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As ciências naturais/natureza são a base das perguntas críticas do nosso planeta e

são a fonte das respostas mais complexas e incríveis dentro de sua individualidade, por
muito tempo a ciência que, hoje é subdividida em outras áreas, foi unida em um único
conjunto chamada apenas de ciência aquela completa e genuína, que afirmava ser a
verdade absoluta, que julga fatos e que busca respostas, utilizada por séculos durante as
transformações do próprio meio científico. Essa nomeclatura englobava as descobertas
cientificas e as discursões filosóficas de diversas áreas e ramos do estudo da natureza e
do ser humano, incorporando-as ao meio científico e as excluindo do meio popular e
social deixando acesso apenas para aqueles que tinham privilégios e “intelecto”.

A engenhosidade trazida pelos pensadores então chamados de “Naturalistas”


durante os anos foi superando cada vez mais as expectativas dos seus estudiosos, os
cientistas naturais precisariam buscar conhecimentos sobre todos os porquês dos nosso
planeta e fora dele, ciências naturais foi a responsável por unir a história natural do
nosso mundo a um olhar mais cuidadoso com os outros milhares de mundos no universo
à fora. algumas das descobertas mais importantes e as dúvidas sobre a vida, as certezas
sobre nosso lugar no universo foram colocadas em pauta durante gerações de
descobertas incríveis, porem houve a necessidade de estudos mais específicos e que
fragmentariam de algum jeito as ciências tornando-as distintas entre si segundo
caminhos individuais. Mesmo que esse processo fragmentasse cada área de estudo, as
ciências naturais ainda conversariam entre si, porem o novo jeito de propô-las a
sociedade continuava bem reservado mas agora de maneira mais distinta, cada ramo se
florescia em uma nova ideia e um novo objeto de estudo para as ciências, logo teríamos
as divisões que separariam as áreas do conhecimento de acordo com sua especificidade
e seus objetos de estudo.

As mudanças no jeito de olhar a ciência afetou também a parte educacional, nas


demandas e áreas de atuação fragmentam as ciências naturais para aumentar o nível de
estudo e a profundidade do conhecimento específico de cada área. Como por exemplo a
ciência se subdividiu nos conhecimentos de: Astronomia, Biologia, Física, Química,
Ciência da terra, mas no decorrer dos anos essas áreas subdivididas fragmentaram-se
ainda mais e continuam se dividindo para torna-se ainda mais específicos. Durante a
metade do século XX até o final, as ideias de que a ciência se dividiria para abranger
mais conhecimento se solidificava cada vez mais no Brasil e tinham grandes impactos
na área da graduação e formação de professores. As revoluções e transformações do
ensino de ciências foram os norteadores para os profissionais que se interessavam em
projetar o conhecimento científico de forma mais abrangente em todas áreas. Estes
profissionais estariam aptos a ministrar aulas nas escolas e participarem de grupos
científicos em todas as áreas.

Durante algumas décadas era conhecida como curso de História Natural e foi
criada em 1934, pela parceria entre USP e a então Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras (FFCL), mas logo foi extinta por causa da sua formação generalista nos
conhecimentos das ciências naturais e depois da criação dos cursos de geologia e
ciências biológicas em meados de 1960 para tentar suprir especificamente a formação
nessas áreas de conhecimento e dar diretrizes especificas para cada olhar cientifico, com
isso os profissionais responsáveis pela disciplina nas escolas eram formados em ciências
biológicas, fato que tornou a disciplina “biologizada” ( Waldhelm, 2007). Dentro deste
problema houve a perda identitária da disciplina de ciências naturais onde as áreas aplicadas
dentro da escola eram puxadas somente pela parte da Biologia, que pode gerar problemas já
que a disciplina contempla de modo geral vários temas abrindo um leque de conhecimento
bastante abrangente (Magalhães Jr. & Pietrocola 2010).

Quando o curso de ciências da natureza/naturais é criado, ele deixa seus profissionais


limitados ao ensino fundamental maior impedindo de se aplicar o ensino de biologia no ensino
médio, já que seus conhecimentos são mais gerais pensou-se que os profissionais não dariam
conta do conteúdo do ensino médio de uma forma satisfatória, assim como os profissionais de
biologia não mostravam o desempenam satisfatório no ensino fundamental já que algumas
vezes não tinham o conhecimento necessário sobre o eixo terra e universo.

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