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Legislação AP1 Proc Civil III 10 10 23
Legislação AP1 Proc Civil III 10 10 23
Última atualização legislativa: 30/10/19 - Lei 13.465/17; Lei 13.793/19 (publicada em 04/01/19); Lei 13.894/19
(publicada em 30/10/19); Lei 14010/20 (vide arts. 528, §3º e 611)
Última atualização jurisprudencial: 03/12/20 - Inclusão de julgados (ano 2020): Info 654 (art. 139, IV); art. Info
654 (art. 553, § único); Info 654 (art. 1.015, II); Info 655 (art. 1015, I); Info 655 (art. 843, §2º); Info 957 (art. 1003,
§6º); Info 959 (art. 988, §5º, II); Info 656 (art. 313, V, “a” e art. 1015, I); Info 656 (art. 914, §1º); Info 658 (art. 304);
Info 658 (art. 1037, §13, I); Info 659 (art. 942); Info 659 (art. 947); Info 646 e Info 660 (art. 921, §5º); Info 660 (art.
14); Info 660 (art. 833, IX); Info 660 (art. 396); Info 676 (art. 495)
Última atualização de Enunciados (FPPC, ENFAM, JDPC, etc.) e Súmulas: 14/04/19 (quadros amarelos) – Até
art. 15; arts. 102 a 275 (em construção)
2) Siglas utilizadas:
➢ MP (concursos do Ministério Público); TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
3) Obs. nº 01: Questões pendentes no Qconcursos sobre o NCPC: 2016 (fiz todas!); 2017 (69 questões); 2018
(616 questões); 2019 (703 questões); 2020 (36 questões)
4) Obs. nº 02: Total de questões realizadas no Qconcursos sobre CPC/2015: 3.203 questões.
5) Obs. nº 03: Alguns artigos estão apenas marcados sem referência a determinado concurso em virtude
de sua incidência em bancas desconhecidas ou para evitar o excesso de repetição da mesma informação
no material.
LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.
TÍTULO II
DOS RECURSOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
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VI - recurso especial;
IX - embargos de divergência.
Art. 995. OS RECURSOS NÃO IMPEDEM a eficácia da decisão, SALVO disposição legal ou
decisão judicial em sentido diverso. (DPEBA-2016) (Cartórios/TJMG-2017)
(DPEES-2016-FCC): Sobre o sistema recursal no novo CPC, os recursos não impedem a eficácia da
decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso, mas a apelação, como regra, tem
efeito suspensivo. BL: art. 995 c/c art. 1012, §1º, NCPC.
Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da
imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
Art. 996. O RECURSO PODE SER INTERPOSTO pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e
pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. (MPMG-2017) (DPEPR-2017)
(Anal. Judic./TRERJ-2017)
(MPPR-2019): Sobre os recursos em espécie, assinale a alternativa correta, nos termos do CPC/15: O
recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo MP, como parte ou como
fiscal da ordem jurídica. BL: art. 996, NCPC.
(MPMG-2018): O MP pode interpor recurso na qualidade de fiscal da ordem jurídica. Também pode
apresentar reclamação com o intuito, por exemplo, de preservar a competência do tribunal ou de garantir
a autoridade das decisões do tribunal. BL: art. 996, caput e art. 988, I e II, NCPC.
(Anal.-COMPESA-2016-FGV): O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo Ministério
Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica e pelo terceiro prejudicado, cabendo a este
demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir
direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual. BL: art. 996,
NCPC.
§ 1o SENDO VENCIDOS autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles PODERÁ ADERIR
o outro. (MPRO-2017)
(Anal.-CRBio-2017-VUNESP): Juma de Oliveira propôs demanda contra Epitácio da Silva, que tramita
numa das Varas comuns de São Paulo, cujo objeto é a condenação do réu por danos materiais e morais.
Um dos pedidos da petição inicial foi a concessão de liminar de tutela provisória de urgência antecipada
incidental, que restou indeferida pelo juiz. Mais adiante, na audiência de instrução e julgamento, Epitácio
ofereceu contradita a uma das testemunhas de Juma, o que foi indeferido. Ao final, a ação foi julgada
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parcialmente procedente. Juma recorreu e Epitácio não. Na data de hoje, Epitácio foi intimado para
oferecer o contraditório ao recurso interposto por Juma. Diante dos fatos, nos termos do texto processual
de 2015, assinale a alternativa correta. No caso apresentado, Epitácio poderá oferecer Contrarrazões de
Apelação, e se for de seu interesse, interpor Recurso de Apelação na forma adesiva. BL: art. 997, §§1º e
2º, NCPC.
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a
parte dispõe para responder;
III - NÃO SERÁ CONHECIDO, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível. (TCEPA-2016) (MPPB-2018)
OBS: De acordo com o art. 997, III, do NCPC, apenas em dois casos o recurso adesivo não será conhecido,
restando prejudicado: se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado
inadmissível.
