Você está na página 1de 6

1

Lei 4737/65 Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura


em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais

Código Eleitoral
e legais de elegibilidade e incompatibilidade.

PARTE PRIMEIRA Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos


INTRODUÇÃO que se alistarem na forma da lei
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegu-
rar a organização e o exercício de direitos políticos precipua-
mente os de votar e ser votado. CF/1988, art. 14, § 1º, II, c: admissão do alistamento facul-
Parágrafo único. O TSE expedirá Instruções para sua tativo aos maiores de 16 e menores de 18 anos
fiel execução.

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:


Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em
seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secreta-
CF/1988, art. 14, § 2º: alistamento vedado aos estrangeiros
mente, dentre candidatos indicados por partidos políticos
e aos conscritos.
nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos
na Constituição e leis específicas.
I - os analfabetos;

CF/1988, art. 1º, parágrafo único: poder exercido pelo povo,


por meio de representantes eleitos ou diretamente CF/1988, art. 14, § 1º, II, a: alistamento e voto facultativos
aos analfabetos. Ac.-TSE nº 23291/2004: este dispositivo
não foi recepcionado pela CF/1988.
Poder inerente ao povo de participar da ge-
SUFRÁGIO
rência da vida pública.
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
Instrumento de materialização do poder de
VOTO
sufrágio V. Res.-TSE nº 23274/2010: este dispositivo não foi recepci-
ESCRUTÍNIO Forma como se pratica o voto. onado pela CF/1988.
Direito eleitoral/ Jaime Barreiros Neto - 10. ed. rev., atual, e ampl. - Salvador: Juspodivm,
2020. pag. 30
III - os que estejam privados, temporária ou definitiva-
mente dos direitos políticos.
SUFRÁGIO Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que
Leva em consideração o grau de riqueza do oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
CENSITÁRIO eleitor. Foi adotado no Brasil durante o Im- suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensi-
pério no superior para formação de oficiais.

Restringe o exercício do poder de sufrágio


CF/1988, art. 14, § 2º: alistamento vedado apenas aos
CAPACITÁRIO em virtude do grau de instrução do cida-
conscritos, durante o serviço militar obrigatório; e § 8º:
dão;
condições de elegibilidade do militar.
Restringe o exercício do poder de sufrágio
Res.-TSE nº 15850/1989: a palavra "conscritos" alcança
em decorrência da etnia. Historicamente,
também aqueles matriculados nos órgãos de formação
RACIAL foi verificado na África do Sul durante o re-
de reserva e médicos, dentistas, farmacêuticos e veteri-
gime do Apartheid, vigente até meados da
nários que prestam serviço militar inicial obrigatório.
década de 1990
Espécie de sufrágio restrito que leva em
conta o sexo do cidadão. Foi verificado no Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os
POR GÊNERO Brasil até 1932, ano em que, finalmente, as brasileiros de um e outro sexo, salvo:
mulheres passaram a ter o direito de parti-
cipar ativamente da vida política do Estado.
Ac.-TSE, de 10.2.2015, no PA nº 191930 e, de 6.12.2011, no
Espécie de sufrágio restrito que leva em PA nº 180681: alistamento facultativo dos indígenas, in-
RELIGIOSO
conta o credo do cidadão. dependentemente da categorização prevista em legisla-
Direito eleitoral/ Jaime Barreiros Neto - 10. ed. rev., atual, e ampl. - Salvador: Juspodivm, ção infraconstitucional, observadas as exigências de nature-
2020. pag. 31
za constitucional e eleitoral pertinentes à matéria.

I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;

4
PARTE TERCEIRA Ac.-TSE, de 8.4.2014, no REspe nº 8551; de 5.2.2013, no AgR-
DO ALISTAMENTO AI nº 7286; e, de 16.11.2000, no AgRgREspe nº 18124: con-
Súmula 368/STJ: "Compete à Justiça Comum Estadual pro- ceito de domicílio eleitoral em que basta a demonstração
cessar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais de vínculos políticos, sociais, afetivos, patrimoniais ou de
da Justiça Eleitoral". negócios.

