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Judith Butler Quadros de guerra Quando a vida é passivel de luto? Traducdo de Sérgio Lamario ¢ Amaldo Marques da Cunha Revisdo de traducdo de Marina Vargas Revisdo técnica de Carls Rodrigues tedigso ovinizagfo mmASILEIRA Rio de Janeico 2015 Introduggo Vida precéria, vida passivel de luto* Este livro consiste em cinco ensaios eseritos em resposta 4s guerras contemporaneas, com foco nos modos cultu- ‘ais de regular as disposigbes afetivase éticas por meio de tum enquadramento seletivo e diferenciado da violencia. Decerta forma, 0 livro é uma continuagio de Precarious Life, publicado pela Verso em 2004, especialmente quan- do sugere que uma vida especifica nao pode ser conside- rada lesada ou perdida se nao for primeiro considerada viva. Se certas vidas ndo sio qualificadas como vidas ‘ou se, desde 0 comeso, nao sio concebiveis como vidas de acordo com certos enquadramentos epistemolégicos, centdo essas vidas nunca serio vividas nem perdidas no sentido pleno dessas palavras. Por um lado, procuro chamar a atengio para 0 pro- blema epistemol6gico levantado pela questio do enqua- = No original “Precarious life gievable life, A autora usa dois eros em ‘ngs: precarty, qu wadusimos por condo preci epecriousess oe ‘eadusinos por pecariedade-Lteralmene, greebleg “enlare Cotes Pulavea no €itonarizads sees "passive de lat’ (Nd Rs Tee) ‘quankos oF GuEaRA, dramento: as molduras pelas quais apreendemos ou, na verdade, nao conseguimos apreender a vida dos outros ‘como perdida ou lesada (suscetivel de ser perdida ou lesa- da) estio politicamente saturadas. Elas séo em si mesmas operagdes de poder. Nao decidem unilateralmente as condigdes de aparigio, mas seu objetivo & nao obstante, delimitar a esfera da aparigdo enquanto tal. Por outro lado, o problema é ontol6gico, visto que a pergunta em questao é O que é uma vida? O “ser” da vida é ele mes- ‘mo constituido por meios seletivos; como resultado, nio odemos fazer referéncia a esse “ser” fora das operagdes de poder e devemos tornar mais precisos os mecanismos cespecificos de poder mediante os quais.a vida ¢ produzida. ‘Obviamente, essa constatagio afeta © pensamento sobre a “vida” na biologia celular e nas neurociéneias, jé que ccertas maneiras de enquadrar a vida servem de base para essas priticas cientificas, assim como para os debates a respeito do comego e do fim da vida nas discussées sobre liberdade reprodutiva e eutangsia. Embora o que tenho a dizer possa ter algumas implicagbes para esses debates, ‘meu foco aqui serd a guerra — por que e como se torna ‘mais fic, ow mais dificil, empreendé-la. ‘Apreender uma vida A condigio precdria da vida nos impde uma obriga- ‘cio. Devemos nos perguntar em que condigées torna-se possivel aprender uma vida, ou um conjunto de vidas, como precéria, ¢ em que condigéesiss0 se torna menos Possivel ou mesmo impossivel.F claro, nio se deduz «que sealguém apreende uma vida como preedria decidir protegé-la ou garantiras condigdes para sua sobrevivénci « prosperidade. Pode ser, como Hegel e Klein apontam, cada um a sua maneira, que a apreensio da precarieda- de conduza a uma potencializagio da violéncia, a uma percepcio da vulnerabilidade fisiea de certo grupo de pessoas que incita o desejo de destrui-las. Contudo, quero demonstrar que, se queremos ampliar as reivindicacdes sociais politcas sobre os direitos a protegioe o exercicio do direito & sobrevivéncia e & prosperidade, temos antes ‘que nos apoiar em uma nova ontologia corporal que im- plique repensar a precariedade, a vulnerabilidade, a dor, a interdependéncia, a exposigdo, a subsisténcia corporal, ‘o desejo, o trabalho