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Proposta de Red - Escravidao
Proposta de Red - Escravidao
Assim, reduzir alguém à condição análoga à de escravo é previsto no art. 149, do Código Penal.
Também é punido com as mesmas penas aquele que, com o fim de reter o trabalhador:
A Portaria MTb 1.293/2017, de forma didática trouxe a definição dos termos citados no Código
Penal, são eles:
Trabalho forçado é aquele exigido sob ameaça de sanção física ou psicológica e para o qual o
trabalhador não tenha se oferecido ou no qual não deseje permanecer espontaneamente.
Jornada exaustiva é toda forma de trabalho, de natureza física ou mental, que, por sua extensão
ou por sua intensidade, acarrete violação de direito fundamental do trabalhador, notadamente os
relacionados a segurança, saúde, descanso e convívio familiar e social.
Cerceamento do uso de qualquer meio de transporte é toda forma de limitação ao uso de meio
de transporte existente, particular ou público, possível de ser utilizado pelo trabalhador para deixar local
de trabalho ou de alojamento.
O fato de Margarida ter escapado da Justiça depois de cometer um crime tão hediondo gerou
revolta. A frente da sua casa, uma mansão em frangalhos no elegante bairro de Higienópolis, em São
Paulo, virou ponto de encontro não só de fãs do podcast curiosos para ver ao vivo o cenário que dá nome
à história, mas também de pessoas dispostas a de alguma forma fazê-la pagar pelo horror que impôs à
vida de outra pessoa.
O defensor público federal Caio Paiva levantou alguns aspectos legais sobre o caso em uma
publicação. Caio explica que, no Brasil, a pena máxima para o crime de redução a condição análoga a de
escravo é de 8 anos – enquanto a pena máxima para roubo mediante ameaça, por exemplo, é de 10
anos, e a pena máxima para venda de 100g de substâncias ilegais é de 15.
“Se a mulher da casa abandonada não tivesse escravizado a vítima por 20 anos, mas sim
subtraído a bolsa mediante ameaça, a pena seria de 4 a 10 anos”, afirmou Caio.
E, pela primeira vez, houve ações em todas as 27 unidades da federação para verificação de
denúncias. Elas levaram a resgates no Distrito Federal e em 22 estados – não houve apenas no Acre,
Amapá, Paraíba e Rondônia. Celebra-se, nesta sexta (28), o Dia Nacional de Combate ao Trabalho
Escravo.
Desde 1995, quando o Brasil reconheceu diante das Nações Unidas a persistência do trabalho
escravo em seu território, até o final do ano passado, mais de 57 mil pessoas foram resgatadas.
As operações são levadas a cabo pelos grupos especiais, coordenados por auditores fiscais do
trabalho em parceria com o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária
Federal, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, entre outras instituições. Ou por
equipes ligadas às Superintendências Regionais do Trabalho nos estados, que também contam com o
apoio das Polícias Civil, Militar e Ambiental.