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Rec - 1 Prevenção Efeitos Da Seca
Rec - 1 Prevenção Efeitos Da Seca
º 01/2005
PREVENÇÃO DE POSSÍVEIS EFEITOS NEGATIVOS DA SECA NA QUALIDADE DA
ÁGUA DISTRIBUÍDA
Considerando que:
A situação de seca que se verifica em grande parte do território continental no corrente
ano de 2005 e desde há longos meses obrigou já um número considerável de entidades
gestoras a tomarem medidas excepcionais para garantirem que alguns aglomerados
populacionais pudessem continuar a ser abastecidos regularmente e em condições
satisfatórias.
As medidas tomadas passaram nomeadamente por recurso a auto-tanque, a reactivação
de furos de reserva e a abertura de novos furos, tendo naturalmente em conta as
disposições legais em vigor.
Enquanto Autoridade Competente para a qualidade da água para consumo humano e
entidade integrante da “Comissão da Seca 2005”, o IRAR está particularmente
preocupado com os possíveis efeitos para a saúde humana decorrentes do recurso às
citadas medidas, dado que podem constituir um factor acrescido de risco.
Numa perspectiva preventiva, um conjunto de recomendações poderão contribuir para
assegurar que, nas condições presentes, a água possa continuar a chegar aos
consumidores com a qualidade adequada.
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Em qualquer uma das condições descritas, deve proceder-se a um reforço do
controlo operacional, em especial do controlo do cloro residual na rede de
distribuição;
O controlo na torneira do consumidor deve manter a frequência de amostragem
prevista no programa de controlo da qualidade da água.
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tendo em conta a necessidade de abastecer as populações afectadas e de acordo com
o Decreto-Lei, proceder da seguinte forma:
Se se tratarem de parâmetros da Parte B do Anexo I do Decreto-Lei (parâmetros
obrigatórios), podem solicitar ao IRAR, a derrogação de um ou mais parâmetros,
devendo tal pedido ser justificado nos termos do artigo 15º do Decreto-Lei,
propondo valores máximos que consideram poder cumprir durante o período de
validade da derrogação. Trata-se de uma figura consagrada na lei, devendo o IRAR
obrigatoriamente pedir o parecer da autoridade de saúde, a qual se pronuncia sobre
se os valores propostos pela entidade gestora constituem ou não um perigo
potencial para a saúde humana.
Se os incumprimentos forem relativos a parâmetros da Parte C do Anexo I do
Decreto-Lei, não é possível a sua derrogação, podendo a entidade gestora, face à
excepcionalidade da situação presente, solicitar directamente à autoridade de
saúde que se pronuncie sobre se pode durante um determinado intervalo de tempo
(correspondente ao período de abastecimento a partir de uma origem que, apesar
de ter alguns problemas, constitui a única origem viável) distribuir a água que,
apresentando embora uma menor qualidade, pode não comportar um risco para a
saúde humana.
Quando a análise das novas origens de água revelar para alguns parâmetros
resultados que violem os valores paramétricos, se o tratamento existente não
permitir a sua correcção e se não houver uma alternativa viável, deve ser de
imediato colocada a questão directamente ao IRAR (se se tratar de parâmetros da
Parte B do Anexo I) ou à autoridade de saúde (se se tratar de parâmetros da Parte
C do Anexo I) sobre se essa água pode ser utilizada para consumo humano.
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Disponível em http://www.irar.pt/PresentationLayer/ResourcesUser/docum/inq_seca.doc
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Disponibilizar o seu apoio técnico, se necessário, a todas as entidades gestoras,
em particular àquelas onde se verificam os maiores problemas.
6.4. Naturalmente que o rigor e a continuidade da informação prestada pelas entidades
gestoras são aspectos primordiais para o IRAR, enquanto membro da “Comissão da
Seca 2005”, cumprir os objectivos acima citados.
30 de Setembro de 2005
O Conselho Directivo do IRAR
Jaime Melo Baptista
Dulce Álvaro Pássaro
Rui Ferreira dos Santos
Esta recomendação foi aprovada pelo Conselho Directivo do Instituto Regulador de Águas e Resíduos ao abrigo
do disposto nas alíneas i) e l) do artigo 11.º do Estatuto do IRAR, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 362/98, de 18 de
Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 151/2002, de 23 de Maio.
Ela sistematiza e actualiza todo um conjunto de orientações que o IRAR tem vindo a transmitir regularmente às
entidades gestoras dos sistemas multimunicipais e municipais de abastecimento público de água desde Janeiro
de 2005.
O texto desta recomendação foi elaborado pelo Departamento de Qualidade da Água do IRAR, com a
participação de Alexandre Milheiras Costa, Ana Martins, Cecília Alexandre e Luís Simas.