ARTIGO DE OPINIÃO - 9º Meu

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ARTIGO DE OPINIÃO- NOVAS TECNOLOGIAS: CUIDADO PARA NÃO

VIRAR VÍCIO!

Denise Aragão

A internet e as tecnologias associadas a ela fazem parte do cotidiano


atual de crianças e jovens, pois são instrumentos de pesquisa, conhecimento e
lazer. No entanto, como o controle em relação ao tempo de uso é praticamente
impossível, estão causando inúmeros problemas.

Esse é um tema muito relevante, pois já é possível perceber sintomas de


vício em eletrônicos nos jovens e até nas crianças, como, por exemplo: o
isolamento, o afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre, a queda do
rendimento escolar, a irritabilidade, a agressividade, a necessidade de passar
um tempo cada vez maior conectado e a angústia quando são impedidos.

Além disso, o costume de jogarem ou conversarem nas redes sociais


antes de irem para a cama está adiando o horário dessa turma ir dormir. Eles
deveriam dormir por volta das 21h30, três horas depois que escurece. Quem
adia esse momento está mais exposto ao vício e à insônia.

Outro ponto importante é o de que, como deixam de fazer exercícios


físicos, é comum o ganho de peso, a obesidade e até a hipertensão precoce.
Também já é possível observar problemas psicológicos. Durante a infância e a
juventude, atividades variadas são indispensáveis para a formação psíquica do
indivíduo. Por ser um ambiente muito atrativo, a internet pode gerar o
desinteresse pela vida real e, muitas vezes, sua substituição pela vida virtual.
Os efeitos dessa dependência vão da irritabilidade à alienação social, uma vez
que a vida familiar, escolar e pessoal é prejudicada.

Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se


adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca
estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus
celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até
de conversar entre si e com seus familiares.

GLOSSÁRIO

Hipertensão: pressão alta demais dentro do corpo.

Relevante: de muita importância, importante.


Entendendo o texto

01.Qual o ponto de vista defendido nesse artigo de opinião?

Esse artigo defende que o uso excessivo das tecnologias tem causado
inúmeros problemas em crianças e jovens.

02. Para defender seu ponto de vista, a autora listou alguns problemas
causados pelo uso excessivo das novas tecnologias. Escreva três deles.

- Isolamento;

- Afastamento de brincadeiras e atividades ao ar livre;

- Baixa no rendimento escolar;

- Agressividade;

- Angústia quando não se está conectado;

- Perda do sono;

- Hipertensão;

- Desinteresse pela vida real.

03. Releia o início do quarto parágrafo do artigo de opinião.

a) Qual foi a intenção da autora ao começar o quarto parágrafo com a


expressão outro ponto importante? Marque.

( x ) Reafirmar as ideais dos parágrafos anteriores e acrescentar novas


justificativas para defender seu ponto de vista.

( ) Iniciar uma ideia contrária ao parágrafo anterior.

b) Encontre outro modo de começar o quarto parágrafo, substituindo as


palavras outro ponto importante por outros termos que tenham o mesmo
sentido.

Sugestões de resposta: e não é só isso/ e não para por aí/além disso/ e tem
mais.

04. Releia um trecho do último parágrafo do artigo

Portanto, em vez de a tecnologia facilitar e ampliar os meios para se


adquirir informações e o círculo de amizades, muitas crianças e jovens nunca
estiveram tão desconectados do mundo real. Parecem hipnotizados por seus
celulares e tablets, perdendo a vontade de estudar, de brincar ao ar livre e até
de conversar entre si e com seus familiares.
a) Que palavra pode substituir a que está em destaque sem mudar o
sentido da frase?

Sugestões de resposta: desligados, afastados, desvinculados.

b) Na sua opinião, qual a intenção da autora em usar a


palavra desconectados?

É provável que a autora tenha escolhido a palavra “desconectados” para


fazer referência ao tema do artigo.

05. Leia.

Conectado - desconectado

a) Essas palavras têm sentido semelhante ou sentido contrário?

Sentido contrário.

b) Faça o mesmo com as seguintes palavras, escrevendo o sentido contrário


delas.

Cuidar - descuidar

Fazer - desfazer

Abrigar - desabrigar

Congelar - descongelar

Conhecer – desconhecer

Costurar – descosturar

Crença – descrença

Embarcar – desembarcar

06. A autora desse artigo ressaltou que um dos problemas causados pelo uso
excessivo de tecnologias é a insônia.

Em sua opinião, por que o sono é importante?

