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Santos
2014
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Santos
2014
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RESUMO
ABSTRACT
Bread has been widespread in human nourishment ever since civilizations first
developed. However, the evolution in technologies for manufacturing baker’s yeast have
decreased modern bakeries production time and, as a consequence, they have also decreased
the health content of breads made with such yeast. These modern products are based in
industrialized mass-produced baker’s yeast which does not appropriately metabolize wheat
starch into micronutrients to be readily absorbed by the human digestive system. On the other
hand, ancient artisan methods of natural fermentation offer healthier alternatives in what
comes to micronutrients bioavailability, besides creating bread that is more flavorful and
aromatic, and has a longer shelf-life, a lower gluten rate and a lower glycemic index. Due to
all of this, sourdough bread popularity has boosted exponentially over the past few years.
Even though it requires changes in bakery’s production process because of its longer
fermentation time, sourdough bread has an outspread commercial appeal, aiming at a target
market which is willing to spend more for buying these products.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
OBJETIVO........................................................................................................................6
MÉTODO..........................................................................................................................7
1. FERMENTAÇÃO NA PANIFICAÇÃO...................................................................8
1.1 HISTÓRIA DO PÃO....................................................................................................8
1.2 CONCEITO DO FERMENTO NATURAL.................................................................9
1.3 VARIANTES E APLICAÇÕES DO FERMENTO NATURAL...............................10
3. MERCADO DE PANIFICAÇÃO............................................................................13
3.1 VISÃO GERAL DO MERCADO E APLICAÇÃO DA FERMENTAÇÃO
NATURAL..................................................................................................................13
3.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FERMENTO NATURAL......................14
3.3 INOVAÇÕES PRODUTIVAS...................................................................................15
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................17
REFERÊNCIAS..............................................................................................................18
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INTRODUÇÃO
OBJETIVO
MÉTODO
O procedimento realizado foi por meio de pesquisa bibliográfica com uso e revisão de
documentos, livros e artigos relacionados ao tema.
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1. FERMENTAÇÃO NA PANIFICAÇÃO
Após a mistura inicial de farinha, água e outro ingrediente se desejar – como frutas,
que auxiliam na fermentação –, é necessário um período de ‘incubação’ da massa que leva
geralmente de 15 a 20 dias, período durante a qual a cultura de bactérias se estabiliza e vai
ganhando sabor e aromas mais azedos. Essa massa mãe precisa ser alimentada
periodicamente para que não morra e pode ser mantida sob refrigeração para que não seja
necessário alimentá-la com tanta frequência. Somente então esta mistura pode ser utilizada
como um agente de crescimento para a produção de outros produtos de panificação,
auxiliando no aroma e textura da mesma.
Embora seja comum pensar que a fermentação não afeta as propriedades nutricionais
dos ingredientes do pão e que a farinha de trigo continua carregando os mesmos minerais que
carregaria em qualquer outra preparação, a fermentação tem características únicas que
ajudam no desprendimento de nutrientes essenciais ao funcionamento do corpo humano.
digestivo humano. Após a fermentação, os minerais são libertados dessa ligação com o fitato
pela enzima fitase, o que aumenta sua solubilidade e facilita a absorção. (KATZ, 2012, p. 25)
3. MERCADO DE PANIFICAÇÃO
Atualmente, este mercado é constituído por 63,2 mil empresas que servem
diariamente cerca de 43 milhões de clientes, conforme dados de 2013 da Associação
Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) (MIRANDA, 2014, p.19). Além
disso, o setor de panificação vem demonstrando um crescimento vertiginoso superior aos
10% desde 2007, apenas em 2013 tendo decrescido para 8,7% devido aos preços de matéria-
prima.
“(...) fez com que, entre outras coisas, padarias tradicionais investissem também na
criação de uma linha de produtos que utiliza esse tipo de fermento, e isso demonstra
que os clientes estão à procura desse tipo de pão e dispostos a investir um pouco
mais em um produto que prioriza a qualidade dos ingredientes, a técnica de
produção e o cuidado artesanal em todas as etapas do processo, já que tudo isso
reflete na saúde e no bem-estar. Em contrapartida, o maior desafio nesse mercado é
a falta de mão de obra especializada” (PEREIRA apud MIRANDA, 2014, p. 22)
Quanto ao investimento por parte do cliente neste produto artesanal, os valores podem
chegar a ser quatro vezes o do tradicional pão francês, isto é, R$39,90 por quilo, como é o
caso do produto Panesse mencionado abaixo. Já os produtos fabricados a partir de fermentos
naturais concentrados em pó apresentam valor mais baixo, como é o caso dos produtos da
Santo Trigo Padaria, em Santos, vendidos a R$22,90 por quilo.
