LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

EXPERIMENTO DE REYNOLDS

1. NÚMERO DE REYNOLDS E REGIMES DE ESCOAMENTO

O número de Reynolds é assim chamado graças ao engenheiro Osborne Reynolds

que, por volta de 1880, realizou vários testes para entender a relação entre as
características do fluido, tubulação e o regime de escoamento. Ele descobriu que o
regime do escoamento depende principalmente da razão das forças inerciais e as forças
viscosas do fluido. Para verificar o comportamento do fluido, Reynolds utilizou uma
montagem que constituía de uma tubulação que passava água, com uma válvula para
controlar a vazão e um reservatório com corante que foi injetado na água durante os
experimentos.

O número de Reynolds é calculado através da seguinte fórmula:

𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑉𝑚𝑒𝑑.𝐷 𝑉 .𝐷

𝑅𝑒 = = = ρ. 𝑚𝑒𝑑
𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎𝑠 𝜐 𝜇

Onde:
• 𝑉 é a velocidade do escoamento (m/s);
• 𝐷 é o diâmetro interno tubo (m), para o experimento considere o diâmetro
interno no tubo de Reynolds D = 0,044 m;
• 𝜐 é a viscosidade cinemática do fluido (m2/s);
• ρ é a massa específica do fluido;
• μ é a viscosidade dinâmica do fluído;

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No entanto, velocidade está relacionada à vazão do sistema (𝑄 em m3/s):

𝑄 = 𝑉. 𝐴
Então,
4.𝑄
𝑉=
𝜋.𝐷2
Substituindo a na equação de Reynolds, tem-se:

4.𝑄
𝑅𝑒 =
𝜋.𝐷.𝜐

Os comportamentos observados são:

• Escoamento laminar: N° de Reynolds ≤ 2300;

Nesse regime, o fluído flui suavemente em camadas paralelas, sem turbulência

significativa. As partículas do fluído se movem de maneira ordenada e previsível.

• Escoamento de transição: 2300 ≤ N° de Reynolds ≤ 4000;

Trata-se de um regime de transição entre o entre o escoamento laminar e turbulento.

Isso pode ocorrer em uma ampla faixa de valores de Reynolds e é frequentemente
caracterizado por alterações no comportamento do fluído.

• Escoamento turbulento: N° Reynolds ≥ 4000.

O escoamento turbulento é caracterizado por movimentos caóticos e aleatórios das

partículas dos fluídos. Há formação de vórtices, redemoinhos e instabilidades no fluxo.
Isso ocorre em altas velocidades e altos valores de números de Reynolds.

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É importante atentar-se que esses os valores mencionados são aproximados, sendo

possível um desvio destes valores em situações práticas.

2. COMPONENTES UTILIZADOS NO EXPERIMENTO DE

REYNOLDS

Este experimento utilizará componentes da bancada didática de mecânica dos fluidos e

bombas. Para isso, é necessário o uso da bomba centrífuga, válvulas, mangueira, funil
de separação, pipeta e tubulações de PVC.

BOMBA CENTRÍFUGA

As bombas são equipamentos destinados a bombear um líquido em um sistema.

Na bancada, encontramos duas bombas centrífugas de 0,5 cv cada. As bombas que se
encontram na bancada são utilizadas para succionar a água do reservatório de água,
tendo como recalque as tubulações onde são realizados os experimentos de perda de
carga, sendo possível também controlar a vazão da bomba pelo potenciômetro que se
encontra no painel.

VÁLVULAS

Válvulas são mecanismos de manobra que são utilizadas para controlar a vazão
de um fluido dentro de uma tubulação. Na bancada, temos válvulas do tipo gaveta,
válvula do tipo agulha, válvula do tipo esfera de metal e válvulas do tipo esfera de PVC.

Quando essas válvulas estão totalmente abertas é possível observar uma perda
de carga devido à sua forma construtiva. Ao começar a fechar uma válvula, o seu

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mecanismo interno, que pode ser uma esfera ou um obturador, aumenta a restrição da
passagem do fluido, aumentando assim a perda de carga na tubulação e, por
consequência, diminuindo a vazão do fluido dentro da tubulação, podendo chegar até o
ponto de fechar totalmente a passagem.

Figura 1 – Válvulas de controle.

FUNIL DE SEPARAÇÃO

O funil de separação (ou balão de separação) é utilizado para armazenar o líquido

com corante que permite ao aluno visualizar o comportamento da água. Esse
componente possui uma válvula on-off que é utilizada para permitir ou não a passagem
do corante para a linha do experimento.

Figura 3 – Funil de separação.

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MANGUEIRA

Mangueira pu é utilizada para direcionar o corante do funil de separação até a

pipeta que se encontra na tubulação de acrílico.

Figura 4 – Mangueira pneumática pu.

PIPETA

Pipeta é um instrumento de vidro muito comum em laboratórios e é utilizada

para realizar a transferência de líquidos. No experimento de Reynolds, ela é utilizada
para promover a passagem do líquido com corante.

Figura 5 – Pipeta de vidro.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FOX, Mc DONALD, PRITCHARD. Introdução à mecânica dos fluidos. [LTC.]: Livros

Técnicos e Científicos, 6° EDIÇÃO.

ÇENGEL CIMBALA. Introdução à mecânica dos fluidos 3° EDIÇÃO

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