Art. 998. O recorrente PODERÁ, A QUALQUER TEMPO, SEM A ANUÊNCIA do recorrido ou dos
litisconsortes, DESISTIR DO RECURSO. (DPEMA-2015) (MPGO-2016) (DPEBA-2016) (Anal./PGEMT-
2016) (Anal. Judic./TREBA-2017) (Anal. Judic./TRT11-2017) (TJSP-2018) (Proc. Legisl.-AL/AP-2020)
(TJSP-2018-VUNESP): Se a parte desiste de recurso que interpôs contra sentença que julgou o mérito, a
desistência não impedirá a análise de questão objeto de julgamento de recurso especial repetitivo. BL:
art. 998, § único, NCPC.
(MPPB-2018-FCC): Quanto aos recursos, o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do
recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso; a desistência do recurso não impede a análise de
questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos
extraordinários ou especiais repetitivos. BL: art. 998, § único, NCPC.
Art. 1.000. A parte que ACEITAR EXPRESSA ou TACITAMENTE a decisão NÃO PODERÁ
RECORRER. (TJMT-2018) (Téc. Judic./TJSP-2018)
##Atenção: A preclusão refere-se também aos atos judiciais, e não só aos das partes. Para as partes, a
preclusão pode se dar quando o ato não for praticado dentro do prazo estipulado (preclusão temporal);
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quando houver incompatibilidade com um ato anteriormente praticado (preclusão lógica); ou quando o
direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente (preclusão consumativa). O
enunciado trouxe hipótese de preclusão lógica, que consiste na perda de um direito ou de uma faculdade
processual por quem tenha realizado atividade incompatível com o respectivo exercício.
Parágrafo único. CONSIDERA-SE ACEITAÇÃO TÁCITA a prática, sem nenhuma reserva, de ato
incompatível com a vontade de recorrer. (TJMT-2018)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Não configura ato incompatível com a vontade de recorrer a oposição de
embargos do devedor pela parte que recorreu contra decisão que incluiu seu nome no polo passivo da
execução. STJ. 3ª T. REsp 1655655-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 25/6/19 (Info 652).
##Atenção: ##DOD: Para se dizer que houve “aceitação tácita” (art. 1.000, § único), é indispensável que
tenha ocorrido algum fato inequívoco, absolutamente inconciliável com a impugnação da decisão.
Assim, não configura preclusão lógica a prática de ato próprio do impulso oficial, como é a apresentação
de defesa em processo em curso, por exemplo.
Art. 1.001. Dos despachos NÃO CABE RECURSO. (Anal. Judic./TRT11-2017) (MPPB-2018) (Téc.
Judic./TJSP-2018)
Art. 1.002. A decisão PODE SER IMPUGNADA no todo ou em parte. (Proc. Legisl.-AL/AP-2020)
(MPMG-2017): Sobre os recursos cíveis, é correto afirmar: O prazo para interposição do recurso conta-se
da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou
o MP são intimados da decisão. BL: art. 1.003, NCPC.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra
decisão proferida anteriormente à citação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo
correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por
oficial de justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do
chefe de secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por
edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para
que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada
da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em
cumprimento de carta;
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data
de interposição a data de postagem.
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§ 5o EXCETUADOS os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, o prazo para interpor os recursos e para
responder-lhes é de 15 (quinze) dias. (PGM-BH/MG-2017) (Anal. Judic./TRT24-2017) (Téc. Judic./TJSP-
2017) (Cartórios/TJAM-2018)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O prazo para interposição de recurso ordinário em habeas corpus, ainda
que se trate de matéria não criminal, continua sendo de 5 dias, nos termos do art. 30 da Lei nº 8.038/90,
não se aplicando à hipótese os arts. 1.003, §5º, e 994, V, CPC/15. Ex: recurso ordinário contra decisão
do TJ que negou habeas corpus a indivíduo que se encontra preso em razão de dívida de alimentos.
STJ. 3ª T. RHC 109.330-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 9/4/19 (Info 646).
##Atenção: ##STF: ##DOD: A parte, ao apresentar recurso especial ou recurso extraordinário, tem o
ônus de explicar e comprovar que, na instância de origem, era feriado local ou dia sem expediente
forense? Essa comprovação poderia ser posterior à interposição do recurso?
Na vigência do CPC/1973: A parte, mesmo que não demonstrasse no momento da interposição do
recurso que havia esse feriado local, poderia comprovar depois. Assim, era possível a comprovação
posterior da tempestividade de recurso no STJ ou no STF quando o recurso houvesse sido julgado
intempestivo em virtude de feriados locais ou de suspensão de expediente forense no tribunal a quo.
