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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FUNDAÇÃO DE APOIO Á ESCOLA TÉCNICA – FAETEC


ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA CRUZ – ETESC
COORDENAÇÃO DE QUÍMICA

INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

Rio de Janeiro
2018
CAIO FERREIRA PAES
CRISTIAN DOS ANJOS RAMOS
GABRIEL BORGES DOS SANTOS CASSIMIRO
JOÃO VITOR FREIRE DE MOURA
MÁRIO LUCAS SANTOS

INDÚST RIA ALIMENTÍCIA

Relatório referente à avaliação


parcial da disciplina de do Curso
Técnico de Química da ETESC.
Prof.ª .ME. Admilson Zanelli

Rio de Janeiro
2018
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SUMÁRIO

1 INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA: A HISTÓRIA .................................................................. 1


2 MATÉRIA-PRIMA E TRATAMENTOS PRÉVIOS ........................................................ 4
3 PROCESSOS E PRODUTOS .......................................................................................... 6
4 CADEIAS PRODUTIVAS............................................................................................... 9
4.1 O que é? .................................................................................................................... 9
4.2 Insumos e suas classificações ....................................................................................10
4.2.1 Insumos: ideia geral ...........................................................................................10
4.2.2 Insumos: mecânicos ...........................................................................................10
4.2.3 Insumos: biológicos ...........................................................................................10
4.2.4 Insumos: minerais ou químicos ..........................................................................10
4.3 Como é uma Cadeia produtiva? ................................................................................11
5 MAIORES EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS.......................................14
5.1 Um pouco sobre grandes indústrias ...........................................................................14
5.2 Grandes Indústrias e sua importância ........................................................................15
5.3 Comentando agora sobre as grandes empresas brasileiras, citam-se: ..........................16
5.4 Agora falando das Empresas internacionais...............................................................18
6 TRATAMENTO DE RESÍDUOS ...................................................................................19
6.1 Tratamento de resíduos: Uma ideia geral ..................................................................19
6.2 Tratamento de resíduos: A Classificação residual ......................................................20
Estes podem ser “inertes” ou “não inertes”. ..................................................................20
6.3 Tratamento de Resíduos: Gestão e solução ................................................................21
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................22
1 INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA: A HISTÓRIA

Hoje, bem como se sabe, a indústria alimentícia exerce um papel fundamental


nas nossas vidas com a sua gama de variedade de produtos. Além disso, com tudo
que se tem é difícil pensar que por trás disso tudo exista uma grande história que, a
medida que foram acontecendo, contribuíram para que eles fossem conhecidos como
se é atualmente.
Primeiramente, precisamos entender o real sentido da indústria de alimentos,
que por sua vez pode ser entendido como a aplicação de métodos e técnicas de
preparo, processamento, controle, armazenamento, distribuição e utilização dos
alimentos, conduzida pelo aperfeiçoamento dos processos que visam a manutenção
do padrão de qualidade destes. Devido ao desenvolvimento da preservação dos
alimentos ao longo da história, que o homem atingiu o nível industrial alimentício de
hoje.
O processamento alimentício data de épocas rudimentares, o que
historicamente se evidencia na busca do homem em manter reservas alimentares
para sua sobrevivência, mesmo antes de adquirir o controle da agricultura e da
criação de animais para consumo. Mas de maneira geral, pode-se dizer que o marco
da história da indústria alimentícia foi a partir do século XIX, com uma sociedade cada
vez mais urbana, uma evidente mudança se consolidava, gerando uma transformação
na sociedade praticamente agrária (onde a força motriz era o homem), em uma
sociedade na qual a máquina passava a substituir o trabalho manual. O
desenvolvimento inicial passou dos programas de vilas e comunidades, para unidades
em maiores escalas. Como o mundo estava passando por um grande avanço
tecnológico e científico, acabou alavancando o surgimento de alternativas e técnicas
para aumentar a conservação dos alimentos. O cientista Nicolas Appert (1749-1841)
foi o primeiro a conservar alimentos em latas hemerticamente fechadas após seu
cozimento e buscou levar isto à escala industrial. Appert acreditava que a
conservação se dava apenas porque os recipientes isolavam os produtos do ar, que
seria a única fonte de contaminação. Além disso, o processamento desenvolvido por
Appert foi fundamental para uma melhoria na qualidade sanitária, que logo após ficou
conhecido como processo de apertização. Outra descoberta importante aconteceu no
ano de 1862 por Lois Pasteur, a técnica que leva seu nome “a pasteurização”, ela
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veio em contrapartida das ideias de Appert e contribuiu com um significativo avanço


