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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

PROJETO EXTENSIONISTA: PROMOÇÃO DA SAÚDE “INDICADORES”


CURSO DE MEDICINA

ANA CAROLINA D’ANGELO NARDE - 1023100321


ANA CAROLINA EVANGELISTA PEREIRA - 1023100323
CAMILLE VITÓRIA GOMES DA SILVA - 1023100313
DAPHNE CAVALCANTE FELICIANO - 1023100289
DHEYVID MARLLON MARIANO DA SILVA - 1023100324
FERNANDA TORRES NICOLINI - 1023100293
ISADORA ALVES RIBEIRO - 1023100312
JULIA RAMOS - 1023100325
MARIA GABRIELLE DINIZ DA SILVA - 1023100315
MARIA GISELLY DOS SANTOS SILVA - 1023100328
MATHEUS SILVA ARAÚJO - 1023100003

PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS NA INFÂNCIA E SEUS IMPACTOS NA


VIDA ADULTA

Guarulhos - SP
2023
1 INTRODUÇÃO

O conceito moderno de promoção de hábitos saudáveis na infância,


assim como sua prática, surgiu e se desenvolveu de forma mais vigorosa nos
últimos 20 anos, nos países desenvolvidos, sobretudo, no Canadá, Estados Unidos
e países da Europa Ocidental. Tal conceito espalhou-se por todo o mundo mas ainda
enfrenta grandes desafios, como o consumo desenfreado de alimentos altamente
processados, a rotina sedentária e a exposição excessiva à tecnologia. Esse cenário
preocupante contribui para o aumento dos índices doenças que representam um dos
principais obstáculos de saúde pública no Brasil, tanto pela alta prevalência como
pela rapidez com que adquiriram destaque como principais causas de morte no país
e no mundo - As Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT (doenças
cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas) (MALTA, 2014).
Segundo Levinger (1996), a habilidade humana de se desenvolver e sua
capacidade de alcançar uma vida melhor é fortemente marcada por três períodos do
ciclo da vida: nascimento, primeira infância a adolescência e idade adulta a terceira
idade. A transição nutricional impulsionada pelo mundo moderno é um dos
agravantes do estilo de vida dos infantes.
Os hábitos na primeira infância são reflexos diretos da influência parental
na construção de preferências alimentares e estilo de vida das crianças. Sendo
assim, é notório o consumo exacerbado de alimentos ultraprocessados entre a
população infantil. Tal cenário é, em parte, decorrente das escolhas alimentares dos
pais e responsáveis que, desde a introdução alimentar e a formação do paladar das
crianças, tendem a influenciar negativamente suas dietas, seja pela desinformação
quanto aos componentes nutricionais, seja pela conveniência proporcionada por
alimentos de rápido preparo, os pais escolhem na maioria das vezes os alimentos
prejudiciais à saúde (ROSSI et al., 2008).
Somado a isso, o uso exacerbado a dispositivos eletrônicos pelas
crianças leva a uma dedicação prolongada às telas, resultando na diminuição do
interesse e da participação em atividades físicas (MALTA, 2009). Os conteúdos
midiáticos que circulam na mídia, além de incentivar o sedentarismo tendem a
influenciar a população, especialmente crianças, que muitas vezes não têm
conhecimento e orientação parental adequados, a consumir fast-foods, ricos em
açúcares, gorduras e conservantes, em detrimento de alimentos naturais
(WEFFORT, 2019).
O sedentarismo na infância é também uma preocupação global. De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (2017), em 2016, mais de 80% dos
indivíduos entre 11 e 17 anos em todo o mundo, não atingiram as recomendações
mínimas de uma hora de exercícios físicos diários. Grande parte desses números
alarmantes são atribuídos ao tempo gasto com dispositivos eletrônicos. A longo
prazo, esse comportamento pode ter consequências graves, uma vez que crianças
sedentárias têm maior probabilidade de se tornarem adultos doentes, aumentando a
propensão a problemas de saúde, como a obesidade (BRASIL, 2019).
Portanto, diante do exposto torna-se necessário a implantação de
estratégias e ações de promoção da saúde nos primeiros anos de vida, por ser
considerada fundamental e resultar em saúde e implicações que se prolongam
durante toda a vida. Para que tais estratégias sejam aplicadas de forma efetiva
compete o envolvimento do núcleo familiar e educacional com o apoio de
profissionais na adoção de estilos de vida saudáveis pelas crianças e,
consequentemente, do estímulo à saúde infantil. Assim,o objetivo geral deste estudo
é investigar a promoção de hábitos saudáveis na infância e analisar os impactos
desses hábitos na vida adulta, com foco nas implicações para a prevenção de
(DCNT) e na promoção do bem-estar ao longo do ciclo de vida.