Esse era o entendimento do STJ e do STF. Na égide do CPC/15: O cenário mudou. O CPC/15 trouxe
expressamente um dispositivo dizendo que a comprovação do feriado local deverá ser feita,
obrigatoriamente, no ato de interposição do recurso (art. 1.003, §6º, CPC/15). O que o STJ decidiu sobre
esse dispositivo? A Corte Especial do STJ, ao julgar o REsp 1.813.684-SP, decidiu que: a) Realmente, o
CPC/15 exige, de forma muito clara, a comprovação do feriado local no ato de interposição do recurso;
b) Ocorre que, durante muitos anos, não foi assim. Houve, portanto, uma radical mudança e, em
virtude disso, seria razoável fixar uma modulação dos efeitos desse entendimento, considerando os
princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança, da isonomia e da primazia da decisão de
mérito. Assim, foi estabelecida a seguinte regra de transição: 1) Para os recursos especiais interpostos
antes de 18/11/19 (data de publicação do REsp 1.813.684-SP): é possível a abertura de vista para que a
parte comprove a suspensão do prazo em virtude de feriado local após a interposição do recurso,
sanando o vício; 2) Para recursos interpostos depois de 18/11/19: prevalece a necessidade de comprovar
o feriado no momento da interposição do recurso, sendo impossível a sua posterior comprovação em
razão de ser vício insanável. Em suma, é necessária a comprovação de feriado local no ato de
interposição do recurso, sendo aplicável os efeitos desta decisão tão somente aos recursos interpostos
após a publicação do REsp 1.813.684/SP, o que ocorreu em 18/11/2019. STJ. Corte Especial. REsp
1.813.684-SP, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. Acd. Min. Luis Felipe Salomão, j. 02/10/19 (Info 660).
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##Cuidado: O STF afirma que, com o CPC/15, passou a ser impossível
sanar o vício da comprovação do feriado local, de modo que a sua comprovação deve ser feita no
ato de interposição do recurso. Em outras palavras, o STF não faz essa mesma modulação que foi
criada pelo STJ. Logo, em se tratando de recurso extraordinário, mesmo que interposto antes de
18/11/19, a parte já tinha que comprovar o feriado local, sob pena de não admissão do RE. Nesse
sentido: STF. Plenário. ARE 1223738 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/10/2019.
##Atenção: ##STF: ##DOD: O calendário disponível no sítio do Tribunal de Justiça que mostra os
feriados na localidade é documento idôneo para comprovar a ocorrência de feriado local no ato de
interposição do recurso, nos termos do art. 1.003, § 6º, do CPC/15. STF. 1ª T. RMS 36114/AM, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 22/10/19 (Info 957).
##Atenção: ##STF: ##DOD: É admissível a impetração de mandado de segurança para impugnar ato
judicial que decidiu pela intempestividade de recurso que havia sido protocolado dentro do prazo
legal. Isso porque se está diante de uma situação excepcional. STF. 1ª T. RMS 36114/AM, Rel. Min.
Marco Aurélio, j. 22/10/19 (Info 957).
Art. 1.004. Se, durante o prazo para a interposição do recurso, SOBREVIER o FALECIMENTO da
parte ou de seu advogado ou ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, SERÁ tal
prazo restituído EM PROVEITO da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr
novamente depois da intimação. (TJMT-2018)
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Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, SALVO se distintos
ou opostos os seus interesses. (MPRS-2016) (Advogado/EBSERH-2017)
(Anal. Judic.-TJRS-2016): Assinale a alternativa que apresenta a afirmação correta a respeito dos efeitos
dos recursos no Direito Processual Civil: O efeito expansivo subjetivo excepciona a regra de que a
interposição do recurso produz efeitos apenas para o recorrente. BL: art. 1.005, NCPC.
OBS: O efeito expansivo é a aptidão de alguns recursos cuja eficácia pode ultrapassar os limites objetivos
ou subjetivos previamente estabelecidos pelo recorrente. São de dois tipos: subjetivos quando atingir
partes que não apresentaram o recurso, como no caso de litisconsórcio unitário; ou objetivos quando as
matérias que guardam entre si relação de prejudicialidade, assim, ainda que haja recurso de apenas um
deles, vai haver repercussão em todos.
Art. 1.006. Certificado o trânsito em julgado, com menção expressa da data de sua ocorrência, o
escrivão ou o chefe de secretaria, independentemente de despacho, providenciará a baixa dos autos ao juízo
de origem, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente COMPROVARÁ, quando exigido pela
legislação pertinente, o respectivo PREPARO, INCLUSIVE PORTE DE REMESSA e DE RETORNO,
SOB PENA DE deserção. (MPRR-2017) (PGM-BH/MG-2017) (Anal. Judic./TREBA-2017) (TJRJ-2019)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A teor dos arts. 27 e 511, § 1º, do revogado CPC/73 (arts. 91 e 1.007, § 1º,
CPC/15), o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, nos recursos de competência dos Tribunais de
Justiça, está dispensado do prévio pagamento do porte de remessa e de retorno, enquanto parcela
integrante do preparo, devendo recolher o respectivo valor somente ao final da demanda, acaso
vencido. STJ. Corte Especial. REsp 1761119-SP, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 7/8/19 (recurso repetitivo –
Tema 1001) (Info 653).
(MPMG-2017): Sobre os recursos cíveis, é correto afirmar: No ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa
e de retorno, sob pena de deserção. A insuficiência no valor do preparo também implicará deserção, se o
recorrente, intimado na pessoa do seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 dias. BL: art. 1.007,
caput e §2º, NCPC.
