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CARACTERIZAÇÃO DO CLIMA URBANO DE PENÁPOLIS-SP

SILVA, Luciana Tessari1


TOMMASELLI, José Tadeu Garcia2
AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade3
1
Aluna do curso de Geografia da FCT – UNESP – Pres. Prudente
2
Prof. Dr. do Dpto de Física, Química e Biologia da FCT - UNESP, campus de Pres. Prudente
3
Prof. Dr. do Dpto de Geografia da FCT - UNESP, campus de Pres. Prudente
Palavras - chave: Clima Urbano, Variação térmica e “Ilha de calor”
lutessari@hotmail.com; tadeu@prudente.com.br; amorim@stetnet.com.br

Abstract

The study that is prayed presents, it seeks to establish relationships between the use and the
occupation of the soil with the possible alterations in the behavior of some climatic elements
(temperature, specific humidity and direction of the wind) and to detect the thermal variations
and the generation of the phenomenon of the " island of heat " or flagrant of the same, in the
city of Penápolis-SP, located the Northwest of the State of São Paulo. For this analysis, 7
observation points were selected in the city, and installed meteorological mini-shelters with
psicrômetros and a ribbon to indicate the direction of the wind.The readings were
accomplished in the period of the day and night, with intervals of two hours, in the month of
July of 1999 (I hibernate). A database was created using the electronic planilha Excel, and
starting from this, isolinhas maps were traced through the application Surfer. Through the
evaluation of the results, he/she/it arrived the conclusion that the city of Penápolis is shown
more heated up densely in the areas built, due to the low albedo and it lowers perspiration
(impermeabilidade). The smallest temperatures were marked in areas with presence of bodies
of water and areas of significant vegetation, once they behave as estabilizadores of the
thermal variations. At the 21 hours the definition pick is had, because in 22 days (of the 31
studied) it is noticed clearly. Starting from 23 o'clock it is already noticed the
desintensificação of the phenomenon, so that at the 5 hours, in 50% of the studied days there
is just inside the presence of this fact of the studied area.

1.Introdução

Nos últimos anos, os estudos sobre o clima das cidades tem despertado maior
interesse, principalmente, devido ao processo de urbanização acelerado e generalizado.
No Brasil, a urbanização se desenvolveu, em sua grande maioria, de forma
desordenada e se intensificou após a década de cinqüenta, com o êxodo rural, que originou
novas cidades e provocou o crescimento das já existentes.
A concentração da população nas áreas urbanas e a expansão espacial implicaram
em modificações substanciais da paisagem original, fazendo com que a cidade gerasse suas
próprias condições ambientais, nem sempre favoráveis aos seus ocupantes.
Sendo assim, o clima é um dos elementos de primeira ordem a compor a paisagem
geográfica. Ele afeta os processos geomorfológicos, os processos das transformações dos
solos, o crescimento e desenvolvimento das plantas. O ambiente atmosférico influencia o
homem e suas atividades. Por outro lado o homem também pode, através de várias ações,
deliberadas ou inadvertidas, influenciar o tempo e o clima.
O maior impacto do homem sobre o clima acontece em áreas urbanas (AYOADE,
1991). A cidade altera o clima, principalmente nas escalas micro e meso, através das
transformações em sua superfície, em geral aumentando o calor e a precipitação, e
modificando o fluxo dos ventos e a umidade do ar. Admite-se que em nível local os
mecanismos do clima não são modificados em função da ação antrópica, embora ocorram
alterações em alguns dos seus elementos próximos a superfície, tais como a temperatura, a
umidade, a pluviosidade, a nebulosidade e a insolação.
Quanto maior for a aglomeração urbana, maior será a distinção entre as
características do espaço urbano do espaço natural, pois “... em comparação com a paisagem
circunvizinha a cidade geralmente provoca um enrugamento, aquecimento, e talvez
ressecamento das condições da superfície”. (Oke, 1978).
Neste sentido, a topografia, uso do solo, o jogo entre os espaços abertos e
fechados, enfim as condicionantes geoambientais devem ser investigadas pela Climatologia, a
fim de que possa haver um diagnóstico das alterações que ocorrem no bojo da atmosfera
urbana, de modo que estas investigações possam contribuir para planejamento.
O estudo que ora se apresenta, pretende analisar alguns elementos climáticos
(temperatura, umidade específica e direção do vento), com a finalidade de detectar as
variações térmicas e a geração do fenômeno da “ilha de calor” ou flagrantes da mesma, na
cidade de Penápolis-SP.
A cidade de Penápolis-SP ao Noroeste do Estado de São Paulo (lat. 21°26’S, long.
50°04’W e elev. 425 m) possui uma área de 810 quilômetros quadrados, sendo 15 deles de
área urbana, onde vivem 52.433 habitantes.
O presente projeto foi apresentado ao Departamento de Água e Esgotos da cidade
de Penápolis-SP. A partir de uma análise executada pelo Centro de Educação Ambiental,
pode-se contar com o financiamento dos instrumentos coletores de dados (os abrigos
termométricos e os termômetros) e com a colaboração dos funcionários das unidades dos
reservatórios de água para realização das leituras diurturnamente.
A seleção desta cidade para este estudo foi fundamentada nos trabalhos que vem
sendo executados pelo Departamento de Água e Esgotos e na conscientização da população
sobre a necessidade de se preservar para o futuro. Assim, a investigação desta cidade, poderá
não só contribuir para os estudos de clima urbano, mas também fornecer subsídios para o
monitoramento da qualidade ambiental, dando a população o direito e o prazer uma boa
qualidade de vida

