Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Rio de Janeiro
2023
NOME DO ALUNO
TEMA DO TRABALHO
__________________________________________________________
(Orientadora – Presidente da banca)
___________________________________________________________
Nome do professor da banca e título
___________________________________________________________
Nome do professor da banca e título
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................
1.1 JUSTIFICATIVA................................................................
2. OBJETIVOS..........................................................................
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................
3. REVISÃO DE LITERATURA............................................
4. METODOLOGIA.................................................................
5. CONCLUSÃO.......................................................................
CAPÍTULO I
___________________________________________________________________
1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
Reconfigurar todos os hábitos do cotidiano, da alimentação à escolha dos produtos de
higiene pessoal, é uma jornada que exige uma profunda reflexão sobre nossas escolhas. O
veganismo, como estilo de vida, vai além de simplesmente adotar uma dieta baseada em
vegetais; ele representa um compromisso ético com a vida dos animais não-humanos. Isso
implica em descobrir o que ocorre nos bastidores das indústrias alimentícias, cosméticas e
farmacêuticas, muitas vezes revelando práticas que podem ser moralmente questionáveis.
Vale ressaltar que os movimentos em prol da defesa dos direitos dos animais são
anteriores ao surgimento formal do veganismo como um estilo de vida distinto do
vegetarianismo por ser uma elaboração posterior. No entanto, com o estabelecimento claro do
veganismo como uma filosofia de vida específica, os movimentos de libertação animal
ganharam força renovada e tornaram-se mais proeminentes. A milhares de anos atrás
filósofos e pensadores já validavam alguns pensamentos contra a crueldade que era feita para
com os animais, já no século I o filósofo grego Plutarco escreveu em seu texto “Do consumo
da Carne”, onde o próprio define o apetite humano por carne como uma manifestação de
poder indevido sobre a vida alheia. “Aos que não têm auxílio nem defesa – a esses
perseguimos e matamos. Só para ter um pedaço de sua carne, os privamos da luz do sol, da
vida para que nasceram.”
Com o passar dos anos esse pensamento se torna mais comum entre aqueles que levam
a vida sobre a reflexão dos problemas entre os que insistem em dissociar a natureza humana
da natureza global. Separando a si dos animais não-humanoides, e foi no início do século XV
onde ocorreu um crescimento exponencial de ensaístas e artistas que viram no vegetarianismo
um modo de vida para qual o objetivo final poderia ocasionar em condições que
contribuiriam a liberação não apenas dos animais como também dos próprios humanos. Um
pensador que pôs a prova a falsa superioridade do homem em relação aos outros animais foi
Michel Montaigne (1533-1592) em um dos seus ensaios explora à crueldade humana para
obtenção de um tipo de entretenimento baseado na morte e sofrimento das outras espécies, e
vai além, considerando uma certa natureza de desumanidade nesses atos.
Ao passar dos séculos se tornou cada vez mais popular embora muito aquém do ideal
esse debate a favor dos direitos dos animais e sua liberdade vital, no século XIX notáveis
obras como “An essay on abtinence from animal food, as a moral duty”, de 1802, escrito por
Joseph Ritson, “Water and Vegetable Diet” discurso feito por Wiliam Lambe e “The Return
to nature, or, a defense for the vegetable regimen” escrito por John Frank Newton. São alguns
dos textos que formularam bases para a divulgação desse pensamento que tinha como
objetivo a maior participação cooperativa de todos os habitantes da terra.
Desde o começo do século XX, um debate fervoroso ecoava entre os vegetarianos acerca da
coerência do consumo de produtos derivados da vida animal. Em um marco significativo em
1944, na Inglaterra, um carpinteiro chamado Donald Watson reuniu-se com outros adeptos do
vegetarianismo que compartilhavam sua recusa não apenas em consumir carne, mas também
ovos, mel e laticínios. Juntos, cunharam um novo termo para distinguir sua abordagem:
"vegan", uma fusão de "VEGetariAN". Nesse mesmo ano, nasceu a primeira associação
vegana, a Vegan Society (Sociedade Vegana) inglesa.
Além disso, a maneira como os consumidores atuam atualmente como protagonistas de suas
convicções é o resultado de uma complexa interação de fatores que fundamentam essa ação.
É notável que a parcela de jovens engajados em práticas veganas seja consideravelmente
maior em comparação a outros grupos etários. Nesse contexto, é relevante destacar um dado
destacado por Ribeiro e Leite, originado de uma pesquisa conduzida pelo Centro de Altos
Estudos da ESPM. Esta pesquisa revela que os jovens consumidores estão se tornando cada
vez mais paradoxais em suas atitudes. Surpreendentemente, sessenta por cento desses jovens
acreditam na capacidade individual de influenciar a transformação de produtos e serviços
oferecidos por empresas que não demonstram preocupação com questões sociais,
sustentabilidade e ética. Isso enfatiza ainda mais o papel ativo dos jovens na conformação de
um cenário de consumo mais alinhado com seus valores.
2. OBJETIVO
2.1. Objetivo Geral
3. REVISÃO DE LITERATURA
Foram encontrados diversos textos e publicações que corroboram com o trabalho
vigente, porém são poucos os que evidenciam o segmento do veganismo por si só, não
havendo também os que correlacionam o período pós-pandemia com a ascensão dos
estabelecimentos veganos. Alguns artigos trazem uma explicação geral do que se trata o
vegetarianismo e o veganismo, exemplificando como uma série de fatores e ações que
resultam em uma maneira de consumo mais sustentável e mais consciente. Baseados em
valores éticos dos quais propagam uma reconstrução do modo de viver e às vezes até atitudes
rígidas de autocontrole (RIBEIRO, 2019).
