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Presidente Prudente – SP
2023
MARIAH EDUARDA VOLPATO
ERICK DE SOUZA SILVA
ANDRÉ VICTOR SILVA GUTER DE FREITAS
CAMILA MENDES SALOMÃO
GRAZIELE APARECIDA CREPALDI DOMINGUES
Presidente Prudente - SP
2023
DEDICATÓRIA
"O próprio Senhor irá à sua frente e estará com você; ele nunca o
deixará, nunca o abandonará. Não tenha medo! Não se desanime!" -
Deuteronômio 31:8
RESUMO
Knowing that baking is among the largest segments of the Brazilian industry, the sector
plays a role in the country's economic issue where 76% of Brazilians consume bread for
breakfast and another 96% consume baked products such as pies and cakes.
Furthermore, what is proposed in this dissertation is the search for practicality in the
manufacture of homemade breads with homemade natural fermentation, low cost and
produced with inputs commonly present in Brazilian homes such as potatoes and
apples. In addition to reconnecting with ancestry during the baking process, requiring
the creation of our own yeast. Breads with this type of yeast have unique characteristics
compared to those produced industrially, highlighting their more rustic appearance,
thicker and crispier crust, golden color and striking flavor and aroma. It is worth
mentioning that natural yeast helps to inhibit the growth of mold and bacteria in bread.
Furthermore, natural fermentation helps the body digest the gluten in flour, improving
intestinal function. Therefore, the following work aims to create the yeast itself, and test
it on homemade bread in order to analyze its functions (growth, texture, appearance and
flavor) and prove its functionality for this production, yeast enabling the generation of
profit with the product Final.
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................
2. OBJETIVOS.................................................................................................
3. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA.....................................................................
4. METODOLOGIA..........................................................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................
6. CONCLUSÃO..............................................................................................
REFERÊNCIAS.................................................................................................
1.INTRODUÇÃO
A panificação é uma arte ancestral que durante milênios foi trabalhada de forma
doméstica. Com o passar dos anos e o aumento da tecnologia, o processo de
sedentarizarão do homem intensificou-se, visto a introdução do plantio nas faculdades
humanas, principalmente de gramíneas cujo grão é base para panificação. Após o
advento da revolução industrial o pão passou por grandes modificações em seu
preparatório.
No início, os pães eram produzidos em casa, de maneira bastante rústica, tinham
um aspecto de bolacha, duros e achatados. Nesse sentido dois acontecimentos
marcaram sua trajetória e transformaram sua produção. Primeiramente podemos citar a
descoberta do fermento que possibilitou que o pão ficasse mais saboroso e macio,
aproximando-se dos que são consumidos hoje em dia. Outro fator que contribuiu
decisivamente para a disseminação do pão entre os povos foi a Revolução Industrial no
século XVIII, pois fez com que o pão e sua matéria prima fossem produzidos em grande
escala. Passando de um feitio basicamente caseiro ou através de padeiros, ao
processo de industrialização (CUNHA, 2012).
De fato, a mudança mais notável foi à fermentação oriunda da pasta madre até o
fermento químico. O pão atual é produto de muitas transformações ao longo da história,
sendo o alimento mais popular e mencionado no ocidente. Além disso, a panificação
está entre os seis maiores segmentos da indústria do Brasil, com participação de 36%
na indústria de produtos alimentares e 6% na de transformação (SEBRAE, 2017), visto
que, o peso deste segmento também na questão econômica. Embora, 76% dos
brasileiros consomem pão no café da manhã e 98% consomem produtos panificados,
sendo que dos pães consumidos, 86% são artesanais, e 52% é do tipo francês; o
consumo per capita do brasileiro é de 22,61 kg de pães por ano. O pão feito de forma
artesanal tem grande valor econômico considerável visto as suas qualidades
gastronômicas e tradicionais de produção (SEBRAE, 2017)
A fermentação, que consiste no crescimento da massa com a produção de gás
carbônico, é uma das etapas mais importantes no preparo desses produtos. Na
fermentação ocorre desenvolvimento de ácidos e aromas, em virtude da redução do pH
da massa. Outra etapa relevante é o desenvolvimento do glúten, que atua na retenção
