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A liturgia deste 29º D.T.

C, convida-nos a refletir acerca da forma como devemos


administrar relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo,
assumindo nossa responsabilidade de cidadãos perante o Estado sem deixar que
afete nossa relação com Deus. Diante da pergunta que seus adversários lhe
fazem, os quais estão sempre de plantão para colocá-lo à prova, a cerca do
pagamento ou não do imposto ao Império, a César, Jesus, no Evangelho,
responde lembrando os direitos de Deus: “Pagai a César o que é de Cesar, mas
dai a Deus o que é de Deus”. A moeda traz a imagem do imperador com a
inscrição de um lado “Tibérius Caesar Divi Augustos Filius Augustus” e no
reverso da mesma a seguinte inscrição: Pontifex Maximus”. Uma forma de atrair
para si a adoração de seus súditos. Jesus, mostra que a moeda traz a imagem
do imperador, portanto deva ser devolvida a ele, mas a pessoa humana, como
evoca o livro das origens, Gênesis, diz que o ser humano é imagem de Deus,
pertence, portanto, a Deus. Por isso nunca deve estar subjugado, escravizado,
sujeito a algum imperador. Os pobres são de Deus; os pequenos são seus filhos
prediletos; o Reino de Deus lhes pertence e ninguém deve abusar deles.
Nenhum César, situação nenhuma, deva usurpar daquilo que só pertence a
Deus, como sugere a 1ª. Leitura, do Profeta Isaías: “Eu sou o Senhor, não
existe outro: fora de mim não há deus”(2x).

Na 2ª. leitura, Paulo elogia a comunidade da Tessalônica por permitir que Deus
seja o centro da sua caminhada de fé, vivendo assim o TRIPÉ que sustenta a
Comunidade: fé ativa que se traduz em obras; a prática do amor que
constrói a fraternidade e a esperança que assegura a caminhada de fé
numa sociedade exigente, num mundo marcado por tantas situações
desumanas. Comunidade que se alicerça numa fé madura, lúcida, que se traduz
em obras de caridade. E neste Domingo, celebramos também, o DIA MUNDIAL
DAS MISSÕES E DA OBRA PONTIFÍCIA DA INFÂNCIA MISSIONÁRIA,
queremos nos solidarizar com todas as frentes missionárias que a Igreja
mantem, desde às que estão nas nossas comunidades paroquiais até aquelas de
além fronteiras. O Papa Francisco, na sua mensagem para esse Dia Mundial das
Missões nos recorda: “Um amor que não sentisse a necessidade de falar da
pessoa amada, de apresentá-la, de torná-la conhecida, que amor
seria?”(E.G), referindo-se a necessidade de toda Igreja de “anunciar o mais
belo, o mais importante e o mais necessários, que é Jesus Cristo. Portanto, o
dia Mundial das Missões é para todos nós ocasião oportuna de traduzir nossa fé
em gesto concreto, gesto de comunhão, de solidariedade, com nossas orações,
testemunho e com nossas ofertas, nossa generosidade que sustenta a missão
da Igreja. “Corações ardentes, pés a caminho”, é o lema da Campanha
Missionária deste ano que reflete bem a caminhada de todos nós batizados.
Deus abençoe a todos!

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