nos estudos microbiológicos dos alimentos. Após experiências realizadas em
processos de fermentação das indústrias vinícolas da França, Pasteur descobriu que
a acidificação do vinho que vinha prejudicando esse segmento era causada pela
presença de microrganismos presentes na própria bebida. Ao mesmo passo, pode-se
verificar que esses microrganismos eram eliminados quando submetidos a uma alta
temperatura durante um determinado período. Desde então, as guerras trouxeram
grandes avanços no desenvolvimento de tecnologia de alimentos. Exemplos são a
premiação por Napoleão III, no século XIX, a quem descobrisse um substituto para a
manteiga, e a criação do leite condensado, por Gail Borden, que só foi valorizada
quatro anos depois, durante a guerra civil americana, em que o leite condensado era
usado como ração de campo, por seu alto valor energético e volume reduzido.
Borden, ao tentar desidratar o leite comum, descobriu que antes que este se
transformasse em pó, passaria por um estágio intermediário que seria então o leite
condensado. Em relação à margarina, Napoleão III recompensou o químico Hippolyte
Mège-Mouriés pela sua invenção que iria então substituir a manteiga de forma
satisfatória e mais barata para o exército do imperador e para as classes sociais mais
baixas. Em 1813, latas contendo alimentos foram testadas pela marinha e exército
britânicos e cinco anos depois grandes quantidades de sopas, carnes e legumes
estavam sendo utilizados pelas forças armadas britânicas. Entretanto, o crescimento
do uso e popularidade dos enlatados foi devido, principalmente, à Guerra de
Secessão e à Primeira Guerra Mundial.
Como tudo processo histórico, a História da indústria de alimentos passou por
fases, estas que foram fundamentais para o seu desenvolvimento.
São ao todo 4 fases:
Primeira fase: Pós-guerra

No período pós à segunda Guerra Mundial, o processo de reconstrução


econômia, apoiado por iniciativas do Plano Marshall, permitiu a uma grande
porcentagem da população européia iniciar uma nova vida em países da
América do Norte, Ásia e Europa, contribuindo efetivamente para a
prosperidade destas sociedades. Foi neste período que começaram a surgir os
primeiros alimentos industrializados, permitindo a indústria alimentícia
ampliar sua área de atuação.
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Segunda fase: Alimentos para grupos específicos.


– No cenário industrial da década de 80, surgiram os primeiros produtos
enriquecidos com vitaminas e sais minerais, até então, produzidos para atingir
ao público infanto-juvenil. No entanto, com a adesão do conceito pela
população, estes passaram a ser destinados a todas faixas etárias.

Terceira fase: Diet e Light

–A partir da década de 90, os alimentos passaram a ser vistos como sinônimos


de bem-estar e veículo de melhor qualidade de vida para a população. Nesse
sentido, surgiram os produtos diet, mais indicados aos diabéticos, e lignt, que
apresentam menos calorias sem prejuízo ao sabor.

Quarta fase: Alimentos funcionais.


(Iniciada paralelamente a Terceira fase)

Com o aprofundamento nos conhecimentos da natureza química das substâncias


funcionais, ou seja, aquelas que contribuem para o melhor metabolismo e melhoram a
prevenção de doenças e suas funcionalidades no organismo, as indústrias alimentícias
passaram a solidificar o campo de pesquisa de alimentos que atendam a um mercado
consumidor exigente.
Vale ressaltar, que com toda essa evolução do processo industrial da indústria de
alimentos, as práticas sanitárias evoluíram de tal modo que o índice de doenças
causadas por alimentos estragados ou contaminados por microrganismos diminuíram.
Tal fato se deve, devido as exigências sanitárias que as empresas foram submetidas ao
longo dos anos.

