A fermentação do pão é um processo bioquímico fascinante que tem sido
utilizado há milênios para produzir um dos alimentos mais consumidos em todo o mundo. Esse processo envolve a ação de microorganismos, especialmente leveduras, que convertem açúcares presentes na massa em dióxido de carbono e álcool, resultando na expansão e na textura macia do pão que é muito conhecida pelo mundo.. Ao longo da história, diferentes civilizações desenvolveram técnicas variadas para fermentar o pão, mas o princípio básico da fermentação permanece o mesmo. A levedura Saccharomyces cerevisiae é uma das principais responsáveis por esse processo, e seu uso na produção de pães tem sido amplamente estudado e aprimorado ao longo dos anos. A fabricação de pão desempenha um papel de extrema importância do ponto de vista bioquímico. Além de ser um alimento básico na dieta de muitas culturas ao redor do mundo, a produção de pão envolve uma série de processos bioquímicos complexos que contribuem para a textura, sabor e aroma característicos desse alimento. Um dos aspectos mais significativos é a fermentação, na qual a bioquímica desempenha um papel central. A fermentação do pão é responsável pela produção de dióxido de carbono e álcool, que são fundamentais para o desenvolvimento da estrutura e volume do pão. A levedura, especialmente a Saccharomyces cerevisiae, desempenha um papel crucial nesse processo, convertendo os açúcares presentes na massa em dióxido de carbono e etanol. Essas reações bioquímicas são conhecidas como glicólise e fermentação alcoólica. Além disso, a bioquímica da fermentação do pão contribui para o sabor e aroma característicos. Durante a fermentação, compostos voláteis são produzidos, conferindo ao pão um aroma agradável e distintivo. Esses compostos são derivados do metabolismo da levedura e incluem uma variedade de ésteres, aldeídos e álcoois. Outro aspecto importante é a formação da estrutura da massa do pão. Durante a fermentação, o dióxido de carbono liberado pela levedura forma bolhas de ar na massa, resultando em sua expansão e textura macia. A formação do glúten, uma proteína presente na farinha, também desempenha um papel crucial na estrutura do pão. A bioquímica da amassadura da massa promove a formação das proteínas do glúten, que são responsáveis pela elasticidade e coesão da massa. É importam ressaltar que, a bioquímica também está presente no processo de cozimento do pão. Durante o aquecimento, reações de Maillard ocorrem, resultando em mudanças de cor e sabor. Essas reações envolvem a interação entre açúcares e aminoácidos, gerando uma gama de compostos aromáticos e sabores ricos. A compreensão da importância bioquímica da fabricação de pão não só nos permite apreciar a ciência envolvida nesse processo milenar, mas também abre caminho para avanços na indústria de panificação. O conhecimento dos processos bioquímicos subjacentes à fermentação do pão pode levar ao desenvolvimento de técnicas e ingredientes inovadores, permitindo a produção de pães com características específicas, como textura mais macia, maior valor nutricional e sabores diferenciados. Durante a fermentação do pão, a levedura consome os açúcares presentes na massa, principalmente a glicose e a frutose, através de um processo chamado glicólise. Esse processo metabólico converte a glicose em duas moléculas de piruvato, gerando energia na forma de ATP (adenosina trifosfato). O piruvato, por sua vez, é convertido em dióxido de carbono e etanol durante a fermentação alcoólica. A liberação do dióxido de carbono na massa do pão é responsável pelo seu crescimento, pois forma bolhas de ar que expandem a estrutura da massa. O etanol produzido durante a fermentação é evaporado durante o cozimento do pão, conferindo- lhe um aroma característico. Além da levedura, outros fatores podem influenciar o processo de fermentação do pão, como a temperatura, a umidade e o tipo de farinha utilizada. Cada um desses elementos desempenha um papel importante na atividade das leveduras e na formação das características desejadas do pão. Em suma, a fabricação de pão é um exemplo fascinante de como a bioquímica está intimamente ligada à produção de alimentos. A compreensão dos processos bioquímicos envolvidos na fermentação, formação da estrutura, desenvolvimento de sabor e textura do pão nos permite apreciar e aprimorar esse alimento essencial em nossas vidas. Neste trabalho de bioquímica, exploraremos em maior profundidade os processos bioquímicos envolvidos na fermentação do pão, destacando a importância da levedura, as reações metabólicas que ocorrem e como fatores externos podem influenciar o resultado final. Compreender os aspectos bioquímicos desse processo tradicional nos permitirá apreciar ainda mais a ciência por trás da produção do pão. Referências: DUARTE, Cássia Priscilla Santos et al. Panificação: uma visão bioquímica. Simpósio Paraibano de Sáude-Tecnologia, Saúde e Meio Ambiente à Serviço da Vida, João Pessoa. Anais, Instituto Bioeducação. 2012. NUNES, Aline Gerermias et al. Processos enzimáticos e biológicos na panificação. Trabalho de curso de Engenharia Bioquímica. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil, 2006. PESSOA, M. F. et al. Pão: o tradicional versus “novas” formulações. Research and Networks and Health. 2017. SALES, Georgina Sofia. O culto do pão.. Tese de Doutorado. Instituto Politecnico de Braganca (Portugal). 2010. SILVA, Fúlvio Vieira da. Saccharomyces cerevisae: como modelo celular eucariótico. 2019.