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Estado Rio de Janeiro
Estado Rio de Janeiro
Governador
Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira
Equipe Técnica
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Colaboradores
Mirian Cutz
Roberto Adler
Estagiários TURISRIO
Consultores Dosdin/DHVMC
António José Sá
Geraldine Saviano
Venicio Giachini
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Delzimar Coutinho
Dina Lerner
Ricardo Lucas
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Parte III
PROPOSIÇÕES
SEPDET/TURISRIO 2001
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SUMÁRIO
VOLUME I
1 INTRODUÇÃO 1
2 OBJETIVOS E PRESSUPOSTOS 4
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS 7
3.1 Conceituação dos Consumidores Típicos:
Turistas e Categorias Assemelhadas 9
3.2 Produtos 11
3.3 Etapas 13
2 OFERTA TURÍSTICA 69
2.1 Conceituação 70
2.2 Atrativos Turísticos 72
2.3 Equipamentos e Serviços Turísticos 99
2.4 Infra-Estrutura de Apoio Turístico 112
2.5 Formação de Recursos Humanos 128
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
7 CONCLUSÕES 239
7.1 Oferta Turística 240
7.2 Demanda Turística 245
7.3 Imagem Turística 246
7.4 Capacidade Competitiva do Estado do Rio de Janeiro 248
SIGLAS 256
BIBLIOGRAFIA 258
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
VOLUME II
1 INTRODUÇÃO 1
BIBLIOGRAFIA 206
SEPDET/TURISRIO - 2001
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 1
1 INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro oferece informações e diretrizes que
objetivam estimular o desenvolvimento da atividade turística em diversas escalas e nas suas
diferentes formas de manifestação. Desta maneira, a tradução do conjunto de informações
e dados que compõem o universo do fenômeno turístico no território estadual exigiu um
método próprio de tratamento e sistematização de dados, com vistas à sua transposição
em um conjunto orgânico de propostas de ação para o desenvolvimento do setor.
A concepção inovadora buscada pelo trabalho exigiu, desde o seu início, a formulação de
alguns conceitos e definições, impondo ainda, na fase de passagem do diagnóstico para as
proposições, a definição de categorias que fossem orientadoras das políticas para o setor, e
que traduzissem, espacialmente, os programas e as ações propostas.
Em seguida, apresenta-se uma exposição dos aspectos que constituem a base territorial do
Plano, que é integrada pelo Zoneamento Turístico Estadual, pela nova Regionalização
Turística proposta e pelas Áreas de Desenvolvimento Estratégico - ADEs.
Por fim são apresentadas as normas relativas à proteção dos recursos turísticos e as normas
relativas à regulamentação da atividade. Trata-se, basicamente, da consolidação do
conjunto de normas federais e estaduais vigentes, que dispõem sobre as principais questões
relativas à gestão da atividade turística.
As questões que extrapolarem as normas vigentes, mas que, mesmo assim, são objeto de
proposta de revisão, serão encaminhadas para a tramitação legal junto às instituições
competentes, no âmbito da administração pública estadual. Os demais normativos serão
apresentados como indicação junto aos órgãos responsáveis, de direito, por sua
institucionalização.
Desta forma, as proposições relativas a cada tipo de consumidor deverão ser tratadas
distintamente, o que indica para a necessidade de um recorte e uma categorização no
Zoneamento Turístico do Estado - zonas de turismo, zonas de veraneio e zonas de
excursionismo - adequados a estes diversos segmentos de mercado, buscando ainda
minimizar as áreas de conflito e otimizar os resultados do ponto de vista social, econômico e
ambiental.
A falta de clareza sobre diversos aspectos que estão relacionados à gestão pública da
atividade turística confere ainda maior complexidade à questão. A imprecisão quanto aos
limites e atribuições das diversas instituições ligadas ao setor - tanto as privadas, quanto as
públicas, nas diferentes esferas de governo -, aliada à necessidade de uma estreita
articulação com o setor privado, resultam na sobreposição de ações e indefinição das
respectivas responsabilidades.
1Termo utilizado entre os profissionais do setor para designar o conjunto de associações e empresas atuantes na
atividade turística.
A consolidação dos produtos turísticos, bem como o fomento à atividade, são questões que
pressupõem a articulação dos elos que compõem a cadeia produtiva do setor.
Esse estudo e sua apresentação de forma clara, acessível e objetiva, promoverá a efetiva
integração e profissionalização do setor e a qualificação dos recursos estaduais com vistas à
sua comercialização, de forma a que eles possam, efetivamente, se transformar em
produtos turísticos, integrados às diversas concepções consideradas pelo Plano.
A disponibilização das informações sobre os agentes que operam no setor, desde a etapa
de produção até a comercialização ao consumidor final, é condição fundamental para o
seu desenvolvimento. Esses estudos poderiam complementar-se com informações,
permanentemente atualizadas, sobre o mercado, benefícios fiscais e linhas de crédito, bem
como formas de acesso a elas, legislação aplicável, identificação de oportunidades de
investimentos, e disponibilidade e condições para obtenção de recursos financeiros.
Cabe destacar ainda um aspecto que não é exclusivo dos serviços turísticos. Trata-se do
grande percentual de informalidade em operação no setor. O registro dos serviços turísticos,
aliado a outras ações de apoio e fomento (crédito, financiamento, incentivos fiscais, etc.)
deverão contribuir para a redução da informalidade do setor.
O peso da participação do item transporte por unidade de produto turístico é outro aspecto
que merece atenção no que se refere ao fomento à atividade. Devem ser encaminhadas
ações no sentido de ampliar a oferta e possibilitar uma redução nos preços das passagens
aéreas, tanto para o mercado interno quanto para o mercado internacional, criando
maiores condições de competitividade para o produto turístico estadual.
Deve ser realizado um trabalho junto à Secretaria Estadual de Educação para a definição
de um programa de conscientização para o turismo e a preservação dos recursos naturais e
culturais, bem com para o fortalecimento da formação de segundo grau técnico. A
EMBRATUR possui um programa pronto de conscientização para a 6ª série do primeiro grau
que poderia ser uma referência para esse trabalho.
As regiões turísticas do Estado vêm sendo ocupadas de forma acelerada, num processo de
expansão urbana diretamente relacionado ao desenvolvimento da atividade de veraneio e
à oferta de segunda habitação. Este processo se manifesta de forma mais marcante no
litoral e nas serras que se encontram na área de influência da Região Metropolitana, mas
também em regiões mais distantes, atraindo o interesse de veranistas de outros estados.
Dentro dos limites deste trabalho, esta questão deve ser considerada, buscando propor uma
mudança nesse modelo de ocupação territorial, garantindo, nas áreas de interesse turístico
ainda não submetidas a processos extensivos de parcelamento do solo, reserva de áreas
para implantação de equipamentos turísticos, além da preservação dos recursos turísticos.
Essa medida deve se traduzir em indicações a serem consideradas nos planos diretores
municipais e nos normativos de proteção das Unidades de Conservação Ambiental que
permitem a ocupação urbana do solo (APAs, etc.), o que está relacionado a uma estreita
articulação intersetorial no Estado e com os governos municipais e federal.
Ainda no que se refere ao uso e ocupação do solo, além dos conflitos relativos aos
normativos vigentes, também a burocratização dos procedimentos de análise de projetos
deve ser revista, objetivando uma solução que permita a sua integração e agilidade através
da articulação das três esferas de governo. Este deve ser um dos objetivos deste Plano, qual
seja, buscar a consolidação dos normativos vigentes relativos à proteção ambiental e à
preservação do patrimônio cultural aplicáveis aos recursos e atrativos turísticos.
3 PERSPECTIVAS DE
DESENVOLVIMENTO
DA ATIVIDADE
Face à situação atual da oferta e da demanda, os desafios que se colocam para atingir os
objetivos deste Plano são grandes e o caminho é longo, de modo que a estratégia proposta
deve ser concebida, planificada, programada e implementada em períodos diversos de
tempo, dentro do horizonte temporal do Plano projetado para os próximos dez anos.
Nos lugares mais isolados, onde habitam as populações com hábitos mais tradicionais e,
geralmente, de menor poder aquisitivo, se encontram as qualidades ambientais que os
turistas mais apreciam e, por conseguinte, onde o impacto do turismo pode ter efeitos mais
nocivos, dado também que as suas populações tendem a ser pouco numerosas ou
dispersas no território e, portanto, mais vulneráveis às influências externas.
Por conseguinte, nestas áreas o desenvolvimento turístico haverá que exercer discrição na
ocupação pretendida, analisando criteriosamente o seu contexto social para minimizar
possíveis impactos negativos. Sobretudo porque a própria sustentabilidade do
desenvolvimento turístico depende da sua aceitação, como um benefício, pela população
residente.
No caso do turismo doméstico, o benefício de tais contatos poderá ser também muito
significativo. O desenvolvimento econômico deve aumentar a disponibilidade e o tempo
livre para viagens turísticas e recreativas e,dentro do país, tenderão a aumentar,
incrementando relações sociais entre as populações de diferentes regiões e estados.
Os custos econômicos do turismo nem sempre são fáceis de atribuir ou estimar com
exatidão, principalmente frente à situação de carência de dados do Estado do Rio de
Janeiro. Os investimentos diretos de capital feitos em meios de hospedagem e outros
empreendimentos turísticos, por exemplo, são óbvios. Mas, nestes casos, é de esperar que
tais empreendimentos tenham lugar para que os seus custos diretos sejam cobertos pelas
receitas. Em termos de análise de custo/benefício, tais considerações só seriam significativas
se, no Estado do Rio de Janeiro, os custos de oportunidade de recursos financeiros se
tornassem demasiado elevados com relação à sua aplicação noutros investimentos
produtivos.
Os benefícios econômicos, tal como os custos, poderão em certos casos ser diretamente
quantificados, embora não necessariamente com rigor, e noutros casos seriam ainda menos
tangíveis. Receitas diretas para o setor público podem advir de impostos sobre tarifas na
hotelaria, alimentação e animação; taxas de saída aeroportuárias e taxas sobre vistos de
entrada, entre outras. Seriam ainda obtidas receitas a partir dos impostos que recaem sobre
bens importados para consumo dos turistas, e dos impostos sobre os lucros obtidos pelos
operadores dos empreendimentos turísticos.
Os diversos tipos de impactos provocados pelo turismo nas economias modernas podem ser
sistematizados da seguinte forma:
- Meios de Hospedagem
- Restaurantes, Bares, Cafés e Estabelecimentos Similares
- Agências de Viagens e Turismo
?? Ramos conexos com o turismo serão as atividades com uma parte importante da
produção constituída por produtos provenientes do turismo e cuja valor adicionado à
"atividade turística específica" constitui a "atividade turística global". É também habitual
considerar como estando neste caso os seguintes ramos de atividade, de acordo com o
recorte adotado para análise do mercado formal de trabalho, com dado da RAIS:
- Transportes Aéreos
- Transportes Terrestres
- Transportes Aquaviários
A partir destas categorias são construídos os conceitos de produto interno bruto turístico,
valor acrescentado bruto turístico, produção turística, consumo turístico, despesa turística,
consumo intermédio turístico, procura turística ou outros, conforme os ramos de atividade
analisados.
No caso concreto do Estado do Rio de Janeiro, as análises efetuadas neste âmbito, embora
caracterizadas por uma assinalável escassez de informação, conduziram à constatação das
seguintes tendências detectadas relativamente aos efeitos do turismo na sua economia:
?? O turismo possui diversos efeitos induzidos, quer na esfera econômica, quer nos
domínios do desenvolvimento humano e social, impossíveis de quantificação
no seu estágio atual, fruto da convivência da população residente com uma
população turística permanente.
Muito embora se trate de um indicador da maior importância para efeitos daquela análise,
o certo é que no Estado do Rio de Janeiro não existem informações sistematizadas que
permitam aferir, com rigor, aquele valor e muito menos o seu conteúdo ou a sua estrutura.
Mesmo considerando todas estas limitações e a impossibilidade de uma projeção com base
científica e sistemática, não será incorreto afirmar, com sensibilidade e a partir do
conhecimento empírico da realidade do turismo fluminense, que o impacto econômico da
atividade turística no Estado pode ser substancialmente valorizado, sobretudo se forem
reunidas as melhores condições para se aumentar a estada média do turista, além das
ações que objetivem a necessária qualificação da oferta existente, promovendo a efetiva e
almejada consolidação dos produtos turísticos estaduais.
4 PLANO DE AÇÃO E
PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO
DE ÂMBITO ESTADUAL
Desta forma, o Plano apresenta uma organização setorial das proposições estruturadas em
Macro Programas e Programas. Os Programas, por sua vez, são desdobrados em Projetos ou
Ações, permitindo avançar no detalhamento, tanto no âmbito estadual, atuando
setorialmente, quanto no âmbito territorial, atuando regionalmente, possibilitando ainda
articulações no nível municipal até a escala pertinente ao âmbito do Plano.
MACROPROGRAMAS PROGRAMAS
Informação ao Turista
Qualificação da Mão-de-Obra
Captação de Recursos
Promoção e Marketing
PROGRAMAS PROJETOS
Institucionalização da Regionalização
Turística Estadual
Ações Interinstitucionais
Reestruturação do Sistema Turístico Estadual
Tendo em vista a definição do novo recorte regional, em duas escalas diversas relacionadas
aos objetivos de gestão - as Regiões Turísticas -, e de promoção e marketing – as ADEs -,
deverá ser realizado um trabalho de articulação junto aos municípios e aos diversos agentes
do setor, quando da divulgação das proposições do Plano, propiciando efetivamente, a
legitimação e o reconhecimento da proposta.
À Cia. de Turismo do Estado do Rio de Janeiro - TURISRIO caberá, por sua vez,
operacionalizar e executar a Política Estadual de Turismo. Sua estrutura organizacional
interna deverá ser revista, acrescentando-lhe o Observatório de Turismo, e aprovada no
âmbito do seu Conselho de Administração, respeitando-se a sua missão e as atribuições já
estabelecidas no seu Estatuto Social e Regimento Interno, e mantendo-se a sua figura
jurídica atual.