e as reivindicagdes sobre a linguagem € 0 pertencimento social Referir-se a “ontologia” nesse aspecto nio significa reivindicar uma descrigio de estruturas fundamentais do ser distintas de toda e qualquer organizacio social € politica. Ao contrério, nenhum desses termos existe fora de sua organizagio e interpretagio politicas. O “ser” do corpo ao qual essa ontologia se refere € um ser que estd sempre entregue a outros, a normas, a organizagoes sociais ¢ politicas que se desenvolveram historicamente a fim de maximizar a preeariedade para alguns e mini- mizar a precariedade para outros. Nao é possivel definit primeiro a ontologia do corpo e depois as significages sociais que 0 corpo assume. Antes, ser um corpo é estar ‘Quapnos oF cueana exposto a uma modelagem ¢ a uma forma social, ¢ isso € 0 que faz da ontologia do corpo uma ontologia social. Em outras palavras, 0 corpo esta exposto a forgas arti- culadas social e politicamente, bem como a exigéncias de sociabilidade — incluindo a linguagem, o trabalho € © desejo —, que tornam a subsisténcia e a prosperidade do corpo possiveis. A concepedo mais ou menos existen- cial da “precariedade” esté, assim, ligada a nogio mais cespecificamente politica de “condicio precéria”. E é a alocagao diferencial da condigio precéria que, na minha ‘pinido, coustitui o ponto de partida tanto para repensar 4 ontologia corporal quanto para politics progressstas 6ou de esquerda, de modo que continuem excedendo e atravessando as categorias de identidade.' ‘A capacidade epistemologica de apreender uma vida € parcialmente dependente de que essa vida seja produzida de acordo com normas que a caracterizam como uma vida ou, melhor dizendo, como parte da vida, Desse modo, a produsdo normativa da ontologia cria o problema episte- ‘molégico de apreender uma vida, 0 que, por sua vez, dé ‘origem ao problema ético de definir 0 que é reconhecer ‘ou, na realidade, proteger contra a violagio* e a violén- cia, Estamos falando, é claro, de diferentes modalidades de “violencia” em cada nivel desta anilise, mas isso no significa que todas sejam equivalentes ou que ndo seja [No isiexo politi do rest, consideramos inary como vol, uma ds postblidades de tadusSo desta pala no conceto deviate ‘ke dictes,einjrihle como const de valve, marca comms os (qualgurvide (Nd Tee) necessiio estabelecer alguma distingdo entre elas. Os “enquadramentos” que atuam para diferencias as vidas ‘que podemos apreender daquelas que no podemos (ou que produzem vidas através de um continuum de vida) fio 56 organizam a experiéncia visual como também seram ontologias especifias do sujeito. Os suetos so jos mediante normas que, quando repetidas, roduzem ¢ deslocam os termos por meio dos quais os sujeitos sdo reconhecidos. Essas condigdes normativas para a produgio do sujeito produzem uma ontologia historicamente contingente, de modo que nossa prépria capacidade de discernir e nomear o “ser” do sujeito depende de normas que facilitem esse reconhecimento.* ‘Ao mesmo tempo, seria um equivoco entender a opera- so das normas de maneira determinista. Os esquemas normativos so interrompidos um pelo outro, emergem ¢ desaparecem dependenco de operagdes mais amplas de poder, e com muita frequéncia se deparam com ver- sées espectrais daquilo que alegam conhecer. Assim, ha “sujeitos” que nao sio exatamente reconheciveis como sujeitos e ha “vidas” que dificilmente — ou, melhor dizendo, nunca — sfo reconhecidas como vidas. Em ‘que sentido, entio, a vida excede sempre as condigdes normativas de sua condigao de ser reconhecida? Afirmar isso ndo significa dizer que a “vida" tem como esséncia A auora oss temon: recognition agi