Portanto, percebe-se que o incremento científico permitiu a evolução do


alimento artesanal para a indústria de alimentos que se conhece atualmente, fazendo
com que o conhecimento tomado da sua real importância seja útil para a sociedade
atual.
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2 MATÉRIA-PRIMA E TRATAMENTOS PRÉVIOS

Matéria-prima é o produto(s) responsável pela origem de um determinado produto.


Tais materiais primordiais podem servir para produção de um ou mais produtos. Os
alimentos na sua forma natural ou original são denominados genericamente como
matéria-prima porque é o ponto de partida para a obtenção das diversas substâncias
e produtos. Os alimentos industrializados ou produtos alimentícios são aqueles
obtidos após o tratamento físico e/ou químico, enzimático da matéria prima. No caso
dos produtos alimentícios a matéria-prima pode ser de origem animal, vegetal e até
mesmo sintética. Para a indústria de alimentos matéria-prima pode ser definida como
o produto de origem animal, vegetal ou sintética destinado à indústria de alimentos o
qual dará origem a um ou mais produto(s) acabado(s) destinado ao consumo humano
ou animal. De uma maneira geral a qualidade do produto depende da excelência da
matéria-prima utilizada.
A matéria-prima geralmente possuí um determinado período relacionado à sua
obtenção, isso se dá pelas atividades envolvidas nesses processos, como por
exemplo o plantio dos vegetais e seleção de reprodutores animais, até o momento em
que o material é utilizado para a elaboração do produto alimentício. A indústria de
alimentos possui uma disponibilidade variada de matérias-primas, o que favorece as
empresas do ramo uma ampla variedade de opções para a fabricação de produtos
alimentícios.

- Alguns exemplos de matérias primas de origem animal: Leite (vaca, cabra, ovelha,
etc); Carnes (bovinos, suínos, etc); Pescados; Ovos; Mel.
- Alguns exemplos de matérias primas de origem vegetal: Hortaliças; Frutas;
Legumes; cereais.

As matérias-primas existentes necessitam na maior parte dos casos de diferentes


tipos de processamentos, visto que possuem procedência e particularidades
diferentes, tudo isso para serem capazes de possibilitar a produção de produtos
definidos e padronizados. Um exemplo disso é a necessidade de luz solar por grande
parte dos vegetais, o qual favorece o crescimento. A partir do momento em que a
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matéria-prima é obtida após os processos são necessários alguns tratamentos para


que a integridade da matéria-prima seja conservada para posterior utilização.
Podemos usar os vegetais como exemplo, visto que a presença de
resíduos/partículas e até mesmo insetos (pragas) na superfície do produto. No caso
das matérias-primas animais pode-se utilizar como exemplo a questão da carne e do
leite. A carne durante o seu processo de obtenção é testada sua procedência. Já o
leite necessita de um processo diferente, já que o bem-estar das vacas é
determinante para a qualidade do leite que oferecem. O leite deve ser proveniente de
produtores com estábulos registados que proporcionem a melhor alimentação, saúde,
limpeza e conforto aos animais. O leite é recolhido em salas de ordenha com
equipamento que permite manter as propriedades naturais do leite através da sua
refrigeração (temperatura entre 0 °C e 4 °C).
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3 PROCESSOS E PRODUTOS

O processamento para se obter os alimentos industrializados abrange diversas fases,


desde a produção e seleção da matéria-prima (já discutido), até o armazenamento e a
distribuição final dos produtos. Os alimentos são geralmente processados para se
tornarem mais práticos e atrativos, além disso, as tecnologias utilizadas pela indústria
favorecem o aumento da vida útil do alimento e o enriquecimento dos mesmos com
vitaminas e minerais. O processamento de alimentos é definido como a alteração que
um certo alimento sofre em decorrência da ação de indivíduos. O processamento de
alimento é dividido em quatro fases, sendo elas:

- Fase de beneficiamento: Essa etapa consiste na transformação e utilização da


matéria-prima obtida, onde a mesma passa por diversos processos visando a
separação da parte da matéria-prima que pode ser utilizada da que não pode, além
da limpeza e higienização da mesma.