O Conselho Estadual de Turismo, atualmente inativo, foi instituído pela Lei 2.100 de 05 e abril
de 1993 e está formalmente vinculado à SEPDET de acordo com o decreto nº 26.385 de 24
de maio de 2000. O Conselho deve ser reativado e ter a suas atribuições e composição
revistas, passando a ser integrado pelas seguintes entidades e/ou órgãos, de acordo com a
estrutura administrativa atual ou seu equivalente.
?? Poder público
- ABIH-RJ
- ABAV-RJ
- ABEOC-RJ
- ABBTUR-RJ
- ANTTUR
- BITO
- SINGETUR-RJ
- SINDETUR-RJ
- SINTUR-RJ
- ABRATT-RJ
Terá como atribuições pronunciar-se sobre os assuntos relativos ao setor do turismo em geral,
dar parecer vinculativo sobre o Plano Diretor e apresentar sugestões para o seu
aperfeiçoamento, bem como sobre planos de ordenamento turístico regional ou local.
Caberá ainda ao Conselho fundamentar os planos de capacitação profissional para as
atividades turísticas e pronunciar-se sobre a articulação das ações das políticas de turismo
estadual, regional e local. Os membros conselheiros deverão estabelecer o regulamento
interno que definirá as suas condições de funcionamento.
O Conselho poderá instituir Câmaras Setoriais ou Temáticas que, além dos membros do
Conselho a elas relacionados, devem contar com a participação de membros convidados
representativos de suas respectivas áreas de atuação. Propõe-se a criação de um conjunto
básico de três Câmaras Setoriais relativas aos temas a seguir indicados:
?? Observatório de Turismo
No que diz respeito ao modelo geral de funcionamento, o Observatório de Turismo deve ter
um caráter de unidade técnica executiva, composta por um pequeno corpo técnico-
administrativo, podendo, para o atendimento pleno de suas funções, firmar termos de
cooperação com instituições de ensino ou pesquisa , as quais se constituirão nas Unidades
Técnicas Locais de Observação.
4.1.1.3 Projeto de adequação dos modelos de ocupação territorial nas áreas turísticas
Propõe-se então, dentro dos limites deste trabalho, uma mudança no modelo de ocupação
territorial nas áreas de interesse turístico ainda não submetidas a um processo extensivo de
parcelamento do solo, principalmente nas zonas de turismo náutico e balneário e nas zonas
de ecoturismo. O novo modelo deverá garantir a reserva de áreas para implantação de
equipamentos turísticos, além da preservação dos recursos turísticos e da garantia de sua
acessibilidade.
Esta proposta deve se traduzir em indicações aos planos diretores municipais e aos
normativos de proteção das Unidades de Conservação Ambiental, de modo a que seja
garantido, nos novos projetos de parcelamento, um percentual destinado, exclusivamente,
à implantação de equipamentos de serviços turísticos, de recreação e lazer, e de atividades
afins, com glebas mínimas compatíveis com estes usos, e com restrições ao uso residencial.
Da mesma forma, a referida lei, que se refere a todo o território estadual, deve ser
regulamentada para os municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que não são
contemplados pela regulamentação do decreto citado. A aplicação da Lei 1.130 seria um
importante veículo para a mudança do modelo de ocupação territorial vigente.
Uma dimensão no tratamento das questões relacionadas aos projetos que integram este
programa refere-se a aspectos relativos à Normatização da Atividade, sendo tratado no
capítulo 7 destas Proposições, que dispõe sobre as normas que regulamentam os serviços
turísticos. As ações que integram este Programa têm um caráter executivo e são
complementares às normas que regulamentam os serviços.
A aplicação da lei quanto ao registro das atividades e serviços turísticos nos órgãos oficiais
não vem sendo concretizada na prática, apesar do exercício e da exploração das
atividades e serviços turísticos estarem condicionados à prestação das informações
necessárias ao cadastro de empresas turísticas, junto a EMBRATUR, de acordo com o inciso
XVI, parágrafo 2º, do artigo 3º da Lei 8.181/91.
Neste sentido, propõe-se um trabalho conjunto, que deve ser objeto de formalização e
detalhamento através de convênio ou outro termo de compromisso, com as instituições
responsáveis pelos registros que se seguem:
Através desta estratégia deve ser montado um cadastro do universo dos prestadores de
serviços turísticos no Estado, a ser permanentemente atualizado através do repasse de
informações dos empreendimentos turísticos registrados nas instituições referidas. Uma
alternativa para a confecção deste cadastro seria a exigência, por parte das instituições
referidas, de registro das empresas diretamente no órgão estadual de turismo, como
condição para a concessão dos seus respectivos documentos para funcionamento da
atividade.
Desta forma, propõe-se que os municípios adotem uma matriz, a ser discutida com o Estado
e a Embratur, onde se definam padrões mínimos de qualidade para os estabelecimentos de
hospedagem. O estabelecimento das condições básicas de segurança, conforto e higiene
para todos os empreendimentos turísticos, independentemente de classificação ou
hierarquia, são exigências do artigo 37 da Deliberação Normativa 387/98 da Embratur. Estas
condições devem ser adotadas em todos os Códigos de Obras e Posturas dos municípios do
Estado.
Este Programa objetiva orientar as ações de desenvolvimento turístico nos municípios e nas
Regiões Turísticas do Estado, de maneira a garantir a adoção de um modelo de
desenvolvimento sustentável e equilibrado. Deve, ainda, garantir a qualidade das
experiências dos turistas, a melhoria na qualidade de vida das comunidades locais e, ao
mesmo tempo, ampliar a consciência sobre a necessidade de proteção dos recursos
naturais e culturais de cada local ou região. Neste sentido, propiciará à população
residente, o sentido de auto-estima e de pertencimento, ampliando as condições de
receptividade com relação aos visitantes.
Os Conselhos Municipais deverão ser instituídos por lei municipal, como maneira de garantir
a sua continuidade administrativa, independentemente das alterações na constituição dos
poderes locais.
O amplo apoio e a orientação para a reestruturação dos órgãos municipais de turismo são
ações de suma importância para seu fortalecimento, de maneira a capacitá-los na
execução das diretrizes propostas pelo Plano Diretor de Turismo do Estado e pelos planos
municipais e/ou regionais de turismo.
Dentre as ações básicas deverão estar incluídas aquelas relacionadas com a sua
estruturação físico-administrativa, a implantação e operacionalização de postos de
informações turísticas e o treinamento e capacitação dos recursos humanos efetivos do
órgão municipal.
Cada município e Região Turística serão orientados e estimulados a elaborar seus planos de
desenvolvimento turístico, de modo a dotá-los de um instrumento orientador para as ações
e diretrizes de desenvolvimento turístico local e regional. O Estado, através da TURISRIO,
O Plano Diretor deve considerar, neste sentido, as prioridades quanto à demanda por infra-
estrutura que se constitua fator básico para o aprimoramento e a expansão da atividade no
território estadual.
PROGRAMAS PROJETOS
Infra-estrutura Rodoviária
Infra-estrutura Hidroviária
Saneamento
As proposições contemplam, entre outras, o conjunto de intervenções que devem ser objeto
de inclusão no âmbito do PRODETUR-SE, indicadas como prioridade 1, nas áreas de infra-
estrutura urbana e infra-estrutura de transportes, para efeito de alocação de recursos
financeiros.
São apresentadas a seguir as rodovias do território estadual que devem ser objeto de
tratamento, constituindo uma indicação que visa complementar a rede rodoviária turística
estadual básica para o desenvolvimento da atividade.
No final da relação são apresentadas as rodovias estaduais que devem ser objeto de
atenção especial no que se refere à sua melhoria, em função da sua importância turística e
de seu aspecto cenográfico.
Como medida de caráter geral, merece atenção especial, nos trechos de rodovias que não
atravessam áreas urbanas, a concessão de aberturas de acesso direto para construções
residenciais ou funcionamento de atividades comerciais e de serviços de uma maneira
geral. Deverá haver um controle sobre este tipo de abertura de acesso, permitindo-se
exclusivamente a implantação de serviços relacionados à atividade rodoviária ou de apoio
aos viajantes (bares, lanchonetes, restaurantes, postos de informação turísticas, venda de
artesanato, etc.), que deverão localizar-se em pontos estrategicamente definidos para tal,
pelo órgão competente na gestão das rodovias, nas respectivas esferas da administração
pública.
2- Implantação da ponte sobre o canal de Itajurú (na divisa entre os municípios de São
Pedro da Aldeia e Cabo Frio).
O Aeroporto Santos Dumont, localizado junto à área central de negócios da cidade do Rio
de Janeiro e considerado um dos mais centrais do mundo, recebe além dos vôos da Ponte
Aérea Rio / São Paulo, vôos para várias outras capitais e cidades do Brasil, como Vitória, Belo
Horizonte, Brasília, Curitiba, Ilhéus, Porto Seguro, entre outras. Este aeroporto é ainda origem
e destino dos vôos entre o Rio de Janeiro e as cidades do interior do Estado. Apesar da
grande movimentação já constatada neste aeroporto, da ordem de 4 milhões de
passageiros / ano, ele abrigará também o acréscimo da movimentação aérea para o
interior do Estado, decorrente do desejável incremento na atividade turística.
Este equipamento, sofreu recentemente uma reforma total em suas instalações após
incêndio que o deixou bastante danificado. No entanto o incremento na movimentação de
passageiros neste terminal, vai demandar algum acréscimo em suas instalações, atualmente
já reduzidas para o atendimento nas horas de “pico”. Para tanto, a INFRAERO está em vias
de implantar um projeto de expansão do terminal de passageiros, ampliando
significativamente sua capacidade operacional.
Atualmente, o aeroporto está apto a receber aeronaves de médio porte com capacidade
entre 100 e 150 passageiros, e em vôos noturnos por instrumento. Com relação ao terminal
de passageiros, sua capacidade operacional é de atendimento a 120 passageiros / hora, o
que implicará, a médio prazo, em sua expansão.
Caso a hipótese de vôos charter diretos da Europa, por exemplo, venham a tornar-se uma
realidade, será necessário ampliar toda a estrutura física deste aeroporto, desde dimensões
e suporte da pista, e 'stop ways', à capacidade do terminal existente. Indica-se ainda, a
elaboração de estudo de viabilidade para implantação de ligação hidroviária com
construção de atracadouro, permitindo a ligação, através da Lagoa de Araruama, às
localidades, hotéis ou outros empreendimentos turísticos existentes na orla.
Aeroporto de Resende
O aeroporto existente em Resende tem um projeto aprovado para operação noturna por
instrumento (balizamento de pista, VOR / DME e rádio comunicação). A implantação destes
equipamentos ampliaria sobremaneira a capacidade receptiva do aeroporto, atraindo
novos fluxos turísticos para a região.
O aeroporto de Angra dos Reis pode ser o ponto de apoio para a Região da Costa Verde,
devendo, para tanto, receber melhorias relativas à ampliação da pista para 1.300m, além
da instalação de equipamentos adequados à utilização por aeronaves de 50 passageiros.
Está previsto também, a curto prazo, a operação noturna de helicópteros.
Este aeroporto deve também receber melhorias no seu terminal de passageiros, podendo
ser articulado a um atracadouro, o que permitiria a interligação direta com as ilhas e os
hotéis da região por via marítima. Adequar o Pólo Turístico de Angra às condições de acesso
por transporte aéreo existente nos demais pólos concorrentes, é de suma importância para
que a região disponha de condições plenas de disputa na preferência pelos turistas.
O plano aeroviário estadual, ora em processo de revisão, deve inventariar e mapear toda a
infra-estrutura aeroportuária pública e privada existente, tendo em vista as suas
características, funções e desempenhos, presente e potencial, e a contribuição que
também poderia dar, em termos de acesso às várias regiões turísticas. Deve-se considerar a
possibilidade de utilização da infra-estrutura aeroportuária privada como parte de um
sistema suplementar de expansão de capacidade.
Neste item são apontados os projetos e as medidas de ordem institucional que fortalecem o
desenvolvimento do turismo náutico no Estado, que se manifesta na navegação de lazer e
nos esportes náuticos.
A cidade do Rio de Janeiro viu aumentar, nos últimos anos, o movimento de transatlânticos
no seu porto, expandindo-se esta movimentação para o restante do Estado em
fundeadouros naturais. O terminal de passageiras da capital, no entanto, ainda não sofreu
adaptações para o atendimento desta expansão. Com a finalidade de atender a tal
necessidade, a Cia. Docas do Rio de Janeiro, em associação a capitais privados, está
finalizando o projeto de revitalização e adaptação da área.
?? Medidas Institucionais
3- Elaboração de carta náutica, que indique os pólos náuticos com informações sobre
pontos de atracação, abrigos diurnos e noturnos, pontos de coleta de lixo, de
fornecimento de água potável, de gelo e demais facilidades.
?? Infra-estrutura de Apoio
Cada um destes Pólos deverá abrigar ainda unidades de apoio às embarcações para
realização de todas as operações de lavagem, vazamento de lixo e abastecimento de
gêneros e combustíveis.
A seguir são apresentados os Pólos definidos a partir da análise das características náuticas,
físico-territoriais e de uso e ocupação do solo:
Neste pólo estão localizadas marinas naturais, praias e costões. Existem também várias ilhas
e pequenas enseadas onde se destacam o Saco de Mamanguá e a enseada de Paraty-
Mirim, ideais para a ambientação náutica.
O fundo submarino na região é composto de areia, lodo e rochas, com poucos corais e vida
marinha abundante. As condições de mergulho são boas durante todo o ano.
Pólo Angra dos Reis (Enseada da Ribeira / Cidade de Angra dos Reis)
Neste pólo localizam-se grandes marinas naturais: baía da Ribeira, enseada do Porto de
Angra e baía de Jacuecanga. As áreas mais apropriadas às atividades de turismo náutico
encontram-se nas ilhas, tendo em vista a presença do Porto de Angra e do estaleiro
Verolme.
O fundo submarino na região é composto de areia, lodo e rochas, com poucos corais e vida
marinha abundante: peixes de vários tamanhos, crustáceos e equinodermos (estrela do
mar). As condições de mergulho são boas durante todo o ano na proximidade das ilhas.