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INTIMADO, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, SOB PENA de
DESERÇÃO. (MPRR-2017) (Anal. Judic./TREBA-2017) (TJRJ-2019)
FPPC nº 97. (art. 1.007, § 4º) É de cinco dias o prazo para efetuar o preparo. (MPRR-2017)
(Anal. Judic./TRT24-2017-FCC): Renato ajuizou ação indenizatória contra Moisés que tramitou por meio
eletrônico em uma das varas cíveis da comarca de São Paulo. Após o regular processamento a ação é
julgada improcedente pelo Magistrado competente. Inconformado, Renato apresenta recurso de
apelação sem, contudo, recolher qualquer valor a título de preparo. Neste caso, de acordo com o Código
de Processo Civil, o juiz deverá intimar Renato, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento
em dobro do valor do preparo, exclusivamente, sob pena de deserção.. BL: art. 1.007, §§ 3º e 4º, NCPC.
##Atenção: Dica:
➢ Autos FÍSICOS: porte de remessa e retorno + preparo
➢ Autos ELETRÔNICOS: apenas preparo
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão
irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que tiver sido
objeto de recurso.
CAPÍTULO II
DA APELAÇÃO
CJF nº 67. Há interesse recursal no pleito da parte para impugnar a multa do art. 334, § 8º, do CPC por
meio de apelação, embora tenha sido vitoriosa na demanda.
(TJPR-2017-CESPE): Júlio ajuizou ação indenizatória contra Manoel, tendo formalizado pedido único de
indenização por danos morais no valor de cem mil reais. Na fase de produção de provas, o juiz indeferiu
o pedido de prova pericial feito por Júlio. Ao final da fase de conhecimento, o magistrado julgou
integralmente procedente o pedido de indenização. Nessa situação hipotética, de acordo com as regras
previstas no CPC, eventual pretensão recursal de Júlio com a finalidade de permitir a realização da
perícia poderá ser apresentada em contrarrazões, caso Manoel apele da sentença. BL: art. 1.009, §1º,
NCPC.
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##Atenção: O motivo de a parte autora ter interesse em suscitar em contrarrazões consiste na
possibilidade de o Tribunal entender ausente prova suficiente para a procedência do pedido, o que
conduziria à reforma da decisão de primeiro grau, com o provimento do apelo do réu. Assim, o autor
registrou oportunamente, em contrarrazões, que persiste seu interesse em produzir a prova ao Tribunal,
e este não poderia simplesmente dar provimento ao apelo, julgando improcedente por falta de prova,
por exemplo. Teria, antes, de desconstituir a sentença determinando a produção de prova pretendida
pelo autor no primeiro grau, resguardando a ampla defesa e o devido processo legal.
(TRF2-2017): Em regra, as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não
comportava agravo de instrumento, serão cobertas pela preclusão caso não sejam suscitadas em
preliminar da apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. BL: art.
1009, §1º, NCPC.
##Atenção: Cuidado que haverá preclusão se a decisão for passível de agravo de instrumento.
(MPSC-2016): Nos termos do novo CPC, as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a
seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser
suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões. BL: art. 1009, §1º, NCPC.
(TCEPR-2016-CESPE): Rafael ajuizou ação, pelo procedimento comum, contra determinado ente
federativo, pedindo anulação de decisão de tribunal de contas. Durante a instrução processual, o juiz
indeferiu pedido de juntada superveniente de documento feito por Rafael. Nessa situação hipotética, a
decisão que indeferiu o requerimento de juntada de documento feito pelo autor poderá ser objeto de
recurso em apelação ou contrarrazões de apelação. BL: art. 1009, §1º, NCPC.
OBS: Segundo Elpídio Donizetti, a decisão interlocutória que não comporta agravo de instrumento - porque não
consta da relação do art. 1.015 - não fica coberta pela preclusão e pode ser suscitada em preliminar de apelação,
ou nas contrarrazões (art. 1.009, § 1.º). Assim, em não estando previsto no referido rol do art. 1.015 do
NCPC a hipótese de indeferimento do pedido de juntada superveniente de documento, a questão
deverá ser discutida em sede de apelação ou contrarrazões de apelação, nos termos do disposto no art.
1.009, § 1º, do CPC/2015.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015
integrarem capítulo da sentença.
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
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XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo
de inventário.
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: (Anal.
Judic./TRF5-2017)
FPPC nº 99. (art. 1.010, §3º) O órgão a quo não fará juízo de admissibilidade da apelação. (Grupo: Ordem
dos Processos no Tribunal, Teoria Geral dos Recursos, Apelação e Agravo)
FPPC nº 207. (arts. 988, I, 1,010, § 3º, 1.027, II, “b”) Cabe reclamação, por usurpação da competência do
tribunal de justiça ou tribunal regional federal, contra a decisão de juiz de 1º grau que inadmitir recurso
de apelação.
FPPC nº 208. (arts. 988, I, 1.010, § 3º, 1.027, II, “b”) Cabe reclamação, por usurpação da competência do
Superior Tribunal de Justiça, contra a decisão de juiz de 1º grau que inadmitir recurso ordinário, no caso
do art. 1.027, II, ‘b’.
