrleo e gas, no fenémeno migratorio; IIL - estimular e buscar parcerias para implantaco de cursos de capacitago e qualificagio de mio de obra especializada na atividade petrolifera, de modo a induzir a contrataglio da mao de obra local no setor petrolifero; IV ~ garantir a concentraco espacial das atividades industriais e de servigos, relacionados ao arranjo produtivo do petrileo © gés, através da definigéo de areas de expansio e de ocalizagao fisica das estruturas construidas, patios para manobras, operages ¢ estocagem; V - apoiar a realizagio de feiras tecnolégicas ¢ de negécios, estabelecendo apoio logistico e parcerias necessérias, Art, 34, Sio objetivos das politicas publicas para a economia do Petréleo: I - reconhecer que as atividades de produgio de petréleo ¢ gas esttio compreendidas em um ciclo econdmico, que se limita no tempo, com base na exploragdo de um recurso natural no renovivel; TI fomentar ¢ fortalecer o arranjo produtivo do petréleo e gis; TI - garantir a eficiente € transparente aplicago de recursos oriundos das atividades exploratérias de petréleo e seus detivados, destinados & gestio municipal, criando, desta forma, condigdes para que a populagio possa identificar onde ¢ como esto sendo alocados os citados recursos; IV - direcionar ages nos setores de infraestrutura social, urbana e econémica, visando a diversificagdo da base econémica local, a fim de promover a geragio de empregos, renda e a consequente melhoria nas condigdes de vida de seus habitantes, garantindo o crescimento diversificado, ordenado, participative e auto sustentével;garantir a disponibilidade dos recursos oriundos das atividades exploratorias de petréleo e seus derivados, possibilitando transformé-los em meios de geragdo e estimulo de outras atividades que permitam a sustentagdo das economias locais, numa perspectiva de longo prazo e de desenvolvimento sustentavel; V - incentivar o desenvolvimento econdmico ¢ social vinculados as atividades petroliferas, visando proporcionar atrativos para novas oportunidades empresariais e a consequente abertura de novos postos de trabalho na forma de empregos diretos e indiretos, 0 crescimento do mereado consumidor local ¢ 0 aumento da arrecadagio municipal; ‘VI- investir os recursos atuais na execu¢ao de politicas de fortalecimento econémico, visando sempre a consolidagéo do desenvolvimento local, criando condigdes sociais e econémicas para a geragio ¢ a atracdo de novas atividades produtivas, dentro da perspectiva de uma economia aberta. Art. 35. So ages estratégicas das politicas piblicas para a economia do petréleo: I - operacionalizar de forma eficaz a gestio de novos postos de trabalho ¢ a preparaga0 da mio de obra local, visando a insergdo dos municipes no mercado de trabalho, através do Sistema de Informagées Municipal; 19 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE, GABINETE DO PREFEITO IL- criar e implementar fundo municipal dos royalties, gerido pelo Poder Piblico Municipal, que terd valores depositados em parcelas com percentuais crescentes de 1% (um por cento) ao ‘ano, até o limite de 10% (dez por cento), valores estes que permanecerio retidos, exceto em casos de decretagio de estado de emergéncia e calamidade piblica, por um periodo de 10 (dez) anos, preservando-os para as presentes ¢ futuras geragdes, até formarem um montante capaz de cobrir as deficiéncias causadas por uma queda na arrecadagio municipal, de modo a prevenir 0 declinio econémico decorrente da exaustio das reservas de hidrocarbonetos. Segio VIL Da Ciéncia, Tecnologia e Inovagio Art. 36, Sio diretrizes gerais das politicas piblicas para a Ciéncia, Tecnologia Inovagio: I - atuar junto aos setores responséveis pela educagdo basica, profissional e superior, contribuindo para a consolidagao da valorizagio do saber, do pensamento cientifico e do conhecimento; I - articular iniciativas relacionadas com a ciéncia, tecnologia e inovagio frente a0 desenvolvimento econémico ¢ social