2. Material e Método

2.1 - Seleção das áreas para coleta de dados


As áreas selecionadas para a coleta dos dados da presente pesquisa, foram escolhidas
através das características topográficas e do uso e da ocupação do solo da cidade,
aproveitando a infra-estrutura oferecida pelo Daep (Departamento de Água e Esgoto de
Penápolis) em função da disponibilidade dos funcionários para realização da leituras. Através
da análise dessas características foram selecionados 7 pontos na cidade.

2.2 - Localização dos pontos de instalados


Os pontos selecionados foram os seguintes, tendo em vista a priorização de diferentes
padrões de uso e ocupação do solo:
1º Reservatório do Jardim Tóquio: Situado em uma região deste bairro residencial
com predominância de casas térreas, localizado ao lado de uma estrada vicinal.
Trata-se de área arborizada em que o único elemento vertical na região é o
Reservatório. Elevação média de 420m.
2º Reservatório do Jardim Mutirão: Situado em área do distrito industrial da cidade,
num cenário suburbano típico com predominância de terrenos não construídos.
Elevação média de 420m.
3º Reservatório do Jardim Pevi: Encontra-se em área de expansão de um novo bairro
com poucas residências e pouca arborização. Elevação média de 410m.
4º Captação de Água: Situado em área afastada do aglomerado urbano com vasta área
verde do Ribeirão Lajeado. Presença de uma indústria de tratamento de couro a
100m e tráfego de veículos constante. Elevação média de 410m.
5º Lagoa de Tratamento de Esgoto: Situado em área verde densa e a presença do
Ribeirão Lajeado, sendo um local com boa ventilação. Elevação média de 400m.
6º Estação de Tratamento de Água: Encontra-se em bairro com predominância de casa
térreas, com alguns estabelecimentos comerciais e de constante tráfego de
veículos, tendo como únicos elementos verticais na região um condomínio e os
reservatórios existentes nesta unidade. Elevação média de 430m.
7º Prefeitura: Situa-se na área central da cidade, com tráfego de veículos constante,
com alguns elementos verticais (prédios residenciais e comerciais) e considerável
atividade comercial. Elevação média de 400m.

2.3 - Construção dos mini-abrigos meteorológicos


Após a escolha dos pontos, iniciou-se a construção dos mini-abrigos meteorológicos
de madeira com paredes duplas perfuradas para permitir a livre circulação do ar e com as
hastes para colocá-los a 1,50m do solo e para evitar influência da radiação solar refletida e da
radiação terrestre emitida (figura 1), obedecendo as normas descritas pela O. M. M.
(Organização Meteorológica Mundial). A seguir foram adquiridos os termômetros nacionais
para os psicrômetros (de –10 a +50 C, com divisões de 0,2 C, escala externa, vidro amarelo) e
construção do suporte de madeira para o encaixar os termômetros no interior dos mini-
abrigos.
Os mini-abrigos com psicrômetros foram calibrados junto à Estação Meteorológica da
Faculdade de Ciências e Tecnologia, UNESP campus de Presidente Prudente.