(MPRR-2017-CESPE): Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma situação hipotética acerca
dos processos nos tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais, seguida de uma assertiva
a ser julgada. Assinale a opção em que a assertiva está correta de acordo com a legislação processual civil:
Ao se manifestar sobre recurso de apelação interposto contra sentença de mérito prolatada após a
instrução probatória, o magistrado, em primeiro grau, não conheceu do recurso por considerar ausência
de interesse. Nessa situação, caberá reclamação constitucional por usurpação de competência do
tribunal. BL: art. 1010, §3º, NCPC e Enunciados 99 e 208, FPPC (citados acima).
##Atenção: Na apelação, o juízo de admissibilidade realizado em 1º grau de jurisdição foi extinto pelo
CPC/15. Ao receber o recurso de apelação, o juiz deve intimar o recorrido para apresentar contrarrazões
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no prazo de 15 dias e, após, remeter os autos ao tribunal, sem realizar qualquer juízo prévio de
admissibilidade (art. 1.010, §3º, CPC/15). Caso não cumpra a lei processual e proceda, ele próprio, ao
juízo de admissibilidade do recurso, estará usurpando a competência do tribunal a que está vinculado -
e que lhe é superior -, razão pela qual será possível manejar a reclamação, com fulcro no art. 988, I, do
CPC/15.
(MPSC-2016): Nos termos do novo CPC, não é de competência do juízo de primeira instância exercer
juízo de admissibilidade da apelação, já que o exame cabe, originariamente, ao tribunal de segundo grau.
Assim, decisão do juízo de primeira instância que declare inadmissível a apelação é ato de usurpação de
competência do tribunal, motivo pelo qual a reclamação será a via processual adequada para impugnar-
se o ato do juiz de primeira instância. BL: art. 1010, §3º, NCPC e Enunciados 207 e 208, FPPC (citados
acima).
##Atenção: ##MPPR-2017: Existem algumas hipóteses em que a apelação não será julgada pelo órgão
colegiado, procedendo o relator, monocraticamente, ao seu julgamento. São as hipóteses previstas no art.
932, incisos III a V do NCPC, tal como preceitua o art. 1.011, inciso I do NCPC.
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo
órgão colegiado. (MPPR-2017)
Art. 1.012. A apelação TERÁ EFEITO SUSPENSIVO. [Obs.: regra geral] (TJRS-2016)
(Cartórios/TJMG-2017) (MPPB-2018)
(DPEES-2016-FCC): Sobre o sistema recursal no novo CPC, os recursos não impedem a eficácia da
decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso, mas a apelação, como regra, tem
efeito suspensivo. BL: art. 995 c/c art. 1012, caput e §1º, NCPC.
(MPRS-2016): Começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que extingue
sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado. BL: art. 1012, §1º, III, NCPC.
(MPRO-2017-FMP): Em conformidade com o CPC, é correto afirmar que não terá efeito suspensivo a
apelação interposta em face de sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória. BL: art. 1012,
§1º, V, NCPC.
VI - DECRETA a interdição.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante
demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver
risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 1o SERÃO, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas
e discutidas no processo, ainda que NÃO TENHAM SIDO SOLUCIONADAS, desde que relativas ao
CAPÍTULO IMPUGNADO. (MPPR-2016) (PGEMA-2016) (TJSC-2017) (MPT-2017)
(TJCE-2018-CESPE): Em sentença, foi julgado procedente o pedido autoral, com base em fundamento
suficiente. Em recurso, o réu pediu a apreciação de outros argumentos da defesa que não haviam sido
considerados na sentença. O tribunal conheceu do recurso e, ao julgá-lo, verificou uma questão de ordem
pública que não havia sido cogitada até então na demanda. Com base nessa questão de ordem pública,
prolatou-se acórdão que reformou a sentença. Com relação aos efeitos recursais no caso hipotético
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apresentado, são verificados, respectiva e cronologicamente, os efeitos devolutivo, translativo e
substitutivo. BL: art. 1.013, caput; art. 1.013, §§1º e 2º e art. 1008, NCPC.
##Atenção: O efeito devolutivo encontra-se no julgamento do recurso pelo Tribunal, pois o recurso
devolve ao órgão jurisdicional hierarquicamente superior o exame de toda matéria impugnada. O efeito
translativo se encontra no reconhecimento da questão de ordem pública pelo Tribunal, pois o julgamento
do recurso extrapola os limites da questão impugnada. O efeito substitutivo encontra-se no acórdão
prolatado que reformou a sentença, pois a decisão proferida na sentença foi substituída pela decisão
tomada no acórdão.
##Atenção: ##TJMS-2020: ##FCC: O princípio da vedação à reformatio in pejus, embora não esteja
previsto de forma expressa na lei processual, é amplamente admitido pela doutrina e pela jurisprudência.
Este princípio indica que quando somente uma das partes interpuser recurso, o julgamento deste não
poderá prejudicá-la - excepcionando-se, evidentemente, a apreciação de alguma matéria de ordem
pública cognoscível de ofício pelo órgão julgador. Portanto, a doutrina é uníssona em reconhecer a sua
ocorrência (ainda que como exceção) quando do efeito translativo dos recursos. Basta se imaginar a
situação de ação de indenização por danos morais julgada procedente em primeiro grau, cujo valor
indenizatório mínimo foi objeto de recurso pela parte autora e na qual, posteriormente, em sede de
apelação, reconheceu-se a prescrição da pretensão em virtude do efeito translativo do recurso.