Art. 43. O alistando apresentará em cartório ou local pre-


Quando o alistando requerer inscrição
viamente designado, requerimento em fórmula que obedece-
e em seu nome não for identificada
rá ao modelo aprovado pelo Tribunal Superior.
inscrição em nenhuma zona eleitoral
ALISTAMENTO
do país ou exterior, ou a única inscri-
ção localizada estiver cancelada por
determinação de autoridade judiciária Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 retratos,
será instruído com um dos seguintes documentos, que não
Ocorre sempre que o eleitor desejar
poderão ser supridos mediante justificação:
alterar seu domicílio eleitoral. Neste
TRANSFERÊNCIA I - carteira de identidade expedida pelo órgão competen-
caso, é mantido o número do título de
eleitor. te do Distrito Federal ou dos Estados;

Ocorre quando o elei- II - certificado de quitação do serviço militar;


tor necessitar alterar III - certidão de idade extraída do Registro Civil;
local de votação no
mesmo município, ain- IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter
da que haja mudança o requerente idade superior a 18 anos e do qual conste, tam-
de zona eleitoral, retifi- bém, os demais elementos necessários à sua qualificação;
car dados pessoais ou
regularizar situação de CF/1988, art. 14, § 1º, II, c: admissão do alistamento facul-
inscrição cancelada por tativo aos maiores de 16 e menores de 18 anos; art. 14, §
REVISÃO
falecimento, duplicida- 1º, I e II: obrigatoriedade/facultatividade do alistamento e
de/ pluralidade, deixar Nos casos de
voto.
de votar em três elei- revisão e se-
ções consecutivas e re- gunda via, a
data de do- V - documento do qual se infira a nacionalidade brasilei-
visão do eleitorado,
micílio do ra, originária ou adquirida, do requerente.
desde que comprovada
a inexistência de outra eleitor não
inscrição regular ou será alterada. Lei nº 6.192/1974, arts. 1º e 4º: veda distinção entre brasilei-
suspensa para o eleitor. ros natos e naturalizados.

ocorre quando o elei- Res.-TSE nº 21385/2003: inexigibilidade de prova de opção


tor estiver inscrito e em pela nacionalidade brasileira para fins de alistamento
situação regular na eleitoral, não prevista na legislação pertinente.
zona por ele procurada
SEGUNDA VIA
e desejar apenas a se- Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não
gunda via do seu título contenta os dados constantes do modelo oficial, na mesma
eleitoral, sem nenhuma ordem, e em caracteres inequívocos.
alteração.
Direito eleitoral/ Jaime Barreiros Neto - 10. ed. rev., atual, e ampl. - Salvador: Juspodivm,
2020. pag. 153
Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador rece-
bendo a fórmula e documentos determinará que o alistando
date e assine a petição e em ato contínuo atestará terem sido
TÍTULO I
a data e a assinatura lançados na sua presença; em seguida,
DA QUALIFICAÇÃO E INSCRIÇÃO
tomará a assinatura do requerente na folha individual de vota-
Art. 42. O ALISTAMENTO se faz mediante a QUALIFI- ção" e nas duas vias do título eleitoral, dando recibo da peti-
CAÇÃO e INSCRIÇÃO do eleitor. ção e do documento.
Parágrafo único. Para o efeito da inscrição, é domicílio
eleitoral o lugar de residência ou moradia do requerente, Lei nº 8.868/1994, art. 14: revoga os artigos deste código
e, verificado ter o alistando mais de uma, considerar-se-á que fazem menção ao preparador eleitoral.
domicílio qualquer delas.
Lei nº 6.996/1982, art. 12, caput: a folha individual foi substi-
tuída por listas de eleitores emitidas no processamento ele-
trônico de dados.

16
Lei 9504/97 venção, órgão de direção constituído na circunscrição, de
acordo com o respectivo estatuto.

Lei das Eleições


Ac.-TSE, de 4.10.2018, no REspe nº 060375791: a suspensão
Disposições Gerais do órgão partidário pela não prestação de contas partidárias
Art. 1º As eleições para Presidente e Vice-Presidente da Repú- impede que partido se habilite a participar do pleito e
blica, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito lance candidatos.
Federal, Prefeito e Vice-Prefeito, Senador, Deputado Federal,
Deputado Estadual, Deputado Distrital e Vereador dar-se-ão,
em todo o País, no primeiro domingo de outubro do ano Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos
respectivo. apenas os votos dados a candidatos regularmente inscri-
tos e às legendas partidárias.
Parágrafo único. SERÃO REALIZADAS SIMULTANEAMENTE
as eleições:
I - para Presidente e Vice-Presidente da República, Governa- Das Coligações
dor e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, Sena- Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma
dor, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária,
Distrital; proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso,
II - para Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador. formar-se mais de uma coligação para a eleição proporci-
onal dentre os partidos que integram a coligação para o plei-
to majoritário.