sustentavel, mediante a articulago de redes de cooperacdo entre empresas, instituigdes de pesquisa, poder publico e demais entidades dedicadas ao setor, de modo a criar ambientes de inovagio e o fortalecimento das atividades produtivas locais; IIL fortalecer a pesquisa e a infraestrutura cientifica e tecnolégica instalada no municipio; IV = consolidar o Instituto Macaé de Ciéncia e Tecnologia como referencia regional ¢ nacional no desenvolvimento de politicas piblicas de ciéncia, tecnologia e inovagéo, em Ambito municipal; 'V - apoiar iniciativas que garantam infraestrutura tecnolégica para as empresa sediadas no municipio; VI- democratizar 0 acesso tecnologia da informagao, através da universalizagfo do acesso & rede internacional de informatica; VI - incentivar a implantagdo de Centro de Pesquisa, voltado para a indistria de petréleo gis; VIII - incentivar e fomentar a pesquisa e a utilizagio de energias renovaveis; IX - fomentar a instalago de empresas de alta tecnologia no municipio. Art. 37. Sio objetivos das politicas piblicas para a Ciéncia, Tecnologia e Inovagio: I preparar 0 cidadao macaense para a vida na sociedade do conhecimento, aliando educagio de qualidade, pesquisa cientifica, inovagio e inclusdo social; Il - organizar o Sistema Local de Ciéncia, Tecnologia e Inovagdo articulando as universidades/instituigGes de ciéncia e tecnologia instaladas no municipio, 0 setor produtivo © poder piiblico, como atores fundamentais no processo de consolidagio das politicas piblicas de ciéncia, tecnologia e inovago no municfpio; I - contribuir com o fortalecimento das atividades produtivas locais, por meio de ages que incorporem o estimulo & inovagio tecnolégica e & produgo de novos negécios; IV - promover ages de insergio da populago macaense no universo da incluso digital, assegurando a todos 0 direito a informagio e ao conhecimento; V - pautar as politicas municipais de ciéncia tecnologia e inovago no contexto dos referenciais das politicas estaduais, nacionais ¢ internacionais; 20 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE GABINETE DO PREFEITO VI - fomentar e apoiar as atividades de ciéncia, tecnologia e inovagdo, fortalecendo 0 desenvolvimento cientifico ¢ tecnolégico local. Art, 38. Sdo agdes estratégicas das politicas publicas para a Ciéncia, Tecnologia e Inovagio: 1- implementar 0 Conselho Municipal de Ciéncia e Tecnologia; I - criar o Parque Cientifico e Tecnolégico de Macaé - Macaé Techno Park; II - implantar agdes de estimulo ao empreendedorismo no sistema de Educagio Bésica e de ensino superior e profissionalizante no Municipio; IV - implantar ages de incentivo a realizagio de feiras de ciéncias nas redes de ensino e de popularizagao da ciéncia, por meio da semana nacional de ciéncia e tecnologia ¢ outros programas municipais; V - implementar ages de apoio a gerago de novos negécios, a partir da incubagio de ideias projetos inovadores de base teenologica; VI-- implantar projeto de oferta de acesso 4 rede mundial de computadores para a populagdo, Possibilitando a todos 0 acesso ao conhecimento € as informagdes dos atos e agdes da administragdo pablica; ‘VII - implantar projeto de apoio e fomento as atividades de pesquisa, ciéncia tecnologia das universidades locais ¢ projetos de apoio instalagio de laboratérios, espagos piblicos de ciéncias para o acesso da populagdo e projeto de articulago entre as atividades de pesquisa e os estudantes da rede basica de ensino. CAPITULO I Do Desenvolvimento Humano Segiol Do Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida Art. 39. Sao diretrizes gerais das politicas piblicas para o Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida: I. promover politicas piblicas de combate a preconceitos de origem, raga, sexo, cor, idade quaisquer outras formas de discriminacdo; I1- fortalecer a inclusio social ¢ a diminuigo das desigualdades em todos os sentidos; Ill - garantir a distribuigdo de equipamentos e servigos sociais, em consondncia com