(TJSP-2017-VUNESP): Em matéria recursal, é correto afirmar que a apelação devolverá ao tribunal todas
as questões suscitadas e debatidas, ainda que não decididas, mas a devolução em profundidade ficará
limitada ao capítulo impugnado. BL: art. 1013, §1º NCPC.
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§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.
§ 6o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de
requerimento do réu.
§ 7o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5
(cinco) dias para retratar-se.
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa
de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
(MPPR-2019): Sobre os recursos em espécie, assinale a alternativa correta, nos termos do CPC/2015: O
capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. BL:
art. 1013, §5º, NCPC.
Art. 1.014. As QUESTÕES DE FATO não propostas no juízo inferior PODERÃO SER
SUSCITADAS na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. (PGEMA-
2016) (DPEPR-2017)
CAPÍTULO III
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a
interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento da questão no recurso de apelação. STJ. Corte Especial. REsp 1704520/MT (recurso
repetitivo), Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 05/12/2018.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A parte pede que o juiz suspenda o processo alegando prejudicialidade
externa (art. 313, V, “a”, CPC/15); magistrado indefere; esse pronunciamento não pode ser equiparado
a uma decisão sobre tutela provisória; logo, não cabe agravo de instrumento contra ele com base no
inciso I do art. 1.015 do CPC/15. Portanto, a decisão interlocutória que indefere o pedido de suspensão
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do processo em razão de questão prejudicial externa não equivale à tutela provisória de urgência de
natureza cautelar e, assim, não é recorrível por agravo de instrumento. STJ. 3ª T. REsp 1759015-RS, Rel.
Min. Nancy Andrighi, j. 17/09/19 (Info 656).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A decisão interlocutória que majora a multa que havia sido fixada
inicialmente consiste em uma tutela provisória sendo, portanto, recorrível por agravo de instrumento
com base no art. 1.015, I, CPC/15. Se é concedida uma tutela provisória e, posteriormente, é proferida
uma segunda decisão interlocutória modificando essa tutela provisória, pode-se considerar que esse
segundo pronunciamento jurisdicional se enquadra no conceito de decisão interlocutória que verse
sobre tutela provisória. STJ. 3ª T. REsp 1.827.553-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 27/08/19 (Info 655).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O conceito de “decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória”
previsto no art. 1.015, I, do CPC/2015, abrange as decisões que digam respeito à: 1) à presença ou não
dos pressupostos que justificam o deferimento, indeferimento, revogação ou alteração da tutela
provisória (é o chamado núcleo essencial), ou seja, são as decisões interlocutórias que examinam se
estão ou não presentes os pressupostos autorizadores da tutela provisória pretendida pela parte. 2) ao
prazo e ao modo de cumprimento da tutela. Portanto, a decisão interlocutória que se pronuncia sobre
o prazo ou sobre o modo de cumprimento da tutela provisória também se enquadra no inciso I do art.
1.015 e é recorrível de imediato; 3) à adequação, suficiência, proporcionalidade ou razoabilidade da
técnica de efetivação da tutela provisória, tal como ocorre, por exemplo, na decisão que trata sobre o
valor, a periodicidade ou a eventual limitação quantitativa ou temporal das astreintes ou, ainda, na
decisão que determina a aplicação de técnica indutiva, coercitiva ou sub-rogatória para cumprimento
da tutela provisória, como a busca e apreensão, a proibição de atividade nociva, a proibição de
contratar com o Poder Público ou da suspensão temporária de passaporte, carteira de habilitação ou
cartões de crédito, dentre outras. 4) à necessidade ou dispensa de garantias para a concessão, revogação
ou alteração da tutela provisória. Isso porque tais questões, embora acessórias ao conceito essencial
de tutela provisória, com ele se relacionam diretamente, podendo, inclusive, influenciar o modo pelo
qual se examina a presença dos requisitos autorizadores da tutela pretendida. STJ. 3ª T. REsp 1752049-
PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 12/3/19 (Info 644).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Não cabe agravo de instrumento contra a decisão interlocutória que impõe
ao beneficiário o dever de arcar com as despesas da estadia do bem móvel objeto da busca e apreensão
em pátio de terceiro. Tal situação não pode ser enquadrada no art. 1.015, I, do CPC/2015 porque essa
decisão não se relaciona, de forma indissociável, com a tutela provisória. Trata-se, na verdade, de
decisão que diz respeito a aspectos externos relacionados com a executoriedade, operacionalização ou
implementação fática da busca e apreensão (e não com a tutela provisória em si). É um consectário
lógico do deferimento da tutela provisória que haverá a necessidade de recolhimento de taxas,
despesas ou custas para a implementação da medida deferida. STJ. 3ª T. REsp 1752049-PR, Rel. Min.