Art. 2º Será considerado eleito o candidato a Presidente ou a § 1º A coligação terá denominação própria, que poderá ser
Governador que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA de votos, a junção de todas as siglas dos partidos que a integram,
não computados os em branco e os nulos. sendo a ela atribuídas as prerrogativas e obrigações de parti-
do político no que se refere ao processo eleitoral, e devendo
§ 1º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na pri- funcionar como um só partido no relacionamento com a
meira votação, far-se-á nova eleição no último domingo de Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários.
outubro, concorrendo os dois candidatos mais votados, e
considerando-se eleito o que obtiver a maioria dos votos
válidos. Ac.-TSE, de 9.8.2005, no REspe nº 25015 e, de 10.2.2005, no
AgRgAg nº 5052: a coligação existe a partir do acordo de
§ 2º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, vontades dos partidos políticos e não da homologação
desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se- pela Justiça Eleitoral.
á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
§ 3º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer em § 1º-A. A denominação da coligação não poderá coincidir,
segundo lugar mais de um candidato com a mesma votação, incluir ou fazer referência a nome ou número de candida-
qualificar-se-á o mais idoso. to, nem conter pedido de voto para partido político.
§ 4º A eleição do Presidente importará a do candidato a Vice- § 2º Na propaganda para eleição majoritária, a coligação
Presidente com ele registrado, o mesmo se aplicando à elei- usará, obrigatoriamente, sob sua denominação, as legen-
ção de Governador. das de todos os partidos que a integram; na propaganda
para eleição proporcional, cada partido usará apenas sua
legenda sob o nome da coligação.
Art. 3º Será considerado eleito Prefeito o candidato que obti-
ver a MAIORIA DOS VOTOS, não computados os em branco ELEIÇÃO MAJORITÁRIA ELEIÇÃO PROPORCIONAL
e os nulos.
Coligação usará, obrigatoria- Cada partido usará apenas
§ 1º A eleição do Prefeito importará a do candidato a Vice- mente, sob sua denominação, sua legenda sob o nome da
Prefeito com ele registrado. as legendas de todos os coligação
§ 2º Nos Municípios com mais de 200 mil eleitores, aplicar- partidos que a integram
se-ão as regras estabelecidas nos §§ 1º a 3º do artigo anterior Art. 17, § 1º, CF: É assegurada aos partidos políticos autono-
(2° turno) mia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras
sobre escolha, formação e duração de seus órgãos perma-
nentes e provisórios e sobre sua organização e funciona-
Art. 4º Poderá participar das eleições o partido que, até 6 mento e para adotar os critérios de escolha e o regime de
meses antes do pleito, tenha registrado seu estatuto no suas coligações nas eleições majoritárias, VEDADA A SUA
TSE, conforme o disposto em lei, e tenha, até a data da con- CELEBRAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS, sem obri-

69
§ 3º A divulgação de pesquisa sem o prévio registro das Partidos políticos, coligações e candi-
informações de que trata este artigo sujeita os datos podem dispor da propaganda
responsáveis a multa no valor de 50 mil a 100 mil UFIR. DISPONIBILIDADE política lícita, sendo punível com san-
§ 4º A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, ções penais e/ou administrativas as
punível com detenção de seis meses a um ano e multa no propagandas ilícitas.
valor de 50 mil a 100 mil UFIR. A Justiça Eleitoral tem a incumbência
CONTROLE
o de aplicar as normas jurídicas refe-
§ 5 É vedada, no período de campanha eleitoral, a JUDICIAL DA
rentes à propaganda política, exer-
realização de enquetes relacionadas ao processo eleitoral. PROPAGANDA
cendo, inclusive, o poder de polícia.
Direito eleitoral/ Jaime Barreiros Neto - 10. ed. rev., atual, e ampl. - Salvador: Juspodivm,
2020. pag. 260