do gás produzido. A acidificação pode reduzir as cadeias do glúten, gerando massas
mais extensíveis ((APLEVICZ, 2014)
O fermento natural consiste em uma mistura fermentada de farinha de cereais
com água e outros ingredientes. Pode ser realizada a partir de uma fermentação
espontânea com os microrganismos já existentes no ambiente, acarretando o
desenvolvimento de uma população heterogênea de bactérias láticas e leveduras. Este
processo consiste em, basicamente, usar uma massa de pão antiga, que foi fermentada
por bactérias láticas ou leveduras, para preparar uma massa nova, originando um pão
com flavour ácido. (Krischina Singer Aplevicz, 2021)
2.OBJETIVOS
3.1HITÓRIA DO PÃO
Inicialmente, nos vales dos rios Tigre e Eufrates (atual Iraque) os pães eram de
feitio caseiro, somente com cereais e água. Eram assados em forno a lenha, e
possuíam um aspecto de bolacha: duro e achatado. Com o aperfeiçoamento das
técnicas de moagem do trigo, e o aparecimento do fermento, a panificação tornou-se
mais aprimorada e evoluída (CUNHA, 2012)
Através dos relatos, supõe se que os primeiros indícios de fermentação surgiram
no Egito Antigo, “um pedaço de massa contendo apenas água e farinha foi esquecido a
céu aberto, naturalmente foi inoculado por bactérias presentes no ambiente.” A autora
considera que a propagação do fermento se deu ocasionalmente quando alguém
misturou a massa fermentada a uma massa nova. (CANELLA-RAWLS, 2006)
O Egito antigo desenvolveu modelos primários de pedras moedoras bem como as
variedades de trigo mais duras. Nessa época, a fermentação da cerveja e a elaboração
dos pães tornou-se uma habilidade crescente. O clima quente dava ao ambiente
condição extremamente favorável a proliferação de fermentos (bactérias), e os padeiros
começaram a experienciar os primeiros pães fermentados (CANELLA-RAWLS, 2006)
Os primeiros fermentos utilizados eram denominados como fermento natural,
hoje, comercialmente conhecido como fermento biológico. Com a Revolução Industrial
houve a mecanização da panificação, apareceu a necessidade da produção em grande
escala e em pouco tempo. Juntamente com as tecnologias de panificação, evoluíram os
fermentadores. O fermento passou a ser industrial pois levaria menos tempo que o
natural para que a massa crescesse (CUNHA,2012)
A partir das pesquisas de Louis Pasteur começamos a desenvolver as ideias
atuais sobre o processo de fermentação natural, cujo ponto central é o metabolismo de
uma classe de fungos, as leveduras ou fermentos que produzem gases. Atualmente
são conhecidas mais de cem espécies, sendo que algumas causas infecções nos seres
humanos e provocam a deterioração de alimentos, ao passo que uma espécie, a
Saccharomyces cerevisiae, pode ser utilizada na produção de pão e cerveja. Ao
metabolizar os açúcares, as leveduras liberam etanol e gás carbônico, conforme a
equação química: C6H12O6→ 2C2H5OH+2CO2 (MCGEE,2014; ROSA E AFONSO,
2015).
Durante o processo de preparação do pão, tanto o gás carbônico como o etanol
fica retido na massa e ambos são eliminados durante o processo de cocção do pão.
Gerando assim gases que contidos pela rede de glúten, provocam o crescimento,
alterando a textura, agregando aroma e sabor. Esse processo de fermentação perdurou
até o século XIX, quando o francês Louis Pasteur descobriu a ação dos microrganismos
vivos a partir da espécie Saccharomyces cerevisiae no processo de fermentação,
favorecendo a produção comercial do fermento biológico utilizado até hoje (SILVA,
2018).
3.2.1 ÁGUA
3.2.2 SAL
O sal além de dar sabor à massa, também desempenha outras funções no
processo de fabricação de pães, podendo ser inibidor do processo de fermentação de
pães, bem como ter influência explícita na formação de uma crosta mais grossa.
Embora seja ordinariamente utilizado para identificar o cloreto de sódio que é
largamente utilizado no preparo de alimentos com a finalidade primordial de dar sabor,
o sal é um composto químico resultante da reação de um hidróxido com um ácido, e o
termo aplica-se a inúmeras substâncias químicas. (CANELLA-RAWLS, 2003)
Na panificação, geralmente, a quantidade de sal empregada gira em torno de 2% do peso
da farinha, tendo a função de realçar o sabor, e além dos critérios gustativos, contribui para a
harmonia da massa já que atua na formação da estrutura do glúten dando-lhe força e firmeza para
aumentar a capacidade de retenção de gases produzidos durante o processo de fermentação
(CAMARGO,2016)
3.2.3 MAÇÃ
3.3 FERMENTAÇÃO
O fermento de maçã foi obtido a partir do sumo de 250 g de maçã que foram
higienizadas com água potável, descascadas e raladas, em seguida armazenadas em
pote de vidro higienizado coberto com plástico filme por 48hs.