Nancy Andrighi, j. 12/3/19 (Info 644).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Cabe agravo de instrumento contra a decisão interlocutória que acolhe ou
afasta a arguição de impossibilidade jurídica do pedido. Com o CPC/2015, a possibilidade jurídica do
pedido deixou de ser uma condição da ação e passou ser classificada como “questão de mérito”. Logo,
se uma decisão interlocutória acolhe ou rejeita a arguição de impossibilidade jurídica do pedido, trata-
se de decisão que versa sobre o mérito do processo, sendo cabível a interposição de agravo de
instrumento, com fulcro no art. 1.015, II, do CPC. STJ. 3ª T. REsp 1757123-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
j. 13/08/2019 (Info 654).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Cabe agravo de instrumento, nos termos do art. 1.015, II, do CPC/15, contra
decisão interlocutória que fixa data da separação de fato do casal para efeitos da partilha dos bens.
Trata-se de decisão parcial de mérito, considerando que é uma decisão que resolve uma parcela do
pedido de partilha de bens. STJ. 3ª T. REsp 1798975-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 2/4/19 (Info 645).
##Comentários sobre o julgado: ##DOD: Fixação da data da separação de fato é decisão sobre parcela do
pedido de partilha: A fixação da data da separação de fato do casal é uma questão que versa sobre o mérito
do processo, mais especificamente sobre uma parcela do pedido de partilha de bens, de modo que a decisão
proferida em 1º grau de jurisdição é, na verdade, uma verdadeira decisão parcial de mérito proferida nos
estritos termos do art. 356, II, do CPC/15. A definição da data da separação de fato é uma parcela do
pedido de partilha.
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##Atenção: ##STJ: ##DOD: A decisão interlocutória que afasta (rejeita) a alegação de prescrição é
recorrível, de imediato, por meio de agravo de instrumento com fundamento no art. 1.015, II, do
CPC/2015. Isso porque se trata de decisão de mérito. Embora a ocorrência ou não da prescrição ou da
decadência possam ser apreciadas somente na sentença, não há óbice para que essas questões sejam
examinadas por intermédio de decisões interlocutórias, hipótese em que caberá agravo de
instrumento com base no art. 1.015, II, do CPC/15, sob pena de formação de coisa julgada material
sobre a questão. STJ. 3ª T. REsp 1738756-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 19/2/19 (Info 643).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Segundo o inciso VII do art. 1.015, CPC/15: “cabe agravo de instrumento
contra as decisões interlocutórias que versarem sobre exclusão de litisconsorte”. Essa previsão
abrange somente a decisão que exclui o litisconsorte. Assim, cabe agravo de instrumento contra a
decisão interlocutória que exclui o litisconsorte. Por outro lado, não cabe agravo de instrumento contra
a decisão que indefere o pedido de exclusão de litisconsorte (decisão que mantém o litisconsorte). STJ.
3ª T. REsp 1724453-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 19/3/19 (Info 644).
Há um risco de enorme prejuízo endoprocessual Não há risco de anulação da sentença por esse motivo.
com a anulação da sentença. O prejuízo, se houver, será meramente econômico da
parte que teve que ficar no processo até o final.
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(PGM-São José dos Campos/SP-2017-VUNESP): A decisão que exclui uma das partes do polo passivo,
apreciando parcialmente o mérito, extinguindo em relação a ela o processo, deve ser reformada com
agravo de instrumento. BL: art. 356, §5º c/c art. 1.015, VII, NCPC.
(Anal. do MPRJ-2016-FGV): Em iniciativa conjunta com a própria criança, o MP, por meio do órgão de
execução dotado de atribuição, ajuizou ação de investigação de paternidade em face do suposto pai.
Entendendo pela desnecessidade da atuação do Parquet como órgão agente, determinou o juiz da causa
a sua exclusão do polo ativo, para nele manter apenas o menor. De acordo com a disciplina processual
vigente, tal decisão é impugnável por recurso de agravo de instrumento. BL: arts. 203, §2º c/c art. 1.015,
VII, NCPC.
OBS: Conforme o enunciado, o MP atuou “em iniciativa conjunta com a própria criança”, ou seja, em
litisconsórcio. Portanto, cabe agravo de instrumento da decisão que o excluir do polo ativo.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: É admissível a interposição de agravo de instrumento contra decisão que
não concede efeito suspensivo aos embargos à execução. As hipóteses em que cabe agravo de
instrumento estão previstas art. 1.015 do CPC/15, que traz um rol taxativo. Apesar de ser um rol
exaustivo, é possível que as hipóteses trazidas nos incisos desse artigo sejam lidas de forma ampla,
com base em uma interpretação extensiva. Assim, é cabível agravo de instrumento contra decisão que
não concede efeito suspensivo aos embargos à execução com base em uma interpretação extensiva do
inciso X do art. 1.015. STJ. 2ª Turma. REsp 1.694.667-PR, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
05/12/2017 (Info 617).
➢ Observação sobre o julgado acima: Como reforço argumentativo, o Min. Herman Benjamin
afirmou que o caso poderia se enquadrar também no inciso I do art. 1.015 do CPC/2015,
considerando que o requerimento de concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução
pode ser caracterizado como um pedido de tutela provisória de urgência.