Resposta pessoal.

SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?

Meu município, Remígio, está localizado no brejo paraibano. É uma cidadezinha interiorana
calma e considerada uma cidade-pólo, tendo em vista sua ótima localização, que dá acesso a vários
outros municípios. Entretanto, um grave problema maltrata os remigenses há mais de 10 anos: a falta de
um hospital público. Os “vários” pequenos postos de atendimento da família (PSF) só nos servem para
vacinação e receitas de remédios; em casos mais graves, somos obrigados a nos humilharmos em
hospitais das cidades circunvizinhas.
O caos da saúde pública do nosso país parece-nos até muito normal. Vemos qualquer notícia de
pessoas morrendo em corredores dos hospitais públicos ora por falta de atendimento, ora por falta de
remédios. Desde que o Brasil é Brasil que as pessoas sofrem com esse problema. Dinheiro para investir
nisso nós sabemos que há. Os estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 comprovam
isso. O que falta é uma tonelada de vergonha na cara, interesse, comprometimento e planejamento
daqueles que são responsáveis por administrar o dinheiro público dos nossos impostos. A corrupção e o
péssimo eleitorado brasileiro são em quem nós devemos por a culpa.
Minha cidade apesar de muito conhecida no estado por ser uma cidade-pólo, por suas festas de
vaquejadas e emancipação política, sofre com essa crueldade. Há anos que esse município não sabe o
que é ter um filho originalmente nascido na sua terra. Quantos idosos e crianças já adoeceram nas
madrugadas e foram obrigados a negociar com a sorte, pedindo um pouco mais de calma enquanto
chegassem a algum hospital em Campina Grande (36 km - 40 minutos de viagem)? Porém, em épocas de
campanha política a saúde pública é um dos projetos mais prometidos pelos atônitos candidatos. O
interessante é que o tempo que faz que não nasce uma criança em Remígio é o mesmo em que o povo
vive iludido numa esperança utópica da nossa situação mudar.
A culpa disso na maior parte sabemos que é nossa mesmo. O povo deve ter o político que
merece. Nós eleitores ainda estamos anos-luz de distância de saber escolher os candidatos dignos e
honestos para nos representarmos. Na maioria das vezes, vê-se tanto eleitores quanto candidatos em
busca de interesses particulares e não no bem comum. Os políticos fazem uma “promessinha” de
emprego para um aqui; uma “carradinha” de tijolos para outro ali; pagam umas contas de água e luz para
outro acolá; e esses mesmos beneficiados de um dia, sofrem por décadas afins, pois a politicagem é
hereditária.
Enfim, discutir problemas públicos não tem como fugir de política. Segundo nossa Constituição
Federal saúde é um direito que deve ser garantido para a população. O problema é que faltou concordar
isso com as pessoas que escolhemos como responsáveis. O Brasil precisa de gente honesta. O povo
precisa de uma (re) educação eleitoral. Quem mais sofre com isso é meu município, meu Brasil.

1. Sobre o texto acima, responda:

a) Que gênero textual é esse que acabamos de ler?


b) Para que serve um texto como esse?
c) Onde encontramos textos assim?
d) Qual o tema tratado nesse texto?
e) Você achou esse título subjetivo ou objetivo?
f) Que outro título você daria a esse texto?
g) Como o autor fez a introdução do seu texto?
h) Qual é a opinião do autor sobre esse tema?
i) Por que ele diz que dinheiro para investir na saúde há?
j) Quais são os dois problemas da má saúde pública no Brasil apontado pelo autor no fim do segundo
parágrafo?
k) O autor cita um exemplo que acontece na cidade dele. Que exemplo é este? Devemos citar exemplos em
artigos de opinião? Por que?
l) De quem é a culpa pelo descaso com a saúde no Brasil?
m) O que, na maioria das vezes, tanto eleitores quanto candidatos em buscam em época de eleições?
n) Qual a estratégia usada pelo autor para concluir seu texto?

RESPOSTAS
a) É um artigo de opinião
b) Para defender uma opinião acerca de um tema polêmico e atual.
c) Encontramos em jornais impressos, revistas, internet.
d) Esse texto trata sobre o caos na saúde publica brasileira.
e) É objetivo, pois já revela para o autor o tema do texto.
f) Resposta pessoal.
g) Ele inicia o texto apresentando para o leitor o lugar onde vive e como é a saúde pública de lá.
Essa estratégia serve para contextualizar o problema a ser discutido no texto.
h) A ideia defendida é que o comodismo das pessoas contribui com os problemas na saúde
pública.
i) Porque houve grandes investimentos de dinheiro público para a Copa de 2014.
j) São a corrupção e nós eleitores do Brasil.
k) Ele cita o fato de fazer tempo que não nasce uma criança no seu município. Citar Exemplos é
uma estratégia argumentativa que ilustra, reforça nossas opiniões.
l) A culpa é nossa, eleitores.
m) Ambos procuram sempre benefícios próprios.
n) Ele reafirma, com outras palavras, a opinião defendida ao longo do texto.

