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podem dificultar, particularmente, seu desenvolvimento técnico e sua
consolidação institucional. Já é hora de debater as possibilidades ofertadas e
isso é uma das características dos gestores públicos de sucesso.
Fernandes (2019, p. 3) afirma que:
Mas nem tudo são flores quando se fala de pregão. Teixeira, Prado Filho
e Salomão (2016) argumentam que o pregão é adequado para a seleção de
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propostas pelo menor preço, mas não resolve problemas de qualidade e de
adequação às necessidades, o que depende do planejamento e de estratégias
de compra.
Em 2001, surgiu o registro de preço nas licitações, mostrando-se a mais
influente inovação nas contratações de licitações, hoje usada em todos os níveis
de governo. Demorou muito, afinal, a sua regulamentação já estava prevista na
Lei n. 8.666/1993 e permitiu que os governos estaduais implantassem o registro
de preços com a centralização de compras, o uso dos portais de compras e o
pregão eletrônico.
Mas o que exatamente é o registro de preço?
O processo de licitação tem uma complexidade inerente a ele. Agora
imagine fazer uma licitação sem a certeza da quantidade a ser comprada.
Nessas situações, a modalidade de registro de preço mostra o seu valor.
O órgão faz uma licitação normal e, ao final, o vencedor do certame assina
uma ata de registro de preço. Essa ata tem um prazo de validade 1, dentro do
qual o fornecedor se compromete a fazer outros fornecimentos do item com o
mesmo preço e as características licitadas incialmente. Isso dispensa uma
segunda licitação.
Fernandes (2019) afirma que registro de preços contorna a complexidade
procedimental das licitações e a dificuldades das equipes técnicas de agir
rapidamente.
Saiba mais
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O prazo de validade da Ata de Registro de Preço não poderá ser superior a um ano,
computadas neste as eventuais prorrogações. Regulamentado pelo Decreto n. 3.931, de 19 de
setembro de 2001.
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RDC criou procedimentos alternativos de negociação, seleção e contratação,
com inovações testadas nos pregões. O sucesso foi tamanho que seu uso
estendido para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e,
em seguida, acabou incorporado ao marco legal das contratações.
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Para saber mais, acesse: <www.comprasnet.gov.br>. Acesso em: 9 mar. 2020.
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1.4 Terceirização
O Setor Público tem um poder de compra que pode ser usado para alinhar
as compras públicas com os objetivos socioeconômicos do governo. Com isso,
é possível influenciar o mercado e criar impactos positivos e de interesse público.
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Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é o termo usado nos casos em que a
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O site da Secretaria de Economia do Distrito Federal apresenta de forma
muito didática a definição desses dois acrônimos.
TEMA 3 – COMPLIANCE
Trazemos este tema com um objetivo muito claro para você, futuro gestor
público. Queremos trazer uma reflexão sobre o impacto das compras e como
elas são conduzidas.
Saiba mais
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atores envolvidos, fazem parte de processos logísticos e de gestão de
suprimentos, estão vinculadas às políticas públicas e aos objetivos de governo.
Percebeu a complexidade?
Na Figura 2, você pode compreender a complexidade da qual estamos
tratando.
Planejamento Governamental
Bem comum
Objetivos nacionais
Plano de Logística Prestação dos melhores serviços
Sustentável ao cidadão
Atendimento de políticas públicas
(problemas da sociedade)
Desenvolvimento nacional
Gestão de Suprimentos Inovação
Gestão de
compras Uso do poder de
públicas compra do Estado
Atividade-meio
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Figura 3 – Metodologia de abastecimento estratégico
Saiba mais
Como você pode perceber, encarar as compras públicas de forma primária não
é capaz de traduzir a dinâmica que envolve a atividade nos dias de hoje. Esse
era o objetivo do tema.
NA PRÁTICA
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como passou a divulgar para um maior número de pessoas suas condutas em
relação a atos que coíbem práticas ilícitas.
Leia o trabalho e faça uma analogia com as práticas da empresa na qual
você atua ou nos fornecedores com os quais se relaciona. Você verá que o
compliance nada mais é do que a busca por um regramento claro e eficiente que
assegure a integridade das relações comerciais entre os entes envolvidos. Boa
leitura!
Leitura Complementar
FINALIZANDO
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O tema 4 traz a discussão da complexidade da atividade de logística, que
deixa de ser meramente o atendimento das necessidades e passa a ser
altamente estratégica.
Finalizamos com o tema 5 com uma discussão sobre o papel e o perfil do
comprador público, profissional incompreendido, que, apesar da forte pressão
do regramento integral da sua atividade, precisa encontrar forças para realizar o
seu trabalho da melhor forma possível.
Esperamos que esses temas tenham servido para mostrar o quanto a
atividade logística é complexa e quanto você, futuro gestor público, tem
possibilidades de contribuir para a solução de problemas e geração de ganhos
para a sociedade a qual você serve ou servirá. Bons estudos!
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REFERÊNCIAS
_____. Lei n. 8666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI,
da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Poder Legislativo, Brasília, DF, 21 jun. 1993.
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ENDEAVOR (Ed.). Prevenindo com o Compliance para não remediar com o
caixa. 2015. Disponível em: <https://endeavor.org.br/compliance/>. Acesso em:
11 mar. 2020.
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SECRETARIA DE ECONOMIA DO DISTRITO FEDERAL. MIP e PMI. Disponível
em: <http://www.fazenda.df.gov.br/area.cfm?id_area=1311>. Acesso em: 11
mar. 2020.
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