Após o período de dois dias obteve-se um líquido alaranjado, de textura viscosa
e com aroma agradável com leve acidez. Isolou-se o líquido obtido do bagaço da fruta
com uma peneira.
Deste líquido, separou-se 60 ml, que foram misturados a 50 g de farinha de trigo
integral, em um pote de vidro esterilizado, coberto com papel filtro e abrigado por 48h
em local sem claridade, com calor e umidade. A mistura foi mexida duas vezes por dia.
Após 48h obteve-se um líquido de um forte aroma agridoce e algumas bolhas.
Caso não houvesse bolhas, devera-se esperar mais 24 horas.
Depois deste período, misturou-se mais 20 ml de sumo de maçã e 30 g de
farinha na primeira mistura. Onde permaneceu tampada sendo mexida duas vezes ao
dia. Após 24 horas, foram acrescentados 30 ml de água filtrada e 50 g de farinha
integral, sendo tampada novamente, aguardando-se outras 24 horas.
Foi eliminada metade da massa acrescentando-se 75 g de farinha de trigo
integral e 30 ml de água em temperatura entre 20ºC e 25ºC, criando-se neste momento
o fermento base (mãe) que foi realimentado no decorrer do processo de produção dos
pães.
Para cada 100 g usada o fermento mãe, coloca-se o dobro de água (200ml) e o
triplo de farinha de trigo integral (300g), a mistura descansou por 5min, e foi sovada por
2min, abrigando-a posteriormente em frasco de vidro fechado com uma folha plástica,
por 4 a 8 horas.
Figura 5 - pico
de fermentação depois de Figura 6 - Fermento
após a sexta
24horas de terceira mistura. alimentação já apresentando força
para produção de pães
Figura 7 - massa
do pão com fermento de Figura 8 - Massa
cilindrada e com formato
batata (I) armazenada para definido, apresenta formação de
crescimento. bolhas de Co2.
1 2 3 4 5 6 7 8
Cor 0% 0% 0% 10% 10% 0% 15,7% 57,8
%
Sabor 0% 0% 0% 0% 0% 10% 42% 42%
Pão 0 Textura 0% 0% 0% 0% 0% 15,7% 20% 63%
Diante dos resultados obtidos, conclui-se que o pão de fermentação natural tem
ótima aceitação pelo público, indicando um ótimo mercado a ser explorado.
REFERÊNCIAS
APLEVICZ, Krischina Singer. Fermentação natural em pães: ciência ou modismo. Aditivos &
Ingredientes, v. 105, n. 1, p. 36-38, 2014.
ALVES-MAZZOTTI, Alda Judith. Usos e abusos dos estudos de caso. Cadernos de Pesquisa,
São Paulo, v. 36, n. 129, p. 637 – 651, Dezembro de 2006.
CANELLA-RAWLS, S. Pão, arte e ciência. 6a edição. São Paulo. Editora Senac São Paulo,
2021.
CANELLA RAWLS, Sandra. Pão: arte e ciência, 4ª ed. São Paulo: Senac, 2003.
COÊLHO, Jackson Dantas. trigo: produção e mercados. 151 v. TCC (Graduação) - Curso de
Estudos Economicos, Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste - Etene,
Nordeste, 2021.
CUNHA, Ana Oliveira da. Cadeia produtiva do pão: fontes informacionais utilizadas no
planejamento de novos produtos. 90 f. TCC (Graduação) - Curso de Biblioteconomia,
Ufrgs, Porto Alegre, 2012.
LEHNINGER, T. M.; NELSON, D. L.; COX, M. M. Principioes de Bioquímica. 6a. ed. [s.l.]
Artmed, 2014.
TAVARES, Romero. Animações interativas e mapas conceituais: Uma proposta para facilitar a
aprendizagem significativa em ciências. Revista Ciências & Cognição (UFRJ), v. 13, p. 99-108,
2008.
SILVA, Manoel Alves da. Fermentação natural- conhecendo o levain e sua aplicação
comercial no mercado de fortaleza. 34 f. TCC (Graduação) - Curso de Gastronomia, Ufc,
Fortaleza, 2018.
ANEXO I