Art. 34.
§ 1º Mediante requerimento à Justiça Eleitoral, os partidos ESPÉCIES DE PROPAGANDA POLÍTICA
poderão ter acesso ao sistema interno de controle, verificação
Ocorria de forma gratuita, no rádio e
e fiscalização da coleta de dados das entidades que
na TV, nos semestres não eleitorais, e
divulgaram pesquisas de opinião relativas às eleições,
tem como finalidades a difusão dos
incluídos os referentes à identificação dos entrevistadores e,
programas partidários; a transmissão
por meio de escolha livre e aleatória de planilhas individuais,
de mensagens dirigidas aos filiados;
mapas ou equivalentes, confrontar e conferir os dados PARTIDÁRIA
bem como a divulgação da posição
publicados, preservada a identidade dos respondentes.
dos partidos em relação a temas po-
§ 2º O não-cumprimento do disposto neste artigo ou
lítico-comunitários. Era disciplinada
qualquer ato que vise a retardar, impedir ou dificultar a
na Lei n° 9096/95 o foi extinta pela
ação fiscalizadora dos partidos constitui crime, punível
reforma eleitoral de 2017.
com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de
prestação de serviços à comunidade pelo mesmo prazo, e Prevista no § 1° do art. 36 da Lei n°
multa no valor de 10 mil a 20 mil UFIR. 9.504/97, é permitida ao postulante a
§ 3º A comprovação de irregularidade nos dados publicados candidatura a cargo eletivo na quin-
INTRAPARTIDÁRIA
sujeita os responsáveis às penas mencionadas no parágrafo zena anterior à convenção partidária
anterior, sem prejuízo da obrigatoriedade da veiculação dos para a escolha de candidatos, vedado
dados corretos no mesmo espaço, local, horário, página, o uso de rádio, televisão e outdoor.
caracteres e outros elementos de destaque, de acordo com o
Principal espécie de propaganda po-
veículo usado.
lítica, somente é permitida após o dia
15 de agosto do ano eleitoral. Tem
ELEITORAL como objetivo a conquista do voto
Art. 35. Pelos crimes definidos nos arts. 33, § 4º e 34, §§ 2º e
do eleitor e é disciplinada, nas suas
3º, podem ser responsabilizados penalmente os
diversas formas, na Lei 9.504/97 (arts.
representantes legais da empresa ou entidade de pesquisa e
36 a 59-A).
do órgão veiculador.
Direito eleitoral/ Jaime Barreiros Neto - 10. ed. rev., atual, e ampl. - Salvador: Juspodivm,
2020. pag. 265

Da Propaganda Eleitoral em Geral EC nº 107/2020, art. 1º, § 3º, inc. VI: estabelece, para as elei -
ções municipais de 2020, que os atos de propaganda eleito-
PRINCÍPIOS DA PROPAGANDA POLÍTICA ral não poderão ser limitados pela legislação municipal ou
A lei federal regula a propaganda, es- pela Justiça Eleitoral, salvo se a decisão estiver fundamenta-
LEGALIDADE tabelecendo normas de ordem públi- da em prévio parecer técnico emitido por autoridade sanitá-
ca, cogentes. ria estadual ou nacional.

É livre o direito de propaganda, nos


LIBERDADE
limites da lei. Art. 36. A PROPAGANDA ELEITORAL somente é permitida
Toda propaganda é de responsabili- após o dia 15 de agosto do ano da eleição.
dade dos partidos políticos e coliga-
ções, solidários com os candidatos e Ac.-TSE, de 11.6.2014, no AgR-Rp nº 14392: caracteriza
RESPONSABILIDADE
correligionários, sendo todos respon- propaganda eleitoral antecipada a veiculação de
sáveis pelos abusos e excessos que propaganda institucional com propósito de identificar
vierem a cometer programas da instituição com programas do governo.
Todos têm direito ao acesso à propa- EC nº 107/2020, art. 1º, § 1º, inc. IV: altera, para as eleições
IGUALDADE
ganda. municipais de 2020, o período estabelecido neste artigo para
após 26 de setembro.