Recomenda-se que o atracadouro de referência seja o do projeto Porto Marina São Bento,
que deverá contar com estação de passageiros com banheiros, lanchonetes, restaurantes,
lojas, quiosque de informações turísticas, áreas de embarque e desembarque e
Os pontos de atracação na Ilha Grande são o Píer do Abraão, terminal de passageiros das
linhas Mangaratiba / Ilha Grande e Angra dos Reis / Ilha Grande, da Praia das Palmas e da
Freguesia de Santana.
As condições de mergulho são excelentes durante quase todo o ano. As águas claras e as
curtas distâncias aos pontos de mergulho fazem da Ilha Grande um dos melhores pontos do
Estado para a prática deste esporte.
Este Pólo abrange os municípios do Rio de Janeiro e Niterói, onde estão concentradas as
principais atividades urbanas da região. As atividades náuticas se concentram
principalmente nas águas abrigadas pela Baía de Guanabara. No litoral, a oeste da
entrada da barra, apenas as ilhas Cagaras são propícias às atividades náuticas. A Enseada
de Botafogo, já se encontra saturada pela quantidade de barcos fundeados. Os Fortes
Militares, de acesso restrito, e as Ilhas, com destaque para a Ilha de Paquetá e a paisagem
da cidade, são grandes atrativos deste Pólo. Deve-se registrar ainda a importância do
iatismo na região de onde despontaram vários medalhistas olímpicos.
Os principais empreendimentos náuticos no Pólo são: Marina da Glória; Iate Clube do Rio de
Janeiro; Iate Clube Guanabara; Iate Clube Icaraí; Rio Yacht Clube; Iate Clube Brasileiro;
Jurujuba Iate Clube; Iate Clube Jardim Guanabara.
A Enseada dos Anjos, grande marina natural e a Ilha de Cabo Frio, são os principais atrativos
náuticos do Pólo. Os costões desabrigados de Arraial do Cabo e Ilha de Cabo Frio, são de
grande interesse à prática do mergulho e aos passeios náuticos. A Enseada dos Anjos, com
suas águas cristalinas e praias de areia branca e o conjunto formado pelas praias do
Foguete, das Dunas e do Forte, em Cabo Frio, com águas cristalinas e areia branca,
constituem cenários de grande atração.
Armação dos Búzios situa-se numa península constituída de praias paradisíacas, sendo um
dos balneários mais conhecidos e sofisticados do Brasil. Dentre as várias enseadas aí
existentes, as praias da Armação, dos Ossos e de Manguinhos são boas marinas naturais.
Recomenda-se que o atracadouro de referência do Pólo seja o Iate Clube Armação dos
Búzios, adotando-se no entanto todas as medidas necessárias à proteção ambiental da
área. Deve ser incentivada a manutenção de competições náuticas de vela, tendo em
vista a infra-estrutura hoteleira e de serviços implantada e às condições não poluentes da
atividade.
das mais favoráveis neste Pólo para este esporte, em função dos ventos que sopram na
região durante todo o ano.
Estes três pontos do litoral são as alternativas para instalação de atracadouros de suporte de
tráfego náutico entre a cidade do Rio de Janeiro e a região de Cabo frio. A avaliação dos
impactos ambientais de cada destas alternativas vai orientar a escolha mais adequada e
que ofereça menores danos ao meio ambiente.
4.2.1.4 Saneamento
Neste sentido, a recuperação das lagoas deve ser considerada intervenção prioritária, sob
pena de se assistir ao comprometimento daquele ecossistema, com todos os impactos
negativos previsíveis do ponto de vista turístico, ambiental e social. Ao mesmo tempo, tendo
em vista o recente processo de privatização dos serviços de fornecimento de água e
esgotamento sanitário da bacia drenante, deverá ser aberto um canal de discussão com a
empresa concessionária, no sentido de negociar medidas que inibam o processo agressivo
de poluição do sistema lagunar.
O núcleo urbano da cidade de Angra dos Reis, constituído pelo centro e pelo bairro de
Japuíba, não conta com sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário adequado, o
que vem causando sérios prejuízos ambientais à Baía da Ilha Grande, em áreas já ocupadas
ou com grande potencial para receber empreendimentos turísticos. Neste sentido, é
prioritária a implantação de redes de esgoto sanitário e estação de tratamento, para
garantir a qualidade ambiental de um dos mais importantes recursos naturais do Estado.
São indicados aqui os equipamentos cuja área de influência extrapola a escala local.
Outros empreendimentos equivalentes, mas de menor porte, devem ser objeto de
viabilização na perspectiva do desenvolvimento local, tanto para atendimento ao visitante
turista, quanto ao visitante excursionista.
Ainda que se trate de um programa público no que diz respeito ao investimento inicial, é
recomendável que os projetos contemplem a realização de estudo de viabilidade
econômica e financeira, de modo que a administração destas áreas possa ser repassada à
iniciativa privada sob a condição de manutenção do equipamento e de preservação
ambiental, além da garantia da sua continuidade e seus objetivos.
PROGRAMAS PROJETOS
Concepção e Implantação do Banco de
Banco de Dados Dados
Tratamento e Sistematização das
Informações
Mídia Eletrônica
Informação ao Turista
Postos de Informações Turísticas
Calendários de Eventos
Sinalização Turística
O programa deve ser encaminhado, desde a sua origem, em conjunto com a Fundação
Centro de Informações e Dados do Estado - CIDE , além de outras fontes de dados
estatísticos com as quais a Fundação já mantém um trabalho articulado. A Central de
Informações Turísticas da TURISRIO que disponibiliza informações, basicamente da oferta
turística, deve participar da elaboração e operacionalização do Banco de Dados,
incorporando ao programa sua experiência e a vivência nesta área de atuação.
As fontes secundárias existentes permitirão, a curto prazo, definir o formato inicial do Banco
de Dados, que deverá tornar-se mais sofisticado a partir da sua implementação e
funcionamento. Na sua evolução, poderão ser propostas pesquisas primárias, por
amostragem e por temas específicos, em função das indicações decorrentes da evolução
do projeto.
Além dos aspectos relativos à segurança pública, as fichas e os boletins acima referidos são
um eficiente instrumento de coleta de dados sobre o setor. Este tema deve ser objeto de um
Sendo certo que estes conceitos são fundamentais para se avaliar os impactos econômicos
do Turismo e, sobretudo, a contribuição deste para o PIB, recomenda-se que seja seguida a
tendência registrada a nível mundial neste domínio, adotando-se a terminologia e a própria
conceituação utilizada pelo sistema da "Conta Satélite do Turismo", que será em breve
implementado nos países da Organização Mundial do Turismo, onde o Brasil se inclui. Trata-
se de um sistema anexo ao das Contas Nacionais, partilhando com este os seus conceitos,
definições e classificações de base.
Desta forma, os Projetos a seguir enunciados propõem diferentes canais de divulgação das
informações e dados para os diversos tipos de interlocutores interessados, ou que possam ter
o seu interesse despertado sobre a informação turística.
Na fase de detalhamento desta ação, devem ser definidos, os locais mais indicados para a
instalação dos postos, preferencialmente anexados ou incorporados às estruturas já
existentes e em funcionamento. Prioritariamente devem ser considerados os locais de
chegada de visitantes, tais como os terminais de passageiros das estações rodoviárias,
ferroviárias, hidroviárias e aeroviárias, além das principais rodovias de acesso ao Estado.
Também devem ser estudadas, como locais passíveis de instalação de postos de
informações, as áreas centrais dos municípios e os locais de grande afluxo de visitantes.
Neste sentido, paralelamente à seleção que é realizada pela TURISRIO, devem ser
identificados outros eventos de menor porte nos municípios, de modo a constituir
calendários com diferentes potenciais de atratividade e escalas diversas. Desta forma,
poderão ser comercializados de forma integrada com o calendário oficial do Estado,
oferecendo produtos complementares em determinadas ocasiões, valorizando circuitos e
roteiros turísticos regionais, permitindo um trabalho articulado entre municípios.
Neste contexto, devem ser aproveitados os inúmeros eventos realizados ao longo do ano,
de forma permanente (carnaval, réveillon, festivais de música, manifestações folclóricas
etc.), com base em equipamentos e serviços já existentes, até aos inúmeros torneios
esportivos que ocorrem no Estado ao longo do ano, seja no futebol, no tênis ou no surf.
A utilização de tais eventos em termos de animação não pode ser, obviamente, repetitiva
em relação a cada tipologia, mesmo que se recorra à utilização de diferentes roupagens
para a sua promoção.
Deve ser considerada a possível comercialização de espaço publicitário nas próprias placas,
como forma de viabilizar economicamente a implantação do Projeto.
São definidos, assim, os trechos de rodovias a serem atendidos pelo Projeto segundo os
critérios estabelecidos para suas diferentes etapas:
1a Etapa
VIA TRECHO
BR-101 Parati / Rio de Janeiro
BR-116 Resende (divisa com SP)/ Rio de Janeiro
Duque de Caxias / Além Paraíba (divisa com MG)
BR-040 Duque de Caxias / Comendador Levy Gasparian (divisa com MG)
RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá (Estrada Parque)
RJ-116 Itaboraí / Bom Jardim
RJ-106 Niterói / Macaé
2a Etapa
VIA TRECHO
BR-101 Niterói / Campos dos Goytacazes (divisa com ES)
BR-393 Barra Mansa / Além Paraíba (divisa com MG)
BR-495 Petrópolis / Teresópolis
BR-356 Itaperuna (divisa com MG) / Campos dos Goytacazes
RJ-155 Barra Mansa / Angra dos Reis
RJ-145 Piraí / Rio das Flores (divisa com MG)
RJ-130 Teresópolis / Nova Friburgo
RJ-142 Nova Friburgo / Casimiro de Abreu
RJ-124 Rio Bonito / Araruama
3a Etapa
A definição das rodovias a serem prioritariamente atendidas nesta etapa do Projeto deverá
constar das proposições de âmbito regional.
Direta ou indiretamente, todas as ações e projetos propostos no âmbito deste Plano Diretor
poderiam se enquadrar como instrumentos de fomento, mas o recorte proposto para o
macroprograma engloba aquelas ações e projetos mais diretamente relacionadas às
demandas das empresas prestadoras de serviços turísticos, seja no que se refere à oferta de
recursos financeiros, através de programas creditícios, seja no que se refere à qualificação
profissional, seja quanto às questões relativas à gestão dos serviços turísticos. Em síntese,
neste macroprograma, estão relacionados todos os programas e projetos que têm como
objetivo específico profissionalizar a prestação dos serviços turísticos do Estado do Rio de
Janeiro.
PROGRAMAS PROJETOS
Especialização e Reciclagem de
Mão-de-Obra Empregada
PRODETUR SUDESTE
Captação de Recursos
Incentivos Fiscais e Programas de Crédito
O entendimento, por parte dos agentes que operam no setor, dos diversos elos entre as
funções que integram, direta ou indiretamente, a cadeia produtiva da atividade, bem
como dos diversos modos de ligação destes elos, é uma condição fundamental para a sua
profissionalização.
Este material deve ser impresso e distribuído, de forma ampla, às diversas organizações e
representações de mercado presentes no Estado. Além da divulgação através da mídia
impressa, o Manual deve ser objeto de divulgação permanente através do site referido no
projeto da Mídia Eletrônica.
Também este é um projeto que se integra ao da Mídia Eletrônica, exigindo, no entanto, uma
administração específica no sentido do levantamento de oportunidades de negócios
diversos, e também na identificação e aproximação dos interesses coincidentes, com vistas
à realização das parcerias.
Neste sentido, o desejável aumento dos fluxos turísticos, principalmente no tocante aos
mercados externos, recomenda uma adequação da oferta hoteleira, criando a alternativa
de oferta conjunta de maior número de unidades habitacionais, seja através da construção
de empreendimento de maior porte, seja pelo consórcio de empreendimentos de menor
porte, propiciando a sua comercialização conjunta, desde que mantidas o padrão dos
serviços oferecidos e unificado o sistema de comercialização. Fortalece esta indicação o
interesse dos operadores turísticos na promoção de vôos charters, que só apresentam
rentabilidade aceitável se o número de viajantes o justificar. Acresce que a existência de
aeroportos em algumas localidades turísticas, bem preparados para receber vôos deste
tipo, como acontece atualmente em Cabo Frio, encontraria nesta atividade um modo
adequado de lhes conferir uma movimentação significativa de passageiros, cumprindo
assim o turismo o papel que lhe está também destinado, de integração com outros setores
de atividade econômica.
Neste contexto, é de realçar a importância, para o turismo da faixa litorânea entre Angra
dos Reis e Paraty, que poderá advir do fato de serem melhoradas as condições da infra-
estrutura aeroportuária da região, uma vez que se trata de uma zona privilegiada para o
incremento daquele tipo de turismo baseado em vôos chater.
Esse sistema deverá ser composto por agentes públicos e privados de formação, voltados
para o desenvolvimento de processos educativos, que respeitem performances estratégicas
do ponto de vista tecnológico e operacional (saber-fazer), mas igualmente, culturais (saber-
saber), de comunicação, incluindo as línguas estrangeiras dos principais mercados (saber-
ser), e de dimensão ética (saber-estar).
Estas instituições, que requerem condições específicas, não só para o saber-saber, mas
sobretudo para o saber-fazer e o saber-estar, exigem uma infra-estrutura laboratorial e,
mesmo, de produção, com características próprias, envolvendo recursos consideráveis para
a sua implementação e manutenção, os quais poderão, eventualmente, integrar o âmbito
do PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional do MEC, devendo desenvolver
programas articulados com a FAETEC – Fundação de Amparo ao Ensino Técnico, que já
atua nesta área.
Por outro lado, às Instituições de educação profissional especialmente voltadas para o nível
técnico, graças ao seu equipamento e quadro de formadores, cabe ainda um papel
decisivo pela organização de cursos de educação profissional básica e à medida de
necessidades conjunturais, bem como a montante, pela realização permanente de cursos
de aperfeiçoamento, reconversão e especialização, em vários níveis, numa linha de
educação ao longo da vida.
Daí ser indispensável que as instituições com formação superior em turismo encontrarem
uma solução para o preenchimento desta lacuna, que poderá passar pela criação e
gestão conjunta (própria ou delegada) de um “Centro de Formação Prática”, dotado dos
requisitos indispensáveis a este tipo de formação (equipamentos e formadores), de
preferência com possível contato com o público, para ser utilizado de forma rotativa por
todos. A implantação e manutenção deste Centro deve resultar de um trabalho articulado
entre as diversas instituições que demandam este tipo de apoio à formação.
