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Fundamentos da teoria
psicanalítica I: constituição do
aparelho psíquico
A passagem da primeira para a
segunda tópica
Os primórdios da psicanálise

Bloco 1
Patrícia Haruko Hiktia
Introdução

Neste módulo, você irá aprender sobre os


primórdios da psicanálise e sobre a primeira e
segunda tópicas freudiana.
Os primórdios da psicanálise
• Quem foi Sigmund Freud?
Figura 1 - Sigmund Freud

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud#/media/
File:Sigmund_Freud,_by_Max_Halberstadt_(cropped).jpg. Acesso em: 15 out. 2021.
Os primórdios da psicanálise

Quem foi Sigmund Freud?


• Médico neurologista.
• Casado com Martha Bernays.
• Pai de seis filhos.
• Perseguido pelo nazismo.
• Criador da psicanálise.
Os primórdios da psicanálise
• Freud estava inserido em um contexto
medicocentrado, não obstante, isso o influenciou
na criação da psicanálise.
• A viagem de Freud a Paris: um encontro com
Charcot.
• Para Charcot, a histeria tinha como etiologia a
anatomia.
Os primórdios da psicanálise

• Charcot produzia apresentações teatrais com as


mulheres histéricas, no qual utilizava a hipnose
como método de tratamento.
• Freud discordava da ideia a respeito da histeria
ter etiologia anatômica.
Os primórdios da psicanálise

• De volta à Viena, Freud passa a utilizar a hipnose


como método de tratamento.
• O abandono da hipnose por Freud. Por quê?
• A criação da associação livre – a regra de ouro da
psicanálise.
• A amizade crucial para psicanálise: Freud e Breur.
A interpretação dos sonhos

• O livro A interpretação dos sonhos, 1900,


marca o início da psicanálise.
• A ambição de Freud em relação ao seu livro e
seu impacto na sociedade da época.
• Os sonhos como manifestação do
inconsciente.
• Os mecanismos de Deslocamento e
Condensação.
A interpretação dos sonhos

• A deformação pelo processo de censura.


• Conteúdo manifesto versus conteúdo latente.
• A interpretação do sonho pelo sonhador.
A interpretação dos sonhos

• A influência dos mecânismos oníricos em movimentos


artísticos: o surrealismo e a psicanálise.
Figura 2 - Obra A Persistência da Memória, de Salvador Dalí, 1931

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:A_Persist%C3
%AAncia_da_Mem%C3%B3ria.jpg. Acesso em: 15 out. 2021.
A passagem da primeira para a
segunda tópica
A Primeira Tópica Freudiana

Bloco 2
Patrícia Haruko Hikita
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• Lugar físico-anatômico ou lugar metafórico?


• Diz respeito a lugar metafórico, uma vez que o
inconsciente não tem um lugar físico-anatômico, ou
seja, não existe um lugar no cérebro que indique a
existência dessa instância. Freud postula a 1ª tópica
a partir de um lugar metafórico.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• A instância Inconsciente (Ics).


• Lugar do recalcado.
• Fonte das pulsões.
• Atemporal.
• Contempla a ambivalência.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• A instância Pré-Consciente (Pcs).


• Conteúdo presente nessa instância pode se tornar
consciente com algum esforço.
• Possui uma censura que dita o que pode ou não
atravessar à consciência.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• A instância Consciente (Cs).


• Lugar da percepção.
• Onde o sujeito monta a sua identidade (não
confundindo com personalidade).
• Lugar onde se passa os pensamentos, a
racionalidade.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• Modelo descritivo versus Modelo dinâmico.


• Descritivo: Ics; Pcs e Cs.
• Dinâmico: Ics e Cs.
• A censura e sua função.
• A censura como um goleiro que não deixa o
indesejável passar.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• As primeiras experiências e os traços mnêmicos.


