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10 Questoes - Simulado Dir - Constitucional
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Simulado: Direito Constitucional – por Antonio Henrique Lindeberg Baltazar
Assunto:
SIMULADO DE DIREITO
CONSTITUCIONAL COMENTADO
Autor:
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Simulado: Direito Constitucional – por Antonio Henrique Lindeberg Baltazar
SIMULADO CONSTITUCIONAL
Questão 01 – Assinale a opção correta:
a) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o princípio da
proporcionalidade tem aplicação no nosso sistema constitucional por força do
princípio do devido processo legal.
b) A prisão provisória não se compatibiliza com o princípio constitucional da
presunção de inocência.
c) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a determinação contida na
lei de crimes hediondos no sentido de que os autores de determinados crimes
cumpram a condenação em regime fechado atenta contra o princípio da
individualização da pena.
d) A condenação criminal proferida com base exclusiva em provas obtidas no
inquérito criminal é plenamente válida.
e) Segundo entendimento dominante na doutrina e na jurisprudência, os direitos
fundamentais não têm aplicação às relações privadas.
Comentários:
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É que o preso, por sofrer restrição em sua liberdade de locomoção, não deixa de ter o
direito de ampla defesa diminuído. Mas, por outro lado, poder estar em jogo valor que
também deve ser protegido para a apuração da verdade real. Daí a mesma Constituição
(que constitui um sistema lógico-político) permitir a prisão em circunstâncias excepcionais
(art. 5º, LXI E LXVI), exigindo sempre a sua fundamentação, sobretudo por tratar de
exceção (art. 93, IX). Por tal motivo, mesmo o primário e de bons antecedentes pode ser
preso sem nenhum arranhão aos princípios constitucionais”.
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Comentários:
Não se trata de decisão política, como se poderia pensar a um primeiro momento, nem,
tampouco, de retaliação à garantia constitucional do direito adquirido (art.5º, XXXVI) ou
desrespeito a instituto insuprimível (art.60, § 4º, IV).
O que subjaz a esse raciocínio é a nítida diferença entre direito adquirido, direito
consumado, expectativa de direito e simples faculdade legal.
Meras faculdades legais são poderes concedidos aos indivíduos, dos quais eles não
fazem nenhum uso.
Ora, ao se dizer que inexiste direito adquirido a regime jurídico de instituto de direito não
se está indo de encontro à garantia estampada no art.5º, inc. XXXVI, da Constituição. Isto
porque fatos realizados por inteiro, simples esperanças ou meras possibilidades legais
não se enquadram no citado inc.XXXVI.
Logo, se a lei nova mudar regime jurídico de instituto de direito, alicerçado num direito
consumado, numa expectativa de direito ou numa simples faculdade legal, esta alteração
se aplicará imediatamente. Não há direito adquirido nesses casos”. É este o entendimento
do Supremo Tribunal Federal.
"O que se diz com boa razão é que não corre direito adquirido contra o interesse coletivo
(qual o dos consumidores, seja-nos permitida a ênfase), porque aquele é manifestação de
interesse particular que não pode prevalecer sobre o interesse geral" (Curso de Direito
Constitucional Positivo, 13ª ed., Malheiros, pág. 414).
STF – “O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Adin 493, relatada pelo
Ministro Moreira Alves, firmou o seguinte entendimento : ‘ o disposto no art. 5º, “XXXVI, da
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Direito dos Tratados (ainda em curso de tramitação perante o Congresso Nacional) -, está
sujeito à necessária observância das limitações jurídicas impostas pelo texto
constitucional.
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pena privativa de liberdade: precedentes do Supremo Tribunal. II. Provas ilícitas: sua
inadmissibilidade no processo (CF, art. 5º, LVI): considerações gerais.
2. Da explícita proscrição da prova ilícita, sem distinções quanto ao crime objeto do
processo (CF, art. 5º, LVI), resulta a prevalência da garantia nela estabelecida sobre o
interesse na busca, a qualquer custo, da verdade real no processo: conseqüente
impertinência de apelar-se ao princípio da proporcionalidade - à luz de teorias
estrangeiras inadequadas à ordem constitucional brasileira - para sobrepor, à vedação
constitucional da admissão da prova ilícita, considerações sobre a gravidade da infração
penal objeto da investigação ou da imputação. III. Gravação clandestina de "conversa
informal" do indiciado com policiais.