?? Formação de Multiplicadores
?? Reciclagem/Especialização de Profissionais
O Programa de Captação de Recursos integra três projetos que podem dar suporte
financeiro para o desenvolvimento da atividade.
?? Desenvolvimento Institucional
?? Recuperação do Patrimônio Histórico
?? Recuperação do Meio Ambiente
?? Capacitação de Mão-de-Obra
?? Infra-estrutura Urbana
?? Infra-estrutura de Transporte
?? Marketing
A conclusão do Plano Diretor de Turismo do Estado do Rio de Janeiro deve dar um novo
ânimo ao projeto e provocar a retomada de negociações para a sua concretização. Trata-
se de uma ação fundamental no sentido de serem viabilizados recursos expressivos para as
intervenções públicas, principalmente no que se refere à infra-estrutura básica. Os projetos
que integram o Programa Infra-estrutura Básica incluem as propostas que também integram
a programação do PRODETUR SUDESTE no Rio de Janeiro.
Complementarmente à esta ação, deve ser uma montada uma estrutura técnica que possa
assessorar a preparação de projetos de operadores individuais interessados em realizar a re-
qualificação dos respectivos estabelecimentos hoteleiros ou outros meios de alojamento e
serviços turtísticos, podendo ainda esta assessoria técnica apoiar o setor hoteleiro sobre o
nível de necessidades dos estabelecimentos em termos de recursos humanos e
consequente orientação para a formação profissional.
De qualquer modo, os incentivos que possam vir a ser concedidos devem ser dados sob a
ótica de adequação aos princípios que norteiam este Plano e ao seu detalhamento na
escala regional.
São consideradas as condições dos atrativos turísticos, que estão na origem da motivação
do deslocamento e na escolha do destino, analisando a sua integração e articulação com
os serviços locais e suas respectivas condições, até chegar ao final da linha de produção,
no estágio da comercialização, promoção e marketing.
PROGRAMAS PROJETOS
Incentivo à Implementação de
Equipamentos de Lazer
A identidade dos produtos é o resultado das informações e dados que o qualificam como
atrativo, em consonância com a segmentação de mercado ou vocacional, sem perder de
vista a integração regional. Além dos recursos e atrativos existentes, deve ser considerada
também a potencialidade local e regional com relação ao desenvolvimento de novos
produtos a serem criados e trabalhados.
O conjunto de informações disponibilizadas através dos diversos projetos que integram este
Programa constitui um importante subsídio para a elaboração dos planos diretores de
turismo regionais e municipais. A síntese dos Projetos integrantes deste Programa deve se
consolidar com a elaboração de guias turísticos regionais e temáticos, que devem ser a
base do trabalho de promoção e marketing.
Este Projeto tem como insumo básico o Banco de Dados, particularmente no que se refere
às informações sobre a oferta turística, classificando os recursos de acordo com a
metodologia do inventário adotada neste Plano. O inventário deve conter a descrição
exaustiva dos recursos diversos, com linguagem escrita e em outras formas de registro como
fotos, vídeos, etc.
O mapeamento dos recursos turísticos e sua avaliação sob o ponto de vista regional e da
diversidade vocacional, devem ser elementos informantes na definição da identidade e da
marca turística regional e ou local. O zoneamento proposto neste Plano é um insumo básico
para orientar este mapeamento, não só na hierarquização das diversas categorias de áreas
de turismo, como também nas diversas categorias de zonas por vocação turística.
O inventário da oferta turística e o mapeamento referidos são indicativos dos recursos que
devem ser avaliados no contexto em que se inserem e com base nos recortes territoriais ou
vocacionais adotados, avaliando a acessibilidade e as condições de uso de cada atrativo
relacionado. Como informação complementar para a divulgação devem ser elaborados
guias de meios de hospedagem, restaurantes e outros serviços turísticos.
A identificação dos principais recursos deve apontar não só para as suas potencialidades,
mas também para os principais entraves, que indicarão as proposições necessárias à sua
efetiva integração aos roteiros e circuitos. Estas indicações podem se referir às obras e infra-
estruturas diretamente relacionadas à qualidade e acessibilidade aos atrativos ou aos
serviços turísticos de apoio a ele relacionados, o que propiciará a sua realização como
produto turístico. Devem também ser consideradas as ações e proposições que otimizem a
utilização do recurso, aumentado o tempo de permanência do visitante, através da oferta
de atrações paralelas e complementares ao atrativo principal.
Os recursos turísticos devem ser analisados ainda com relação a sua adequação ao tipo de
consumidor – turista ou excursionista. Neste sentido, os pólos turísticos identificados podem
funcionar como pólos emissores de excursionistas para determinados sítios ou lugares,
integrando, desta forma, locais, roteiros e consumidores distintos. Podem ser indicados
roteiros sobrepostos, desde que se mantenha presente a perspectiva da sua integração.
Os circuitos devem ser sustentados por uma rede de informação suficientemente poderosa
para apoio ao turista, podendo ser mistos, quando relacionados ao recorte territorial, ou
temáticos com relação aos atrativos que os integram (fazendas do café, praias, cidades
históricas etc.) ou ao tipo de transporte (bicicleta, pedestres, trens, off road,etc.)
A partir dos projetos anteriores, deve ser avaliada a relação entre os diversos serviços que
integram os produtos turísticos, com vista a melhorar a relação custo/benefício destes
produtos. Devem ser consideradas questões relativas ao custo do transporte por unidade de
produto comercializado, onde deve ser avaliada a perspectiva de comercialização de
pacotes fechados para grupos, buscando a redução de custos, através de utilização de
transporte charter, tanto terrestres quantos aéreos ou hidroviários. Trata-se de uma ação que
se realiza na etapa da comercialização dos produtos. Também devem ser indicadas as
melhorias das condições infra-estruturais que permitam a redução dos custos dos transportes
oferecidos.
Neste contexto, deve-se buscar ampliar a faixa de público alvo no que se refere à renda
familiar, devendo-se ainda considerar todas as possibilidades de redução dos custos finais
ao consumidor, sobretudo no período de baixa estação, incentivando-se, por exemplo, os
pacotes para grupos e a articulação com entidades de classe que, pelo montante
consumido, significam uma economia de escala para os serviços prestados.
Insere-se neste âmbito a promoção do Estado do Rio de Janeiro nos países europeus, na
época de baixa temporada, como forma de combater a sazonalidade, na medida em que
ela coincide com épocas de clima agradável para estes turistas estrangeiros. O turismo de
negócios, feiras e convenções é tambem um importante segmento a ser trabalhado com
vistas a redução das oscilações decorrentes da sazonalidade.
Este Projeto tem por objetivo promover e incentivar a implantação de novos atrativos, seja
pela transformação e qualificação dos já existentes, seja pela criação de novos atrativos
enquadrados nas diversas categorias de equipamentos de lazer, de acordo com as
orientações a seguir:
Além das ações propostas, que constituem formas indispensáveis de promoção do Estado
do Rio de Janeiro, deve-se usar do melhor critério na determinação de meios promocionais
a privilegiar, tendo em conta os objetivos pretendidos, os segmentos de mercado visados
pelas ofertas disponíveis e a preocupação de assegurar um máximo de rentabilidade aos
investimentos realizados.
O Plano deve procurar garantir que o investimento realizado neste domínio possa resultar
num adequado retorno, medido sob a forma do aumento significativo da demanda e do
reforço da imagem junto dos segmentos de mercado visados. A promoção do Estado
deverá compreender as seguintes ações:
?? Colocar em relêvo as vantagens oferecidas pelo Estado do Rio de Janeiro, ao nível das
características mais notáveis e diferenciadoras dos destinos turísticos concorrentes, tendo
em conta que os consumidores dos produtos turísticos são, cada vez mais, guiados pelo
desejo de obtenção de benefícios no processo de eleição dos destinos turísticos .
?? Brochura de Imagem;
?? Brochura de Informação Geral;
?? Brochuras de Produtos Temáticos (viagens de incentivo, congressos,
turismo cultural, atividades desportivas, turismo ativo / aventura, entre
outros);
?? Guia de Hotéis;
?? Guia de Restaurantes;
?? Cartazes, Shellfolders e Mapas;
?? Vídeo e CD-ROM genéricos;
?? CD-ROM’s específicos (turismo cultural, turismo de negócios, viagens de
incentivo, turismo esportivo, turismo balneário, entre outros);
?? Folhetaria.
Este material deve ser elaborado em quantidade suficiente para o seu uso permanente e
caracterizar-se por uma elevada qualidade técnica, de modo a passar uma idéia de
Encontrando-se por construir a imagem turística do Estado e estando a oferta ainda mal
definida e estruturada, deverá adotar-se uma estratégia de marketing em que a oferta
permita influenciar a forma como a imagem tenderá a ser vista pelos vários segmentos de
mercado potencialmente interessados, isto é, terá de existir desde o princípio a
preocupação de articular a oferta com a imagem que se pretende divulgar, direcionando-
a para os objetivos e as motivações dos segmentos de mercado a que esta se dirige.
Enquanto os segmentos de mercado da demanda não detiverem das regiões turísticas uma
percepção de destino turístico integrado, compreendendo um conjunto de recursos
turísticos especiais, distribuídos por um território comum, não poderá falar-se de uma
imagem turística positiva do Estado do Rio de Janeiro, e os objetivos de marketing visados
não terão sido alcançados.
A imagem deve consagrar o Estado do Rio de Janeiro como espaço turístico com
identidade e atratividade e envolver as empresas e as populações numa sensibilização
geral para o papel estratégico que a sua imagem desempenha no desenvolvimento do
turismo, bem como no desenvolvimento regional e local. O processo de estudo e
construção desta imagem deve considerar o seguinte:
se constituir num grande evento promocional, gerando abertura de espaço na mídia sobre
a importância do turismo estadual
Neste sentido, propõe-se a realização de um concurso publico nas respectivas ADEs com o
objetivo de buscar subsídios para a definição de nomes, marcas e demais elementos
referenciais para a construção das imagens respectivas para as Regiões Turísticas e as ADEs ,
que consolidarão a imagem de todo o Estado.
Este trabalho deve ser orientado por uma equipe de especialistas, que deve estabelecer os
critérios que embasarão as discussões e a organização do concurso. A esta equipe caberá,
ainda, a seleção do material decorrente do concurso, bem com a orientação para a
indicação final da imagem, de acordo com os princípios e objetivos que norteiam este
Plano.
O papel dos canais de distribuição não é exatamente o mesmo no caso dos organismos
oficiais responsáveis pela promoção do destino ou, no caso das atividades turísticas privadas
existentes, embora seja normal o uso comum de alguns dos referidos canais de distribuição.
Neste contexto, devem ser considerados como canais de distribuição e informação do
destino turístico às ações de promoção, como a participação em feiras de turismo e feiras
especializadas, a intervenção direta junto aos operadores internacionais, o fornecimento de
informação adequada, assim como a organização e/ou participação em “workshops” e
seminários, no país e no estrangeiro.
As empresas turísticas, por sua vez, deverão participar ativamente nas ações promocionais
acima citadas, devendo recorrer privilegiadamente à colaboração dos seguintes canais de
distribuição:
?? Operadores de Turismo
O Estado do Rio de Janeiro deve criar as condições que tornem possível o interesse dos
operadores de turismo por este destino, levando-os a incluí-lo nos seus programas e a
operar, ativamente, na totalidade do Estado e em cada uma das suas regiões, em
particular. Para isso, é necessário elaborar documentação apropriada destinada
exclusivamente a este canal de distribuição, onde o setor público proceda à
Deste modo, deve-se adotar uma política de grande aproximação com este canal de
distribuição, colaborando decididamente com o setor privado na resolução dos problemas
que, eventualmente, possam comprometer o êxito do desempenho do Estado ou de
qualquer das suas Regiões.
?? Agências de Viagens
O papel das agências de viagens na venda dos produtos turísticos não tem substituto,
devendo ser permanentemente estimulado, sobretudo na sua função de venda dos
programas criados pelos tour operators, onde podem influenciar na decisão dos turistas.
?? Incentive Houses
Os órgãos estaduais, regionais e locais responsáveis pela gestão do turismo deverão estar
atentos à importância deste relevante produto turístico, procurando captar a atenção e
preferência das incentive houses e de outros organizadores do referido tipo de programas,
em especial nos Estados Unidos da América, Canadá, França e Alemanha.
?? Convention Bureau
?? Internet
O Estado do Rio de Janeiro não pode deixar de se preocupar em assegurar uma forte
representação da Internet, cuja função de distribuição dos produtos turísticos, à escala
planetária, não pode ser ignorada. Para isto, deve ser concretizada o Projeto Mídia
Eletrônica, integrante do Programa Sistema de Informação Turística.
Através destes canais de distribuição, as empresas turísticas locais devem levar as suas
ofertas até os segmentos de mercado a que as mesmas se dirigem, especialmente, na
expectativa da sua venda. A distribuição visa, neste caso, facultar aos compradores
potenciais a informação de que carecem para fundamentar a sua decisão de compra.
A promoção do Turismo do Estado do Rio de Janeiro deverá ser levada a cabo, quer
separadamente por cada uma das referidas ADE’s, quer em conjunto como se esse
conjunto constituísse de fato uma única região turística. De uma forma geral, as propostas a
dirigir aos segmentos de mercado potencialmente interessados deverão resultar da oferta
estruturada e organizada conjuntamente pelas diversas ADE’s, a fim de procurar criar junto
aos mercados geradores da demanda uma imagem integrada de todas as ADE’s.
Este objetivo é particularmente importante, uma vez que, sem a construção dessa imagem
coletiva, dificilmente os esforços promocionais de cada ADE, separadamente consideradas,
produzirão os efeitos pretendidos.
Neste sentido, a promoção turística preconizada para o Estado do Rio de Janeiro deve
compreender ações de vários tipos, em mercados criteriosamente selecionados, utilizando
os meios julgados mais eficazes em cada caso.