São novas formas de lidar com um mundo que não se contenta mais em apenas extrair
da natureza e dos seus seres sem ao menos parar para refletir. Sobre esse consumo vigente
altamente, destrutivo, é exposto por Trigueiro (2013), conforme citado por Ribeiro (2019) as
mudanças são oriundas de uma nova tipologia de consumo, chamada de consumo reflexivo.
Esse novo tipo de consumo se baseia na análise dos interesses decorrentes de uma avaliação
crítica da relação entre a natureza-humanidade-animalidade na atual sociedade, uma
reorganização de pensamento sobre novos estilos de vida e processos intrínsecos que
envolvem a ética e responsabilidade de cada indivíduo.
Trazendo à tona uma nova configuração de sociedade de maneira geral, que não se
apoia apenas na recompensa do fruto da ganância humana. Gerada através de um olhar
altamente produtivo com um viés irresponsável e insustentável, de acordo com Kotler (2000,
apud Ribeiro, 2019) , a decisão do consumidor possui cinco estágios: reconhecimento da
necessidade, procura por informações, classificação das alternativas, decisão de compra e
comportamento pós-compra. Isso resulta em uma série de fatores que são permeados de
decisões em diferentes momentos, de forma que o consumidor se coloca como participante
atuante em todos os processos. A partir dessa perspectiva com um viés de pensamento bem
semelhante, na opinião de Abozio (2016) é necessário ter um olhar consciente para os fatores
que essa transformação no ato de comer e consumir provoca, causando tensões vivenciadas
por seus participantes tratarem sobre o que ocorre além da própria representatividade do
consumo, e todas as implicações diante de um mundo em conflito.
Conforme pesquisa encomendada ao Inteligência em pesquisa e consultoria (Ipec) em
fevereiro de 2021 pela SVB demonstrou que 46% dos brasileiros já optam por não consumir
carne pelo menos uma vez na semana por vontade própria. São dados que provam a alteração
significativa nos hábitos diários da atual população, gerando uma demanda que exige a cada
vez mais os estabelecimentos a se adaptar para esse nicho de consumidores. E o Brasil é o
destaque do continente quando o quesito em pauta é a expansão dos serviços a base de
plantas, conforme citado, é o país com a maior taxa de estabelecimentos vegetarianos e
veganos da América Latina. Dado que se relaciona entre si, o fato exposto pela SVB que uma
parcela destes 46% são membros do clube da segunda sem carne, ação que visa a diminuição
do consumo por apenas um dia na semana. Corroborando com essa medida de curto alcance,
o site Veganuary ONG que promove a exclusão da carne por um mês inteiro, e trouxe como
resultado, neste ano de 2023, o ano com mais participantes.
4. METODOLOGIA
5. CONCLUSÃO
Nos últimos anos, o veganismo tem ganhado cada vez mais adeptos em todo o
mundo, e a cidade do Rio de Janeiro não ficou de fora dessa tendência. No período pós
pandemia, observou-se um notável aumento no número de estabelecimentos veganos na
cidade maravilhosa, acompanhando a demanda crescente por opções alimentares saudáveis,
sustentáveis e livres de produtos de origem animal.
A pesquisa realizada sobre o avanço do veganismo na cidade revelou que houve um
incremento no número de restaurantes, lanchonetes e mercados veganos em comparação ao
período pré-pandemia. Essa tendência reflete a mudança de consciência dos cariocas em
relação à alimentação, saúde e bem-estar animal.
Os estabelecimentos veganos do Rio de Janeiro oferecem uma ampla variedade de
opções gastronômicas, desde pratos tradicionais até culinárias étnicas e sofisticadas. Além
disso, esses locais têm se preocupado em promover uma experiência completa aos seus
clientes, indo além da comida, oferecendo também eventos, workshops e palestras sobre o
veganismo e seus benefícios.
O crescimento dos estabelecimentos veganos não se restringe apenas à zona sul da
cidade. Bairros como a Tijuca, Madureira e Copacabana têm visto um aumento significativo
na abertura de novos espaços veganos, contribuindo para a descentralização dessa tendência.
O mercado vegano na cidade do Rio de Janeiro também vem se expandindo com o
lançamento de produtos exclusivamente veganos em supermercados e lojas especializadas.
Empresas nacionais e internacionais têm investido no desenvolvimento de alimentos
alternativos, como hambúrgueres vegetais, leites vegetais, queijos veganos e até mesmo
sorvetes sem ingredientes de origem animal.
É importante ressaltar que o avanço do veganismo na cidade do Rio de Janeiro vai
além do aspecto gastronômico. A cidade tem visto um crescimento no número de ativistas e
defensores dos direitos dos animais, que organizam eventos, manifestações e campanhas de
conscientização, promovendo uma mudança cultural mais ampla.
Em conclusão, a pesquisa sobre o aumento de estabelecimentos veganos no Rio de
Janeiro no período pós pandemia revela uma mudança significativa nos hábitos alimentares e
na mentalidade da população carioca. O veganismo tem se tornado uma opção cada vez mais
popular e acessível, oferecendo não apenas refeições saborosas, mas também uma abordagem
ética e sustentável para a alimentação. De forma a equiparar as tendências de desejo de um
novo perfil de consumidor, mais questionador e reflexivo. O futuro promissor do veganismo
na cidade aponta para uma transformação positiva tanto na saúde dos indivíduos quanto no
cuidado com o meio ambiente e os animais.
Referências