3. Ilicitude decorrente - quando não da evidência de estar o suspeito, na ocasião,
ilegalmente preso ou da falta de prova idônea do seu assentimento à gravação ambiental
- de constituir, dita "conversa informal", modalidade de "interrogatório" sub- reptício, o qual
- além de realizar-se sem as formalidades legais do interrogatório no inquérito policial
(C.Pr.Pen., art. 6º, V) -, se faz sem que o indiciado seja advertido do seu direito ao
silêncio.
4. O privilégio contra a auto-incriminação - nemo tenetur se detegere -, erigido em
garantia fundamental pela Constituição - além da inconstitucionalidade superveniente da
parte final do art. 186 C.Pr.Pen. - importou compelir o inquiridor, na polícia ou em juízo, ao
dever de advertir o interrogado do seu direito ao silêncio: a falta da advertência - e da sua
documentação formal - faz ilícita a prova que, contra si mesmo, forneça o indiciado ou
acusado no interrogatório formal e, com mais razão, em "conversa informal" gravada,
clandestinamente ou não. IV. Escuta gravada da comunicação telefônica com terceiro,
que conteria evidência de quadrilha que integrariam: ilicitude, nas circunstâncias, com
relação a ambos os interlocutores.
5. A hipótese não configura a gravação da conversa telefônica própria por um dos
interlocutores - cujo uso como prova o STF, em dadas circunstâncias, tem julgado lícito -
mas, sim, escuta e gravação por terceiro de comunicação telefônica alheia, ainda que
com a ciência ou mesmo a cooperação de um dos interlocutores: essa última, dada a
intervenção de terceiro, se compreende no âmbito da garantia constitucional do sigilo das
comunicações telefônicas e o seu registro só se admitirá como prova, se realizada
mediante prévia e regular autorização judicial.
6. A prova obtida mediante a escuta gravada por terceiro de conversa telefônica alheia é
patentemente ilícita em relação ao interlocutor insciente da intromissão indevida, não
importando o conteúdo do diálogo assim captado.
7. A ilicitude da escuta e gravação não autorizadas de conversa alheia não aproveita, em
princípio, ao interlocutor que, ciente, haja aquiescido na operação; aproveita-lhe, no
entanto, se, ilegalmente preso na ocasião, o seu aparente assentimento na empreitada
policial, ainda que existente, não seria válido.
8. A extensão ao interlocutor ciente da exclusão processual do registro da escuta
telefônica clandestina - ainda quando livre o seu assentimento nela - em princípio, parece
inevitável, se a participação de ambos os interlocutores no fato probando for incindível ou
mesmo necessária à composição do tipo criminal cogitado, qual, na espécie, o de
quadrilha. V. Prova ilícita e contaminação de provas derivadas (fruits of the poisonous
tree).
9. A imprecisão do pedido genérico de exclusão de provas derivadas daquelas cuja
ilicitude se declara e o estágio do procedimento (ainda em curso o inquérito policial)
levam, no ponto, ao indeferimento do pedido.
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Assim pensa o Ministro Marco Aurélio, para quem o sigilo bancário estaria incluído no
conceito de "dados", e em sua opinião tanto os dados como as comunicações telefônicas
estão contidas na ressalva do final do inciso. Todavia, essa posição não é dominante nem
na doutrina nem na jurisprudência”. Deste modo ,entende o Supremo Tribunal Federal
que a quebra do sigilo bancário não se prende apenas às investigações processuais
criminais, podendo esta ocorrer sempre que houver relevante interesse a ser
resguardado.
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A função garantia não só foi preservada como até ampliada na Constituição, não como
mera garantia do existente ou como simples garantia das liberdades negativas ou
liberdades-limites. Assumiu ela a característica de constituição-dirigente, enquanto define
fins e programa de ação futura, menos no sentido socialista do que no que de uma
orientação social democrática, imperfeita, reconheça-se. Por isso, não raro, foi minuciosa
e, no seu compromisso com a garantia das conquistas liberais e com um plano de
evolução política de conteúdo social, nem sempre mantém linha de coerência doutrinária
firme. Abre-se, porém, para transformações futuras, tanto seja cumprida. E aí está o
drama de toda constituição dinâmica: ser cumprida”.
Pergunta-se então, estas normas não tem nenhuma eficácia jurídica? Não é bem assim,
estas normas realmente precisam de uma legislação posterior para que haja a sua plena
efetividade, mas elas possuem uma efetividade mínima que se manifesta inclusive na
possibilidade de ser impetrado mandado de injunção (art. 5° LXXI) ou ADIN por omissão
(art. 103§ 2°) para que os poderes públicos implementem estas normas possibilitando a
sua eficácia plena. Há também eficácia jurídica no que tange a impossibilidade de a
legislação ordinária ofender os princípios programáticos previstos na Constituição, sendo
que se isto ocorrer poderá ser declarada a inconstitucionalidade desta legislação.