tadudo pr reconkesiment; crgnzablsenendio come reconcile mecgncabity sem eure ‘em portugal. Para ote temo a asi ot pot comin de et fecombecido (Neda Roe) ‘Quaonos o€ cuenna luma resisténcia a normatividade, mas apenas que toda © qualquer construgdo da vida requer tempo para fazer seu trabalho, ¢ que nenhum trabalho que ela faga pode veneer 0 préprio tempo. Em outras palaveas, o trabalho nunca esté feito definitivamente. Este & um limite inter- no & prépria construgio normativa, uma funsio de sua “iterabilidade” © heterogencidade, sem a qual nao pode exercitar sua capacidade de modelagem e que limita a Sinalidade de qualquer de seus efeitos. Talvea entdo, como consequéncia, seja necessirio con- siderar como podemos distinguir entre “apreender” e “reconhecer” uma vida. “Reconhecimento” € 0 termo mais forte, derivado de textos hegelianos e sujeito a re- visOes e a criticas durante muitos anos.* “Apreensio” é ‘menos preciso, jé que pode impliear marcar, registrar ou reconhecer sem pleno conhecimento, Se é uma forma de cconhecimento, esté associada com o sentir e 0 perceber, ‘mas de manciras que nao so sempre —ou ainda no sio — formas conceituais de conhecimento. O que somos ca- pazes de aprender é, sem diivida, facilitado pelas normas do reconhecimento, mas seria um etro dizer que estamos ‘completamente limitados pelas normas de reconhecimento quando apreendemos uma vida. Podemos aprender, por ‘exemplo, que alguma coisa no é reconhecida pelo reco- nhecimento. Na realidade, essa apreensio pode se tornar a base de uma critica das normas de reconhecimento, © fato é que nio secorremos simplesmente a normas de re- conhecimento tinicas distintas, mas também a condiges ‘mais gerais, historicamente articuladas ¢ reforgadas, de VIOA PRECARIA, VIDA PASSIVEL OF LUTO “condigdo de ser reconhecido”, Senos perguntamos como se constitu a condigio de ser reconhecido, assumimos, por ‘meio da propria questio, uma perspectiva que sugere que esses campos sfo constituidos varidvel ehistoricamente, ‘de modo independente de quio apri como condisio de aparigdo. Seo reconhecimento caracteri- 24 umato, uma pritica ou mesmo uma cena entre sueitos, ica seja sua fungio ‘entio a “condigdo de ser reconhecido” caracteriza as con- ddigées mais gerais que preparam ou modelam um sujito para o reconhecimento — os termos, as convengdes ¢ as ‘normas gerais “atuam” do seu préprio modo, moldando "um ser vivo em um sujeito reconhecivel, embora no sem falibilidade ou, na verdade, resultados nio previstos, Essas categorias, convengies e normas que preparam ou esta- bbelecem um sujeito para o reconhecimento, que induzem lum sujeito desse tipo, precedem e tornam possivel o ato do reconhecimento propriamente dito. Nesse sentido, a condiglio de ser reconhecido precede o reconhecimento. ‘Marcos do reconhecimento Como, entao, a condigio de ser reconhecido deve ser en- tendida? Em primeiro lugar, ea ndo é uma qualidade ou luma potencialidade de individuos humanos, Dito dessa forma pode parecer absurdo, mas ¢ importante questionar a ideia de pessoa como individualidade. Se argumentarmos {que essa condigio de se reconhecido é uma potencialidade universal e que pertence a todas as pessoas como pessoas, ‘Quannos oF cuenna entio, de certo modo, o problema que temos diante de nés jf estd resolvido, Decidimos que determinada nocao par- ticular de “pessoa” dererminaré o escopo eo significado dda condigio de ser reconhecido. Por conseguinte, estabe- Jecemos um ideal normativo como condigio preexistente de nossa anise; de fato, jf “reconhecemos” tudo 0 que precisamos saber sobre o reconhecimento. Nao hi desafio ue 0 reconhecimento proponha & forma do humano