À medida que aquela imagem integrada vai se consolidando nos mercados emissores, o
esforço promocional deverá privilegiar então a divulgação de produtos turísticos
específicos, procurando conferir ao Estado do Rio de Janeiro a imagem de um destino
turístico dotado de aptidão superiormente especializada em determinados tipos de oferta:
turismo balneário e náutico, ecoturismo, turismo cultural, turismo rural, turismo de negócios,
feiras e convenções, turismo de eventos, turismo esportivo etc., com produtos plenamente
assegurados numa área geográfica restrita, claramente delimitada e facilmente acessível.
No que se refere ao mercado interno deve-se buscar as melhores condições de oferta para
transformar o maior número possível de visitantes veranistas em turistas, principalmente nas
áreas onde a sua existência é excessiva.
Os mapas elaborados orientaram todo o processo de trabalho e se traduzem, com base nos
critérios adotados, em propostas de organização espacial e de classificação de áreas
prioritárias para as diversas formas de expansão e desenvolvimento da atividade turística,
dando suporte às ações propostas no território estadual.
?? Propor medidas de proteção dos recursos turísticos, bem como medidas que garantam
a reserva de áreas de apoio voltadas às atividades de lazer relacionadas ao turismo,
?? Áreas de Turismo
?? De Alcance Internacional
?? De Alcance Nacional
?? De Alcance Estadual
?? Áreas de Veraneio
?? De Alcance Metropolitano
?? De Alcance Interestadual
?? Áreas de Excursionismo
?? De Alcance Regional
?? De Alcance Local
A delimitação das zonas vocacionais é informada a partir dos mapas-base indicados acima,
e também, pelas indicações das potencialidades apresentadas nos Encontros Regionais. O
registro obedece à delimitação, no mapa-base, das diversas categorias de zonas, nem
sempre coincidindo com os perímetros municipais. Nas Zonas de Turismo Cultural, Rural e de
Negócios, a unidade de registro é o município.
Trata-se de uma classificação que busca refletir o quadro das potencialidades territoriais do
Estado, de acordo com os segmentos e vocações que, de uma forma ou de outra, se
manifestam.
Deve ser ressaltado que a atividade turística é muito dinâmica, e que se trata de uma
classificação datada, ou seja, que traduz o momento atual. Neste sentido, as categorias
apresentadas a seguir podem, a qualquer momento, ser acrescidas de outras tantas
vocações e segmentos quantos venham a ser identificados, produzidos ou comercializados.
Além das categorias de Zonas por Vocação Turística apresentadas a seguir, são
consideradas ainda, no âmbito deste Plano, a vocação relativas ao Turismo da Melhor
Idade (Sênior) que, mesmo não tendo sido aqui mapeada, constitui segmentação de
mercado adotada nas proposições relativas a promoção e marketing.
Área de Turismo Internacional Potencial do conjunto de atrativos superior a 1001 pontos (a)
Área de Turismo Nacional Potencial do conjunto de atrativos entre 501 e 1000 pontos (b)
POTENCIAL DE ATRATIVIDADE
POR TIPO DE CONSUMIDOR
Área de Turismo Estadual Potencial do conjunto de atrativos entre 200 e 400 pontos (c)
ZONEAMENTO
Observações:
(a) Calibrar com a informação mapeada sobre o percentual de turistas estrangeiros (aqueles com mais de 20%), bem como com a inclusão
dos municípios onde há ocorrência de atrativos classificados na hierarquia IV (item 2.2.2. da Parte II – Diagnóstico)
(b) Calibrar com a inclusão dos municípios que possuem atrativos classificados na hierarquia III.
(c) Incluir os municípios com a oferta de mais de 100 Unidades Habitacionais (UH) em Meios de Hospedagem, inclusive para aqueles
municípios com pontuação entre 0 e 200 pontos.
(d) Incluir os municípios com mais de 5.000 habitações de uso ocasional.
(e) As Unidades de Conservação Ambiental passíveis de utilização pelo turismo.
(f) De acordo com a indicação da TURISRIO, os municípios que vêm sendo trabalhados no Programa de Turismo Rural e aqueles
potencialmente indicados para inclusão no programa, a partir do próximo ano.
(g) Classificação em duas categorias, a partir da presença de bens com tombamento federal ou estadual.
?? Áreas de Turismo
O critério para a identificação das Áreas de Turismo tem com ponto de partida as
pontuação do potencial de atratividade turística de cada município do Estado, conforme
tabela apresentada no item 2.2.2- Avaliação dos Atrativos Turísticos da Parte II – Diagnóstico
do Plano. Para a indicação final das diversas áreas, o critério relativo à pontuação do
potencial de atratividade turística foi calibrado, para cada um dos tipos de áreas, com
informações relativas à sua classe específica, de acordo com dados da oferta e de
demanda apresentados no Diagnóstico.
Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, superior a 1001 pontos, além daqueles
que apresentam percentual de turistas estrangeiros acima de 20%. Incluem-se ainda nesta
categoria os municípios onde há ocorrência de atrativos classificados na hierarquia IV. (Item
2.2.2 da Parte II - Diagnóstico)
Independente da distinção entre eles, este conjunto de municípios deverá ser objeto de um
trabalho mais sistemático de promoção no exterior, uma vez que se constituem em pólos de
ancoragem para o desenvolvimento da atividade nas diferentes Regiões, às quais inclusive,
deverão ser alvo de ações específicas para o acolhimento desta importante categoria de
visitante.
Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, entre 501 e 1000 pontos, além daqueles
municípios que possuem atrativos classificados na hierarquia III.
Os recursos turísticos desses municípios devem ser, prioritariamente, objeto de promoção nos
principais mercados emissores nacionais, identificados no diagnóstico da demanda.
Municípios com potencial, no conjunto de atrativos, entre 200 e 400 pontos, além daqueles
municípios, com pontuação entre 0 e 200 pontos, com oferta de mais de 100 Unidades
Habitacionais em Meios de Hospedagem.
Áreas de Veraneio
O critério para a identificação das Áreas de Veraneio toma como base a ocorrência de 10%
de residências de veraneio (residências de uso ocasional, de acordo com a classificação do
IBGE) com relação ao total de residências do município, incluindo ainda aqueles municípios
que, mesmo com percentual baixo, registram mais de 5.000 habitações de uso ocasional.
As Áreas de Veraneio foram classificados em dois grupos, de acordo com a origem dos
fluxos de visitantes, abrangendo um total de 29 municípios, distribuídos como se segue:
Trata-se de um fenômeno que provoca grande impacto nas regiões onde ocorre, dada a
magnitude de fluxos que provoca, principalmente para algumas áreas de litoral
Refere-se aos municípios que, pela sua localização, atraem visitantes provenientes de
estados vizinhos e também de outras regiões do interior do Estado.
?? Áreas de Excursionismo
Alguns municípios manifestam uma resistência a este tipo de fluxo de visitante, o que indica
a necessidade de um tratamento diferenciado e amplo para a atividade, visto tratar-se de
fluxo de pessoas cuja escala extrapola os limites puramente municipais.
Por outro lado, por se tratar de um tipo de movimentação que se manifesta de formas e por
motivações diversas, podendo ter como elemento motivador, diversos tipos de atrativos,
presentes em todos os municípios do Estado, esta modalidade pode vir a constituir um fator
de geração de renda local, se bem gerido, administrado e ordenado.
O Plano classifica dois tipos de Áreas de Excursionismo. O primeiro grupo se refere aos
municípios que, efetivamente, registram este tipo de movimento de excursionismo. No
segundo grupo foram mapeados os demais municípios que, embora não declarem, são
passíveis deste tipo de exploração turística.
Comendador Levy Gasparian, Cordeiro, Duas Barras, Duque de Caxias, Italva, Itaocara,
Itaperuna, Japeri, Laje do Muriaé, Macuco, Mendes, Miracema, Nilópolis, Nova Iguaçu,
Paracambi, Pinheiral, Porciúncula, Porto Real, Quatis, Quissamã, Resende, Rio Claro, Santo
Antônio de Pádua, São Fidélis, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, São João
do Meriti, São José do Ubá, São José do Vale do Rio Preto, São Sebastião do Alto, Sapucaia,
Seropédica, Sumidouro, Tanguá, Varre-Sai e Volta Redonda.
As Zonas por Vocação Turística são definidas em função das características e qualidades
intrínsecas do seu ambiente e território, relacionado ao que é comumente indicado como
segmentação do mercado.
Além disto, uma parcela deste litoral apresenta condições extremamente favoráveis à
navegação esportiva e de lazer, o que vem se somar como fator de atração. Isto levou a
uma concentração de equipamentos de apoio à atividade náutica no litoral sul do Estado,
na baia de Guanabara e, em menor número, na parte do litoral que vai de Niterói até
Macaé.
Deste modo, o Zoneamento relativo ao Turismo Náutico e Balneário apresenta dois tipos de
zonas, condicionadas pela ocorrência de uma ou das duas modalidades de manifestação
da atividade.
A Zona Náutica e Balneária se estende por 16 municípios do litoral, de Paraty até Macaé,
incluindo aqueles que margeiam a Lagoa de Araruama, onde se sobrepõem o potencial
para as atividades balneárias com recursos naturais e equipamentos relacionados à
atividade náutica.
A Zona Exclusivamente Balneária, que corresponde à faixa litorânea que se estende por
cinco municípios, de Carapebus até São Francisco do Itabapoana, complementa a
extensão do litoral fluminense que apresenta as mais diversas condições para o
desenvolvimento das atividades balneárias.
?? Zona de Ecoturismo
A indicação das Zonas de Ecoturismo toma como base essas áreas protegidas por leis
específicas, concedendo-lhes prioridade, não obstante o reconhecimento da existência de
diversas outras áreas onde a atividade apresenta condições de expansão.
A indicação das Zonas de Interesse Cultural no âmbito deste trabalho toma como referência
os tombamentos a nível federal e estadual. Os tombamentos municipais não foram
considerados em função da precária sistematicidade de seus registros, acrescentando-se
que este instituto jurídico está pouco apropriado às legislações municipais.
?? Municípios com 5 ou mais bens tombados pelo Estado ou União, que são 9.
?? Municípios com até 4 bens tombados pelo Estado ou União, totalizando 31.
O turismo rural surge e se desenvolve, neste contexto, como uma possibilidade que
apresenta aspectos duplamente positivos. Trata-se de uma segmentação do mercado
passível de expansão, mesmo naquelas regiões menos privilegiadas em recursos naturais e
culturais, que poderiam motivar outro tipo de visitação, comparativamente às outras regiões
turísticas do Estado.
CTR I – Araruama, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio Bonito, Saquarema e Silva
Jardim e Macaé
CTR II – Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambí, Paty
do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras
CTR III – Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Itaocara, Itaperuna, Italva, Laje do
Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, São José do Ubá, Santo Antonio de Pádua e
Varre Sai
CTR IV – Areal, Comendador Levy Gasparian, Guapimirim, Magé, Paraíba do Sul, Petrópolis,
São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Teresópolis e Três Rios
CTR V – Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, Carapebus, Macaé, Quissamã, Santa
Maria Madalena, São Francisco do Itabapoana e São Fidélis
O Estado do Rio de Janeiro vem atravessando uma fase positiva em sua economia,
representando o maior crescimento na Região Sudeste do país e reposicionando-se como
segundo pólo econômico do Brasil.
Neste contexto, foram mapeados, além da cidade do Rio de Janeiro, os demais municípios
do Estado, cujo desenvolvimento econômico de determinados setores estratégicos vem
proporcionando o desenvolvimento do Turismo de Negócios, de forma significativa, e
aqueles que possuem instalações para a realização de convenções. Estes municípios
constituem, no seu conjunto, as Zonas de Turismo de Negócios do Estado, conforme a
relação apresentada a seguir:
Angra dos Reis, Araruama, Armação dos Búzios, Barra do Piraí, Cabo Frio, Campos dos
Goytacazes, Itaperuna, Itaguaí, Macaé, Mangaratiba, Nova Friburgo, Paraty, Petrópolis,
Porto Real, Quatis, Resende, Rio de Janeiro, Teresópolis e Volta Redonda.
A Regionalização Turística oficial vigente no Estado do Rio de Janeiro foi aprovada em 1980
e integra o Plano de Desenvolvimento Econômico e Social 1980/83. As referências deste
recorte territorial estão desatualizadas e dizem respeito a uma forma de organização
espacial e territorial do Estado que sofreu profundas alterações nos anos subseqüentes.
A discussão sobre o tema regionalização impõe esclarecer, por uma questão de método,
que está se tratando com um conceito estratégico - região - o que indica que a sua
aplicação está relacionada, necessariamente, a uma intencionalidade. A proposta de um
novo enfoque regional turístico para o Estado está, assim, intimamente atrelada aos
objetivos que a norteiam. Neste sentido, é importante esclarecer os pressupostos desta
intencionalidade devendo-se, para tanto, relacionar os critérios que orientaram a proposta.
?? Regiões Turísticas
Neste sentido, cada Região Turística deve resultar numa aglutinação de um pequeno
número de municípios, conferindo praticidade à operação conjunta das ações propostas,
sem perder de vista a necessária integração das diversas regiões na realização e promoção
do produto turístico de todo o Estado.
Trata-se de definir áreas com uma relativa homogeneidade, capazes de sustentar uma
segmentação desse espaço, sem o retalhar, buscando atingir a melhor forma operativa de
explorar e gerir sinergias ou interações entre elas. As ADEs indicadas são base territorial das
propostas relativas à promoção e ao marketing deste Plano.