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Nós já comentamos o conceito de cada uma destas classificações, apenas retomarei aqui
o conceito de constituição rígida, esta constituição é aquela na qual o seu processo de
reforma é mais difícil que o da elaboração das leis ordinárias. É de se observar que não
vemos nenhuma contradição na existência de normas programáticas nas Constituições
rígidas, haja vista que, por exemplo, a Constituição da República Federativa do Brasil de
05 de Outubro de 1988 é uma Constituição rígida (ver art. 60) e possui várias normas
programáticas (ver arts. 21, IX , 208, II).
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Supremo Tribunal Federal não há contradição entre normas constitucionais, o que poderá
haver é um conflito aparente de normas constitucionais que deve ser resolvido quando do
julgamento do caso concreto pelo magistrado. Na ADI nº. 815-DF, cujo relator foi o
Ministro Moreira Alves o STF assentou sua tese da inexistência de normas constitucionais
de hierarquia diferenciada, vejamos: “A tese de que há hierarquia entre normas
constitucionais originarias dando azo à declaração de inconstitucionalidade de umas em
face de outras é incompatível com o sistema de Constituição rígida. - Na atual Carta
Magna "compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição"
(artigo 102, "caput"), o que implica dizer que essa jurisdição lhe e atribuída para impedir
que se desrespeite a Constituição como um todo, e não para, com relação a ela, exercer
o papel de fiscal do Poder Constituinte originário, a fim de verificar se este teria, ou não,
violado os princípios de direito supra positivo que ele próprio havia incluído no texto da
mesma Constituição. - Por outro lado, as cláusulas pétreas não podem ser invocadas
para sustentação da tese da inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em
face de normas constitucionais superiores, porquanto a Constituição as prevê apenas
como limites ao Poder Constituinte derivado ao rever ou ao emendar a Constituição
elaborada pelo Poder Constituinte originário, e não como abarcando normas cuja
observância se impôs ao próprio Poder Constituinte originário com relação as outras que
não sejam consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam ser emendadas.”
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nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados”. Ainda, com a finalidade de consolidar esta afirmação vejamos o voto do
iminente Ministro Celso de Mello, onde houve a afirmação de ser o princípio da
anterioridade tributária (art. 150, III) um direito individual e em conseqüência protegido
pelo toque da imutabilidade, “ admitir que a União, no exercício de sua competência
residual, ainda que por emenda constitucional, pudesse excepcionar a aplicação desta
garantia individual do contribuinte, implica em conceder ao ente tributante poder que o
constituinte expressamente lhe subtraiu ao vedar a deliberação de proposta de emenda à
Constituição tendente à abolir os direitos e garantias individuais constitucionalmente
assegurados”
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para emendas constitucionais como o está para as leis (art. 61, § 2º). No entanto, apesar
da posição do grande mestre, não é este o entendimento do restante da doutrina e do
Supremo Tribunal Federal, para estes, a emenda constitucional não está sujeita a
iniciativa popular
Comentários:
A república se caracteriza pela eleição periódica do detentor do poder, pois a res (coisa) é
pública, e a monarquia pela hereditariedade e vitaliciedade do detentor do poder, ou seja,
pela personificação do poder. Como características fundamentais para a existência de um
governo republicano podemos apontar:
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Por fim, como exemplo temos a Lei complementar 103 que autorizou os Estados e o DF a
legislarem sobre piso salarial, merecendo relevo que, conforme art. 22,I, compete
privativamente a União legislar sobre matérias trabalhistas.
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lei federal (CF, art.34, VI, primeira parte) dependerá de representação do Procurador
Geral da República perante o Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 36,III da
Constituição Federal. Em relação aos Estados, a Constituição Federal estabelece que
será admitida intervenção dos Estados em seus Municípios ou da União nos Municípios
localizados em Território Federal, quando houver representação interventiva para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover
a execução de lei, ordem ou de decisão judicial, conforme art. 35, IV. No entanto, não há
o estabelecimento da autoridade responsável pela proposição da representação perante o
Tribunal de Justiça. Destarte, apesar da ausência de previsão expressa, entende-se,
doutrinária e jurisprudêncialmente, que, em face do princípio da simetria, esta
representação caberia ao Procurador Geral de Justiça, pois esta é a autoridade, no
âmbito estadual, equivalente ao Procurador Geral da República. Neste sentido é a
doutrina do professor José Afonso da Silva, que assim leciona, “Acrescente-se apenas
que a representação ao Tribunal de Justiça, como peça inicial da ação interventiva no
Município, cabe ao Procurador Geral de Justiça que funcione junto ao Tribunal de Justiça
competente para conhecer da representação ,seja na intervenção promovida por Estado,
seja na promovida pela União em Municípios de Território Federal”. Baseado nesses
ensinamentos é que inadmite-se a iniciativa de representação interventiva por parte do
Advogado-Geral do Estado .