- Fase de elaboração: É a fase mais importante para a obtenção do produto, visto que
é nessa etapa que são selecionadas as tecnologias necessárias para a produção do
produto final.

- Fase de preservação e de conservação: É a fase na qual são utilizadas técnicas


visando o aumento da vida útil do alimento.

- Fase de armazenamento: A última fase visa armazenar o alimento visando a


preservação do mesmo.
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Entre a obtenção dos materiais necessários para se produzir os alimentos e a mesa


das pessoas os alimentos passam por diversos processos, como por exemplo o
industrial (já discutido), o processo de transporte dos materiais obtidos até centros de
vendas desses alimentos, o de armazenamento e seleção.

Os alimentos em sua maioria possuem diferentes formas de armazenagem e


transporte devido suas diferentes propriedades, por exemplo, a carne precisa ser
transportada em um ambiente refrigerado até o seu destino final, assim como sua
armazenagem, já outros alimentos não necessitam de tal método, como por exemplo
alguns alimentos de origem vegetal, como feijão e arroz, pois seu transporte e
posterior armazenagem (antes de preparado) não necessitam de refrigeração. O
transporte de alimentos pode acabar sofrendo ramificações em decorrência disso,
com isso especializações acabam surgindo visto que o mercado necessita. Exemplos
de especialidades: Grandes/Pequenos volumes, perecibilidade e fragilidade. O
transporte ocorre dos lugares de distribuição até onde é comercializado e essa
questão, de onde é comercializado também necessita de controle por meio dos
órgãos públicos e até mesmos dos consumidores.

“Ao escolher o estabelecimento para compra dos alimentos (feiras, CEASAs,


supermercados, entre outros), utilize sempre como critério a limpeza e a organização do
ambiente e a higiene dos atendentes. Observe também se o local apresenta condições
adequadas para conservação dos alimentos oferecidos. Todos os envolvidos na cadeia de
produção de alimentos são responsáveis pela segurança dos alimentos.”
(Produção e Industrialização
de Alimentos)

Um problema que pode estar presente nos alimentos industrializados é o do excesso


de aditivos alimentares para dar algum sabor, cor e melhorar a conservação do
alimento. Diversos profissionais da área da saúde recomendam o consumo de
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alimentos naturais ao invés dos industrializados, visando a diminuição dos problemas


que podem ser causados por esses tipos de produtos.

Um exemplo de um produto ultra-processado:

“Água, amido modificado, leite em pó, margarina, queijo processado


gorgonzola, queijo provolone, requeijão cremoso, queijo parmesão, açúcar,
sal, salsa, aipo, cebola, alho, pimenta-do-reino, pimenta branca, soro de leite,
fécula de mandioca, queijo, creme de milho, gordura vegetal de soja, proteína
vegetal de soja, extrato de levedura, glutamato monossódico, aroma idêntico
ao natural de queijo, aroma natural de galinha, corante idêntico ao natural
caramelo idêntico ao natural caramelo IV, farinha de arroz, farinha de trigo
enriquecida com ferro e ácido fólico, óleo de soja, noz-moscada, frango,
aroma idêntico ao natural de frango, aroma idêntico ao natural de manteiga,
corante natural cúrcuma, clara de ovo, ovo, queijo muçarela, amido sabor
muçarela, produto processado à base de massa para elaborar queijo
muçarela com gordura vegetal, leite concentrado pasteurizado, ácido lático,
cloreto de cálcio, aroma idêntico ao natural de muçarela, polifosfato de sódio,
ácido cítrico, goma jataí, sorbato de potássio e corante natural de urucum.”