Atribuir à sociedade como um todo a culpa por certos comportamentos errôneos não
parece, em minha maneira de pensar, uma atitude sensata. Costumamos ouvir por aí
coisas do tipo “O Brasil não tem mais jeito”, “O povo brasileiro é corrupto por
natureza”, “Todas as pessoas são egoístas” e frases afins. Essa é uma visão já
cristalizada no pensamento de boa parte de nosso povo.

Entretanto, se há equívocos, se existem erros, se modos ilícitos são


verificados, eles sempre terão partido de um indivíduo. Mesmo que depois essas
práticas se propaguem, somente serão contaminados por elas aqueles que assim o
desejarem. Uma corporação que, por exemplo, está sob investigação criminal em
decorrência da ação de alguns de seus componentes, não estará necessariamente
corrompida em sua totalidade. Aliás, a meu juízo, isso é quase impossível de
acontecer.

Portanto, todos sabemos que um indivíduo é constituído suficientemente para


pagar por suas falcatruas. Por isso, não concordo que haja julgamento geral. É preciso
que saibamos separar o bom do ruim, o honesto do corrupto, o bom-caráter do mau-
caráter, o dissimulado do verdadeiro. Todos têm consciência do que seja certo ou
errado e devem carregar sozinhos o fardo de terem sido desleais, incorretos e
vulgares, sem manchar a imagem daqueles que, por vias do destino, constituem
certas facções que não apresentam, totalitariamente, uma conduta legal.

Cassildo Souza

(Adaptado por Tudo Sala de Aula, 2021)

1. Qual o assunto principal do texto?


a) Toda pessoa é responsável por seus atos.
b) A sociedade e suas culpabilidades.
c) Os equívocos dos comportamentos alheios.
d) Os costumes do povo brasileiro.
2. O autor do texto concorda
a) com frases em que as pessoas dizem que o Brasil não tem mais jeito.
b) que atos ilícitos são sempre praticados por indivíduos.
c) que os atos individuais são influenciados pela coletividade.
d) que o brasileiro é corrupto por natureza.

3. O trecho: “Entretanto, se há equívocos...”, a palavra grifada introduz uma


a) explicação.
b) causa.
c) adição.
d) oposição.
4. No trecho: “Mesmo que depois essas práticas se propaguem...” o termo
grifado pode ser substituído por:
a) Portanto.
b) Porque.
c) Embora.
d) Todavia.

5. A finalidade do texto é:
a) trazer uma informação recente ao leitor.
b) promover o entretenimento das pessoas.
c) defender com argumentos um ponto de vista.
d) trazer um ensinamento para as pessoas.
6. Segundo o texto,
a) se uma corporação está sob investigação, todos deverão ser
responsabilizados.
b) cada pessoa tem a capacidade de ser responsabilizada por seus atos.
c) a sociedade sempre deve ser responsabilizada por seus atos de crimes.
d) é impossível separar as atitudes boas das ruins em uma sociedade.

7. Qual o significado da palavra “falcatruas” no texto?


a) Fraude.
b) Lisura.
c) Honestidade.
d) probidade.

8. Há um FATO em:
a) “Por isso, não concordo que haja julgamento geral.”
b) “Aliás, a meu juízo, isso é quase impossível de acontecer.”
c) “...não parece, em minha maneira de pensar, uma atitude sensata.”
d) “Essa é uma visão já cristalizada no pensamento...”
9. O termo grifado no trecho: “... eles sempre terão partido de um
indivíduo...”, NÃO se refere a:
a) “equívocos”.
b) “erros”.
c) “frases afins”.
d) “modos ilícitos”.

10. A principal proposta de solução apresentada pelo autor do texto está em:
a) “Por isso, não concordo que haja julgamento geral.”
b) “É preciso que saibamos separar o bom do ruim, o honesto do corrupto...”
c) “Todos têm consciência do que seja certo ou errado...”
d) “Aliás, a meu juízo, isso é quase impossível de acontecer.”

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