que tenha servido tradicionalmente como norma para a condi so de er reconhecido, uma vez ue a pessoa é essa propria norma. Trata-se, contudo, de saber como essas normas ‘operam para tornar certos sueitos pessoas “reconhecives” € tornar outros decididamente mais dficeis de reconhecer. © problema nao € apenas saber como inclair mais pessoas nas normas existent, mas sim considerar como as normas existentes atribuem reconhecimento de forma diferenciada, Que novas normas sio posiveis¢ como so forjadas? O que poderia ser feito para produzir um conjunto de condigoes ‘mais igualitio da condiZo de ser reconhecido? Em outras palavras, 0 que poderia ser feito para mudar os proprios termos da condigdo de ser reconhecido a fim de produzir resultados mais radicalmente democriticos? Se oreconhecimento é um ato, ou uma pritica,empreen- dido por, pelo menos, dois sujitos,e que, como sugeritia a Perspectiva hegeliana, constitu uma ago reciproca,ento a condigiode ser reconhecido descreve essascondigdes ge- rais com base nas quaiso reconhecimento pode acontecer, ¢ efetivamente acontece. Parece, pois, que ainda hé mais dois teemos para compreender: apreensdo,entendida como » VIDA Phecénta, viDA passivet 0€ LUTO tum modo de conhecer que ainda nao é reconhecimento, ‘ou que pode permanecerirredutivel ao reconhecimento; ‘telgibilidade, etendida como o esquema (ow squemas) histérico geal que estabelece os dominios do cognoscivel Isso constituiria um campo dinémico entendido, a0 menos inieialmente, como um a prior histérico,’ Nem todos os atos de conhecer sio atos de reconhecimento, embora nio se possa afirmar o contririo: uma vida tem que ser inteligivel como uma vida, tem de ser conformar a certas concepgdes do queéa vida, afim dese tomar reconhecivel. Assim, da mesma forma que as normas da condigio de ser reconheeido preparam o caminho para o reconhecimento, os esquemas de inteligibilidade condicionam e produzem essas normas, Essas normas recorrem a esquemas vari ribilidade, de modo que podemos ter, eefetivamente temos, por exemplo, historias de vida e histrias de morte. Com feito, hi continuos debates sobre seo feto deveria contar como vida, ou como uma vida, ou como uma vida humana; ‘hi outros debates sobre concepgio e sobre o que constitu 6s primeios momentos de um organismo vivo; também hi debates sobre 0 que determina a morte — se a morte do cérebro, ou a do coragao, se € 0 resultado de uma de- claragio legal ou de um conjunto de certficados médicos «legais. Todos esses debates envolvem nogées contestadas de pessoa e,implicitamente, questBes relativas a0 “animal hhumano” e como essa existéncia conjuntiva (e cruzada) deve ser compreendida. O fato de esses debates existirem € continuarem a exstr no significa que a vida e a morte is de inteli- ‘QuADROS DF GuERRA Sejam consequéncias diretas do discurso (uma conclusio absurd, se tomada literalmente). Antes, significa que no hid vida nem morte sem relacdo com um determinado en- quadramento, Mesmo quando a vida e a morte acontecem entre, fora ou através dos enquadramentos por meio dos 4quais sio, em sua maior parte, organizadas, elas ainda <@contecem,embora ce maneiras que colocam em diivida a ‘ecessidade dos mecanismos por meio dos quais os campos ‘ontol6gicos slo constituidos, Se uma vida é produzida de acordo com as normas pelas quais a vida é reconhecida, isso ndo significa nem que tudo que concerne uma vida seja produzido de acordo com essas normas nem que devamos rejeitara ideia de que ha um resto de “vida” — suspenso e espectral— que ilustra e perturba cada instincia normativa da vida. A producdo € parcial e é, de fato, perpetuamente Perturbada por seu