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Brasília é a capital, pois o Distrito Federal não pode ser dividido em Municípios, conforme
estabelece o art. 32 da Constituição Federal, onde há a vedação expressa da de o Distrito
Federal ser divido em Municípios.
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Assim, atualmente não ocorre mais a necessidade de prévia autorização da Casa a qual
esteja o parlamentar vinculado para que possa proceder-se à persecução penal.
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Assim, conforme estabelecido no art. 55, § 2º, No caso de suspensão ou perda dos
direitos políticos, casos estes previstos no art. 15 da Constituição Federal , a perda do
mandato será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação
de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso
Nacional, assegurada ampla defesa.
Merece relevo que no caso de condenação criminal transitada em julgado, apesar de ser
um dos casos de suspensão dos direitos políticos previstos no art. 15 da Constituição
Federal, a perda do mandato se sujeita à decisão da casa, pelo voto secreto e maioria
absoluta. No entanto, mesmo que não a casa decida não exonerá-lo, nas próximas
eleições, enquanto durar a condenação, este não poderá concorrer. Assim, a perda dos
mandatos dos congressistas em razão de condenação criminal transitada em julgado não
será automática, dependendo de decisão da casa parlamentar a qual pertença o
congressista, salientando que esta decisão é estritamente política e discricionária, não se
atendo à decisão judicial. Merece relevo que esta previsão aplica-se também aos
parlamentares estaduais e distritais por forca do art. 27, § 1º e 32, § 3º da Constituição
Federal. No entanto, em relação aos parlamentares municipais, conforme entendimento
do STF, esta regra não se aplica, pois a Constituição Federal não os excepcionou da
regra do art. 15, III, assim como fez aos Deputados Federais e Estaduais. Deste modo, a
perda do mandato será automática para os chefes do executivo e para os vereadores,
não dependendo de aprovação do parlamento, como acontece com os parlamentares
federais e estaduais.
Perda de Mandato Parlamentar: Voto Aberto e Modelo Federal O Tribunal, por maioria,
julgou procedentes pedidos formulados em ações diretas ajuizadas pelos Partidos da
Social Liberal – PSL e Democrático Trabalhista – PDT para declarar a
inconstitucionalidade do § 2º do art. 104 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro,
alterado pela Emenda Constitucional 17/2001, que estabelece que a perda de mandato de
deputado, em determinadas hipóteses, será decidida pela Assembléia Legislativa, por
voto aberto. Entendeu-se caracterizada a ofensa ao § 1º do art. 27 da CF, que determina
a aplicação, aos deputados estaduais, das regras da Constituição Federal sobre perda de
mandato, bem como ao § 2º do art. 55 da CF, que prescreve que a perda do mandato
parlamentar será decidida por voto secreto nos casos que enuncia.
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se-ia de conferir interpretação restrita ao § 1º do art. 27, no sentido de que a regra nele
contida somente se aplica, no âmbito estadual, no que se refere à definição material, e
não meramente formal, das causas autorizadoras de perda do mandato dos deputados
estaduais, permitindo, dessa forma, ao Estado-membro, no exercício autônomo do seu
poder de auto-governo e auto-organização, definir a modalidade de votação nos
processos de destituição do parlamentar do seu mandato legislativo. Leia o inteiro teor do
voto do relator na seção Transcrições deste Informativo.
ADI 2461/RJ e ADI 3208/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 12.5.2005. (ADI-2461) (ADI3208)
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Deste modo, após a análise do Estatuto dos Congressistas restou observado que as
imunidades a eles relativas só ocorrerão após a diplomação e não quando da posse,
sendo sabido que aquela antecede a esta.
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Precedentes. A situação registrada nos presentes autos indica que a data da suposta
prática delituosa ocorreu em momento no qual o ora denunciado ainda não se encontrava
investido na titularidade de mandato legislativo. Conseqüente inaplicabilidade, a ele, da
garantia da imunidade parlamentar material." (Inq 1.024-QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
04/03/05)
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