REGIÃO TURÍSTICA 1
Angra dos Reis
Itaguaí
ADE I Mangaratiba
Parati
Rio Claro
REGIÃO TURÍSTICA 2
Barra Mansa
Itatiaia
Resende
ADE II Pinheiral
Porto Real
Quatis
Volta Redonda
REGIÃO TURÍSTICA 3
Barra do Piraí
Engenheiro Paulo de Frontin
Mendes
Miguel Pereira
ADE III Paracambi
Paty do Alferes
Piraí
Rio das Flores
Valença
Vassouras
REGIÃO TURÍSTICA 4
Niterói
Rio de Janeiro
REGIÃO TURÍSTICA 5
Belford Roxo
ADE IV Duque de Caxias
Japeri
Nilópolis
Nova Iguaçu
Magé
Queimados
São Gonçalo
São João de Meriti
Seropédica
_________________________________________________________________________________________________________________
REGIÃO TURÍSTICA 6
Areal
Comendador Levy Gasparian
Paraíba do Sul
São José do Vale do Rio Preto
Sapucaia
Três Rios
REGIÃO TURÍSTICA 7
Cachoeiras de Macacu
ADE V Guapimirim
Nova Friburgo
Petrópolis
Teresópolis
REGIÃO TURÍSTICA 8
Bom Jardim
Cantagalo
Carmo
Conceição de Macabu
Cordeiro
Duas Barras
Macuco
Santa Maria Madalena
São Sebastião do Alto
Sumidouro
Trajano de Morais
REGIÃO TURÍSTICA 9
Araruama
Armação dos Búzios
Arraial do Cabo
Cabo Frio
Casimiro de Abreu
Iguaba Grande
Maricá
ADE VI
Rio das Ostras
São Pedro da Aldeia
Saquarema
REGIÃO TURÍSTICA 10
Itaboraí
Rio Bonito
Silva Jardim
Tanguá
REGIÃO TURÍSTICA 11
Carapebus
Macaé
Quissamã
ADE VII
REGIÃO TURÍSTICA 12
Campos dos Goytacazes
São Francisco de Itabapoana
São João da Barra
REGIÃO TURÍSTICA 13
Aperibé
Bom Jesus do Itabapoana
Cambuci
Cardoso Moreira
Italva
Itaocara
ADE VIII
Itaperuna
Laje do Muriaé
Miracema
Natividade
Porciúncula
Santo Antônio de Pádua
São Fidélis
São José de Ubá
Varre-Sai
6 CARACTERIZAÇÃO E
PROPOSIÇÕES DE
ÂMBITO REGIONAL
Para cada uma das treze Regiões Turísticas, é apresentada uma breve caracterização,
tomando como ponto de partida as potencialidades e fragilidades das mesmas,
apresentando proposições registradas nos encontros regionais e consideradas prioritárias
para o turismo regional. No entanto, não se esgota aqui o universo de uma agenda
completa de proposições para as Regiões Turísticas, o que deve ser objeto dos respectivos
planos de desenvolvimento turísticos regionais.
As Regiões Turísticas são aqui numeradas, tendo em vista que os nomes deverão ser
definidos em processo de escolha a ser realizada nas próprias regiões.
?? Região Turística 1
Municípios: Angra dos Reis, Itaguaí, Mangaratiba, Parati e Rio Claro
Localizada ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no limite com o Estado de São Paulo, a
Região Turística 1 possui 3.229,5 km² e população de 223.494 habitantes, desempenhando
importante papel no cenário turístico estadual.
O maior destaque está na Ilha Grande que, além das dezenas de praias, possui uma
exuberanteS fauna e flora e características naturais que propiciam o desenvolvimento de
atividades náuticas, de mergulho e balneárias.
Para isso, torna-se necessária a estruturação do setor turístico regional, atualmente bastante
desarticulado e sem instituições verdadeiramente representativas. Outro ponto frágil é a
falta de uma estrutura de serviços de receptivo adequada e integrada para toda a Região.
Infra-Estrutura de Infra-Estrutura Básica ?? Preparar o aeroporto de Angra dos Reis para operar
Apoio vôos regulares
Fomento à Atividade Qualificação da Mão de Obra ?? Implantar escola de hotelaria que atenda à Região
?? Região Turística 2
Municípios: Barra Mansa, Itatiaia, Resende, Pinheiral, Porto Real, Quatis e Volta Redonda
A Região Turística 2, com 2.488,0 km² e uma população de 549.314 habitantes, está
estrategicamente localizada, vizinha aos Estados de São Paulo e Minas Gerais, e
relativamente próxima ao município do Rio de Janeiro, sendo cortada por importante eixo
rodoviário, como a rodovia Presidente Dutra (BR-116).
A Região apresenta, nas suas áreas de maior altitude, uma cobertura vegetal de floresta
pluvial subtropical com araucária, o que se constitui em recurso de grande potencialidade
para o ecoturismo, principalmente na área do Parque Nacional de Itatiaia, onde se
concentram importantes atrativos naturais, como os picos das Agulhas Negras e das
Prateleiras, além de diversas cachoeiras.
A Região possui alguns exemplares de antigas fazendas do ciclo de café, algumas das quais
já adaptadas para a função de hotéis-fazenda. Além disso, com relação aos recursos
culturais com potencial para o aproveitamento turístico, destaca-se a presença da colônia
finlandesa no bairro do Penedo, município de Itatiaia.
?? Região Turística 3
Municípios: Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira,
Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio das Flores, Valença e Vassouras
A Serra do Mar e os planaltos da Mantiqueira exibem uma paisagem de serras cortadas por
inúmeros rios e cachoeiras, na maioria de seus municípios, oferecendo grandes
possibilidades para o turismo de lazer e veraneio. O clima agradável da Região a torna uma
das preferidas para colônias de férias, descanso e retiro espiritual.
?? Região Turística 4
Municípios: Niterói e Rio de Janeiro
A Região 4 possui 1.396,0 km² e 6.001.902 habitantes. Constituída por apenas dois municípios,
é o principal pólo de turismo nacional e internacional do Estado e do país. Possui geografia
privilegiada, exuberante beleza natural, grande extensão litorânea e diversos atrativos
naturais. Esta paisagem natural exuberante emoldura um importante patrimônio histórico e
cultural, constituindo paisagens urbanas de grande apelo aos visitantes.
?? Região Turística 5
Municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Magé,
Queimados, São João de Meriti, São Gonçalo e Seropédica
Não obstante as suas limitações como pólo turístico, a Região registra na parte norte do seu
território, onde se iniciam áreas de altitude mais elevada, a presença de remanescentes de
cobertura vegetal de Mata Atlântica de grande expressão. Essas áreas representam grande
potencialidade para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao excursionismo,
objetivando principalmente atender ao grande contingente de demanda reprimida
localizada nas áreas urbanas de grande densidade populacional da Região Metropolitana
do Rio de Janeiro. O segmento excursionista deve ser incentivado na Região, através da
implantação de áreas de lazer junto aos locais de expressiva paisagem natural, onde a
presença da água constitui um fator fundamental de sucesso.
Região Turística 5
Municípios: Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Magé, Queimados, São João de Meriti,
São Gonçalo e Seropédica
?? Região Turística 6
Municípios: Areal, Comendador Levy Gasparian, Paraíba do Sul, São José do Rio Preto,
Sapucaia e Três Rios
A Região Turística 6 possui 1.909,2 km², uma população de 149.419 habitantes e está voltada
para o vale do rio Paraíba do Sul, o mais importante rio do Estado. Seus recursos naturais são
abundantes e envolvem diversas serras que dão origem a inúmeras quedas d’água. Um dos
mais importantes atrativos da Região está relacionado às corredeiras do rio Paraibuna, nos
municípios de Três Rios e Comendador Levy Gasparian, incipiente de comercialização por
agentes de turismo do Estado.
A Mata Atlântica existente nesse trecho do vale do rio Paraíba do Sul foi praticamente toda
devastada com o ciclo do café e, posteriormente, com a pecuária extensiva. A floresta,
embora pouco exuberante, possui uma grande diversidade biológica, tanto de espécies
vegetais, como animais. O reflorestamento, sobretudo das áreas com relevo acidentado,
trará benefícios para as atividades produtivas da Região. Outro importante recurso natural
regional, ainda não plenamente explorado pelo turismo, é aquele relativo à existência de
fontes hidrominerais no distrito de Salutaris, município de Paraíba do Sul.
Além dos recursos naturais, a Região apresenta importante acervo arquitetônico, que
remonta à época áurea do café no Estado do Rio de Janeiro, constituído por casarões
coloniais, monumentos e casas de fazenda. Este potencial pode ser trabalhado visando o
desenvolvimento do segmento do turismo rural. Observa-se uma identidade regional com
relação à diversidade dos atrativos turísticos, bem como pela presença de pequenas e
aprazíveis cidades.
O sistema rodoviário está bem estruturado por rodovias federais (BR-393, BR-040, BR-393), e
rodovias estaduais (RJ-145, RJ-127 e RJ-125), no entanto, o sistema rodoviário vicinal é
deficiente, sobretudo se considerada a hipótese de incremento do turismo rural.
?? Região Turística 7
Municípios: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos constitui uma reserva florestal de grande potencial
turístico, representando um atrativo especial para o excursionismo e para a prática de
montanhismo.
A importância do patrimônio histórico e cultural tem destaque nesta Região, com a cidade
de Petrópolis, única cidade Imperial das Américas. Também merece destaque a tradição
da culinária dos municípios de Teresópolis e de Nova Friburgo e do distrito de Itaipava, em
Petrópolis.
?? Região Turística 8
Municípios: Bom Jardim, Cantagalo, Carmo, Conceição de Macabu, Cordeiro, Duas
Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Sumidouro e Trajano de
Morais
?? Região Turística 9
Municípios: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de
Abreu, Iguaba Grande, Marica, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema
A Região Turística 9, com 3.073,8 km² e 421.223 habitantes, possui um litoral de rara beleza e
grande diversidade, com praias procuradas para a prática do surf e do mergulho, e com
lagoas de grande apelo paisagístico e grande potencial para as atividades náuticas e
balneárias, estando estas últimas ameaçadas pelas condições sanitárias das lagoas.
A Região também registra, como grande apelo turístico, o patrimônio histórico e cultural
com exemplares arquitetônicos retratando a história local, artesanato, artes plásticas,
vestuário e gastronomia.
Fomento à Atividade Qualificação da Mão de Obra ?? Implantar hotel-escola no Parque Hotel de Araruama
(convênio UFF / Universidade Plínio Leite / TURISRIO)
?? Viabilizar as ações do Centro de Treinamento da UFF
?? Região Turística 10
Municípios: Itaboraí, Rio Bonito, Silva Jardim e Tanguá
A Região Turística 10 possui 1.976,3 km² e 250.082 habitantes, caracterizando-se pelo fácil
acesso, proximidade dos grandes centros e um perfil histórico relevante. A proximidade da
Região com a cidade do Rio de Janeiro permite observar mais claramente a sua grande
defasagem econômica e turística, o que torna imprescindível a busca de uma identidade
regional.
?? Região Turística 11
Municípios: Carapebús, Macaé e Quissamã
O município de Macaé destaca-se no contexto regional pela sua posição estratégica para
o turismo de negócios, nacional e internacional, estruturado em torno da atividade de
exploração de petróleo na bacia de Campos.
?? Região Turística 12
Municípios: Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra
A Região Turística 12 possui 5.617,3 km² e 453.486 habitantes. Apresenta um grande potencial
para desenvolver o turismo de veraneio, tendo como demanda o interior do Estado do Rio
de Janeiro e os municípios vizinhos dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Neste cenário de belezas naturais estão inseridos núcleos urbanos e fazendas que
testemunham a história e constituem o patrimônio cultural e histórico regional. A Região
comporta diversos exemplares de solares urbanos e de fazendas remanescentes do ciclo da
cana de açúcar (século XIX), em sua grande maioria ainda sem utilização pelo turismo.
?? Região Turística 13
Municípios: Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Cardoso Moreira, Italva,
Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio
de Pádua, São Fidélis, São José de Ubá e Varre-Sai
O rio Paraíba do Sul atravessa a Região, formando em seu curso grande quantidade de
ilhas. Porém, a poluição de suas águas impossibilita o seu aproveitamento para atividades
balneárias.
A oferta existente foi classificada com relação às principais motivações que definem as
segmentações de mercado e os produtos turísticos, de acordo com a classificação
adotada no Zoneamento3, que se constitui num insumo fundamental para a organização
territorial e a montagem dos quadros. Em seqüência, encontram-se são os principais
mercados emissores que merecem ser incentivados. O quadro classifica ainda os produtos
estratégicos indicados por tipos como Estruturantes, Emergentes e Complementares.
3Exceção feita ao Turismo Esportivo e Turismo da Melhor Idade (Senior), que não integram as categorias do
Zoneamento, em função das limitações quanto à informação disponível sobre estes segmentos.
ESTRATÉGIA
ADEs REGIÕES NÍVEL DE NÍVEL DOS RECURSOS TURÍSTICOS DE
TURÍSTICAS DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO
Atual Potencial Ambiente Patrimônio Patrimônio Meios de Equip. e Produtos Estratégicos / Tipo
Urbano Natural Cultural Hospedagem Serviços
I 1 (*****) (*****) (**) (*****) (*****) (****) (***) TC (Es), ET (Em), TB (Es), TS (Co)
II 2 (****) (*****) (****) (*****) (****) (****) (**) ET (Es), TN (Em), TS (Co)
III 3 (**) (****) (***) (***) (****) (**) (*) TC (Es), ET (Em), TR (Co), TS (Co)
IV 4e5 (*****) (*****) (*****) (****) (*****) (*****) (*****) TB (Es), TC (Es), TN (Es), TE (Co), TS (Co)
V 6, 7 e 8 (***) (****) (****) (****) (****) (***) (**) ET (Es) TC (Es), TN (Em), TS (Co)
VI 9 e 10 (*****) (*****) (****) (*****) (****) (***) (***) TB (Es), ET (Es), TE (Co)
VII 11 e 12 (*) (****) (***) (****) (****) (**) (*) TN (Es), ET (Em), TR (Em)
VIII 13 (*) (***) (**) (***) (***) (*) (*) ET (Es), TR (Em)
Fonte: Consultoria Externa, adaptada à terminologia e classificação do Plano Diretor de Turismo
LEGENDA:
A existência de matrizes, relacionando o espaço turístico com os seus produtos e com a sua
avaliação, constitui um dos instrumentos privilegiados para que, em tempo hábil, possam ser
alteradas ou potencializadas as estratégias anteriormente estabelecidas, visando o
cumprimento dos objetivos de longo prazo.
PERFIL DO TURISTA
ADES REGIÕES PRODUTOS MERCADOS
TURÍSTICAS Classe de Rendimento
A B A B C1 C2 C3 C4
I 1 TN, ET TC, TE M1, M2, M4 M3 * * *
II 2 TN, ET TC M1,M4 M2 * *
LEGENDA:
Incidência
Alta A
Razoável B
Propõe-se que seja conferida uma ordem de prioridade na promoção das diversas ADEs do
Estado, em função do estágio de evolução dos seus respectivos produtos turísticos,
conforme a seguir apresentado. É importante deixar claro que esta ordem de prioridade
não é restritiva a qualquer trabalho de promoção em quaisquer das Regiões Turísticas do
Estado, referindo-se, tão somente, a uma hierarquia que indica as áreas de retorno mais
rápido e de maior capacidade de multiplicação territorial do efeito do seu
desenvolvimento.