2 METODOLOGIA

Refere-se a um projeto que visa a promoção de hábitos saudáveis, com


caráter educativo, informativo e lúdico voltado à fase pueril. A promoção da saúde,
de acordo com o Ministério da Saúde, deve utilizar de diversos meios a fim de criar
ações integradas e multidisciplinares em diferentes âmbitos, sejam eles sociais,
políticos, culturais ou econômicos que previnam patologias.
Sendo assim, para execução desse projeto selecionamos a faixa etária de
6 e 7 anos, na qual participarão de atividades que envolvam hábitos saudáveis,
sobretudo, alimentação e atividade física. Essa proposta será realizada em uma
escola na cidade de Guarulhos-SP e contará com o apoio dos docentes.
A princípio, realizaremos uma breve introdução com o objetivo de inserir
as crianças no contexto do projeto e em seguida, reproduziremos um vídeo
educativo e motivacional acerca da importância da alimentação saudável e da
realização de atividades físicas.
Após a introdução, citada anteriormente, daremos início a fase dinâmica e
participativa do planejamento. Listamos um conjunto de brincadeiras as quais os
alunos serão incentivados a se movimentar e se divertir. Essa ação foi incluída
visando minimizar os impactos causados pelo sedentarismo e pelo uso exacerbado
da tecnologia. Dessa forma, eles serão convidados às seguintes brincadeiras:
a. Queimada:
Nessa brincadeira as qualidades desenvolvidas são movimento, destreza,
domínio e cooperação. O material utilizado é uma bola de vôlei ou de borracha, de
tamanho médio. O local é um terreno plano, de forma retangular, demarcado por
linhas traçadas no chão. O tamanho do terreno pode variar conforme o número de
jogadores.
As crianças serão divididas em dois grupos. Após selecionar o grupo que
dará início à partida, um jogador ficará de posse da bola e tentará arremessá-la em
um jogador do grupo adversário.O objetivo do jogo é atingir o maior número possível
de jogadores que serão os “queimados”. Ao ser “queimado” a criança fica
aprisionada em um espaço atrás do time adversário. O grupo vencedor será aquele
que fizer o maior número de “queimados” dentro de um tempo pré-estabelecido, ou
então, aquele que aprisionar todos os jogadores adversários.
b. Amarelinha:
Nessa brincadeira as qualidades desenvolvidas são movimento, destreza
e equilíbrio. O material utilizado é um giz para construção da amarelinha.
O local é um espaço amplo e liso que permita a confecção do desenho.
Assim, ao selecionar o local é preciso desenhar quadrados no chão e enumerá-los
de 1 a 9, com um espaço extra chamado "Céu".
A brincadeira consiste em jogar uma pedrinha, ou outro objeto, em uma
das casas numeradas e, a seguir, percorrer, pulando com uma perna só, todo o
caminho traçado sem pisar na casa marcada, e recolher a pedrinha na volta. A
criança não pode pisar na casa que está a pedrinha, nas linhas da amarelinha,
desequilibrar e pisar com os dois pés nas casas numeradas, nem esquecer de
recolher a pedrinha ao voltar. Vence a partida a criança que conseguir executar
todas as regras com equilíbrio e esperteza.
c. Rouba bandeira:
Nessa brincadeira as qualidades desenvolvidas são movimento, agilidade,
estratégia e socialização. O material utilizado é duas bandeiras com cores
diferentes. O local é um terreno plano, de forma retangular, demarcado por linhas
traçadas no chão. O tamanho do terreno pode variar conforme o número de
jogadores.
As crianças serão divididas em dois grupos e formarão times com número
igual de participantes. Cada time escolherá um membro do seu grupo para ser o
capitão. A brincadeira consiste em roubar a bandeira do time adversário sem sair
das linhas que delimitam os campos. Dessa forma, um time deverá pegar a
bandeira do outro e trazer para o seu campo. Quem conseguir fazer isso primeiro
vence. Ao entrar no território dos adversários, o jogador fica congelado se for tocado
por um deles e só pode voltar a se mexer se for tocado por uma pessoa do seu time.
Finalizadas as brincadeiras que demandam mais movimentos corporais,
as crianças passarão por experiências gustativas. Essa ação visa o incentivo à
alimentação saudável. Para isso, criaremos uma mesa com diversas frutas para que
elas possam experimentá-las. Essas frutas estarão dispostas de maneira variada,
como em formatos de animais, coração, estrela além de espetinhos.
A fim de efetivar a experiência faremos uma dinâmica voltada à
percepção alimentar, na qual elas irão experimentar frutas de olhos vendados e
tentarão descobrir qual fruta é aquela. Ao final, de toda a experiência serão
distribuídos flyers contendo receitas saudáveis para incentivar e ajudar na
introdução de novos hábitos alimentares.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Como estimular hábitos saudáveis nas crianças. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2019/novembro/como-estimular-hab
itos-saudaveis-nas-criancas. Acesso em: 05 abr. 2023.
Levinger B. Critical transitions: human capacity development across the lifespan.
New York: United Nations Development Programme; 1996. Disponível em: Critical
Transitions (uni-koeln.de). Acesso em: 28 ago. 2023.
MALTA, D. C. Doenças crônicas não transmissíveis, um grande desafio da
sociedade. Revista de Saúde Coletiva: Editorial. Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 4,
jan. 2014.Disponível em:
https://www.saude.df.gov.br/doencas-cronicas-nao-transmissiveis/. Acesso em: 28
ago. 2023.
MALTA, D. C. et al.Prevalência de fatores de risco e proteção de doenças crônicas
não transmissíveis em adolescentes: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do
Escolar (PeNSE), Brasil, 2009. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 3009–3019, out.
2010. Disponível em: (iec.gov.br). Acesso em: 28 ago. 2023.
OMS. OMS: 12,6 milhões de mortes por ano são causadas por riscos ambientais.
ONU News, 15 fev. 2017. Disponível em:
https://news.un.org/pt/story/2017/02/1575941. Acesso em: 28 ago. 2023
ROSSI, A.; MOREIRA, E. A. M.; RAUEN, M. S. Determinantes do comportamento
alimentar: uma revisão com enfoque na família. Revista de Nutrição, v. 21, n. 6, p.
739–748, nov. 2008. Disponível: Determinantes do comportamento alimentar: uma
revisão com enfoque na família | Rev. nutr;21(6): 739-748, nov.-dez. 2008.| LILACS
(bvsalud.org). Acesso em: 28 ago. 2023.
WEFFORT, V.R.S… Obesidade na infância e adolescência - Manual de
Orientação.Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de
Nutrologia, 3a.Ed. -- São Paulo: SBP, 2019, 236 p…Virgínia Resende Silva.
Disponível em:Untitled-1 (sbp.com.br). Acesso em: 28 ago. 2023.

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