A lasanha congelada é um exemplo de um produto repleto de aditivos alimentares


que pode acabar prejudicando a saúde de diversas pessoas.
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4 CADEIAS PRODUTIVAS

4.1 O que é?

A cadeia produtiva consiste em todas as etapas de produção de um


determinado produto, considerando desde a aquisição de sua matéria prima e
insumos, passando pelo transporte e possível processamento, e indo até o mercado
consumidor final.
A cadeia produtiva muitas vezes não envolve somente o produtor inicial,
havendo uma série de entidades de outros setores que influenciam na formação do
produto.
Existem muitas definições de cadeia produtiva, aqui será a citado uma segundo
as ideias de Ademerval Garcia

A cadeia produtiva de um bem ou serviço é o conjunto de agentes


econômicos que possuem parte relevante de seus negócios na produção
desse determinado produto ou serviço. Enfim, é parte de uma cadeia
produtiva toda empresa ou entidade que tenha a ganhar com seu
crescimento ou perder com sua atrofia. Um agente econômico pode ser
membro de várias cadeias produtivas. Por exemplo, uma empresa de
fertilizantes participa das cadeias de café, do açúcar, da laranja, do trigo e
daí por diante, embora cada uma dessas cadeias tenha sua
individualidade e sua agenda própria.
(Ademerval Garcia)

A Association Française de Normalisation (AFNOR) adota um conceito mais


amplo, considerando

A cadeia produtiva como um encadeamento de modificações da matéria-


prima, com finalidade econômica, que inclui desde a exploração dessa
matéria-prima, em seu meio ambiente natural, até o seu retorno à natureza,
passando pelos circuitos produtivos, de consumo, de recuperação,
tratamento e eliminação de efluentes e resíduos sólidos.
(AFNOR)
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4.2 Insumos e suas classificações

4.2.1 Insumos: ideia geral


Significa cada um dos elementos essenciais para a produção de um determinado
produto ou serviço. Os insumos agrícolas são insumos de produção que são
utilizados na obtenção de produtos agrícolas, sejam vegetais ou animais. Em relação
à diferença entre insumo e matéria-prima, a matéria-prima é considerada um insumo,
mas um insumo é mais do que uma matéria prima. A matéria-prima é a material base
ou mais importante de um produto. Mas para transformar a matéria-prima no produto
final é preciso outros insumos que são usados nesse processo.

Os insumos podem ser categorizados em:

4.2.2 Insumos: mecânicos


Todos os equipamentos e máquinas usadas para a preparação e manutenção dos
produtos.
Ex: tratores, sistemas de irrigação, etc.

4.2.3 Insumos: biológicos


Elementos que são de origem vegetal ou animal. Ex: Adubos, plantas, etc.;

4.2.4 Insumos: minerais ou químicos


Produtos provenientes de rochas ou fabricados em laboratórios.
Ex: fertilizantes, agrotóxicos, etc.
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4.3 Como é uma Cadeia produtiva?

Utilizar-se-á abaixo um exemplo da cadeia produtiva atual da carne bovina para


melhorar demonstrar os conceitos de insumos e cadeia de produtivas, e para melhor
se encaixar no setor das indústrias alimentícias que é foco deste trabalho.

Como visto na imagem, a cadeia produtiva da carne bovina começa antes


mesmo da aquisição do gado, onde se procura a espécie bovídea que melhor atende
às necessidades do produtor rural. Com as novas adições da tecnologia genética (um
insumo) e com isso o melhoramento genético foram trazidas à indústria de alimentos
vantagens e desvantagens (além de mudanças nas tendências de compras dos
consumidores) visto que atualmente leva-se em conta a característica transgênica de
muitas mercadorias na hora da compra.
Após a escolha do tipo genético do gado, ele é cuidado com todas as boas
práticas de produção, o que inclui pastagem, vacinação, rações que garantem a
nutrição do animal, e os chips de rastreamento animal. Logo depois são levados por
transportadoras, que pode ou não pertencer ao produtor rural (caso não, será
considerada outra entidade), até o local de abate e posterior processamento (outra
entidade) onde são adicionados insumos químicos como conservantes que aumentam
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a vida útil do produto que é distribuído entre instituições de comércio, atacadistas ou


varejistas.