2.4 - Trabalho de Campo


Os mini-abrigos meteorológicos com psicrômetros foram instalados dois meses antes
da realização do trabalho de campo (de 15 de abril a 31 de junho de 1999), para que houvesse
um período de treinamento para leituras e aprendizagem dos funcionários.
Após este período de experiência, iniciou-se, dia 01/07/1999, o trabalho de campo. A
opção pelo mês de julho se justifica pela maior possibilidade de se identificar
comportamentos térmicos urbanos tendo em vista a ocorrência de gradientes mais acentuados.
Os pontos de observação (coleta) eram visitados aleatoriamente para acompanhamento
e fiscalização das leituras horárias executadas pelos funcionários do Daep (Departamento de
Água e Esgoto de Penápolis-SP).
As coordenadas UTM dos locais de coleta foram determinadas utilizando um
dispositivo de posicionamento geodésico por satélites, especificamente um posicionador GPS
(Global Positioning System) modelo 12XL da marca Garmeim 1, com precisão horizontal de
100 m e vertical de 140 m. Estas determinações visavam a base para a construção dos mapas
de isolinhas de temperatura e umidade relativa utilizando-se o aplicativo gráfico Surfer. Este
procedimento foi adotado face à ausência, até aquele momento, de informações cartográficas
de qualidade para formamos o embasamento cartográfico do nosso trabalho. Contudo,
posteriormente, foram conseguidas as cartas planimétricas e altimétricas de Penápolis-SP.
Durante o trabalho de campo, houve por parte da sociedade interesse sobre a pesquisa,
o que levou à divulgação de algumas informações a respeito do trabalho na imprensa local,
como pode ser visto no anexo l. O trabalho de campo foi encerrado aos 31 de julho de 1999.

2.5 - Trabalho de gabinete


No decorrer do mês de julho, à medida que as leituras iam sendo realizadas, foi
iniciado o processo de digitação dos dados observados, sendo construída uma planilha
eletrônica do Excel visando o cálculo da umidade relativa e a aferição dos dados, tanto
obtidos (temperaturas do psicrômetro e direção dos ventos) como inferidos (umidade relativa)
(figura 3).
Após a realização dos 31 dias de leituras, em intervalos de duas horas, foi dado
continuidade ao trabalho de tabulação de dados e elaboração dos mapas de isolinhas de
temperatura e umidade relativa.
Para isso foram elaboradas planilhas eletrônicas, compostas de dados de temperatura,
umidade relativa e direção dos ventos. As planilhas eram globais e incluíam os dados diários
e separados por horário de leituras. Foram elaboradas as planilhas das temperaturas e das
umidades relativas (figura 4).
Tabulando estes dados, iniciou-se
a elaboração das cartas diárias de
isolinhas de temperaturas e
umidade relativa através do
aplicativo Surfer.
Para a análise dos eventos
climáticos regionais foram
utilizadas as imagens Goes (infra-
vermelho) do período de 01 a 30
de julho de 1999, conseguidas no
“site” do CPETC-INPE
(http://www.cptec.inpe.br).
Figura 4. Planilha global dos dados de temperatura para (Anexo lll)
servir de base ao traçado das isolinhas. Foi cedida, para uso
exclusivo desta pesquisa, pelo
DAEP, a base digital planimétrica (arquivo do tipo dwg do AutoCad 2) em escala 1:10000, e
uma Carta Topográfica escala 1.5000. Para a elaboração de uma carta hipsométrica da cidade,

1
A menção da marca não implica endosso dos autores.
2
AutoCad é marca registrada da Autodesk, Inc.
foi necessário digitalizar as curvas de níveis da carta topográfica, plotando-as e geo-
referenciando-as na base digital 1:10000, realizado com o auxílio dos programas Remap
Plus3. e Auto Cad. (Anexo IV)
A carta planimétrica já se encontrava em formato digital e geo-referenciada em UTM.
A carta altimétrica se encontrava em formato de papel e geo-referenciada em coordenadas
geográficas.

3. Resultados e Conclusões

A cidade de Penápolis-SP, mostra-se mais aquecida nas áreas densamente edificadas