duplo ontologicamente incerto. Na realidade, cada instincia normativa é acompanhada de erto por seu préprio fracasso, e com muita frequéncia esse fracasso assume a forma de uma figura. A figura nio reivindica um estatuto ontolégico determinado e, embora Possa ser apreendida como “viva”, nem sempre & reconhe- ida como uma vida, Na verdade, uma figura viva fora das normas da vida ndo somente se torna © problema com 0 ‘qual a normatividade tem de lidar, mas parece ser aquilo que a normatividade est fadada a reproduzir: est vivo, mas no € uma vida, Situa-se fora do enquadramento fornecido pela norma, mas apenas como um duplo implacavel cuja ‘ontologia ndo pode ser assegurada, mas cujo estatuto de ser vivo esté aberto a apreensio. VIDA PRECARIA, VIDA Passivet DE LUTO Como sabemos, o be framed (ser enquadrado) & uma expressio complexa em inglés: um quadro pode ser emol- dlurado (framed), da mesma forma que um criminoso pode ser incriminado pela policia (framed), ou uma pessoa inocente (por alguém corrupto, com frequéncia a polica), de modo que cair em uma armadilha ou ser incriminado falsa ou fraudalentamente com base em provas plantadas ue, no fim das contas, “provam” a culpa da pessoa, pode car framed. Quando um quadeo é emoldurado, di- versas maneiras de intervir ou ampliar a imagem podem ‘star em jogo. Mas a moldura tende a funcionar, mesmo «de uma forma minimalist, como um embelezamento edi- torial da imagem, se ndo como um aurocomentirio sobre a hist6ria da propria moldura.* Esse sentido de que a mol- dura direciona impliccamente a interpretagao tem alguma ressondncia na ideia de incriminagZo/armagdo como uma falsa acusagio, Se alguém ¢incriminado, enquadrado, em torno de sua acio € construido um “enquadramento”, de modo que o seu estatato de culpado torna-se a conclusio inevitével do espectador. Uma determinada maneira de organizar e apresentar uma agio leva a uma conclusio interpretativa acerca da propria ago, Mas, como sabemos Por intermédio de Trinh Minh-ha, é possivel “enquadrar © enquadramento” ou, na verdade, o “enquadrador”,’ © que envolve expor o artificio que produz o efeito da culpa individual. “Enquadrar o enquadramento” parece ‘envolver certa sobreposigo altamente reflexiva do campo visual, mas, na minha opinido, isso no tem que resul- tar em formas rarefeitas de reflexividade. Ao contrério, ‘Quankos 0€ curaRa questionar a moldura significa mostrar que ela nunca conteve de fato a cena a que se propunha ilustrar, que ji havia algo de fora, que tornava o proprio sentido de dentro possivel, reconhecivel. A moldura nunca determi- nou realmente, de forma precisa o que vemos, pensamos, reconhecemos e apreendemos. Algo ultrapassa a moldura ‘que atrapalha nosso senso de realidade; em outras pala- vras, algo acontece que nao se ajusta 4 nossa compreensio estabelecida das coisas. Certo vazamento ou contaminaco torna esse processo ais falivel do que pode parecer primeira vista. A argu- ‘mentagio de Benjamin sobre a obra de arte na era da re- prodlutibilidade técnica pode ser adaptada para o momento tual As préprias condigSes técnicas de reprodugio € reprodutibilidade produzem um deslocamento critico, se ‘no uma completa deterioragio do contexto, em relasio ‘aos enquadramentos usados em tempos de guerra pelas fontes de midia dominantes. Isso significa, em primeiro lugar, que, mesmo que alguém pudesse, considerando a ccobertura global da midia, delimitar um “contexto” Gnico para a criagio de uma fotografia de guerra, sua circulagio se afastaria necessariamente desse contexto. Embora a imagem seguramente chegue em novos contextos, também,

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