Como a principal desvantagem do processo produtivo dos pães com levain está o
tempo prolongado de fermentação, que se estende de 8 a 15 horas, conforme o tipo de pão, a
temperatura e condições do ambiente. Outro ponto negativo é a manutenção do fermento
natural, que consiste de alimentá-lo com farinha e água em intervalos regulares de forma a
renovar a cultura. Esses dados interferem no custo final do produto devido à mão-de-obra
empregada e ao tempo requerido, e não tanto pelo preço elevado de matéria-prima.
Além disso, supostamente é mais difícil obter uma padronização do produto quando
se emprega o fermento natural, conforme nos informou o padeiro responsável pelo Santo
Trigo Padaria, estabelecimento localizado na cidade de Santos, durante entrevista realizada
no dia 27 de setembro de 2014. Neste ponto, o fermento biológico comercial apresentaria
maior uniformidade, além de menos acidez e maior destaque para o sabor da farinha em si.
Por outro lado, os pães fabricados pelo processo de fermentação natural apresentam
um bom tempo de conservação, de 2 dias ou mais (SEBESS, 2013, p. 65) se bem
armazenados, pois possuem um pH ácido que preserva contra o envelhecimento inibindo a
ação enzimática de micro-organismos nocivos.
Esses pães apresentam um aroma sutil e delicado, um sabor ácido único e duradouro,
e um odor azedo característico e produzem texturas mais densas, além de conferirem mais
umidade a pães integrais (CANELLA-RAWLS, 2003, p.142).
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Ademais, com este método, a padaria tem a possibilidade de diminuir gastos com
matéria-prima no que se refere aos fermentos industrializados e também aos melhoradores de
farinha, pois a incorporação do levain melhora a qualidade da massa sem necessidade de
aditivos químicos (SEBESS, 2013, p. 65).
Nos últimos dois anos, surgiram diversas alternativas para oferecer um produto
semelhante ao pão de levain, porém sem incorrer o tempo necessário à fermentação
tradicional.
não veio ao mercado com a intenção de substituir o tradicional pão francês. “A ideia é dar ao
paulistano a oportunidade de comer um pão que, antes, só era produzido na Europa”,
comentou Juliana Bastos, nutricionista da padaria Letícia (DUARTE, 2013).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CAMARGO, Luiz Américo. Pão Nosso: Receitas caseiras com fermento natural. São Paulo:
Editora Panelinha, 2013. 176 p.
CANELLA-RAWLS, Sandra. Pão: Arte e ciência. São Paulo: Editora Senac, 2003, 4ª ed.
rev. 348 p.
DUARTE, Marcelo. Panesse: novo tipo de pão chega ao mercado com slogan, site, SAC e
página no Facebook. SP Curiosos, 7 de novembro de 2013. Disponível em: <
http://spcuriosos.com.br/pao-caseiro-secreto-comeca-a-fazer-sucesso-nas-padarias-
paulistanas/>. Acesso em: 20/10/2014.
FLORES, Magê. Padarias recebem massa de pão com farinha francesa. Folha Comida, 11 de
outubro de 2013. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/comida/2013/12/1383467-
padarias-recebem-massa-de-pao-com-farinha-francesa.shtml>. Acesso em: 20/10/2014.
GRAHAM, Terry. Sourdough Bread Has Most Health Benefits, Prof Finds. 7 de julho de
2008. Department of Human Health and Nutritional Sciences. Univesity of Guelph,
Califórnia.
GRECO, Luigi. Safety for Patients With Celiac Disease of Baked Goods Made of Wheat
Flour Hydrolyzed During Food Processing. Clinical Gastroenterology and Hepatology. Vol.
9, p. 24-29, janeiro de 2011. Disponível em: < http://www.cghjournal.org/article/S1542-
3565(10)00987-0/abstract >. Acesso: 11/9/2014.
KATZ, Sandor Ellix. The Art of Fermentation: An in-depth exploration of essential concepts
and processes from around the world. EUA: Chelsea Green Publishing, 2012. 531 p.
KLIEGER, P. Christiaan. The Fleischmann Yeast Family. EUA: Arcadia Publishing, 2004.
129 p.
OLIVEIRA, Cintia. Fermentação Natural: A multiplicação dos pães. São Paulo: Go’Where
Gastronomia, 2012. 56ª ed. 60 a 64 p.
SEBESS, Paulo. Técnicas de Padaria Profissional. Rio de Janeiro: Senac Editoras, 2013. 2ª
ed. ampl. 336 p.
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SINDICATO DOS PADEIROS DE SÃO PAULO. Projeto Memória. 2012. Disponível em:
<www.issuu.com/padeirosspmemoria/docs/14_2>. Acesso em: 10/9/2014.