(Sede e Prefeitura), devido ao baixo albedo e à baixa transpiração (concreto e asfalto), que
afetam o balanço de energia, deslocando uma parcela maior de energia para o calor sensível
(aquecimento do ar).
As menores temperaturas foram assinaladas em áreas com presença de corpos d 'água
(Captação e Lagoa) e áreas de vegetação significativa, uma vez que se comportam como
estabilizadores das variações térmicas, redistribuindo mais energia para os processos de
evaporação e transpiração e menos energia para o aquecimento do ar, gerando condições de
temperaturas mais agradáveis (regiões mais frias).
O padrão de umidade específica segue o da temperatura, e sempre estão claramente
definidos independente do horário. As “ilhas úmidas” apresentam-se mais freqüentes nos
pontos Sede e Prefeitura, de onde infere-se que estes dois postos comportam-se como centros
de advecção de umidade.
As “ilhas de calor” ficam mais claramente definidas nos horários noturnos que nos
horários diurnos. As "ilhas de calor", ficam mais distinguíveis a partir das 19 horas. Observe
os mapas de isolinhas.
Na madrugada, principalmente entre as 3 e 5 horas, nota-se claramente a presença de
"ilha de calor" urbana, sendo definida em aproximadamente 50% dos dias do mês de julho.
Considerados todos os horários de análises, fica claro que uma melhor definição da
ilha de calor começa a estabelecer-se a partir das 19:00. Às 21:00 tem-se o pico de definição,
pois em 22 dias (dos 31 estudados) percebe-se claramente o comportamento de “ilha de calor”
dos campos de temperatura esboçados. A partir das 23:00 h já se percebe a desintensificação
do fenômeno, de modo que às 5:00 h, apenas 50% dos dias estudados mostraram este efeito.
O horário das 21:00, além de apresentar a melhor definição da “ilha de calor”, também
apresenta os maiores gradientes de temperatura dentro da região estudada.

TEMPERATURA Mês: Julho/99 Horário: 21:00


01/07/1999 - 21:00 HORAS
Lagoa 02/07/1999 - 21:00 HORAS 03/07/1999 - 21:00 HORAS
Lagoa Lagoa
28550

28500 28500 28500

22.5 28450 23.0


23.0
J. Mutirão 22.0 J. Mutirão 22.5 J. Mutirão
28400 28400 22.0 28400 22.5
21.5
21.0 21.5
22.0
Prefeitura 20.5 28350 Prefeitura 21.0 Prefeitura
J. Pevi J. Pevi 20.5 J. Pevi 21.5
20.0
28300 28300 28300
20.0
19.5 21.0
19.5
19.0
28250 19.0 20.5
18.5
18.5
28200 Sede 18.0 20.0
28200 Sede 18.0 28200 Sede
17.5
17.5 19.5
17.0 28150 17.0
16.5 19.0
16.5
28100 16.0 28100 28100
16.0 18.5

28050
Captação Captação Captação
28000 28000 28000
44950 45050 45150 45250 44950 45050 45150 45250 44950 45050 45150 45250

3
Remap Plus é marca registrada da Automated Methods inc.
04/07/1999 - 21:00 HORAS 05/07/1999 - 21:00 HORAS 06/07/1999 - 21 HORAS
Lagoa Lagoa Lagoa
28550

28500 28500 28500

28450
J. Mutirão 20.8 J. Mutirão 17.7 J. Mutirão
28400 28400 28400 22.4
20.3 J. Tóquio
Prefeitura Prefeitura 17.2 28350 Prefeitura
J. Pevi J. Pevi J. Pevi 21.9
19.8
28300 28300 28300
16.7
19.3 28250 21.4
16.2
28200 Sede 18.8 28200 Sede 28200 Sede
20.9
15.7
18.3 28150

28100 17.8 28100 15.2 28100 20.4

28050
Captação Captação Captação
28000 28000 28000
44950 45050 45150 45250 44950 45050 45150 45250 44900 45000 45100 45200 45300
07/07/1999 - 21:00 HORAS 08/07/1999 - 21:00 HORAS 09/07/1999 - 21:00 HORAS
Lagoa Lagoa Lagoa

28500 28500 28500

J. Mutirão J. Mutirão J. Mutirão


28400 22.4 28400 19.9 28400 19.6
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio
Prefeitura Prefeitura Prefeitura
J. Pevi 21.9 J. Pevi 19.4 J. Pevi 19.1
28300 28300 28300

21.4 18.9 18.6

28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede


20.9 18.4 18.1

28100 20.4 28100 17.9 28100 17.6

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300
10/07/1999 - 21:00 HORAS 11/07/1999 - 21:00 HORAS 13/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa
Lagoa Lagoa

28500
28500 28500

22.5 19.8
J. Mutirão J. Mutirão J. Mutirão
18.9 22.0 28400
28400 28400 19.3
J. Tóquio J. Tóquio 21.5 J. Tóquio
18.4 Prefeitura 18.8
Prefeitura Prefeitura 21.0
J. Pevi J. Pevi J. Pevi
28300 18.3
28300 28300 20.5
17.9
20.0 17.8

19.5 17.3
17.4
28200 Sede
28200 Sede 28200 Sede 19.0
16.8
16.9 18.5
16.3
18.0
28100 15.8
28100 16.4 28100 17.5

