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VO U A P R EN D E R : Co mpre ens ão da Lei tur a

A história do nosso pato

“Surpresa!” – disse a educadora.


“Oh! Um patinho! Pode ser nosso? Podemos brincar com ele?” – disseram todos ao
mesmo tempo.
E o pato passou a ser o companheiro das brincadeiras dos meninos daquela sala. Ia
comer às mãos deles, encostava a cabeça às suas pernas, mas não aprendia onde era o
quarto de banho!
Os patos adoram água, e aquele não era diferente. “Porque é que o pato toma tantas
vezes banho por dia? Ele não estava sujo?!” – pergunta um menino.
Quando chegava a hora de dormir, o pato lá ia para o meio deles. Cansado da
brincadeira, ficava quietinho até eles acordarem.
O pato entrava em todas as brincadeiras da “casinha”. Temos aqui a tua comida. Está
gostosa? – perguntavam os meninos. E ele respondia: “- Quá, quá, quá…”.
Um dia, de manhã, ao chegarem ao jardim-de-infância, o pato não apareceu a dizer
“quá-quá”, que também era a sua maneira de dizer: “- Bom dia”. Estava no colo da
educadora, com os olhos fechados.
A educadora explicou-lhes que o patinho não estava a dormir e que tinha morrido.
Todos, muito tristes, meteram o patinho numa caixa e fizeram uma cova no jardim.
Foi um dia muito triste. O patinho estava enterrado. Não ia mais encostar a cabeça às
pernas deles, nem fazer chichi no canteiro das margaridas.
A sala parecia muito triste, sem aquele amigo de brincadeiras. No cesto castanho já
não aparecia a sua cabecinha branca a espreitar como que a pedir: “- Brinquem
comigo”.
“Surpresa!” – disse, um dia, o Pedro, imitando a educadora. – Quem quer brincar
com um cãozinho que é branquinho e peludinho e tem uma pinta no focinho?!”

Eduarda Coquet, Fernanda Leopoldina Viana & Marta Martins, “A História do


Nosso Pato”. Porto: Porto Editora, 1995.

É autorizada a reprodução deste material para efeitos de investigação e/ou de intervenção psicopedagógica.

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