82
10. (LD) São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior
Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os Juízes Eleitorais,
as Juntas Eleitorais e o Ministério Público Eleitoral.10

11. (LD) O número de juízes dos Tribunais Regionais não será


reduzido, mas poderá ser elevado até 9, mediante proposta
do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida. 11

Lei 4737/65 12. (LD) Compõe-se o TSE, por nomeação do Presidente da


República, de 2 entre 6 advogados de notável saber jurídico e
idoneidade moral, indicados pela OAB. 12
1. (LD) Nos termos do Código Eleitoral, todo poder emana do
povo e será exercido em seu nome, por mandatários escolhi-
13. (LD) As decisões do Tribunal Superior, assim na interpreta-
dos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por
ção do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de
partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos
registro de partidos políticos, como sobre quaisquer recursos
casos previstos na Constituição e leis específicas. 1
que importem anulação geral de eleições ou perda de diplo-
mas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os
2. (LD) O Código Eleitoral prevê que aqueles que não saibam
seus membros.13
exprimir-se na língua nacional não podem ser alistar como
eleitores, mas tal dispositivo não foi recepcionado pela Cons-
14. (LD) Compete ao Tribunal Superior processar e julgar origi-
tituição Federal, que vera o alistamento aos estrangeiros e
nariamente, o registro e a cassação de registro de partidos
conscritos.2
políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Pre-
sidência, vice-presidência da República e do Senado Federal. 14
3. (LD) Não podem alistar-se eleitores os que estejam priva-
dos, temporária ou definitivamente dos direitos políticos. 3
15. (LD) Compete ao Tribunal Superior processar e julgar origi-
nariamente, as reclamações contra os seus próprios juízes
4. (LD) O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasi-
que, no prazo de 30 dias a contar da conclusão, não houve-
leiros de um e outro sexo, ainda que maiores de 70 anos. 4
rem julgado os feitos a eles distribuídos. 15
5. (LD) O eleitor que não votar, tem 60 dias após a realização
16. (LD) São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Elei-
da eleição para justificar perante o juiz eleitora, e, caso mante-
toral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as dene-
nha-se inerte, incorrerá em multa.5
gatórias de HC ou MS16
6. (LD) Caso o eleitor não vote, não faça a justificativa e não
17. (LD) Compete ao Tribunal Superior dividir os Estados em
pague a multa arbitrada pelo juiz eleitoral, não poderá obter
zonas eleitorais ou a criação de novas zonas17
carteira de identidade, bem como receber vencimentos, re-
muneração, salário ou proventos de função ou emprego pú-
18. (LD) Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão medi-
blico, autárquico ou para estatal, bem como fundações gover-
ante eleição, pelo voto secreto, de um juiz do Tribunal Regio-
namentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer na-
nal Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Fe-
tureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que
deral. 18
exerçam serviço público delegado, correspondentes ao se-
gundo mês subsequente ao da eleição.6
19. (LD) Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de vo-
tos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus
7. (LD) Realizado o alistamento eleitoral pelo processo ele-
membros, mas as decisões sobre quaisquer ações que impor-
trônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que
tem cassação de registro, anulação geral de eleições ou perda
não votar em 2 eleições consecutivas, não pagar a multa ou
de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença
não se justificar no prazo de 6 meses, a contar da data da últi -
de todos os seus membros.19
ma eleição a que deveria ter comparecido.7

20. (LD) Compete aos Tribunais Regionais processar e julgar


8. (LD) O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos in-
originariamente, o registro e o cancelamento do registro dos
correrá na multa, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscri-
diretórios estaduais e municipais de partidos políticos, bem
ção eleitoral, dispensando-a caso requeira a inscrição eleitoral
como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e
até o 151° dia anterior à eleição subsequente à data em que
membro do Congresso Nacional e das Assembleias Legislati-
completar 19 anos. 8
vas.20
9. (LD) O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se en-
21. (LD) Compete privativamente, aos Tribunais Regionais,
contrar fora de sua zona e necessitar documento de quitação
constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e ju-
com a Justiça Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante o
risdição, bem como dividir a respectiva circunscrição em zonas
juízo da zona em que estiver.9

121

Você também pode gostar