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3 Documentos-Medico-Legais
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Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo,
no todo ou em parte.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei
nº 11.690, de 2008)
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Mais cobrados: Notificações, atestados, prontuários, relatórios (auto x laudo), pareceres, depoimento oral e
declaração de óbito.
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I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para respon-
derem a quesitos (suplementares), desde que o mandado de intimação e os
quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedên-
cia mínima de 10 (dez) dias (para intimar o perito e apresentar quesitos com-
plementares), podendo apresentar as respostas em laudo complemen-
tar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
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Disciplina: Medicina Legal
Professora: Luciana Gazola
Monitora: Thayná Maria
É VEDADO ao médico:
Antes a redação era a seguinte: “ao perito médico nomeado pelo juiz”. Atualmente,
será encaminhado para ao juízo requisitante. Mas e o delegado, com fica? O CFM emitiu
o Despacho nº 315/15 usando como base a previsão do art. 2º, §2º da Lei 12.830/13 para ratificar
a impossibilidade de entrega do prontuário em razão do sigilo profissional. Os delegados usam em
sua defesa2 a lei federal (12.850/12) e o CFM, apesar de reconhecer que uma lei federal tem mais
força normativa que uma resolução, persiste no argumento de que o sigilo é um direito constituci-
onal e que se o delegado quiser acessar essas informações deve pedir autorização ao paciente
ou requisitar judicialmente, pois paira sobre esta questão uma reserva absoluta de jurisdição.
Atenção: A prova de Medicina Legal vai cobrar o posicionamento médico e não jurídico
sobre o tema, não erre por bobeira!
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Mais cobrados: Notificações, atestados, prontuários, relatórios (auto x laudo), pareceres, depoimento oral e
declaração de óbito.
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O enunciado 13 do II Encontro Nacional de Delegados de Polícia sobre o Aperfeiçoamento da Democracia e dos
Direitos Humanos diz que “o poder requisitório do delegado de polícia abarca o prontuário médico que interesse à
investigação policial, não estado albergado por cláusula de reserva de jurisdição, sendo dever do médico ou gestor de
saúde atender à ordem no prazo fixado, sob pena de responsabilização criminal.
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§ 2º Quando o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico
deverá solicitar que seja observado o sigilo profissional.
É vedado ao médico:
O médico não pode negar nem para os fiscais dos Conselhos e nem para outro médico,
pois ele também tem dever de sigilo e não configura quebra.
De acordo com o CFM, em que situações pode o médico entregar cópias do
prontuário? Para atender a ordem judicial, para sua própria defesa, quando autorizado por
escrito pelo paciente e para atender requisição do CRM.
4) Relatórios: Descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder a
autoridade policial ou judiciária. Temos dois tipos de relatório, o laudo (redigido pelo perito depois
de finalizada a perícia) e o auto (as informações são ditadas ao escrivão de polícia durante a
realização do exame. Ex: Exame de exumação). São componentes de um relatório: Preâmbulo
(parte introdutória, onde consta a identificação do perito e das partes), quesitos (podem ser
obrigatórios, como os quesitos oficiais ou suplementares, quando formulados pelas partes,
autoridades), histórico3 (ou comemorativo, é a entrevista médico-legal – anamnese -, é o relato
do paciente, do periciando ou dos familiares), descrição (visum in repertum, descrição
minuciosa de todas as lesões observadas)4, discussão (debate, informação adicional, discussões
doutrinárias), conclusão (síntese diagnóstica), resposta aos quesitos (sempre de forma objetiva).
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Não gera responsabilidade para o perito se as informações não forem verídicas, pois é relato de paciente/familiares.
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É o componente mais importante do relatório e serve para diferenciar o relatório do parecer.
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Disciplina: Medicina Legal
Professora: Luciana Gazola
Monitora: Thayná Maria
O que são? Qualquer documento produzido na atividade médica que tenha relevância
jurídica, de forma ampla.
1) Notificações: Comunicação obrigatória feita pelos médicos competentes às autoridades
competentes acerca de determinado fato2 profissional. Ex: Doenças infectocontagiosas (COVID-
19, sarampo, tuberculose, síndrome respiratória aguda grave), doenças/acidentes do trabalho,
morte encefálica, indícios ou confirmação de violência contra a mulher (Lei 13.931/19 – Neste
caso o médico deve notificar a autoridade policial no prazo de 24 horas).
O art. 73 do CEM – Código de Ética Médica traz as possibilidades em que o médico pode
“quebrar” o sigilo profissional sem que esta conduta configure ato ilícito, vejamos:
a) Se houver consentimento por escrito do paciente;
b) Se houver justa causa (motivo justo);
c) Se houver dever legal. O art. 269 do CP, que traz o crime de omissão de notificação de
doença, ilustra muito bem a questão do dever legal do médico.
Ainda com relação ao sigilo médico, devemos nos atentar à recém-editada Lei nº
14.289/22, que torna obrigatória a preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que vive com
infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), das hepatites crônicas (HBV e HCV), de
pessoa com hanseníase e com tuberculose, entre outros casos, a saber:
I - serviços de saúde;
II - estabelecimentos de ensino;
IV - administração pública;
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Mais cobrados: Notificações, atestados, prontuários, relatórios (auto x laudo), pareceres, depoimento oral e
declaração de óbito.
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Não só doenças. Agressão contra a mulher, por exemplo, deve ser comunicada.
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V - segurança pública;
VI - processos judiciais;
Apenas para deixar claro, a notificação das patologias continua sendo compulsória, o que
não vai acontecer é a revelação do acometido para pessoas que não as destinatárias oficiais,
como autoridades sanitárias, por exemplo.
Art. 5º Nos inquéritos ou nos processos judiciais que tenham como parte
pessoa que vive com infecção pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e
das hepatites crônicas (HBV e HCV) e pessoa com hanseníase e com tuberculo-
se, devem ser providos os meios necessários para garantir o sigilo da informação
sobre essa condição.
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Se tiver uma finalidade lucrativa, aplicar-se-á a pena de multa além da de detenção. É um crime próprio.
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