• O que sobra das experiências de satisfação.
• As experiências são processadas pela percepção
(Cs), a partir disso, esses estímulos são processados
pela memória -> gera rastros (marcas) no psíquimo.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• Os processos primários e secundários.


Primário – Inconsciente.
Secundário – Consciente.
• A energia livre versus Energia ligada.
O Aparelho Psíquico: a 1ª Tópica Freudiana

• A transição para a segunda tópica:


• Ao se deparar com impasses clínicos, Freud percebe
que o modelo desenvolvido não dava conta de toda
complexidade da mente humana.
A passagem da primeira para a
segunda tópica
A Segunda Tópica Freudiana

Bloco 3
Patrícia Haruko Hikita
O Aparelho Psíquico: a 2ª Tópica Freudiana

• Segunda tópica: Modelo estrutural.


• O psiquismo estruturado a partir de instâncias
psíquicas.
• Também diz respeito às instâncias metafóricas.

• Diferenças em relação à 1ª tópica.


• A 2ª tópica buscou complementar a primeira.
O Aparelho Psíquico: a 2ª Tópica Freudiana
• As três instâncias psíquicas:

Figura 3 - As três instâncias psíquicas

Id Ego Superego

Fonte: elaborada pela autora.


O Aparelho Psíquico: a 2ª Tópica Freudiana

• Id – fonte pulsional, completamente inconsciente.


• Ego – instância mediadora das exigências do id e
punições do superego.
• Superego – instância moral do psiquismo.
O Aparelho Psíquico: a 2ª Tópica Freudiana

Quadro 1 - Sobre as instâncias psíquicas


Id Ego Superego
Totalmente inconsciente Parte consciente, parte Parte consciente, parte
inconsciente. inconsciente

Fonte de pulsões Lugar da percepção Lugar da consciência


moral

Princípio de prazer Princípio de realidade Herdeiro do complexo de


Édipo

Energia livre Energia ligada Responsável pelo


sentimento de culpa,
autossabotagem

Processo primário Processo secundário

Lugar da identidade

Fonte: elaborado pelo autor.


O Aparelho Psíquico: a 2ª Tópica Freudiana

• Energia livre versus energia ligada.


• Princípio de prazer versus Princípio de realidade.
Teoria em Prática
Bloco 4
Patrícia Haruko Hikita
Reflita sobre a seguinte situação

Quando o psicólogo clínico inicia o atendimento de um


paciente, é desejável que o paciente fale tudo o que vier à
mente, sem censura ou julgamento de valor. No entanto, isso
nem sempre acontece. Há conteúdos que geram
sentimentos desagradáveis ao serem falados, por isso, é
necessário tempo e transferência com o psicológo, para que
se consiga falar sobre eles. Além disso, algumas memórias só
vêm à tona com um certo tempo de tratamento analítico.

Pensando na situação descrita, você consegue nos dizer


quais mecanismos de defesa e técnicas foram citadas?
Norte para a resolução...

Qual a função dos mecanismos de defesa?


• A regra de ouro cunhada por Freud em
substituição à Hipnose.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Patrícia Haruko Hikita
Indicação de Filme
Um método perigoso (2011)
• Apesar de ter um enfoque maior em Jung e seu
relacionamento com a psicanalista Sabina
Spielrein, a obra cinematográfica também narra a
relação desenvolvida entre Freud e Jung, suas
concordâncias e divergências.
Referências
FREUD, S. A interpretação dos sonhos. In: FREUD, S. Sigmund
Freud – Obras Completas. Vol. V. Rio de Janeiro: Imago, 1969
[1900].

FREUD, S. Além do Princípio do Prazer. In: FREUD, S. Sigmund


Freud – Obras Completas. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1969
[1920]. p. 13-72.

FREUD, S. O ego e o id. In: FREUD, S. Sigmund Freud – Obras


Completas. Vol. XIX. Rio de Janeiro: Imago, 1969 [1923]. p. 15-
82.
Bons estudos!

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