?? A curto prazo, devem ser priorizadas as ADE’s com maior consolidação da imagem
turística nos diversos segmentos de mercado, as quais coincidem com as áreas de maior
desenvolvimento turístico atual. Trata-se, assim, das ADE’s que mais rapidamente podem
experimentar um crescimento sustentado e mais facilmente podem influenciar o
desenvolvimento das restantes. Encontram-se neste caso, além da ADE IV que inclui
cidade do Rio de Janeiro, as ADEs I, II e VI.
?? A médio prazo, devem ser trabalhadas as ADE’s localizadas mais no interior e litoral norte
do Estado e que podem ser influenciadas pelo turismo da cidade do Rio de Janeiro, mas
também pelo desenvolvimento experimentado pelas ADEs vizinhas. Trata-se, neste caso,
das ADEs da III, V e VII.
?? A médio/longo prazo, situa-se a ADE VIII, que exige um maior investimento de recursos
técnicos e financeiros para assegurar o seu desenvolvimento equilibrado.
Os limites da ADE I coincidem com os limites da Região Turística 1. De acordo com critérios
econômicos, deve-se maximizar a sua aptidão para captar segmentos do mercado turístico
de rendimentos elevados e acrescentar ainda mais valor a uma base que se afigura sólida e
atraente para investimentos no setor.
Sob outra ótica da exclusividade, na Baía da Ilha Grande a apropriação privativa, real ou
aparente, da totalidade do espaço de certas ilhas e praias também muito atraentes para o
turismo, deve ser considerada e revista pelas autoridades competentes, no sentido de
corrigir uma situação manifestamente restritiva ao desenvolvimento turístico. Tais
apropriações neutralizam a função social que muitas delas poderiam ter, se desenvolvidas
para o turismo em benefício geral, mesmo que seus utilizadores constituíssem um segmento
de mercado limitado.
Os limites da ADE II coincidem com a Região Turística 2. Não obstante a sua superfície
comparativamente pequena, a ADE II possui uma reputação já estabelecida para o turismo
em zonas de altitude, e com capacidade para atrair segmentos de mercado do chamado
turismo de alto valor e baixo volume. Estes são constituídos por visitantes de classes de
rendimento alta e média-alta em número limitado, que ali procuram tranqüilidade num
enquadramento paisagístico bastante atraente, optando por alojar-se em tipologias
hoteleiras de dimensão média ou pequena, que oferecem elevados níveis de conforto e
serviço.
Os limites da ADE III coincidem com a Região Turística 3. O assim chamado turismo de
habitação, num contexto rural marcado pela história do Estado e do país ligada ao Ciclo do
Café, é uma realidade já estabelecida e em desenvolvimento nesta ADE, graças aos
esforços de proprietários locais. Esse tipo de turismo, em antigas fazendas de café,
representa uma atração única e diferenciada que merece e exige atenção e assistência,
tanto mais por ser esta uma Região geograficamente muito acessível.
Os limites da ADE V coincidem com as Regiões Turísticas 6, 7 e 8. Esta ADE tem como âncora
o município de Petrópolis, erigido Cidade Imperial, com expressivos exemplos de patrimônio
histórico arquitetônico e com uma área natural envolvente em que predominam unidades
de conservação ambiental, em um ameno clima de altitude.
Uma alternativa para ampliar a demanda turista à Região, seria a de promover pacotes
especialmente dirigidos a segmentos de mercado estrangeiros que normalmente não saem
do Rio. Para isso seria necessário preparar programas com circuitos suficientemente
atraentes para reter os visitantes na ADE durante, pelo menos, duas noites, além de
providenciar as infra-estruturas necessárias. Poder-se-ia ainda apostar fortemente no
ecoturismo e em outras atividades baseadas na natureza, que aqui se revela muito
generosa e diversificada, potencialmente apelativa para uma também ampla gama de
segmentos de mercado, principalmente os oriundos de países europeus.
Os limites da ADE VI coincidem com as Regiões Turísticas 9 e 10. Esta ADE inclui áreas que
são destinos turísticos já consagrados e outras que ainda se encontram em franco
desenvolvimento. A expansão rápida, para satisfazer a demanda por parte dos veranistas,
tem causado um grande número de problemas, que vão desde a urbanização especulativa
e desordenada, até a poluição das lagoas causada por descargas de águas residuais não
tratadas. Carências como a de abastecimento de água potável são também apontadas.
Com inegável poder de atração, Armação dos Búzios detém uma imagem de marca
reconhecida internacionalmente, possuindo um parque hoteleiro desenvolvido, com meios
de hospedagem de pequenas dimensões.
Os limites da ADE VII coincidem com as Regiões Turísticas 11 e 12. Esta ADE possui um
conjunto de atrativos naturais e culturais, bem como de recursos turísticos, com poder para
atrair um mercado doméstico e local, podendo vir a ampliar o alcance da demanda com a
promoção do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba e as antigas fazendas do ciclo do
açúcar, ao longo do canal que vai até a lagoa Feia que, se devidamente preparados e
agenciados, podem despertar interesse internacional.
A motivação da maioria dos visitantes ao pólo principal da Região 11, representado pelo
município de Macaé, são os negócios, especialmente aqueles relacionados com a
exploração petrolífera.
Entretanto, é possível que o mercado cativo dos visitantes motivados pelos negócios, que
não é de natureza sazonal, possa ser atraído no sentido do prolongamento de suas estadas,
da participação em excursões e em outras atividades de lazer. Este aspecto deve ser objeto
de um estudo de mercado específico que possa identificar oportunidades tais como
fomentar a vinda de acompanhantes, oferecer pacotes promocionais, etc.
Em termos estratégicos, a melhor contribuição que esta ADE pode dar para o futuro
desenvolvimento turístico do Estado do Rio de Janeiro é a que até agora tem dado em
relação ao mercado doméstico. Por conseguinte, a estratégia recomendada é que se
proporcione as condições para que ela possa continuar a contribuir dentro desta aptidão.
Assim, o leque das ações a empreender inclui intervenções ao nível de melhorias de vias de
acesso, e criação de outros atrativos e produtos para reter os visitantes por mais tempo e
aumentar assim as receitas turísticas.
Os limites da ADE VIII coincidem com a Região Turística 13. Os atrativos turísticos desta ADE
são de valor relativamente limitado, comparativamente às demais regiões turísticas do
Estado, embora existam atrações para segmentos de mercado especiais ou especializados,
de origem doméstica, mas não necessariamente restritos apenas a estes. Com a agravante
do acesso viário, mais demorado e distante com relação à capital do Estado e a outros
pólos emissores de fluxos internos.
Neste sentido, este Capítulo do Plano está organizado em duas partes distintas dispondo,
respectivamente, sobre os normativos de proteção aos recursos turísticos e os normativos
que dispões obre a regulamentação e o funcionamento dos serviços turísticos.
A proposição de normas relativas à proteção dos recursos turísticos refere-se, antes de mais
nada, a uma consolidação do que já existe em termos de legislação de proteção aos
recursos naturais e culturais com os respectivos embasamentos legais. Além disto, são
indicadas recomendações complementares para serem incluídas nas respectivas
legislações municipais.
A seguir é apresentada uma síntese das normas de proteção ambiental e cultural que se
aplicam mais diretamente a proteção dos recursos turísticos. A relação apresentada não
esgota o tema, de universo muito extenso e que desce a níveis de detalhes, cuja
abordagem não cabe na escala deste trabalho. Trata-se assim de uma referência aos
normativos básicos que têm relação com a atividade turística.
A descrição sintética deste conjunto de normas objetiva informar sobre o seu conteúdo e o
seu caráter no que se refere às restrições impostas a determinados atrativos ou parcelas do
território, remetendo sempre a legislação original na sua íntegra.
O corpo de normas ambientais pode ser separado em duas categorias: a primeira diz
respeito àquelas que são genéricas e se aplicam a todos os elementos naturais preserváveis
em todo território nacional ou estadual; a segunda é composta por normas baixadas para
atender às necessidades de preservação de áreas ambientais, especificamente delimitadas
do território estadual.
A legislação municipal não está apresentada, devendo ser considerada como normativo
complementar, do ponto de vista ambiental, e básico, no que se refere à ocupação e uso
do solo nas áreas urbanas.
Estabelece a desapropriação das águas públicas, seus alvéolos e margens, por necessidade
ou por utilidade pública, determinando as condições do aproveitamento de quedas d'água
para geração de energia elétrica.
o nas faixas marginais, com largura mínima de 30m, ampliável de acordo com
a dimensão do recurso, ao longo de todos os cursos d’água e ao redor das
lagoas, lagos ou reservatórios de águas naturais ou artificiais;
Dispõe sobre a criação de Áreas e Locais de Interesse Turístico, por decreto ou resolução do
extinto Conselho Nacional de Turismo - CNTUR. Não foi indicada nenhuma área ou local de
interesse turístico no território estadual.
??Constituição Estadual
São ainda indicadas como áreas de relevante interesse ecológico, cuja utilização
dependerá de prévia autorização dos órgãos competentes, preservados seus atributos
essenciais às coberturas florestais nativas; a zona costeira; o Rio Paraíba do Sul; a Ilha
Grande; a Baía de Guanabara; a Baía de Sepetiba.
??Lei 650/83
Dispõe sobre a política estadual de defesa e proteção das bacias fluviais e lacustres do
Estado, que deve definir o Projeto de Alinhamento de Rio (PAR), o Projeto de Alinhamento
de Orla (PAO) e a Faixa Marginal de Proteção (FMP), que serão demarcados pela
Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas – SERLA, a quem devem ser
submetidos os projetos de obras e serviços nestas áreas, de acordo com as faixas mínimas
definidas no Código Florestal (Lei Federal 4771/65).
?? Diretriz Dz 1839.R-0
Com relação às UCs, há uma grande variedade de tipos de gravames, em função do seu
tipo, desde aquelas destinadas a proteção integral da biota, onde são admitidas atividades
relacionadas a estudos e pesquisas até aquelas onde são permitidos, inclusive, usos urbanos
sob determinadas condições de manejo. Neste sentido, as UCs podem ser classificadas em
unidades de proteção integral, onde são maiores as restrições quanto à ocupação e ao uso
(Estação Ecológica - EE, Reserva Ecológica - RE, Reserva Biológica - REBIO, Parque Nacional -
PARNA, Parque Estadual, Parque Municipal e Reserva Particular do Patrimônio Natural -
RPPN) e as unidades de uso sustentável, onde são permitidos diversos usos sob determinadas
condições (Área de Proteção Ambiental - APA, Floresta Nacional - FLONA, Floresta Estadual,
Floresta Municipal, Reserva da Fauna, Reserva Extrativista - RESEX e Área de Relevante
Interesse Ecológico - ARIE).4
?? Tombamento e Registro (Decreto Lei Federal n°25 de 30/11/37, Lei Estadual n°509 de
03/12/ 81 e Decreto Estadual n°5.808 de 13/06/82)
Define e delimita, entre outras categorias, as áreas de Especial Interesse Turístico do Estado
cujo mapa é apresentado na parte II – Diagnóstico deste plano, e relaciona ainda os
Recursos Turísticos de Ocorrência Isolada e estabelece normas relativas ao parcelamento do
solo para estas áreas e recursos, legislando complementarmente aos municípios. Entre outras
normas, determina que todas as praias e as faixas marginais ao longo dos cursos de águas e
nascentes devem ter a garantia do acesso público a cada 600m e diretamente a todos os
locais onde há ocorrência de quedas d’água e cachoeiras, definido ainda um faixa
marginal de proteção às praias, com largura de 30m.
As EEs não podem ser reduzidas nem utilizadas para fins diversos daqueles para os quais
foram criadas.
As REs têm por finalidade manter os ecossistemas naturais, de importância regional ou local,
e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibiliza-lo com os objetivos da
conservação ambiental. Devem ser de preservação integral da biota, admitindo-se apenas
o uso indireto de parte da área para fins científicos, de administração e manutenção
As RPPNs são criadas por destinação de seu proprietário, em caráter perpétuo, em imóvel
de domínio privado em que, no todo ou em parte, sejam identificadas condições naturais
primitivas, semi-primitivas, recuperadas ou cujas características justifiquem ações de
recuperação, pelo seu aspecto paisagístico ou para a preservação do ciclo biológico de
espécies da fauna ou flora nativas do Brasil.
??Áreas de Proteção Ambiental (Lei Federal 6902/81, Lei 6.938/81 e Decreto 88.351/83)
As APAs são áreas cujo objetivo é assegurar o bem estar das populações e conservar ou
melhorar as condições ecológicas locais. Estas áreas não sofrem desapropriações e podem
ser de qualquer situação dominial. Nelas são limitadas ou proibidas indústrias
potencialmente poluidoras, atividades que provoquem erosão ou que ameacem extinguir
espécies raras, bem como realização de obras de terraplanagem e abertura de canais que
alterem as condições ecológicas locais.
Nas APAs são admitidas as atividades turísticas e recreativas, bem como outras formas de
ocupação e uso da área, desde que se harmonizem com os seu objetivos específicos.
As florestas assim instituídas são áreas extensas, com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas, destinadas a produção econômica sustentável de madeira e
outros produtos vegetais, proteção de recursos hídricos, pesquisa e estufas, manejo da
fauna silvestre e atividades recreativas de contato com a natureza.
São áreas de domínio público com atributos ambientais relevantes, capazes de propiciar
atividades de recreação ao ar livre, sob supervisão estadual, que garanta sua utilização
correta. Essas áreas devem dispor de um Plano Diretor, aprovado oficialmente, cuja diretriz
primordial seja a de possibilitar a perpetuação das atividades recreacionais, com base em
critérios conservacionistas de preservação dos aspectos ambientais característicos.