as necessidades locais ¢ as prioridades definidas a partir da demanda, privilegiando as dreas de urbanizagio precéria, com atengdo para as Zonas Especiais de Interesse Social; IV - debater previamente com a sociedade civil a implementagao das politicas sociais, envolvendo os érgios publicos municipais na execugdo e prestago dos servigos, atribuindo ‘metas setoriais de incluso social; V - dotar os niicleos agrourbanos de equipamentos e de infraestrutura social, de modo a melhorar a qualidade de vida e a permanéncia da populag#o naquelas localidades: VI - garantir que a politica de Cidadania e Desenvolvimento Institucional promova a distribuiggo e a melhoria dos servigos e equipamentos dos setores de satide, educacéo, assisténcia social, transporte, seguranca, cultura, turismo, comércio, esporte e lazer, para que estes funcionem de forma integral e em consonancia com as necessidades e prioridades definidas a partir das demandas locais. 21 ESTADO DO RIO DE JANEIRO PREFEITURA MUNICIPAL DE MACAE, GABINETE DO PREFEITO Art. 40. Séo objetivos das politicas piblicas para o Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida: I- propiciar a superagdo das dificuldades que se antepdem ao uso pleno do Municipio e dos recursos naturais pelos que nele vivem; IL - dotar o Municipio de equipamentos de uso piiblico, programas, projetos ¢ ages de forma que atendam as populagées de todos os setores administrativos, com equidade e de forma integrada; IMT - garantir a incluso social e a diminuigo das desigualdades como pressuposto do conjunto das politicas sociais; IV - garantir a fruigdo publica de bens e servigos socioculturais que 0 Municipio oferece, oportunizando a inclusio de todos os segmentos sociais. Art. 41. E agio estratégica das politicas piblicas para o desenvolvimento humano € qualidade de vida, definir a competéncia dos organismos publicos municipais sobre o combate & poluigo sonora e visual. Segiio II Do Trabalho, Emprego e Renda Art. 42. Sao diretrizes gerais das politicas publicas do Trabalho, Emprego e Renda: 1- defender o trabalho digno, combatendo todas as formas de trabalho degradante da condigio humana, bem como o infantil; I1- incentivar ¢ apoiar as diversas formas de produgo, comércio e distribuig&o pelos micros ¢ pequenos empreendimentos; III - direcionar agdes de incluso social para adolescentes, jovens, adultos, idosos, pessoas com deficiéncia ¢ os cidadios que indiscriminadamente compéem a sociedade, por meio da atividade produtiva, IV - fortalecer os elos de politica piblica entre os programas de apoio & gerago de emprego formal assalariado e de renda; V - estabelecer mecanismos consistentes ¢ permanentes de relacionamento entre as politicas de qualificagao profissional e as demandas do mundo de trabalho; VI - articular, junto ao setor econémico produtivo gerador de postos de trabalho ¢ renda no ‘Municipio, mercado de trabalho para as pessoas em condig&o de vulnerabilidade social; ‘VIL - promover a insergao e reinsergo do trabalhador no mundo do trabalho ou em cursos de qualificagdo e aperfeigoamento profissional, através de uma Central de Atendimento Especializado em Trabalho, de modo a apoiar 0 cidadio trabalhador; VIII - fomentar ¢ induzir novas atividades produtivas, com énfase na economia solidéria, colaborativa ¢ criativa, ¢ 0 fortalecimento dos arranjos produtivos locais ja existentes, tendo também como base, estruturas organizacionais diferenciadas como associagdes, cooperativas ou outras formas de organizacdo de empreendimentos; IX - incentivar o desenvolvimento do emprego e da renda na érea rural, através da ampliagdo da comercializagdo direta de produtos agricolas, priorizando cooperativas e feiras livres e de produtos naturais e organicos; X - fortalecer 0 Conselho Municipal do Trabalho enquanto agente indicador de politicas piiblicas adequadas e necessérias a trabalhadores, empregadores ¢ a sociedade como um todo; 22

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