Captação Captação Captação


28000
28000 28000 44900 45000 45100 45200 45300
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300

14/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 15/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 16/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

22.0 25.0
19.8 24.5
J. Mutirão J. Mutirão 21.5 J. Mutirão
28400
19.3
28400 28400 24.0
21.0
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio 23.5
20.5
Prefeitura 18.8 Prefeitura Prefeitura 23.0
J. Pevi J. Pevi 20.0 J. Pevi 22.5
28300 18.3 28300 19.5 28300 22.0
17.8 19.0 21.5
18.5 21.0
17.3 20.5
18.0
28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede 20.0
16.8 17.5
19.5
17.0 19.0
16.3
16.5 18.5
28100 15.8 28100 16.0 28100 18.0

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300
17/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 18/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 19/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

25.5
26.5 24.2
J. Mutirão J. Mutirão 25.0 J. Mutirão
28400 28400 28400 23.7
25.5 24.5
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio
24.0 23.2
Prefeitura 24.5 Prefeitura Prefeitura
J. Pevi J. Pevi 23.5 J. Pevi
23.5 22.7
28300 28300 23.0 28300

22.5 22.5 22.2


22.0
21.5 21.7
21.5
28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede
20.5 21.0 21.2
20.5
19.5 20.7
20.0
28100 18.5 28100 19.5 28100 20.2

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300
20/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 21/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 22/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

27.5
24.5
J. Mutirão J. Mutirão J. Mutirão 26.5
28400 28400 24.0 28400
21.1 23.5 25.5
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio
Prefeitura Prefeitura 23.0 Prefeitura 24.5
J. Pevi J. Pevi J. Pevi
28300 28300 22.5 28300 23.5
20.6
22.0
22.5
21.5
21.5
28200 Sede 20.1
28200 Sede 21.0 28200 Sede
20.5
20.5
20.0 19.5
28100 19.6 28100 19.5 28100 18.5

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300
23/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 24/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 25/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

21.8 23.8
J. Mutirão J. Mutirão J. Mutirão
28400 28400 28400
21.3 23.3
21.1
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio
Prefeitura 20.8 Prefeitura Prefeitura 22.8
J. Pevi J. Pevi J. Pevi
28300 20.3 28300 28300 22.3
20.6
19.8 21.8

19.3 21.3
28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede
20.1
18.8 20.8

18.3 20.3
28100 17.8 28100 19.6 28100 19.8

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300

26/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 27/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 28/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

23.5 23.5 23.5


J. Mutirão 23.0 J. Mutirão 23.0 J. Mutirão 23.0
28400 28400 28400 22.5
22.5 22.5
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio 22.0
22.0
Prefeitura 22.0 Prefeitura Prefeitura 21.5
J. Pevi J. Pevi 21.5 J. Pevi
21.5 21.0
28300 28300 21.0 28300
21.0 20.5
20.5
20.5 20.0
20.0
20.0 19.5
19.5 19.0
28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede
19.5 19.0 18.5
19.0 18.5 18.0
18.5 18.0 17.5
28100 18.0 28100 17.5 28100 17.0

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300
29/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 30/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa 31/07/1999 - 21:00 HORAS Lagoa

28500 28500 28500

26.0
26.0
J. Mutirão J. Mutirão 25.0 J. Mutirão
28400 28400 28400
25.0
23.5 24.0
J. Tóquio J. Tóquio J. Tóquio
Prefeitura Prefeitura Prefeitura 24.0
23.0
J. Pevi J. Pevi J. Pevi
28300 28300 28300 23.0
22.0
23.0
21.0 22.0

20.0 21.0
28200 Sede 28200 Sede 28200 Sede
22.5
19.0 20.0

18.0 19.0
28100 22.0 28100 17.0 28100 18.0

Captação Captação Captação


28000 28000 28000
44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300 44900 45000 45100 45200 45300

Finalizando, nota que realizou-se uma caracterização do comportamento da


temperatura, umidade específica e direção do vento, vale ressaltar que o presente trabalho é o
primeiro de análise do clima urbano voltado ao planejamento ambiental em Penápolis-SP,
envolvendo uma cidade de porte relativamente pequeno (cerca de 50 mil habitantes). A
presente autora pretende dar continuidade em seu trabalho de mestrado, aproveitando a infra-
estrutura já montada, procurando demonstrar a diferenciação da intensidade e evolução da
ilha de calor em duas estações do ano (inverno e verão), buscando contribuir, assim, com o
gerenciamento ambiental (conforto térmico) da cidade.

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