Angra dos Reis Tomb.da Área Índigena Guarani Do Bracuí** Tomb. Prov. D.O.14/04/91 / INEPAC
Tomb. da Ilha Grande** Res. 29 de 14/10/87 Tomb.Def. 09/11/87 / INEPAC
Tomb. da Ilha do Morcego*** 317 – T-42 / SPHAN
APA de Tamoios** Dec. Estadual 9.452 de 05/12/86 / FEEMA
REBIO da Praia Do Sul** Dec. 4.972 de 02/12/81 / FEEMA
EE de Tamoios*** Dec. 98.864 de 23/01/90 / IBAMA
EE Federal*** Dec. 84.873 de 29/07/80 / IBAMA
PARNA da Serra da Bocaina***. Dec. 68.172 de 04/02/71 E DEC. 70.694 de 08/06/72 / IBAMA
Parque Estadual Marinho do Aventureiro** Dec. 15.983 de 27/11/90
Parque Estadual da Ilha Grande**. Dec. 15.273 de 28/06/71, 16.067 de 73 E 2.062 De 78 / IEF
RPPN Gleba o Saquinho de Itapirapuã*** Dec. 1.922 de 05/06/96 / IBAMA
Itaguaí FLONA Mario Xavier*** Dec. 93.369 de 89 / IBAMA
RPPN Sítio Poranga e Sítio Angaba*** Dec. 1.922 de 05/06/96 IBAMA
Mangaratiba APA de Mangaratiba** Dec. 9.802 de 9.802 de 12/03/87 / FEEMA
RPPN de Rio das Pedras e Fazenda Cachoeirinha*** Dec. 1.922 de 05/06/96 IBAMA
Parati Tomb. do Município de Parati*** Livro de Tombos Df 58.077/66 / IPHAN
Ponta da Trindade e da Fazenda, Enseada do Sono e Praia da Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC
Ponta do Caju, Enseada do Pouso e Ilhas de Itaoca, Saco e
Manguezal de Mamanguá, Enseada de Parati Mirim e Ilha das
Almas, Praia Grande, Ilha do Araújo e Praia de Tarituba**.
APA de Cairuçu*** Dec.89.242 de 27/12/83 / IBAMA
PARNA da Serra da Bocaina*** Dec.68.172 de 04/02/71 e DEC. 70.694 de 08/06/72 / IBAMA
RE da Juatinga** Dec.1.859 de 01/10/91 / IEF
Parque Estadual de Parati-Mirim** Dec.15.927/72 E 996/76 /
Rio Claro EE de Piraí*** Contrato de Comodato Light/Sema de 26/05/82 / IBAMA
RPPN Fazenda Roça Grande e Sítio Fim da Picada*** Dec.1.922 de 05/06/96 / IBAMA
REGIÃO 2 UNIDADES LEGISLAÇÃO
Belford Roxo
Duque de Caxias Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC
APA de Petrópolis*** Decr.87.561 de 13/09/82 e Decr.527 de 20/05/92 / IBAMA
REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA
Nilópolis APA Gericinó-Mendanha** Lei 1.331 de 12/07/88 / IEF
Nova Iguaçu APA Gericinó-Mendanha** Lei 1.331 de 12/07/88 / IEF
Parque Estadual da Serra de Madureira/Medanha Proc. E07/300323/92 / IEF
REBIO do Tinguá*** Dec.97.780 de 23/05/89 / IBAMA
Magé Tombamento dos Caminhos de Minas** Tomb.Prov. 20/11/84 / INEPAC
APA de Petrópolis*** Decr.87.561 de 13/09/82 eDecr.527 de 20/05/92 / IBAMA
APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA
RPPN Reserva Querência*** Decr.922 de 05/06/96 / IBAMA
São Gonçalo APA de Guapimirim*** Dec.90.225 de 25/09/84 / IBAMA
Seropédica FLONA Mario Xavier*** Dec.93.369/86 / IBAMA
Sta. Maria Madalena Parque Estadual Do Desengano** Dec.Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 IEF
Campos Parque Estadual do Desengano** Dec.Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 Ief
Sâo Francisco do Tombamento. da Área da Foz do Rio Paraíba do Sul, com Res.25 27/04/87 Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC
Itabapoana Manguezais e Complexo Nesográfico (Conjunto de Ilhas)**.
São João da Barra Tombamento da área da foz do rio Paraíba do Sul, com Res.25 27/04/87 Tomb.Def. 11/05/87 INEPAC
manguezais e complexo nesográfico (conjunto de ilhas)**.
REGIÃO 13 UNIDADES LEGISLAÇÃO
São Fidélis Parque Estadual do Desengano** Dec. Lei 250 de 13/04/70 Dec. 71.021 de 28/12/83 IEF
Obs: O perímetro do Tombamento Provisório Estadual das áreas integrantes do Sistema Orográfico Serra do Mar/Mata Atlântica, INEPAC – Edital de 06/03/91
- DO 06/03/91, abrange os seguintes municípios: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Bom Jardim, Cachoeiras de Macacú, Campos dos Goytacazes, Casimiro
de Abreu, Conceição de Macabú, Duas Barras, Duque de Caxias, Engenheiro Paulo de Frontin, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Macaé, Magé, Mangaratiba,
Marica, Mendes, Miguel Pereira, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Parati, Petrópolis, Piraí, Rio Bonito, Rio Claro, Rio de Janeiro, Santa Maria Madalena,
São Fidélis, Saquarema, São Gonçalo, Silva Jardim, Sumidouro, Tanguá, Teresópolis, Trajano de Morais.
GLOSSÁRIO:
“A cultura pode ser vista, respeitados seus próprios limites, como um recurso econômico não
apenas passível de fomentar o desenvolvimento das sociedades, mas essencial ao seu
pleno desenvolvimento.
Concluindo, o conjunto de bens que integram a lista dos tombamentos pelo Estado, como
Patrimônio Cultural e Natural Fluminense, identificados neste Plano de Desenvolvimento
Turístico, é apenas uma parcela de um universo imenso que ainda temos a conhecer,
valorizar e preservar, quem sabe através do Turismo, para usufruto das presentes e futuras
gerações.” 6
PROPOSIÇÕES
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 194
Os bens tombados pela União e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, integram o
Mapa Patrimônio Histórico-Cultural, apresentado no Volume 1, Parte II – Diagnóstico, deste
Plano.
Ao tratar do tema Patrimônio Cultural, não se pode deixar de destacar a forte consciência
do valor da arquitetura no Brasil, produto da obra de arquitetos como Oscar Niemeyer e
Lúcio Costa, e a tropicalização de tipologias criadas por Le Corbusier, de fama
internacional. Porém, e à parte um legado histórico que é hoje notável contributo
patrimonial, não se notam muitos exemplos de uma arquitetura brasileira nas supra-estruturas
turísticas, como unidades hoteleiras, com raras exceções. É importante resgatar, no ato de
projetar os empreendimentos turísticos, o valor da arquitetura brasileira, buscando-se, ao
mesmo tempo, valorizar o serviço oferecido, numa atividade onde o aspecto visual é
fundamental.
PROPOSIÇÕES
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 195
Neste sentido, a constituição do grupo de trabalho interinstitucional proposto por este Plano,
com participação da EMBRATUR, TURISRIO, municípios e representação de agentes de
mercado, será fundamental e terá como objetivo discutir e encaminhar a atualização e
revisão do conjunto de normas que regulamentam a atividade nas diferentes esferas de
governo, definidas de forma integrada, bem como indicar das providências necessárias ao
seu efetivo cumprimento.
?? Lei n° 6.505/77
?? Decreto 84.910/80
?? Decreto-Lei n° 2.294/86
PROPOSIÇÕES
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 196
?? Lei n° 8.181/91
?? Decreto n° 448/92
PROPOSIÇÕES
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 197
PROPOSIÇÕES
PLANO DIRETOR DE TURISMO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 198
Dentro do horizonte temporal de vigência do Plano, programado para dez anos, estão
previstas três fases para implementação das diversas estratégias propostas:
O último ano é reservado para a revisão do Plano, considerando este horizonte de tempo
adequado à implementação de medidas corretivas estruturais, sem prejuízo das correções
de rumo que poderão ocorrer durante as três fases de implantação do Plano, por conta das
medidas resultantes do seu monitoramento.
Deve-se considerar ainda que o planejamento dos diversos programas, projetos e ações
assumem particular importância, independentemente do horizonte temporal de
implementação de cada um destes componentes, devendo-se distinguir as ações pontuais,
e as atividades continuas ou periódicas, conforme apresentadas a seguir, no Cronograma
Físico.
PROPOSIÇÕES
plano diretor de turismo do estado do rio de janeiro 199
CRONOGRAMA FÍSICO
ETAPAS
PROGRAMAS PROJETOS E AÇÕES CURTO MÉDIO LONGO
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Infra-estrutura Rodoviária
? BR-101 Parati / Campos ? ? ?
Infra-Estrutura Básica ? Viaduto de Manilha BR-101 / Br-493 ?
? BR-393 Barra-Mansa / Pirapetinga MG ? ?
? RJ-116 Itaboraí / Itaperuna ? ? ?
? RJ-165 Paraty / Cunha ? ?
? RJ-106 Niterói / Macaé ? ?
? RJ-140 Silva Jardim / Arraial do Cabo ?
? RJ-124 Rio Bonito / Araruama ?
? RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá ?
Infra-estrutura Aeroviária
? Aeroporto Internacional Tom Jobim ?
? Aeroporto Santos Dumont ? ?
? Ligação Hidroviária Aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont ?
? Aeroporto de Cabo Frio ?
? Aeroporto de Resende ?
? Aeroporto de Angra dos Reis ? ?
Infra-estrutura Hidroviária
? Estabelecimento da “Qualidade Náutica Ambiental-Rio” ? x x x x x x x
? Implantação dos Pólos da Costa ? x x x x x x x
? Implantação dos Atracadouros de Suporte ao Tráfego Náutico ? ?
Saneamento
? Despoluição das Lagoas de Araruama, Saquarema e Maricá ? ? ?
? Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Histórico de Parati ?
? Implantação de Sistema de Esgoto no Núcleo Urbano de Angra dos Reis ?
? Implantação de Sistema de Col. Trat. e Dest. Final dos Resíduos Sólidos ? ? ? ?
Equipamentos Turísticos de Implantação de Áreas de Lazer e Excursionismo ? ? ? ?
Apoio Implantação de Centros de Convenções ? ?
Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)
ETAPAS
PROGRAMAS PROJETOS E AÇÕES CURTO MÉDIO LONGO
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Banco de Dados Concepção e Implantação do Banco de Dados ?
Alimentação do Banco e Análise e Tratamento das Informações x x x x x x x x
Mídia eletrônica ? x x x x x x x x
Postos de Informações Turísticas
? Implantação de Postos de Informações ? ? ? ?
Informação ao Turista
? Operacionalização e Manutenção de Postos de Informações x x x x x x x x x
? Calendários de Eventos x x x x x x x x x
Sinalização Turística
? BR-101 Paraty / Rio de Janeiro ?
? BR-116 Resende/Rio de Janeiro e Duque de Caxias / Além Paraíba ? ?
? BR-040 Rio de Janeiro / Comendador Levy Gasparian ?
? RJ-163 Penedo / Visconde de Mauá ?
? RJ-116 Itaboraí / Bom Jardim ?
? RJ-106 Niterói / Macaé ?
? BR-101 Niterói / Campos dos Goytacazes ? ?
? BR-393 Barra Mansa / Além Paraíba ?
? BR-495 Petrópolis / Teresópolis ?
? BR-356 Itaperuna / Campos ?
? RJ-155 Barra Mansa / Angra dos Reis ?
? RJ-145 Piraí / Rio das Flores ?
? RJ-130 Teresópolis / Friburgo ?
? RJ-142 Nova Friburgo / Casimiro de Abreu ?
? RJ-124 Rio Bonito / Araruama ?
Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (x)
ETAPAS
PROGRAMAS PROJETOS E AÇÕES CURTO MÉDIO LONGO
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Orientação para Gestão dos Manual de Orientação ao Empresário ? x x x x x x x
Serviços Turísticos Banco de Negócios Turísticos ? x x x x x x x
Incentivo à Ampliação e Qualificação da Oferta Hoteleira ? x x x x x x x
Qualificação da Mão de Estruturação da Câmara Técnica de Coordenação de Recursos Humanos ? x x x x x x x x
Obra Formação de Recursos Humanos / Escola de Hotelaria ? x x x x x x x x
Especialização e Reciclagem de Mão de Obra para o Setor ? x x x x x x x x
Captação de Recursos PRODETUR SUDESTE ? ? ? ? ? ? ? ? ?
Incentivos fiscais e Programas de crédito ? x x x x x x x x
Ações Pontuais (?) Atividades Contínuas ou Periódicas (.x)
A amplitude temática e territorial deste Plano Diretor de Turismo está condicionada por
fatores de diversas ordens, alguns deles independentes dos agentes envolvidos, sejam eles
públicos ou privados, não sendo possível prever com rigor a evolução de todos esses fatores
e, nem sempre, atuar efetivamente sobre eles.
Neste sentido, o processo de planejamento instaurado com o Plano deve incluir a previsão
de instrumentos de detecção, análise e correção dos desvios existentes, tarefa clássica a
uma função de monitoramento.
Neste contexto, as duas primeiras ações que decorrem da sua implementação respeitam à
atribuição de tarefas e responsabilidades, que engloba o universo dos agentes envolvidos
com o setor, e à fixação de prazos e respectivos cronogramas.
?? coerência na execução das políticas, sobretudo na criação de uma imagem única para
todo o Estado do Rio de Janeiro;
?? permanente adaptação das variáveis ao contexto concorrencial, principalmente no
que se refere aos destinos nacionais mais competitivos e seus concorrentes diretos;
?? enfoque permanente da estratégia na vantagem competitiva, mesmo quando esta é
parcial, através do aproveitamento dos fatores e recursos que mais distinguem o Estado
do Rio de Janeiro;
?? adoção permanente da regra da prudência e da segurança.
As tarefas inerentes à avaliação permanente do Plano têm de ser baseadas num sistema de
informação turística específico do Estado do Rio de Janeiro, o qual versará sobre assuntos
de ordem qualitativa e quantitativa, cuja concepção e conteúdo deverá constituir uma das
primeiras ações de monitoramento do Plano, integrante do Macroprogrma 3.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
PUBLICAÇÕES
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