Esses diversos elos da cadeia produtivas criam comércios entre si que


totalizam no mínimo quatro comércios na indústria agropecuária. Dispostos da
imagem abaixo.

Os quatro mercados são essenciais, pois eles garantem o fluxo de produtos da


direita para a esquerda, e o de capital no fluxo contrário, esquerda para a direita. Em
um exemplo simples, um produtor de adubo pode vender seu insumo para um
pecuarista produtor de carne suína, de tal modo que esta passa seu produto à uma
indústria que produz presunto defumado onde é vendido ao comércio atacadista e de
varejo que revende para o consumidor final.
Os processadores citados na imagem são agroindústrias que podem pré-
beneficiar, beneficiar ou transformar os produtos “in-natura”.
O pré-beneficiamento é encarregado da limpeza, secagem e armazenamento
dos produtos.
O beneficiamento padroniza e empacota os produtos.
As agroindústrias transformadoras produzem outros produtos prontos, como
óleo de soja, cereal matinal, polvilho, farinhas, álcool e açúcar.
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Como dito anteriormente, em alguns outros países como na França, a cadeia


alimentar inclui também o tratamento de resíduos liberados pelos consumidores, para
o reaproveito desse rejeito na produção de novos produtos.
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5 MAIORES EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

5.1 Um pouco sobre grandes indústrias

Atualmente, percebe-se que as pessoas estão mais preocupadas em comprar


alimentos industrializados a comprar alimentos de origem natural. Esse fato se deve
não só a facilidade na alimentação, mas também as proporções viciantes utilizadas
nos ingredientes dos produtos.
Por exemplo, uma lata de coca-cola contém cerca de 37 gramas de açúcar, que
dá aproximadamente 149 quilo-calorias. Isso equivale a 7,36% de Valores diários de
referência base em uma dieta de 2000 Kcal ou 8400 KJ.
Isso é interessante porque quando se pensa no metabolismo humano, nota-se
que o açúcar é um fator vicioso que pode causar muitas doenças e problemas com o
tempo. Um grande exemplo é a diabetes que é ocasionada devido ao acúmulo de
açúcar no organismo, mas vale ressaltar que até o câncer pode ser um problema.
Outro grande tópico a ser tratado no ramo da indústria alimentícia é a demanda
abusiva de publicidade. Há quem diga que variados comerciais e publicações
estimulando as pessoas a consumir determinado alimento não afeta a quantidade de
possibilidades criadas para aumento de compra do produto, no entanto, verdade seja
dita, acontece que o índice de obesidade infantil elevou-se drasticamente nos últimos
anos, a culpa pode ser do aumento abusivo dessa publicidade nos meios de
comunicação. Além disso, como já foi dito, a facilidade que há hoje em consumir
determinado produto industrializado em relação ao consumo de produtos naturais. Por
exemplo, basta discar oito números no telefone e sua Pizza chega fresquinha em
menos de uma hora. Outro exemplo, para consumir batata frita, basta fritar após abrir
aqueles saquinho pois ela já vem cortada enquanto a batata natural demanda muito
tempo até descascar, cortar e então fritar.
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A revista “Veja” em 24 de maio de 2016 publicou o seguinte “No Brasil, refeição


saudável está virando coisa do passado”. Nesse tópico ele prossegue dizendo;

“De acordo com os dados, entre 2002-2003 e 2008-2009, a aquisição per


capita do arroz caiu 40,5%; a do feijão, 26,4%; e a do açúcar refinado, 48,3%.
No mesmo período considerado pelo estudo, houve um aumento de 39,3% na
aquisição de refrigerante sabor cola. O levantamento também indicou que o
brasileiro está comendo mais comida pronta. Segundo os dados, houve um
crescimento na proporção da participação de comidas industrializadas na
dieta, passando de 5,7% para 6,4% no caso dos pães e de 3,3% para 4,6% no
consumo de refeições prontas.”
(Revista Veja)