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; (DPEMT-2016) (Proc./ALERJ-2017)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Esse inciso XI abrange também as decisões interlocutórias que
determinem a inversão da prova com base no art. 6º, VIII, do CDC? SIM. O art. 373, §1º, do CPC/15,
contempla duas regras jurídicas distintas, ambas criadas para excepcionar a regra geral do caput do
art. 373, sendo que a primeira diz respeito à atribuição do ônus da prova, pelo juiz, em hipóteses
previstas em lei, de que é exemplo a inversão do ônus da prova prevista no art. 6º, VIII, do CDC, e a
segunda diz respeito à teoria da distribuição dinâmica do ônus da prova, incidente a partir de
peculiaridades da causa que se relacionem com a impossibilidade ou com a excessiva dificuldade de
se desvencilhar do ônus estaticamente distribuído ou, ainda, com a maior facilidade de obtenção da
prova do fato contrário. Em outras palavras, a hipótese do art. 6º, VIII, do CDC está sim tratada no §
1º do art. 373 do CPC uma vez que esse dispositivo dispõe também a inversão do ônus da prova nos
casos previstos em lei. Para o STJ, a hipótese do inciso XI do art. 1.015 do CPC deve ser lida em sentido
amplo de sorte que: É cabível agravo de instrumento contra decisão interlocutória que defere ou
indefere a distribuição dinâmica do ônus da prova ou quaisquer outras atribuições do ônus da prova
distinta da regra geral, desde que se operem ope judicis e mediante autorização legal. STJ. 3ª T. REsp
1729110-CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 2/4/19 (Info 645).
XII - (VETADO);
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XIII - outros casos expressamente referidos em lei. (Cartórios/TJMA-2016)
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Caberá agravo de instrumento contra todas as decisões interlocutórias
proferidas nos processos mencionados no parágrafo único do art. 1.015 do CPC/15, não se aplicando
ali a taxatividade mitigada do caput do art. 1.015. Em outras palavras, caberá agravo de instrumento
contra todas as decisões interlocutórias proferidas na liquidação e no cumprimento de sentença, no
processo executivo e na ação de inventário. STJ. Corte Especial. REsp 1803925-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, j. 1/8/19 (Info 653).
##Comentários sobre o julgado: ##DOD: O legislador, ao tratar sobre o tema, decidiu criar dois regimes
distintos para o cabimento do agravo de instrumento:
1) Art. 1.015, caput e seus incisos: aplica-se somente à fase de conhecimento. Aqui são listadas hipóteses
nas quais caberá agravo de instrumento. Trata-se de rol com taxatividade mitigada.
2) Art. 1.015, parágrafo único: afirma, de forma ampla e geral, que cabe agravo de instrumento contra
decisões interlocutórias proferidas:
• na fase de liquidação de sentença;
• no cumprimento de sentença;
• no processo de execução;
• no processo de inventário.
Assim, a chamada tese da taxatividade mitigada (REsp 1.696.396/MT) somente se aplica para a fase de
fase de conhecimento, não sendo empregada nas fases ou processos previstos no parágrafo único do art.
1.015 do CPC.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O agravo de instrumento não pode ser utilizado como meio de
impugnação de toda e qualquer decisão interlocutória proferida no processo de execução. Logo, não
cabe agravo de instrumento contra decisão do juiz que determina a elaboração dos cálculos judiciais
e estabelece os parâmetros de sua realização. STJ. 2ª Turma. REsp 1.700.305-PB, Rel. Min. Herman
Benjamin, j. 25/9/18 (Info 638).
##Atenção: ##Enunciado I Jornada de Proc. Civil do CJF: Enunciado nº 69: A hipótese do art. 1.015,
parágrafo único, do CPC abrange os processos concursais, de falência e recuperação.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Qual é o recurso cabível contra o pronunciamento que julga a impugnação
ao cumprimento de sentença?
• Se o pronunciamento judicial extinguir a execução: será uma sentença e caberá APELAÇÃO.
• Se o pronunciamento judicial não extinguir a execução: será uma decisão interlocutória e caberá
AGRAVO DE INSTRUMENTO.
Assim, o recurso cabível contra a decisão que acolhe impugnação ao cumprimento de sentença e
extingue a execução é a apelação.
STJ. 4ª Turma. REsp 1.698.344-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 22/5/18 (Info 630).
##Atenção: Desse modo, analisando por outro prisma, pode-se afirmar o seguinte:
1) Se o juiz rejeita a impugnação: cabe agravo de instrumento (porque a execução irá prosseguir);
2) Se o juiz acolhe a impugnação, poderá caber agravo de instrumento ou apelação.
2.1) Se o juiz acolhe a impugnação, mas não extingue a execução (ex: apenas reduz o valor que estava
excessivo): caberá agravo de instrumento;
2.2 ) Se o juiz acolhe a impugnação e extingue a execução (ex: falta de citação): caberá apelação.
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(TJSC-2017-FCC): Caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de
inventário. BL: art. 1015, § único, NCPC.
(Anal. Adm.-Teresina/PI-2016-FCC): O recurso de Agravo é cabível contra decisões que versarem sobre
os pedidos de tutelas provisórias, admissão ou não de intervenção de terceiros e proferidas em sede de
execução. BL: art. 1.015, I, IX e § único, NCPC.
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