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Empresarial Ii - Unid. Iv - Duplicata (Parte 01) - Atualizada
Empresarial Ii - Unid. Iv - Duplicata (Parte 01) - Atualizada
(PARTE 01)
ACEITE
E PRAÇA
DE PGTO
SACADO
Art . 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor (CREDOR) ou por seus
representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incumbam
de apresentá-la ao comprador (REPRESENTANTE) na praça ou no lugar de seu estabelecimento, podendo os
intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as
instruções de quem lhes cometeu o encargo. § 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias,
contado da data de sua emissão. § 2º Se a remessa fôr feita por intermédio de representantes instituições
financeiras, procuradores ou correspondentes êstes deverão apresentar o título, ao comprador dentro de 10
(dez) dias, contados da data de seu recebimento na praça de pagamento.
Art . 7º A duplicata, quando não fôr à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do
prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada (COM ACEITE) ou
acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. (RECUSA DE ACEITE) § 1º
Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder
até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção. (ACEITE POR
COMUNICAÇÃO) § 2º - A comunicação de que trata o parágrafo anterior substituirá, quando necessário, no ato
do protesto ou na execução judicial, a duplicata a que se refere.
EM RESUMO:
ATENÇÃO:
NA LETRA DE CÂMBIO, O ACEITE É UMA FACULDADE DO SACADO (ELE É
LIVRE PARA RECUSAR O ACEITE, SEM PRECISAR MOTIVAR SUA RECUSA)
NA DUPLICATA, O ACEITE É OBRIGATÓRIO, SÓ PODENDO SER RECUSADO NAS
HIPÓTESES LEGAIS (ARTS. 8° E 21 DA LEI N. 5.474/68)
NA LETRA, O SACADO, POR VEZES, ACEITA A ORDEM DE PAGAMENTO
(ASSUMINDO OBRIGAÇÃO NOVA - DE PAGAR AO BENEFICIÁRIO COM QUEM NÃO
CONTRATOU) EM RAZÃO DE OUTRAS OBRIGAÇÕES ASSUMIDAS ENTRE ELE E O
SACADOR (EX: LUIZ DEVE R$10.000,00 PARA CARLOS. LOGO, ACEITA PAGAR
ESTES R$10.000 PARA LÚCIO A PEDIDO DE CARLOS)
Art 15 - A cobrança judicial de duplicata (PRIMEIRA VIA) ou triplicata (SEGUNDA VIA) será efetuada de
conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de
Processo Civil ,quando se tratar: II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente: a) haja sido
protestada; b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos
arts. 7º e 8º desta Lei.
SÚMULA 248 STJ - 'Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para
instruir pedido de falência''
SENDO PROMOVIDA A AÇÃO CAMBIAL CONTRA O SACADO EM RAZÃO DO ACEITE PRESUMIDO,
COMPETIRÁ A ESTE, EM SEDE DE EMBARGOS, AFASTAR A PRESUNÇÃO, COMPROVANDO
UMA DAS HIPÓTESES DOS ARTS. 8º OU 21 DA LEI
Art. 15, § 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas (COOBRIGADOS) caberá o processo de
execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto.
EX: DUPLICATA NÃO ACEITA E O EXEQUENTE NÃO TEM COMPROVANTE QUE ATESTE A
ENTREGA DAS MERCADORIAS OU NÃO PROTESTOU PREVIAMENTE O TÍTULO = AÇÃO DE
CONHECIMENTO (PODE SER MONITÓRIA - STJ)
EMENTA: APELAÇÕES CÍVEIS - EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR DE DESERÇÃO -
PREPARO - JUNTADA DE CÓPIA REPROGRÁFICA DO COMPROVANTE DE PAGAMENTO -
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO NO MOMENTO DA INTERPOSIÇÃO - RECURSO INADMISSÍVEL -
DUPLICATAS - FALTA DE ACEITE - NOTAS FISCAIS E RECIBOS - COMPROVANTES DO NEGÓCIO
JURÍDICO E DA ENTREGA DAS MERCADORIAS - MOTIVO DE RECUSA - AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO - ACEITE POR PRESUNÇÃO. [...] III-Demonstrada a existência do negócio
subjacente às duplicatas, através das notas fiscais, e comprovada a entrega das mercadorias com a juntada
de recibos/canhotos devidamente assinados, não há dúvida de que são exigíveis os títulos, mesmo não
constando, ali, o aceite da sacada. IV- Cabia à devedora demonstrar a presença de algum dos motivos
listados nos arts. 7º e 8º, da Lei nº 5.474/68, para justificar sua recusa a pagar o valor dos bens recebidos.
V- Não havendo recusa formal em relação ao recebimento das mercadorias, considera-se o aceite da
duplicata por presunção. VI- Ao credor de título extrajudicial, é dado somar ao crédito exequendo os custos
com o protesto do título, quando necessário, sem que isso implique excesso de execução. (TJMG - Apelação
Cível 1.0261.17.005083-3/001, Relator(a): Des.(a) João Cancio , 18ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
19/11/2019, publicação da súmula em 22/11/2019)