5.2 Grandes Indústrias e sua importância


Partindo desses princípios, segue agora o que realmente importa nesse tópico. As
grandes indútrias: Associated Britsh Food plc, The coca-cola company, Groupe
Danone S.A, Nestlé, dentre outros.
Essas mega-empresas são super conhecidas e, portanto, fazem parte do dia a dia
de qualquer consumidor. Pois as mesmas ramificam-se em diversas outras marcas
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também deveras conhecida. Abaixo é deixado uma imagem que representa o que
está sendo dito.

Embora em péssima qualidade, é possível perceber nessa foto a marca “Kibom”,


muito conhecida pelos seus deliciosos sorvetes, e muito respeitada no Brasil. Essa
marca está dentro de um conjunto de marcas mandadas pelo Grupo Unilever. Esse,
por sua vez, é limitado a alimentos e bebidas que é foco do nosso estudo. Além dela,
vale ressaltar Nestle, Coca-cola, Danone.
Haja vista os fatos, fica claro que essas grandes empresas dominam qualquer
classe e têm verdadeira importância sobre o mercado e a economia mundial.

5.3 Comentando agora sobre as grandes empresas brasileiras, citam-se:

Friboi
Agora com mais de 40 anos, Fribou é uma das indústrias de carne mais
respeitadas. Além de ter atuação em 150 países, acreditam em um Brasil tão grande
quanto seus sonhos. E por causa disso, lutam diariamente para cuidar da alimentação
do povo.
JBS se torna proprietária da marca Friboi em 2009. Em 2011 ela começa a fazer
propagandas na televisão e, portanto, ficar mais famosa.
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Vigor

A fábrica de alimentícios Vigor se


preocupa em atender aos anseios do
consumidor, eles contam que essas
virtudes fazem a vigor ser uma
referência no setor alimentício.

Vale ressaltar que a vigor foi a


primeira a instalar, no Brasil, a
tecnologia UHT (Ultra High
Temperature), 136°C em 4 segundos,
além de ser pioneira na distribuição do
leite condensado no Brasil.

Seara
Além disse, eles dizem saber o que você precisa de mais delicioso e prático na
cozinha do povo brasileiro. A Seara é uma indústria alimentícia que há mais de 60
anos oferece produtos que levam praticidade, confiança e inovação.
“A Seara Alimentos passa a ser controlada pelo Grupo JBS, líder mundial em
processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de forte participação na
produção de carne suína.”
É a primeira empresa brasileira de carnes a exportar cortes de frango para a
Europa.
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5.4 Agora falando das Empresas internacionais

Keystone

A Keystone Foods é uma empresa que diz fornecer


às melhores marcas de produtos proteína animal frescos
e congelados de alta qualidade. Incluindo frango, carne
bovina, peixe e carne de porco.

Wayne Farms
Diz ser a sexta maior produtora e processadora de
aves do mundo.
“At Wayne Farms LLC, excellent poultry is our pride
and purpose. We produce products that connect with and
support many of today’s well-known brands. And we know that by being our best,
we’re able to help our customers do the same.”
(Wayne Farms)

Tyson Foods
Acreditam que manter uma forte conexão com o
passado ajudará a informar o futuro deles. Garantir que a
cultura que os transformou fortaleça-os agora.
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6 TRATAMENTO DE RESÍDUOS

