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Execução da

Terraplenagem

Prof Alfran S. Moura, D. Sc.


Programa
1. Introdução à Terraplenagem
2. Estudo dos materiais da superfície
3. Determinação de volumes
4. Equipamentos de terraplenagem
5. Estimativa de produção de
equipamentos
6. Seleção de equipamentos de
terraplenagem
7. Execução de terraplenagem
Operações da Terraplenagem:

- Escavação

- Carga

- Transporte

- Descarga

- Homogeneização e espalhamento

- Compactação
Escavação:

Rompimento da compacidade natural do solo com a ajuda


de ferramentas cortantes ou explosivos

Material de 1ª categoria

Alternativas:
Trator de lâmina (<100m)
Motoscraper
Carregadeiras

Escavadeira
Material de 2ª categoria

Não escaváveis apenas com os equipamentos usuais

Necessita a utilização de escarificadores

Garras reforçadas nos tratores de lâminas

Trator de lâmina -
Escarificação
Trator de lâmina -
Escavação
Trator de lâmina -
Escavação
Carregadeira
de rodas
Manobra p/
descarga
Carga:

Enchimento da caçamba ou acúmulo de material já


desagregado pela lâmina da máquina

Carregadeiras
Transporte:

Movimento do material do local escavado para onde será


colocado em definitivo
Motoscraper
Descarga:

Retirada do material da caçamba ou lâmina do


equipamento
Descarga de materiais em “leiras”
Distância: suficiente para obter c/ espalhamento a altura necessária
Homogeneização e Espalhamento:

Tombo, espalhamento e preparação do material para a


compactação
Patrol
Etapas:

- Retiradas de torrões, raízes e pedras de mão (d > 20cm)

- Colocação do material na umidade ótima

- Colocação do material nas alturas corretas


Caminhão pipa para colocação
do material na umidade ótima
Homogeneização com Grade de Disco
rebocado por trator de pneus
Patrol colocando o material nas alturas corretas
Compactação:

Redução mecânica dos vazios do solo

Rolo pé-de-carneiro
Vídeo 8 – Etapas de terraplenagem
Execução e Compactação dos Aterros:

Necessidade de cuidados (técnicas e procedimentos)

Má execução tem consequências onerosas ao construtor


e ao usuário

Maior preocupação: obter γmax e hot especificada


Recomendações:

1. Iniciar o aterro sempre no ponto mais baixo, em


camadas horizontais

2. Prever caimento lateral ou longitudinal para o


escoamento das águas pluviais

3. Execução em etapas:

- Lançamento do material pelo equipamento de transporte


- Espalhamento em camadas
- Compactação propriamente dita
Preferível: mais de 1 frente de trabalho
Etapas: devidamente escalonadas

↑Flexibilidade de redimento na operação


↓Interferências do tempo e falhas mecânicas
4. Não deve-se iniciar a compactação quando há grande
possibilidade de chuvas (solos finos, secagem difícil e
demorada)

Caso de chuva repentina:


- selar a camada de topo (rolo liso ou pneumático) c/ redução da
permeabilidade
- no reinício, escarifica-se a camada selante e mistura com solo
seco

5. Pressão estática x vibração

Vibração pura: eficiente apenas em solos granulares


Vibração + pressão estática: solos coesivos (coesão)
De acordo com Ricardo e Catalani (1990)
Seleção do Equipamento de Compactação

A cada tipo de solo deve corresponder, para sua compactação,


equipamentos adaptados e eficazes

Solos muito coesivos: rolos pé-de-carneiro mais indicados


(elevado peso próprio e autopropelidos)

Solos granulares: vibração eficiente (escorregamento e


acomodação das partículas)

Atingem ampla faixa de


Rolos pé-de-carneiro,
solos misturados
vibratórios, autopropelidos e
Aplicáveis a extensa gama
de elevado peso próprio
de solo
Ricardo e Catalani (1990)
A título de orientação
Fatores que Influem na Compactação

Energia de compactação

Umidade do solo

No de passadas

Espessura da camada

Homogeneização da camada

Velocidade de rolagem
Energia de compactação (E)

↑ P, N
↑E
↓ v, e
Umidade do Solo

Necessário a utilização do hot

Solos secos: correção da h por irrigação das camadas

Solos úmidos: promover a aeração (revolvimento)

Irrigação: mesma vazão em todo o trecho (homogeneidade)

Aeração: revolvimento com arados, grades de discos, etc, e


exposição ao sol e vento (evaporação)
2ª alternativa patrol (escarificador e lâmina) p/ escavação,
enleiramento e espalhamentos sucessivos.
Especificações: permitem que a hot permaneça dentro de
uma determinada faixa (3%, pelo DNIT)

γd

γd,max
95% γdmax

wot w
-∆h +∆h
Número de Passadas

↑N → ↑E

Interesse: Nminimo

Por tentativas c/
pistas experimentais

Tendência de incrementos
cada vez menores

Costuma-se adotar um N
adequado ao equipamento
que se pretende utilizar
Espessura da Camada

Maior possível (econômica)

Fatores que determinam a altura da camada: tipo de


solos e de equipamento
Na prática, é preferível a fixação de valores menores
(compactação uniforme em toda a camada)

Em geral, adota-se no máximo 20cm

Ricardo e Catalani (1990)


Homogeneização da Camada

Antes da compactação, toda a camada solta deverá estar


homogênea

Sem torrões muito secos, blocos e fragmentos de rocha

Quanto ↑h → maior a necessidade de adequada


homogeneização
Velocidade de Rolagem

No início, devido ao afundamento: 1ª marcha

Com a redução da penetração das patas, 2ª marcha

Faixas típicas:

10 a 15 km/h – pneumáticos
5 a 15 km/h – pé-de-carneiro
3 a 4 km/h – vibratórios (p/ o efeito ser mais intenso)
Especificações

Fixam o GC e a ∆w

γ d (CAMPO )
GC = x100(%)
γ d , MÁX ( LABORATÓRIO )

γd (campo) – frasco de areia

γdmax (laboratório) – ensaio de compactação


Frasco de areia
NBR 7185
Procedimento:

Massa solo úmido


retirado

Mh 100
ρ d = ρ areia . .
M areia 100 + w speedy

No laboratório Por diferença entre


massa do frasco antes
e depois (descontar
Obs: γd = ρd x g massa retida no funil)
 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE

 MÉTODO ESTUFA
 MÉTODO EXPEDITO “SPEEDY”
 MÉTODO EXPEDITO DO ALCOOL
DNIT

100% Proctor Normal

Proctor Intermediário

compactadas de 20 a 30 cm.

(corpo do aterro)

Para a camada final dos aterros, deve-se ter melhor capacidade de suporte e
expansão ≤ 2%.
Especificação de Materiais (DNIT 108/2009)
compacidade
relativa
ABNT MB 3324

hqueda = 2,54 cm
φbico = 1,27 cm
ABNT MB 3388

Vibração da areia em um molde padrão por 8 min c/


sobrecarga de 14 kN/m2
Ricardo e Catalani (1990)
Leitura recomendada:

Ricardo, H. de S.; Catalani, G. – Manual Prático de


Escavação: Terraplenagem e Escavação de Rocha –
Ed. Pini - São Paulo, 1990.
Cap 4 – Execução de Terraplenagem, itens 4.4 –
Execução dos cortes e 4.6 – Execução e
Compactação dos Aterros

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