6.1 Tratamento de resíduos: Uma ideia geral

O setor alimentício no Brasil, de acordo com M.T.E (Ministério do Trabalho e


Emprego), possuía cerca de 48,9 mil empresas gerando cerca de 9,3 milhões de
empregos em 2015. Segundo dados de maio de 2018 do CONAB (Companhia
Nacional de Abastecimento), em relação à safra 2017/2018, houve uma produção de
31,887 milhões de toneladas de soja, ocupando 9,519 milhões de hectares (que
equivale a 95.190 milhões de metros quadrados).
O fato é que a indústria alimentícia brasileira é grande e importante, mas
também uma forte geradora de resíduos. Porém, todo esse resíduo gerado é um mal
necessário, e, diferente de outras indústrias como a de polímeros, a solução não está
na proibição da industrialização de alimentos, mas na boa gerência de resíduos
produzidos por esse gigante nacional.
Os tipos de resíduos gerados pela indústria alimentícia são os efluentes
industrias e os resíduos sólidos. Estes resíduos provêm não somente de subprodutos
indesejados, mas também de lavagem de maquinário, perdas por falha mecânica,
lubrificações, entre outros inúmeros processos paralelos à produção principal e que
acarretam num aumento significativo de poluentes no ambiente quando se leva em
consideração a quantidade de processos e indústrias que os fazem.
Tais resíduos carecem de tratamento adequado antes que eles sejam
novamente lançados no meio ambiente, evitando, desta forma, desperdício de matéria
prima, a destruição da fauna e da flora, e maximizando a eficiência da indústria ao
aproveitar as matérias primas e o uso de energia de forma sustentável.
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6.2 Tratamento de resíduos: A Classificação residual


A Norma da ABNT 10004:2004, que trata de resíduos sólidos, providência
classificações para os tipos de resíduos, de modo que se possa identificar o grau de
periculosidade e a maneira correta de trata-lo. As classes são:

Classe I:Resíduos perigosos

Apresentam risco à saúde pública e ao meio ambiente quando não gerenciados


corretamente. Se encaixam nesta classe resíduos que apresentem característica de
inflamabilidade, corrosividade, patogenicidade, reatividade ou toxicidade. Exemplos
desta classe são: acumuladores de bateria, lubrificante usado, materiais contaminados
com metais pesados, entre outros.

Classe II: Resíduos não perigosos.


Estes podem ser “inertes” ou “não inertes”.

Classe II A: Não inertes. Resíduos que apresentem características como


solubilidade em água, biodegradabilidade ou combustibilidade. Podem ser citados
como exemplo: Material têxtil não contaminado, papel, resto de alimentos, entre
outros.
Classe II B: Inertes. Resíduos que, quando submetido a contato estático ou
dinâmico com água destilada ou deionizada, não solubilize nenhum de seus
constituintes a valores superiores aos padrões de potabilidade da água. São exemplos
desta classe: vidros, materiais de construção, resíduo de plástico, entre outros.
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6.3 Tratamento de Resíduos: Gestão e solução


Uma vez esclarecido o impacto de larga escala que o desleixo com os resíduos
provenientes da indústria alimentícia poderia acarretar, pode-se discutir que meio
tomar para otimizar o gerenciamento de resíduos. A empresa JBS será tomada para
análise de gestão de resíduos.
O Grupo JBS SA, detentor de marcas como Friboi
e Seara, criou a JBS Ambiental visando dar destino
correto ao resíduo de seus processos industriais. A JBSS
Ambiental possui nove unidades e trabalha na destinação
de cerca de 20 mil toneladas de cerca de cem tipos de
resíduos diferentes por ano (o equivalente a 60 aviões
cargueiros Boeing 747-8 lotados).
Somente em 2014 a JBS Ambiental recebeu 2,1
milhões em investimentos. Assim, ela promoveu a reciclagem de 5,8 mil toneladas de
plásticos proveniente das industrias do Grupo JBS. Essa quantidade de reciclagem é
o suficiente para poupar 58 mil litros de petróleo, o que é suficiente para sustentar o
consumo médio mundial de 30 mil pessoas num único dia.
Além do resíduo industrial, há ainda o tratamento do resíduo animal, sendo
reutilizado na produção de rações.
Analisando, de modo geral, o desempenho da empresa, foram reduzidos 28%
da geração de resíduos da companhia.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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